O doutor Coiso faz-me lembrar aqueles rapazes que nos anos 90 voltavam de umas temporadas lá fora, para tratar maus vícios, e depois chegavam a Pombal e faziam grandes palestras nas mesas do Nicola, de dia, e do Bar do Cais, de noite, a dissertar sobre o lado certo da vida. Chega a ser comovente a maneira como este cristão-novo aponta o caminho, numa luta pela sobrevivência política. Agarra-se a duas muletas: as reuniões públicas da Câmara (onde é detentor de cargo público, como gosta de lembrar, noutros palcos) e um programa de comentário sócio-político na Rádio Cardal.
Doutor Coiso já tinha idade para saber que o povo até pode parecer, mas não é estúpido. E às vezes tem memória. De maneira que uma pessoa fica baralhada quando o ouve dizer que vai ser "muito rápido" e "começar pelo início". Primeiro porque falou (40 minutos) de tudo e de nada, libertando aquela mágoa contra o Pombal Jornal, que não há maneira de o entrevistar.
Faria todo o sentido o seu discurso (é claro que é incompreensível que um jornal da terra não faça notícia do estado a que isto chegou, na Câmara, e dá azo a interpretações simples como essa, de estar comprado pelo poder), mas já agora explique-nos, douto jurista e detentor de cargo público, o que é que mudou, entre aquele tempo em que se sentava ao lado do seu amigo Paulo César (que por acaso é o dono do jornal), ao computador, para ajudar a paginar anúncios e manipular, estruturalmente, as orientação do Tribunal - e estes dias, em que subitamente lhe baixou um espírito de respeito pelas regras da ética e da deontologia.
Alguém ajude o doutor e lhe refresque a memória: isto de comprar o silêncio dos jornais não é de agora, vem do seu tempo de poder, quando gastava o que lhe apetecia em páginas de publicidade no extinto Correio de Pombal, para divulgar os resultados das análises da água. De alguma maneira até se percebe: é que nunca podemos dizer 'desta água não beberei'. Beba muita. Ajuda a manter a garganta limpa, e impede-o de pigarrear - embora a explicação que a psicologia encontra para essa constante irritação na garganta seja bastante lógica. Quem é amigo, quem é?
O MIKA arriscou tudo ao ir como segundo de NM...agora NM apela á união (no PSD) e ele está sozinho. Sem tropas, sem projecto e sem o apoio de NM. Isto faz-me lembrar aquela canção do Zé Pedro dos Xutos "Vida Malvada" https://youtu.be/JHbUgY27lIQ
ResponderEliminarAinda vais levar com ele no PS. Prepara-te ;)
EliminarNão me choca nada o Mika no PS...É um bom quadro. Claro que nunca como cabeça de lista, pois na minha humilde opinião, o PS tem de encontrar um Candidato com perfil profissional conceituado e que esteja ainda "virgem" dos vícios da politiquice. Foi assim que em 1993 o PSD tirou a cadeira ao PS...E agora surge um novo ciclo em que o PS com um candidato vindo do mundo do trabalho e das empresas, ganharia a CMP.
EliminarAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
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