8 de maio de 2009

Bem vão os "caminhos de leitura"

Não sei o custo dos “Caminhos de Leitura - VII Encontro de Literatura Infanto-Juvenil”, iniciativa promovida pela Biblioteca Municipal de Pombal. Mas sei que se trata de uma actividade válida, cujo investimento terá retorno no futuro.
Em vez que se gastar dinheiro em realizações de duvidosa utilidade, em espectáculos a que chamam de ”promoção de cultura” mas que acabam por ser vistos por poucas dezenas de pessoas, com os resultados desastrosos conhecidos, bem andará o município se canalizar as suas energias e apoios para as acções que a Biblioteca Municipal tem vindo a desenvolver e que tão pouco conhecidas dos pombalenses.
Alfredo A. Faustino

9 comentários:

  1. Não posso concordar com o conceito apresentado, segundo o qual, se uma iniciativa só é vista por poucas dezenas de pessoas, não é uma válida promotora de cultura. Até porque já assisti (por exemplo) a boas iniciativas NA BIBLIOTECA que estava a ser assistidas por poucas dezenas de pessoas. Ou seja... há casos e casos! Há certo tipo de cultura que, por ser "contra-corrente", leva poucas pessoas aos seus eventos (pelo menos nas primeiras vezes). Mas enfim... suponhamos que a vereação da cultura pretendia fazer um ciclo de cinema sobre os clássicos Italianos (Felini, Pasolini, Visconti,...). Não tenhamos ilusões, seria visto por poucas dezenas de pessoas (não acredito que colocassem mais de 20 pessoas na sala). No entanto, não tenho dúvidas sobre a validade da iniciativa, e sobre o facto de ela representar um maior incremento cultural para o concelho do que apresentar o último Homem-aranha, que seria certamente assistido por muitas CENTENAS de pessoas.

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  2. Alfredo A. Faustino9 de maio de 2009 às 17:52

    Meu caro Gabriel, estou de acordo consigo. Creio que não fui explícito como desejaria. Quando me refiro à meia centena de espectadores, tinha em mente os espectáculos musicais promovidos pelo Café Concerto. Um tipo de iniciativa que, na minha opinião, não pode ser considerada como "promoção de cultura" e que tem ajudado sobremaneira para o défice da PombalViva. Mas, isto, é a minha opinião; aceito que haverá quem defenda que a actuação de um grupo musical de rock é cultura...

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  3. Uma primeira questão se deve colocar: Que politica cultural tem este Municipio? Quando se desperdica 1 milhão e 300 mil euros em subsidios a associações, quantos foram para promver a cultura?
    É possivel fazer cultura em Pombal com pouco dinheiro. É necessário é ter iniciativa e aproveitar as forças vivas do concelho .
    Depois, cultura para quem? Para os citadinos da cidade de Pombal ou para todos? Obviamente terá de ser para todos. Este executivo tem feito isso? Tenho sérias dúvidas.
    Primeiro, há que definir que politica cultural e depois arranjar os meios para que se possa ter uma abrangência o maior possivel. Cultura não é só a cidade de Pombal.
    O numero de pessoas não me parece relevante, agora a qualidade, essa sim , deve ser um aspecto em considreação.

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  4. Discordo que não se faça cultura nas freguesias. Alguns dos apoios que contesta se calhar serviram para fomentar essa mesma cultura. O festival de teatro, com excepção deste ano, tem passado por várias freguesias. O encontro de bandas realiza-se alternadamente nos locais onde há filarmónicas. Obviamente que nem todas as freguesias têm espaços que permitam certo tipo de espectáculos, e aí entendo que aqueles que necessitam de maiores meios sejam feitos na cidade. Cultura também é a tradição e as festas populares e todas as freguesias as fazem. Acho é que há autarcas interessados e que conseguem fazer algo nas suas terras. Vermoil é um exemplo disso. No Louriçal fizeram-se os serões culturais e nas Cavadas jornadas culturais todos os anos. Almagreira e Santiago de Litém têm grupos de teatro. Alguma coisa tem-se feito... Concordo que gostava que houvesse mais mas Pombal tem uma boa diversidade cultural. Tenho pena é que não seja bem aproveitada por todos os que aqui vivam.

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  5. Alfredo, boa noite.
    No mar da cultura não me sinto como peixe em água.
    Acredito que o teu post "caiu" no meio de uma pequena tempestade e ficou prejudicado.
    Só te quero dar nota que, também, reconheço na leitura um grande veículo cultural, mas há mais.
    Dou-te notícia de que ontem à noite (Sábado) o mensário Os Doze organizou um sarau onde se tocou e bem, onde se cantou e bem, onde se recitou e bem, no Centro Cultural Padre Petronilho, em Albergaria dos Doze.
    Foi um serão agradável e só com a prata da casa.
    Bem Haja aos Doze.

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  6. Ó anónimo, como eu, das 20.47, acha que a cultura se resume as uma bandas filarmónicas e espactáculos pop? Não, acho eu. Um concelho, que tem como presidente, um sujeito, cujos únicos livros que leu, foi o " Portugal e o Futuro", de A. Spínola, não terá óbviamente qualquer preocupação cultural. A não ser a do voto. Para prepetuar o poder obscurantsita.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Send eu das Cavadas, fico contente por ver reconhecido o nosso esforço, todos os anos, na realização das jornadas sócio-culturais. Obrigado! Agora, quanto à nossa realidade cultural, admito que assumo uma posição semelhante à da "virtuosa" geração da Seara Nova: nós precisamos de elites. Precisamos de lideres. Não para centrar a cultura na cidade (claro que não é isso que pretendo, ainda por cima sendo eu da periferia "extrema" do concelho), mas para servir de "motor", de catalizador de BOAS iniciativas culturais. Meu caro Alfredo Faustino, estou inteiramente de acordo consigo: aqueles concertos que refere são um péssimo exemplo de cultura. Poderão ter algum mérito de "entretenimento" (recordo o Manuel de Oliveira, dizendo em relação aos flmes de Hollywood, que são "para entreter, e para isso prefere o futebol"), mas não me parece que sejam de grande mérito cultural. Mas enfim... nem sabemos se os seus responsáveis pretendem que sejam vistos como cultura, ou se assumem que é algo meramente recreativo. E quanto a esse "insucesso cultural", é-me indiferente que seja presenciado por 10 ou por 1000 pessoas. O que eu gostava era de iniciativas culturais SÉRIAS, mesmo que centradas na cidade. Porque só se pode descentralizar no fim de haver alguma coisa, como poderia dizer um tal de La Palice.

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  9. Anónimo das 23.07, como eu. Nunca referi que espectáculos pop são cultura e nem os considero. Não queira colocar palavras no meu texto. Pergunto-lhe apenas o que considera cultura para que o possa elucidar de alguns eventos que têm decorrido. Percebo que o seu post seja para criticar a Pombal Viva e o presidente, mas gostaria sinceramente que me respondesse à pergunta que lhe formulei. Obrigado pela atenção.

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