25 de maio de 2009

A engenharia autárquica

O que aconteceu na visita à freguesia/vila do Louriçal na sexta-feira passada fez-me recordar os primeiros tempos de Narciso Mota como presidente, quando se exaltava nas reuniões de Câmara e fora delas. Tenho de memória episódios hilariantes entre ele e Joaquim Guardado, entre ele e Ofélia Moleiro, entre ele e Alfredo Faustino, entre ele e Diogo Mateus, entre ele e Feliciano Duarte, entre ele e Teresa Estanislau. São dos que me lembro no imediato. Eu e ele nunca protagonizámos uma cena destas, helàs. Ficámo-nos sempre pelos recados dele a terceiros e pelo talento que ambos demonstrámos, ao longo dos anos, publicamente, dentro do socialmente correcto. O resto ficará para contar um dia, noutro formato.
De forma que quase não me espantou a cena, não senhor. Ou melhor, espantou-me ligeiramente que Manuel Jordão Gonçalves, o presidente da junta do Louriçal (que recordo desses tempos apoiante incondicional de Narciso, então convicto social-democrata) tenha tido a coragem de afrontar o presidente da Câmara. Assim como assim, isto deve ser uma questão de engenharia autárquica, parece-me. E que encontra o seu modelo – contudo mais polido e sofisticado – no Primeiro da Nação. E por mais que o momento de nervos em franja divirta espectadores, ouvintes e cibernautas, não foi bonito, não senhor. No meio disto tudo, ficamos sem saber quando é que colocam os bancos no Largo D. Luís de Menezes. Nem quando arranjam a calçada. E já agora, o que pensam fazer do alegado Parque de Merendas da minha Moita do Boi, inaugurado com tanta pompa como circunstância na pré-campanha eleitoral de 2005, e entregue à sua própria sorte.

15 comentários:

  1. E o que fazer da "praça de toiros", que não agrada a ninguém a não ser ao próprio presidente da câmara. Em relação a essa praça infeliz (infeliz = feia, nada funcional, absurda....), eu tenho uma sugestão que julgo que pode agradar a toda a gente: o Presidente da Câmara não quer mandar abaixo porque foi obra sua, e "parece mal fazer e depois desfazer". Até posso compreender (mesmo não concordando). Mas porque não passar a responsabilidade para a Assembleia de Freguesia? Era o que eu faria, se fosse o engenheiro Narciso. Dizia à Assembleia de Freguesia: decidam o que querem fazer com a praça, e façam, que eu lavo as mãoes, como Pilatos.

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  2. Cara Sofia:
    Fico sem perceber se o Engº Narciso Mota tinha "episódios hilariantes...quando se exaltava nas reuniões de Câmara e fora delas" ou se afinal "talento que ambos demonstramos ao longo dos anos," (fica-me a dúvida do ambos, mas dou de barato).
    Outra questão tem a ver com o parque de merendas da sua aldeia. Pensava, certamente por falta de informação (Fernando Pessoa é que tinha razão), que o “Penuge”, sendo público, logo da responsabilidade da junta, estava entregue à Comissão de Melhoramentos/Capela do lugar.
    Talvez que me pudesse informar desta minha ignorância, já que tão acérrima defensora da sua terra, nem sempre assim o tem demonstrado, o que é pena.
    Com amizade;
    S.N.

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  3. Amiga e companheira Paula Sofia, boa noite.
    Isto irrita-me.
    Não é que a máquina teima em gozar comigo e não coloca os comentários.
    Vou tentar novamente, mas já sem paciência.
    Sinto responsabilidade acrescida em colocar comentários nesta nova versão.
    É cumum ouvir-se dizer que os políticos são carreiristas, que são isto e aquilo.
    Que é necessário ir buscar à "sociedade civil" pessoas fora da política.
    Foi isso que o PSD fez em 1992 quando convidou o Engº Narciso Mota para candidato à Câmara Municipal de Pombal.
    Na verdade quem o convidou foi o Professor Cavaco Silva, na Aldeia de Santo Antão, na Batalha.
    Temos, então, que esclarecer se queremos "carreiristas" ou "não carreiristas", com todas as suas virtudes e defeitos, mas que conhecem a vida vivida.
    É um bom debate.
    Abraço.

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  4. Esta coisa enerva-me.
    Não é que escrevi cumum, em vez de comum.
    Mil desculpas.

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  5. É uma boa questão engenheiro. E recordada que estou (estamos, afinal) desse tempo em que lhe saiu um peso de cima...só posso concluir que continuo a preferir os segundos. Compreende? Sei que sim. Afinal, foi com essa bandeira que o eng. Narciso se apresentou a Pombal, alegadamente para combater os que faziam carreira da política. Foi há quase 16 anos, veja só. Há carreiras que duram menos.

    Ao SN da casabranca- assim não vale, amigo. Tenho muito gosto em discutir isso tudo consigo (e até os pormenores que estiveram na base da criação do pseudo-parque), mas é quando tiver a coragem de fazer como eu e jogar às claras. Até lá, a diferença entre si e um vulgar anónimo, não existe. Logo, aplico a mesma regra de sempre: só discuto com pessoas.

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  6. Caro Amigo Rodrigues Marques
    O seu tópico, nesta altura do campeonato, nesta altura que se escolhem nomes para as listas é mesmo oportuno. Eu sempre fui de acordo que se deve intercalar numa mesma lista pessoas com diferentes sensibilidades da vida pública. Numa mesma lista devem ir politicos de carreira e agentes de desenvolvimento económico,empresarial, cultural e tambem desportivo. Devem-se apostar nas pessoas pelo o que elas valem e não porque são amigos ou afilhados de alguem importante no Partido. Também não se deve repetir que ja la esteve e se revelou um mau autarca, como é o caso do Sr. José Neves, que o Sr. Eng Narciso insiste em coloca-lo á frente de uma lista, será porquê? Por ter sido colega e amigo de liceu?

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  7. Roque:
    Quer tu queiras quer não o Sr. José Neves é a pessoa com mais consenso no Louriçal. O Sr. José Neves, quando esteve a desempenhar o cargo de presidente da junta de freguesia, demonstrou capacidade de trabalho, orientação recta e objectiva e defensor dos bens públicos. Quer tu queiras quer não, o Sr. José Neves é a pessoa certa para desempenhar o cargo, assim ele aceite esse desafio. Ganharia a freguesia.

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  8. Quem és tu Casabranca? Para falares assim não conheces mesmo nada do que se passou no Louriçal durante os 4 anos de ditadura no Louriçal. Pois deves ser de Pombal e aí quanto mais fraco esteja o Louriçal mais vocês felizes ficam. Os politicos em Pombal sempre marginalizaram o Louriçal. Por isso todas as opiniões que vierem desse lado ignoro-as completamente.

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  9. S.N., isso de "a comissão de melhoramentos/capela" ter responsabilidades na manutenção do espaço, já não se usa. É claramente responsabilidade da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal. Aliás, já muito fizeram os "indígenas" (eu tenho à-vontade suficiente para os tratar assim, sei que eles não me vão levar a mal), que ao que sei, se substituiram às referidas instâncias no louvável trabalho de converter um espaço que era horrivel (desculpa, Paula, mas era mesmo) num parque de merendas / jardim, local de muito maiores méritos. Se fosse cuidado, claro está. Mas este ano há 3 actos eleitorais, creio que não deverá haver problema quanto a isso, não se preocupem, caros Moitenses.
    Quanto ao fluxo turistico que se encaminhava para a Moita do Boi, é reencaminhá-lo para as Cavadas, que é terra mais "aprumadinha" e também tem um campo da bola! :)

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  10. "Aprumadinha" é bem :)
    Concordo contigo sobre o passado do espaço, mas nunca me pareceu que a solução fosse aquela, pois que a localização é pouco simpática. Embora não esperasse que a degradação chegasse a tanto. Na verdade, parece-me que até a dita comissão se desencantou depressa com o projecto que lhe foi "vendido". Naquele dia de festa e porco-no- espeto ficaram prometidos os bancos, que nunca chegaram. E umas casas de banho que nunca se edificaram. Por isso o fluxo turístico pode ser repartido, sim, se quiseres. Há algum parque nas Cavadas?...

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  11. Há, e bem bonito! Já veio public(it)ado no Expressão. Fica lá no meio de uns pinhais.
    Quanto a bancos, é melhor não repetires a expressão, porque "bancos" e "louriçal", nos ultimos tempos, tem dado caldeirada!

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  12. Pelo que me foi informado o Parque de Merendas da Moita do Boi é da responsabilidade da comissão de melhoramentos/festas da Moita do Boi, já que o terreno foi adquirido e está em nome desta, e como tal a manutenção é da responsabilidade desta entidade, apesar de por vezes a Junta de Freguesia fazer a limpeza da mesma.

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  13. Um terreno cuja utilização é pública não pode ser da responsbilidade de uma entidade de direito privado (como é o caso de uma qualquer comissão de melhoramentos), a menos que haja uma concessão de exploração. É como um parque de estacionamento feito à frente de uma habitação: o terreno é do particular, mas o espaço é responsabilidade da junta ou da câmara municipal. É o que me parece, mas aceito mais douta opinião! ;)

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  14. Amigo e companheiro Roque, boa noite.
    Que não sou o Casabranca é público e notório.
    Que não sou de Pombal, também é um facto. Apesar de, quando tive cargos políticos concelhios, sempre ter olhado para o concelho como um todo.
    Não podes afirmar que os políticos em Pombal sempre marginalizaram o Louriçal.
    Sabes, tão bem como eu, quão difícil foi elevar a povoação do Louriçal a Vila.
    E conseguimos.
    Com muitos "pauzinhos" na engrenagem, mas conseguimos.
    Vamos, agora, colocar um dos nossos do PSD na Junta de Freguesia.
    Independentemente de quem seja o candidato, será sempre um bom candidato.
    Até lá...
    Abraço.

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