27 de março de 2009

rescaldo de uma semana surpreendente

1. A esta hora Rodrigues Marques - e o vice Diogo Mateus - estará a ser eleito presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Pombal. Sem querer discutir aqui as inegáveis qualidades do engenheiro - que passam sobretudo pela dedicação pessoal e pelo amor à camisola - , tenho uma sensação estranha quando, num espaço de dois meses, o vejo assumir dois cargos de relevo. Primeiro a rádio, agora os bombeiros. Tenho a certeza de que estará até mais à vontade no meio das fardas. Ele, que até usa a dele volta e meia.
Mas das duas uma: ou isto é um assalto ao poder ou estamos perante a mais grave das crises directivas de que há memória em Pombal. A ver vamos.

2. João Coucelo alimenta na cidade uma espécie de apetite eleitoral que desperta amiúde. São notórias e conhecidas as diferenças, sobretudo de estilo, entre ele e o Presidente da Câmara, a quem, no entanto, tem ajudado a eleger sucessivamente. Na primeira eleição o papel de Coucelo terá sido mesmo preponderante, como foi de resto no primeiro mandato.
Sendo certo que Narciso Mota daqui não tenciona sair tão cedo - preparando-se para fazer 20 anos a mandar na Câmara, percebe-se a "revelação" do médico - actual presidente da Assembleia Municipal - esta semana, numa entrevista "concedida" (sic) ao Correio de Pombal. Diz ele que, neste momento, a sua disponibilidade para cargos políticos é nula.
Mas das duas uma: ou pensa resguardar-se definitivamente no seu papel de "senador" e não vai a votos para a Assembleia Municipal, ou deixou de a entender como um cargo político. O que será, então?

4 comentários:

  1. Duas boas questões, sem dúvida.
    Quanto à primeira questão penso, de facto existe em Pombal, como de resto em todo o País, uma crise profunda de dirigentes associativos. Pelo menos dos que não são remunerados, a tal ponto de se verificar que existem muitas associações pelo País fora, à espera de alguém que se disponha a aceitar um lugar numa qualquer direcção. Penso, em parte por culpa da classe politica, que nos tem desmobilizado com os maus exemplos a que temos assistido.
    E, por isso, Pombal não foge à regra. Há que saudar aqueles e aquelas que ainda aceitam lugares,a troco de nada, e que apenas lhes trazem dissabores e amargos de boca, quando as coisas não correm bem.
    Quanto ao segundo ponto, penso que em Pombal, há politicos, que embora o sejam ao longo do seu percurso, nunca se assumem como tal.
    São assim como que uma especie de; "homem sombra". nunca estão, mas de vez em quando aparecem. O caso que refere é o paradigma disso mesmo. Agardemos pelos próximos episódios!
    Um Pombalense

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  2. Paula Sofia, bom dia.
    Relativamente ao que escreveu no ponto 1. queria pedir o favor, a todos os que postam neste blog, ou noutro, de não envolverem as instituições no debate público. Há um espaço próprio para cada caso.
    Nunca, por nunca, utilizei os cargos que tenho ocupado para meu protagonismo.
    A estratégia é trazer mais valias para Pombal.
    Assim, recuso-me a falar das instituições, fora do seu habitat.
    Aceito as críticas que me quiserem fazer, mas enquanto cidadão livre e no uso pleno dos graus de liberdade que a sociedade me permite ter.
    Gostaria, a talhe de foice, de respigar as palavras do Dr. Armindo Lopes Carolino no encerramento da AG da AHBVP, que retratam a minha postura.
    "As listas têm muitos jovens, mais a olhar para o seu potencial de trabalho do que para as suas cores políticas".
    Sempre assim fiz. Até mesmo na política pura e dura. O futuro é dos jovens.
    Jovens enquadrados por séniores.
    Continuo a pensar que esta estratégia está certa, já que não há nenhuma escola a preparar as pessoas para este tipo de actividade.
    Todavia estou disponível, enquanto cidadão, a entrar no debate dos valores da cidadania, na sua ausência, ou na sua mistificação.
    Que as organizações cívicas promovam um forum onde se possa chegar a alguma conclusão, mas conclusões viradas para uma estratégia comum e não para tácticas.
    Abraço.

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  3. Creio que o Sr. Eng. Rodrigues Marques vai fazer um trabalho positivo nos Bombeiros de Pombal. Não tenho dúvidas disso. Ele e a sua equipa, obviamente.
    Mas também acho que ele foi "empurrado" por alguém para aquele cargo. E bombeiro como ele é, aceitou o "empurrão" e lá foi.
    Só espero é que não lhe aconteça o mesmo que aconteceu ao tal comandante que também foi "empurrado" para lá pela mesma pessoa que "empurrou" agora o Eng. Rodrigues Marques e que por lá permaneceu muito pouco tempo (graças a Deus!).

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  4. Não me surpreende a eleição do Eng. Rodrigues Marques para dirigir o destino dos nossos bombeiros.
    O mais é que fico contente porque o Eng. já sofreu um revés em Pombal, eu não tenho a memória curta, sempre defendi que o Eng. Marques de Albergaria tinha e tem todas as condições para ajudar Pombal e o concelho.
    É um politico de craveira e Pombal precisa de políticos assim, quando o Rádio Clube de Pombal era de pensamento socialista, porque era, o Eng. passava á porta e não entrava, hoje é o presidente da direcção substituindo os que nessa época não abriam a porta.
    Desejo de coração que o Eng. ainda tenha a oportunidade que muitos ainda hoje recordam lhe devia ter sido dada pelo povo.

    Com amizade, discípulo e atento.

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