Depois de uma reunião que durou toda a manhã e o início da tarde de quarta-feira (com Pedro Pimpão, presidente da concelhia do PSD, Fernanda Guardado e Fernando Matias), Diogo Mateus não saiu mais da Câmara, até ao final do dia. Mas quis manipular a opinião pública (desacreditando a informação dada em primeira mão pelo Farpas): o gabinete da propaganda inundou as redes sociais com os fotografias do presidente e vereadores a distribuir máscaras e viseiras, supostamente naquele dia. A atitude já era condenável o bastante, pois que este aproveitamento político é muito pouco higiénico. A necessidade de apregoar o que se dá é sempre condenável. Mas foi pior porque teve a intenção de distrair o eleitorado de um dilema importante: o presidente sai ou não sai? Acaba o mandato ou não?
Haverá nesta altura um acordo de cavalheiros para serenar os ânimos, de parte a parte. Só que o silêncio da concelhia do partido é ensurdecedor, como se o PSD estivesse de quarentena (expressão bem usada pela vereadora do PS, Odete Alves, em declarações à rádio Cardal, embora sem grande moral para falar de silêncios e de partidos que não tomam posições).
Talvez Pedro Pimpão não tenha ainda percebido que já não é o jota a quem tudo se desculpa; e como até no partido já lhe lembraram algumas vezes, não pode continuar para sempre em cima do muro, a espreitar de longe a confusão. Muito menos para quem tem aspirações de suceder a Diogo Mateus, a qualquer preço.
Porque até para usar uma máscara é preciso saber fazê-lo bem, e cumprir algumas regras. A responsabilidade política é uma delas.
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