Durante a campanha eleitoral de 1993 um empresário do ramo da construção civil disse-me: “precisamos de um presidente da câmara que deixe construir livremente, em altura o limite é o céu”.
Hoje, a afirmação parece-nos desvairada, mas naquela altura nem tanto porque o espaço para construir escasseava e o mercado absorvia tudo, o bom e o mau. Actualmente, com o mercado saturado pela oferta desmedida cobiçam-se os locais protegidos (reservas) e o centro das cidades. Mas para isso, é necessário obter os licenciamentos de favor, ilegais ou que roçam a ilegalidade, mesmo que se tenha que descaracterizar a paisagem ou o espaço urbano. Em Pombal continuamos a ter muito disto. O Largo do Cardal é um bom exemplo.
Hoje, a afirmação parece-nos desvairada, mas naquela altura nem tanto porque o espaço para construir escasseava e o mercado absorvia tudo, o bom e o mau. Actualmente, com o mercado saturado pela oferta desmedida cobiçam-se os locais protegidos (reservas) e o centro das cidades. Mas para isso, é necessário obter os licenciamentos de favor, ilegais ou que roçam a ilegalidade, mesmo que se tenha que descaracterizar a paisagem ou o espaço urbano. Em Pombal continuamos a ter muito disto. O Largo do Cardal é um bom exemplo.
E a pensar eu que o Guilherme Santos e a sua equipa da altura passaram para conseguir deixar edificar o "Edificio Pombal" bem em cima da "Maria das Neves" e da loja do "Sr. Domingos".
ResponderEliminarAgora, até nem estranho se por cima da "Farmacia Paiva" e das "Farpellas" não apareça um imóvel novinho em folha em todo o quarteirão. Em largura e altura se o arquiteto assim o entender.
Só peço que por favor resguardem um cantinho para a "Cabeleireira Deolinda" e para os "velhinhos Melga no Quarto".
Era bom era estender este conselho do FDCarolino a toda aquela zona aos predios da "Sapataria Cruz" do "Verde Gaio" até ao "bate solas" inclusivé.
ResponderEliminarQuando eu vim para Pombal, o chamado poder local democrático ainda mal falava, mas já havia iluminados que começavam a deitar as unhas de fora. Espantavam-me dois monstros urbanos deixados edificar por um tal Eng, Almeida... Depois veio a longa época Guilhermínica (com o aterro do forum da cidade, o Cardal, a troco de uma passagem desnivelada que devia ter sido feita noutro lado e outras obras, mais ou menos legais, que todos devem lembrar), seguida pelo fogacho Carolínico (curto mandato mas não menos pernicioso para o tecido urbano de Pombal) e chegamos aos Narcísicos tempos, de faraónicas de lapidações ( = deitar abaixo e pôr lápide comemorativa). Alguém se espanta que, com tanta intrujice urbanística, a qualidade de vida dos citadinos tenha atingido o baixo nível que hoje tem?. Quando teremos legislação autárquica que preveja a responsabilidade cível e criminal da má gestão da rés pública? A sanção do voto não chega e é, como temos visto, facilmente manipulável. Saudações.
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