24 de maio de 2010

Nós por cá

No Reino Unido anuncia-se poupança de sete mil milhões de euros para reduzir o défice. Cá já sabemos onde se vai buscar as receitas, mas ainda ignoramos, na maioria, onde se chegará nas despesas. No Reino Unido, nem um mês depois de eleições, com um Governo de Coligação já sob fogo cerrado de algumas das suas fileiras, já há um plano e alvos (e leiam que no Reino Unido, institutos públicos serão eliminados). Por cá, sabemos mais de confusões que de intenções. E mesmo as intenções não nos chegam. E como cá, muito do que se faz, faz-se com dinheiro da Administração Central, quais serão as preocupações e os planos de contingência que andarão na cabeça dos autarcas com poder executivo. Será que já se pensou onde se pode poupar, reciclar ou cortar? Quais os investimentos que se mantêm? Se a atribuição de subsídios obedecerá a uma política clara?

6 comentários:

  1. Por cá não é preciso ser bruxo para saber onde é que se aumenta as receitas, subida de impostos é o mais fácil e tem repercussões muito rápidas.
    No campo da redução de despesas, que é sempre pouco analisado, estou perplexa por uma das medidas passar pela redução em 5% das remunerações ao gestores, e aos titulares de cargos públicos. Só com esta medida, certamente vão ser arrecadadas quantias astronómicas.

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  2. Pois, por isso é que reforcei que se sabe onde se vai buscar as receitas. O campo da redução das despesas é pouco analisado porque implica demasiado tacho que, a ser eliminado, diminui o poder das chefias dos partidos. Quanto aos 5%, por muito que aprecie simbolismos, a incompetência de quem nos deixou neste estado já não se compadece com símbolos.

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  3. http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=46&visual=9&tm=9&t=Orcamento-da-AR-aumenta-em-tempo-de-crise.rtp&article=347223


    http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=1577449

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  4. Eu não queria ser mauzinho, mas acho que no RU cortaram exactamente em relação à AR o que estes aumentam.

    Obrigado, pá.

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  5. Pior ainda que o estrago que este facto causa nas contas públicas, é o rombo enorme que faz na confiança (já reduzida) dos eleitores nos eleitos. Diz o povo (e els vão comprovando) que "eles andam lá para o pagode"!

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  6. Meus queridos camaradas, não tarda muito eu é que começo a entrar em crise, mas neste caso existencial. Cada vez tenho mais dúvidas sobre este sítio onde vim parar. Eu devo ser de outro planeta, porque no meio destas coisas completamente absurdas só posso começar a equacionar a possibilidade de na verdade ser um extra-terrestre.
    Digam-me, como é que é possível manter a calma perante estas coisas? Isto enerva-me, enerva-me profundamente. Será que não há o mínimo de bom senso? Anda tudo doido, ou então é o prazer gozar connosco! Mesmo assim não sei o que é mais estúpido, aumentar orçamentos e gastos com os deputados, ou haver pessoas neste mundo (eu, por exemplo) que ficam revoltadas, enervadas, quase possuídas quando têm conhecimento desses aumentos estapafúrdios.

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