4 de março de 2009

O caminho menos percorrido

A propósito da discussão que por aqui anda, e se permitem alargar a mesma, introduzir um movimento de cidadãos na equação autárquica é uma opção que, em teoria, poderia trazer alguma vantagem a Pombal?

19 comentários:

  1. João Alvim, podes esclarecer o que pretendes, com essa historia? Gosto de historias mas bem contadas....., caso contrario são tretas.

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  2. Faço uma pergunta, tendo em conta que ultimamente temos tido aqui muita gente com vontade de dar respostas. E uma pergunta simples. Sem tretas.

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  3. E porque não?

    Há muita gente de "burka" no concelho que precisa de um "novo ideal" para se revelar.

    Fartos de votar nos filhos e nas mães, tá na altura de mudar de casta.

    Entretanto aceitam-se apostas para o valor da abstenção nas eleições autárquicas 2009 em PBL.

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  4. Faço uma Proposta 1º a Convidar JGF, segundo Ofelia, 3º Presidente Junta Guia. Que Tal?

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  5. Não, João. Porque a partir do momento em que fosse preciso dar a cara...nada feito. E as coisas sérias não se fazem sob a capa do anonimato ou pseudónimos patéticos. A não que a função seja lúdica, exclusivamente.

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  6. Dr. João Alvim, boa noite.
    Os movimentos de cidadãos só são necessários quando os partidos políticos falham, ou quando há interesses corporativos.
    Os grupos de influência (lobbies) são próprios de cada partido e com a finalidade de alargar o seu espaço eleitoral, o que é legítimo.
    Felizmente em Pombal a democracia funciona, o debate é aberto e livre. Por isso não vejo necessidade de abrir, à sociedade, mais um espaço de debate.
    Há os jornais. Há as rádios. Os blogs. Os cafés, as tascas. (E por que não o roteiro das tascas, como Coimbra está a ensaiar?)
    As campanhas eleitorais servem, também, para isso mesmo. Debate entre a sociedade e os candidatos e entre os candidatos e a sociedade.
    Houve, em tempos, em Pombal, já depois da outra senhora, um Conselho Municipal composto pelas corporações e pelos "homens bons" da terra.
    Verificou-se a sua inutilidade. Foi extinto por lei.
    Todavia estou aberto a aceitar todos os mecanismos que façam com que a sociedade participe no debate dos destino do colectivo e, fundamentalmente, na preparação daquilo que temos obrigação de legar aos nossos filhos.
    Abraço.

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  7. Atum, uma aposta interessante. Mais para a frente, havemos de ir a números.

    Paula, já não era mau que fosse a rir que se castigasse o estado de coisas. Mas não, a pergunta é mesmo para uma coisa a sério e, infelizmente concordo contigo, a simples vontade (nem vale ir à coragem) não abunda...

    Eng., "a democracia funciona, o debate é aberto e livre. Por isso não vejo necessidade de abrir, à sociedade, mais um espaço de debate"? Eu diria que há espaço para isso, mas faltam as pessoas. E acho mesmo é que acaba por haver espaço para a opinião, mas não propriamente para o debate como aqui anda a acontecer, o que registo com agrado. Deixando coisas da outra senhora de lado, a minha questão prende-se com o facto de haver quem, em nome da sua terra, não esteja para se prender ideologicamente (e isso dá um outro post, já que, por vezes, há transposições local-nacional que não fazem sentido) e prefira agir como decisor local assente noutras ideias e sem tantas dependências. Tem riscos, claro que tem, mas as perpetuações no poder não o têm?

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  8. Paula Sofia, você é uma pessoa inteligente. Faça uma proposta, não se limite a por travão de mão. as coisa à muitos anos que não servem os interesses do concelho, por isso vamos participar para a mudança, se é que isso lhe interassa...?, penso que sim.

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  9. Apesar de aparentemente lógica, a posição de Rodrigues Marques não tem qualquer justificação. Os movimentos de cidadãos, se existirem, e só por esse facto, já se justificam, sem terem de ser julgados necessários por quem julga que tem o monopólio da intervenção política. Os cidadãos, as pessoas, podem querer agrupar-se para um determinado fim (incluindo o de concorrer a uma autarquia, que foi a questão colocada) e não querer estar ligados entre si pelos laços da militância numa mesma organização política, com tudo o que isso implica. Em democracia, o debate nunca é demais, excepto para aqueles que exercem o poder e que, como Rodrigues Marques, revelam não possuir uma cultura democrática de base. Os seus tiques, quando escreve a brincar ou a sério, é o que revelam.

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  10. Caro João,

    Aproveito para anunciar aqui que sou pré-candidato a Presidente da Câmara Municipal de Pombal.

    Brevemente solicitarei a presença dos media regionais em local a anunciar, para explicar porque apresento a pré-candidatura e quais as condições para se tornar uma candidatura formal.

    João Leitão

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  11. Ao contrário do Engº Rodrigues Marques concordo com um movimento de cidadãos. Não porque o partido em funções tenha falhado, mas porque, como qualquer partido, comete erros e precisa de oposição para lhos relembrar. Infelizmente em Pombal essa oposição não existe. Existe uma espécie de perseguição ao executivo camarário e de críticas que apenas se prendem com cores partidárias. Um grupo de cidadãos independente seria, a meu ver, uma oposição mais forte de que esta e que mais do que fomentar a crítica destrutiva, podia contribuir para a construção de melhores ideias.

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  12. Nuno, acho a sua visão redutora porque a mesma implica que a única coisa que o PS faz é bater ou "malhar" como agora está na moda dizer, o que não acontece. Há crítica, sim, claro que há, ou esperam que a oposição apenas se pronuncie em determinadas circunstâncias e não possa dizer que não concorda. Mas também há mais. Que esta oposição não lhe agrade, bem, isso é consigo e com assim entender, mas não é uma oposição assim tão diferente da que vemos a nível nacional e note que não alinho nas críticas do bota-abaixismo. A cada um o papel que entende que deve ter/fazer em termos de oposições: os eleitores (deverão) saber julgar as posturas e propostas.

    Em Pombal estou cansado de ver uma coisa curiosa. Sempre que se fala ou questiona, é uma crítica de quem não faz nada. Veja-se o Go Shopping: as dúvidas são do Estudo de Avaliação. Alguns deputados e cidadãos deram publicidade às mesmas e, pelos vistos, estavam errados... O que é suposto fazermos, falarmos quando nos dão licença para? Obvio que não. O mal de Pombal é que a cada tomada de posição se há-de colar uma cor. Isso é o grande problema. Veja-se o Bodo, por exemplo. Qualquer opinião, crítica, sugestão, há-de ser sempre encarada como uma quase-ofensa.

    Lancei esta discussão não centrada na falha dos partidos (embora ache que estes se estão a remeter a meras máquinas eleitorais, umas mais outras menos oleadas), mas sim na necessidade de ver que em cada terra, há abordagens que não se compadecem com lógicas ideológicas nacionais. Veja-se por exemplo que nas autarquias, a mais das vezes, é o investimento e a gestão pública que são usadas como modelo. Ora, se em partidos à esquerda (clássica) isso é normal, em partidos ditos de direita acaba por ser estranho. Ou seja, se a gestão é encarada de forma diferente, porque não conciliar necessidades diferentes e visões diferentes, de preferência daquelas em que as divergências são verticalmente assumidas.

    Meu caro amigo João Leitão,
    Desejo-te boa sorte nessa demanda, porque penso que a tua intenção é exactamente essa de mostrar e pôr em discussão questões e rumos diferentes daqueles que a partidocracia adoptou como normais/usuais para a gestão autárquica. O Farpas não deixará de estar atento e aberto à tua ideia e projecto.

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  13. Correcção no 1º parágrafo:
    Que esta oposição não lhe agrade, bem, isso é consigo e com quem assim entender, mas não é uma oposição assim tão diferente da que vemos a nível nacional e note que não alinho nas críticas do bota-abaixismo.

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  14. No caso do Go! Shopping concordo plenamente que as dúvidas tenham sido levantadas. O "caso" levanta só por si muitas dúvidas e não é uma coisa que se possa aprovar hoje e revogar amanhã. É um colosso de betão que se vai meter na cidade e acho bem que se pense antes de agir. Se a Câmara não o faz, alguém tem de o fazer e esse é o papel da oposição. Claro que tem de haver crítica, se assim não for os erros vão ser cada vez mais frequentes. Se não houver crítica nunca se vai saber o que a oposição acha. E concordo que os partidos (pelos menos os maioritários) em Pombal se tornaram máquinas eleitoralistas, daí a pertinência de um grupo de cidadãos. Que critique o essencial (permita-me dizer que o PS se obcecou na crítica e fá-lo mesmo sem razão) mas que saiba também concordar. E que acima de tudo saiba apresentar alternativas e tentar alcançar consensos.
    Quanto ao Bodo, respeito as críticas embora por mais que tente não as consiga entender. E acho que muitas delas se encaixam nas tais que apenas são baseadas na cor partidária. Não digo com isto que sejam todas...

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  15. Os consensos em política têm-se revelado armadilhas. E para haver consensos tem que haver genuína vontade de os propor. Aliás, têm que se perceber para onde se vai ou quer ir para os propor.

    Ainda antes sobre o Bodo, uma coisa que muita gente não percebe: há críticas que são pessoais e outras que são institucionais. Dito de outra forma, não é por ser do PS que concordo com o TGV ou com a Ota. Em Pombal, infelizmente, muitos actores políticos não percebem isto. É natural, vêem a política como futebol. Indo ao Bodo, o maior problema foi a postura de inquestionável do chefe. Note que o modelo foi por mim aplaudido e que houve inovações que registei com agrado, mas as trapalhadas com as delimitações das ruas e os horários (muitas críticas à boca fechada, claro...). Não vejo mal nenhum na profissionalização da festa e na sua inovação, já que os tempos mudam. Mas não me peçam para sustentar uma festa que não pode crescer mais do que aquilo que já cresceu. E foi isso que 2008 provou. E o que cresceu, no geral, fez bem. Por isso é que espero para 2009 que o que de bom foi feito, aumente, o que não é necessário se corte e de preferência se caminhe mais para a auto-sustentação.

    Isso e que quem manda meta na cabeça que as opiniões não são manifestações de cabalas. Deve-se trabalhar melhor assim, digo eu...

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  16. Tendo plena noção que sou um idealista, quando falo em consensos presumo que ambas as partes almejem um "bem maior".

    Quanto ao Bodo, houve erros. Nos cortes de ruas, na polémica feira popular, nos gastos despropositados em promoção (tinha de ser muito promovido, mas os Bo! Boys and Girls foi um abuso, na incompetência dos seguranças, na falha de previsão das contas (ressalve-se que economicamente foi uma vitória comparativamente ao passado. As previsões é que deviam ter sido realistas). A festa cresceu e acho que este ano podia crescer ligeiramente mais. Penso que seria mais benéfico que a organização continuasse integralmente na PombalViva porque permitia uma visão mais holística do projecto. Discordo dos cortes orçamentais e estes levantam desde já dúvidas. Sendo os concertos da PombalViva, sendo a PombalViva auto-suficiente, qual é a justificação para corte orçamental a pretexto da crise? Quem tem de estar em contenção é a CMP, não a PombalViva. Alguma coisa está mal explicada.

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  17. Rectificação: muitas vezes os consensos têm-se revelado armadilhas. E sim, se for por um bem maior justificam-se, mas normalmente o bem é bem menor. Mas seja como for, nada como uma boa discussão de meios e objectivos para perceber se os consensos valem a pena.

    Em relação ao Bodo, o Nuno toca na ferida: se a PombalViva fosse autosuficiente podia suportar tudo. O problema é que não é. E assim se mostram as limitações da gestão do bem público.

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  18. Pois, mas em teoria, e segundo o que Vila Verde sempre faz questão em frisar, a PombalViva é auto-suficiente e só faz sentido desta forma. É aí que algo está mal explicado.

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