25 de maio de 2009

Sinceramente, julgava que já estava no Séc. XXI

Narciso Mota disse que gostaria que “houvesse terapeutas para tratar todas essas causas que dão origem a problemas complicados, e aquelas causas contraproducentes àquilo que é a essência da vida humana, toxicodependência, práticas contraproducentes, homossexualidade e pedofilia”. “Não se facilite, em termos democráticos, aquilo que é contra natura, aquilo que não está na essência daquilo que a gente pretende, em termos de história, de dignificar aquilo que é a pessoa humana”, adiantou.

E eu tomaria que em pleno Séc. XXI vergonhas destas não acontecessem. Até neste plano surgem claras demonstrações de que é mesmo tempo de mudar.

PS: Partir da violência doméstica para uma alegada violência da homossexualidade, passando por quem "manda" (seria tem?) blogs anónimos é tão surreal que nem há palavras para descrever.

32 comentários:

  1. Amigo e companheiro Dr. João Alvim, boa noite.
    Este teu post fez-me lembrar a Bela e o Monstro.
    A Bela porque é linda, linda como o Sol.
    Tem vida. Irradia luz.
    Tal e qual como a famosa marca D&G.
    O Monstro porque é feio, feio como o mafarrico.
    Malandro! Galanteador!
    Mas velho, velho como o diabo.
    É certo e sabido que a bela nunca vai aceitar o monstro.
    E com o PS vá lá saber-se quando é que a bela se transforma em monstro.
    Assim, pelo sim, pelo não, é sempre preferível votar no PSD.
    Aqui temos a certeza que a bela será sempre bela e que nunca se transforma no monstro.
    Abraço.

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  2. Engenheiro, o problema não é o meu 2º parágrafo mas sim o que NM disse. Isso discuto, o resto é táctica, meu caro.

    Abraço

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  3. Os políticos referem muitas vezes (e muitas vezes com razão) que as suas declarações que são descontextualizadas. Contudo sabemos que essa é uma forma clássica de reformular aquilo que foi afirmado anteriormente, corrigindo com linha grossa aquilo que era um risco de esboço.

    Outras vezes são “gaffes”, mas essa até podem ser entendidas. Os lábios pode ser mais rápidos que o cérebro. Mas até podemos entender: afinal “nós” nem sempre somos “seres perfeitos”…

    O problema é quando o cérebro e o coração se juntam para escrever (reforço, escrever) um discurso como este. Narciso Mota acredita mesmo no que disse. Não foi "gaffe", não está descontextualizado. Por favor, para quem ainda não leu a noticia na integra, faça-o.

    “(…) a violência da pedofilia, a violência da homossexualidade, que não está em sintonia com aquilo que é a razão natural da vida”. É demasiado violento ter de aceitar que ainda exista quem pense desta forma obre este assunto. Tão violento que não compreendo e não posso aceitar. A democracia não é apenas aceitar as ideias de todos porque a elas têm direito, é defender princípios que incluem todos, livremente. Não apenas porque está na constituição mas sim de forma honesta, verdadeira, de coração.

    Declarações destas exigem que sejamos exigentes. Da direita à esquerda, de cima, de baixo, de todos os lados. Nem me interessa quem ganha. Com este tipo de posicionamento, perdemos todos.

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  4. É assim que se vê o quão retrógrada é a governação em Pombal. Se a própria presidência tem estas posições perante a homossexualidade é natural que surjam situações de descriminação entre a população.
    Se calhar até seria um bom projecto para a campanha eleitoral: uma clínica para tratar homossexuais, não? No meu entender, devia haver sim terapeutas para políticos que não têm abertura suficiente para considerar as diferentes opções e respeitá-las.
    Provavelmente este senhor não tem familiares ou amigos com uma orientação sexual diferente, porque se tivesse talvez aprendesse a respeitar.
    Para concluir, o que é dignificar a pessoa humana? Não creio que aquilo que cada um faz com o seu órgão sexual de legítima vontade e obtendo prazer, não pondo em causa o prazer do outro, vá contra a dignidade humana.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Como podem constatar, também os dedos podem ser mais rápidos que o pensamento. Perdão a todos pelos lapsos de "ésses"e "émes".

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  7. Cada um mete o que quer, onde lhe apetece, as vezes que for capaz!
    Atenção, que a voz de Narciso talvez ainda seja a voz da maioría. Tenho dúvidas que a maioria da população do concelho de Pombal não concorde com o que disse o engenheiro, por muito que isso nos doa (a nós, os "iluminados"). Ou seja (e era para aqui que eu queria encaminhar a discussão), o Filipe Eusébio já definiu com a sua habitual clarividência uma questão essencial da democracia. Mas então e "a vontade da maioria", onde é que mora no meio disto tudo? Ou seja, mais uma vez (e agora dramatizando a coisa, para parecer mais importante): Se esta for a opinião da maioria dos munícipes, não a devemos aceitar e ACATAR, em nome da propalada "verdade democrática", ou "verdade do povo"?
    Eu acho que não. Agora, postular a questão no abstracto é que é uma carga de trabalhos!

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  8. Eu continuo "maravilhado" com a violência da intervenção. Cada um que pense o que quiser pensar e que o exprima, da mesma forma que acho esta posição de Narciso Mota verdadeiramente insustentável de tão inenarrável que é. Que ele questione a homossexualidade é lá com ele, mas misturá-la com pedofilia (as outras violências é que nem vale a pena começar) mostra ignorância e intolerância ao levar a questão para o baixio para onde leva.

    Têm direito a dizê-lo, sempre e vezes sem conta, assim como eu tenho direito a sentir-me profundamente envergonhado com o que é dito, principalmente quando se é Presidente da Câmara. Afinal não estamos a falar de um pobre diabo sem formação e sem conhecer o mínimo do mundo.

    E nem se venha com argumentos de politicamente correcto: neste caso é mero bom senso- não misturar o que não mistura e, sinceramente, respeitar as opções de vida privadas de cada um ou essas só contam quando se é de certa forma. Lamentável a todos os títulos.

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  9. E já tem repurcussões a nível nacional. Até chamou a atenção da Visão.

    http://aeiou.visao.pt/presidente-da-camara-de-pombal-quer-tratar-a-homossexualidade=f510163

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  10. Boa noite.
    Pela enésima vez vou tentar colocar um comentário.
    Reconheço que fui formatado em princípios e valores que, ainda hoje, reconheço como certos.
    É o eterno dilema do Bem e do Mal.
    Reconheço, também, que a intercepção das duas linhas (a do bem e a do mal) deveria ser um ponto fixo.
    Mas não é.
    Dizia o Mestre que se lhe dessem um ponto fixo no Universo, com uma alavanca, moveria a Terra.
    O que o Engº Narciso Mota disse, disse num determinado ambiente e num contexto.
    Descontextualizando-o dá o que dá.
    Eu sei que gostariam que o Engº Narciso Mota não fosse ele próprio, mas tirem daí o sentido.
    Ele será sempre ele e a maioria dos pombalenses identifica-se com ele e são puros como ele.
    Abraço.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Como diz uma pessoa que admiro muito: "tempos houve em que a homosexualidade era punida com pena de morte. Mais tarde deixou de o ser e passou mesmo a ser tolerada. Hoje já é legal o casamento entre homosexuais. Bem, eu espero já cá não estar quando isso for obrigatório!"
    :)

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  13. Concordo, Filipe, bons tempos. Perfeitos, só mesmo se o Eng. Narciso Mota for compulsivamente requisitado para o Registo Civil e encarregado de reconhecer perante o estado tão sagrados laços matrimoniais.

    Engº Rodrigues Marques: obriga-me a agradecer-lhe, embora me custe que tenha atirado tão prontamente a toalha. Então diz que as salomónicas palavras de Narciso Mota são descontextualizadas...e depois não explica essa descontextualização, dando razão a quem nela não acreditava à partia. Podia ter-se ao menos recordado de que, não tendo funcionado com o Primeiro-Ministro o mesmo argumento-de-malha-larga, não seria aqui que ele iria vingar. De qualquer modo, deixe-me reconhecer o esforço heróico: sacrificar-se - e à sua fama de bom refutante - para salvar um evidente cadáver (as afirmações, não o próprio Narciso Mota), é de facto de uma nobreza invulgar, para os dias que correm.

    Uma última nota, para quem ache que tem orelhas para virar o bico ao prego: tentar transformar este post numa discussão sobre homossexualidade está poucos furos acima de dizer o que disse Narciso Mota. Não esse o cerne do conflito, embora seja o que, do ponto de vista moral, mais salta à vista. Mas, sob análise fria e no tocante à pura desproporcionalidade, a comparação entre pedófilos/agressores de mulheres, etc. e autores de blogs que não beijam o real traseiro aos duques e barões do regime é a que melhor rubrica a falta de senso social e democrático do Engº Narciso Mota. E, portanto, a sua total falta de nível para o cargo que ocupa. Não se exige uma única corrente de pensamento aos titulares de cargos públicos - eu, pelo menos, não exijo. Mas que saiba fazer uma análise do que o rodeia livre de erros crassos (porque não tão subjectivos assim, de um ponto de vista político) e, para usar um exemplo de "violência", estupidez.

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  14. Que vergonha! Embora este caso deva ser divulgado, não deixa de me envergonhar perante o facto de estas declarações terem sido alvo de interesse por parte da visão, tendo assim repercussões a nivel nacional.
    Eu não quero assim a "minha" santa terra ser mal conotada por declarações retrógradas do presidente da câmara, por isso, só vejo uma opção: mudar de presidente, já que a mentalidade dele deve ser quase impossível mudar.
    De qualquer modo não ficava nada mal um pedido de desculpas por parte deste senhor, não só aos homossexuais e à população pombalense que por eles intercede, mas também a todos os bloguistas e seguidores de blogues que são igualmente mencionados no sentido da violência, tudo isto misturado com violência doméstica e pedofilia.

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  15. Engenheiro.

    Com toda a estima e consideração que me merece, e tal como o João Gante, mas que descontextualização é que há aqui? Nenhuma. Todos nós o sabemos e o meu amigo também sabe. Faço minha a análise do JG: a sua dedicação merecia outro cenário.

    A mistura, se não fosse trágica, era cómica.

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  16. Amigos e companheiros e, em particular Dr. João Alvim, boa noite.
    Quando tiramos a Carta de Navegador de Recreio (86046), na graduação de Patrão de Vela e Motor, a primeira coisa que nos ensinam é que na embarcação só há uma corda. A corda do relógio. Todos os outros são cabos.

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  17. Verificado que está o acesso, vamos à anedota clássica que, também, "faz parte" do curso.
    Um marinheiro corre, pelo convés, espavorido, gritando:
    - Comandante! Comandante! Temos p......... a bordo.
    A p.... do Imediato sabe a m..... .,
    O do cesto da gávia farta-se de rir.
    Respeito, mas não compreendo.
    E mais não compreendo por que é que os desvios sexuais não hão-de ser tratados, clinicamente.
    É disto que estamos a falar.
    Sei da milenar aberração mas, também, sei da evolução da medicina.
    Que raio por que é que não acabamos/minimizamos estes desvios?
    Estamos, ou não, do mesmo lado?
    Abraço.

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  18. Caro Engenheiro Marques, o Sr. Narciso Mota comparou homossexualidade com dois crimes e uma patologia ou um crime e duas patologias: pedofilia, toxicodependência e alcoolismo. Tem direito a opinião? Tem, claro. Esta opinião respeita direitos fundamentais? Não, violenta-os. Esta opinião dignifica os pombalenses? Não, nem no país através da Visão, nem em Espanha junto da médica que lá estava a emitir opinião científica, nem junto de quem quer que tenha noção dos limites. Esta opinião é relevante para a Gestão Autárquica? Pode não ser na plenitude, mas revela que a pessoa que ocupa o órgão de Presidente da Câmara está ultrapassada em pontos consideráveis pela sociedade em que se insere. Esta opinião é defensável? Da sua parte não deveria ser.
    É que o que se discute é que esta opinião revela tanto da visão de Narciso Mota sobre a liberdade sexual como da sua visão do que é um toxicodependente, um alcoólico ou um pedófilo.
    Eu sou sincero, o Sr. Engenheiro Marques tem sempre a possibilidade de me ensinar muita coisa mas eu devo ser péssimo aluno porque ainda não aprendi nada consigo: fui à procura de todos os ensinamentos na net sobre barcos, cabos e relógios e junto de meu pai e meu irmão que também têm Carta de Navegador de Recreio e ainda não percebi a ligação com o que realmente interessa nesta questão.
    Sobre o Bem e o Mal do primeiro comentário, aconselho-o na humildade a que a idade me obriga a reler a Divina Comédia.

    Deste seu aprendiz...

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  19. Amigo e companheiro Dr. João Coelho, boa noite.
    Eu não pretendo ensinar nada a ninguém, apesar de estar habilitado com o meu CAP pedagógico.
    Limito-me, tão somente, a relatar a vida vivida que Deus me permitiu viver.
    Agora peço-lhe que não me obrigue a ler, novamente, a Divina Comédia de Dante.
    É muito violento para a minha idade.
    Assinas: Aprendiz de feiticeiro?
    É um risco!
    Não te zangues comigo.
    Com dois abraços.

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  20. Amigo Rodrigues Marques

    Milenar aberração? Tratamento clínico de que desvio?

    Definitivamente não estamos no mesmo lado. Percebo as questões geracionais em encarar a questão, mas mais que isso, talvez exactamente por questões geracionais, não consigo.

    Abraço

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  21. Em tempo:

    Independentemente das considerações sobre a sexualidade, há comparações que são absolutamente inenarráveis e insustentáveis. Nem aprendizes, nem mestres, nem ninguém que esteja de boa fé as faz ou deve fazer. Tão simples quanto isso. O facto de serem insultuosas ou revelarem uma ignorância atroz seria o suficiente, como o Eng. bem sabe, porque sabe.

    Por isso mantenho que há defesas que não se justificam, por muito que o pareçam.

    E meu amigo, se me permite que copie uma das suas figuras de estilo, choro por si!

    Mas sempre com estima e consideração

    Abraço

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  22. A atitude discriminatória começa precisamente em olhar-se para a homossexualidade como uma doença (ou "desvio", pleonasmo para identificar da mesma forma), e daí a possibilidade de uma "cura", que o eng. Rodrigues Marques apregoa. Ora, a mim parece-me que não há nada a curar, trata-se de uma opção sexual, tão legítima como qualquer outra (não o será à luz da lei "da procriação", ou à luz da igreja, por exemplo. Mas é-o seguramente na esfera da cidadania). Não temos que "curar" homossexuais, na minha opinião. Como não temos que curar pretos, nem temos que curar os que professam a religião islâmica, nem temos que curar os espanhois só por serem espanhois. Temos apenas que aceitar que são diferentes, mas igualmente respeitáveis. Outra coisa que não este respeito, é pura discriminação.

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  23. Amigo e companheiro Gabriel Oliveira, boa noite.
    Qualquer médico o informa que o intestino grosso tem, no seu terminal, uma válvula que está preparada para abrir à saída.
    Essa válvula encontra-se a cerca de 4 centimetros do anus.
    Está preparada para abrir quando se evacua.
    Como qualquer valvula, se a forçarem, no sentido contrário, relacha. E as fraldas, meu Deus.
    Assim agradecia-lhe que me explicasse o que é que as raças, as religiões e os Estados têm a ver com aquilo que a natureza criou com determinado objectivo?
    Será que estamos a falar de deuses menores?
    Se assim for converto-me já!
    Mas, de preferência, com borrachinhos, mas que não cheirem a leite.
    Não sei se com abraço, ou se sem abraço.

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  24. Caro Rodrigues Marques, com o "argumento da válvula" (podemos tratá-lo assim?) é que você me tramou! Pois eu não sabia do tal esquema da válvula (4 cms? eh pá, fica ali mesmo à mão de semear!), e nesse caso sou forçado a concordar consigo: É UMA ABERRAÇÃO DA NATUREZA! Nem sei se curá-los não será um desperdício de dinheiros públicos... talvez o mais adequado fosse eliminá-los de vez. Ou metê-los na prisão. Isso já se fez, em épocas mais avançadas... nos tempos em que reinava a Santa Igreja, inquisidora e defensora da perfeição humana. Houve outro tipo (um gajo de bigodito), igualmente perfeccionista, há coisa de sessenta e tal anos... mas esse não foi tão bem sucedido!
    Com um abraço (sem medo, um abraço é como um copo de àgua: não se nega a ninguém),
    Gabriel

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  25. Parece que estamos aqui a falar de mecânica!
    As válvulas referidas, denominam-se esfíncteres e na zona anal temos dois, o mais interno que é involuntário (responsável pela sensação de necessidade de eliminar) e outro mais externo que nós conseguimos controlar, até que cheguemos ao local mais apropriado para o fazer. Sim, é verdade que a introdução de quaisquer objectos através dos esfíncteres, a longo prazo poderá provocar o seu relaxamento. Pode não ser através de qualquer acto sexual anal, mas até mesmo quem sofre de distúrbios intestinais que obrigam a exames e técnicas de limpeza de intestino frequentes.
    Os homossexuais devem estar cientes disso, e se preferem arriscar, o mal é deles e têm que estar preparados para as consequências. Mais, a maioria nós no dia-a-dia tem comportamentos que comprometem a nossa saúde a longo prazo, por exemplo através da alimentação. O homem também não foi criado com o intuito de ingerir alimentos fritos, aliás o nosso organismo não está devidamente preparado para isso, e no entanto quase todos ingerimos fritos.
    Por isso, quem tem legitimidade para dizer que os esfíncteres humanos não estão preparados para a homossexualidade? Agora lembrei-me de outro factor, homossexualidade não é só entre homens, mas também entre mulheres. Nesse caso também há risco de na posterioridade não se ter o devido controlo esfincteriano e isso constituir um problema que exija tratamento?
    Escrevi, escrevi, escrevi e no fundo os senhores que consideram contra-natura a homossexualidade percebem mais disto do que eu. Porque será?

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  26. Concordo inteiramente contigo, JA!
    Se elencássemos todos os nossos actos contra-natura, teríamos que nos eliminar, ou curar, ou discriminar uma porrada de gente! Como n'O Alienista, do Machado de Assis... acabávamos todos internados, por coerencia e zelo.
    Sinceramente, acho que devíamos estar "noutra era"! O respeito pela diferença (que é muito mais do que mera tolerância - tolerar parece próximo de "aturar as imperfeições", e não é disso que se trata, na minha perspectiva), a capacidade de perceber que as opções sexuais de cada um são algo da sua esfera privada que não nos compete julgar... isso deveriam ser conquistas civilizacionais já adquiridas. Mas parece que ainda não é bem assim...

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  27. Amigo e companheiro JA, bom dia.
    Agradeço-lhe, reconhecido, a lição.
    O "Porque será?" é que é mauzinho.
    Coloquei a questão da forma como a coloquei porque entendo que se deve espalhar aos quatro ventos uma informação importante, que mete, também, a mecânica de fluidos à mistura.
    Como verifica não há, pela minha parte, qualquer reserva mental.
    Limitei-me a enquadrar a liberdade com a responsabilidade.
    Espero ter sucesso.
    Abraço.

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  28. Engenheiro Rodrigues Marques,

    Quer comparar o número de casais hetero que fazem sexo anal com o de gays? Ou prefere talvez ver e saber de alguns episódios de cariz "sexualmente escandaloso" envolvendo homens ditos respeitáveis?

    Max Mosley, um dos patronos da Fórmula 1, foi apanhado com 5 prostitutas numa fantasia nazi. Quer falar de deboche? A mim não me importa muito, eu não espero perfeição de ninguém e muito menos pretendo controlar a privacidade de qualquer indivíduo que não represente um perigo para a sociedade.

    O Engenheiro é que vai um passo além: não só quer controlar a dita privacidade (a qual ignora grosseiramente) como quer interferir na biologia/psique mais "sagrada" de pessoas que do Engº não diferem um milímetro, como seres sociais.

    Tem direito a essa visão. Como nós temos a nunca o ver numa posição em que a possa fazer valer.

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  29. Amigo e companheiro Dr. João Gante, boa noite.
    "Poça"! Para não dizer outra coisa que o nosso querido administrador do Blog iria censurar.
    Limitei-me a enquadrar a liberdade com a responsabilidade.
    Será que a minha liberdade foi para além da minha responsabilidade?
    Creio que não!
    Apesar de tudo, mantenho tudo o que disse.
    Abraço.

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  30. É extremamente interessante a referência feita pelo amigo Gabriel Oliveira ao livro "O alienista". Só quem conhece a história conseguirá acompanhar este raciocínio: Imaginemos o que era começar a colocar todos os homossexuais numa casa por serem considerados casos patológicos, seria de certo "uma rambóia". Depois juntemos os pedófilos, os toxicodependentes,os que são agressores em casos de violência doméstica e, para ajudar à festa, os bloguistas. Perfeita harmonia!!!
    Com o desenrolar da história, no referido livro, a situação inverte-se, o que me deixa com um sossego enorme, pois sendo bloguista poderia continuar a fazer a minha normal.
    E no fim de tudo, o boatos consideravam que o único insane era o mentor de toda aquela situação. Será que nesta situação se passa o mesmo? Talvez, porque ao não respeitar as opções dos outros está a cometer-se um atentado à dignidade humana.
    Moral da história: Ninguém é perfeito!

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  31. Uma leitura exacta d'"O alienista". Espero que tenha gostado tanto do livro quanto eu. Foi por aí que descobri o Machado de Assis, há já muitos anos, e fiquei fã. Recomendo a todos, vivamente. Alienistas, Dons Casmurros, Brás Cubas... tudo boa gente para se conversar!

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  32. Caro Alvim, depois de ler vários artigos deste blog vejo-me, de certo modo, "obrigada" a fazer um breve comentário sobre este texto...
    Como todos sabemos, a toxicodependência é vista como algo curável. Temos por todo o país um vasto leque de clinicas capazes de ajudar todos aqueles que estão mergulhados neste mundo. É certo também que a pedofilia é uma doença, crónica na opiniao de muitos entendidos. Ora, é certo dizer entao que ambas (toxicodependencia e pedofilia) são curaveis!
    E nao é menos certo que nao posso concordar com este manifesto politico, anti-narciso! As coisas quando criticadas devem ser feito com segurança e certeza. De facto, muitos casos da homossexualidade pode ser curada! Existem dois tipos de homossexuais, um deles resulta de perturbaçoes mentais, o facto de por exemplo, terem sido abusados sexualmente no passado faz com que muitos deles desenvolvam este tipo de orientaçao. O Hospital Magalhaes Lemos, tem uma area que trabalha com este tipo de problemas... Pois é, se calhar o senhor Narciso ouviu um certo debate na rtp e afinal nao está a ser tão retrógada, mas sim, mal interpretado! Atençao que nao venho aqui defender ninguem, apenas mostrar que existem um lado dentro da homossexualidade que sim, pode ser curado, e outro que se pode dizer uma especie de ideia inata (citando Descartes. Estas ideias inatas, claras e distintas, não são inventadas por nós mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Elas subsistem no nosso ser, em algum lugar profundo da nossa mente, e somos nós que temos liberdade de as pensar ou não. Representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas, razão pela qual servem de fundamento a todo o saber científico. Daí ser absurdo dizer que este tipo de Homossexualidade seja curavel. No entanto as percentagens sao inferiores ou primeiro tipo!

    Ana

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