4 de setembro de 2013

Põe-te em guarda…

Estas Eleições Autárquicas – talvez como outras – têm sido, pelo menos até agora, uma pasmorrice: ausência de projetos, de ideias, de debate, de confronto, de tudo o que deveria fazer parte da "festa". Se não estivessem espalhados uns outdoors pelo concelho, pareceria, até, que não estávamos em período eleitoral.
O Farpas tem procurado animar a festa, e, na ausência de melhor, vai-se agarrando a pequenos e, talvez, relevantes sinais: uma imagem, um slogan, uma frase solta.
O CDS, e nomeadamente o seu candidato à camara – José Guardado -, tem, “merecidamente”, passado incólume por aqui. Mas como não há candidato que não apareça em outdoors (mesmo que estes não os beneficiem), também não há candidato que não use o Facebook (mesmo que este os prejudique).
Por estes dias circula na net uma “Petição para os reclusos limparem as matas nacionais”. Uma daquelas iniciativas impensadas, mas que revelam muito de quem as apadrinha. José Guardado logo se adiantou a partilhá-la no seu mural com um “Concordo Plenamente!”.
A concordância plena com a petição para os reclusos limparem as matas nacionais diz muito do cidadão José Guardado e do candidato a político. Revela-nos os valores, os princípios e, por conseguinte, o modelo de sociedade que José Guardado defende, mas revela-nos, também, alguma impreparação para o cargo a que se candidata.
Muito haveria para dissertar sobre os valores, princípios e modelo de sociedade que estão por detrás dos que defendem a utilização dos presos para a realização de trabalhos que a sociedade não quer fazer, seja na forma forçada ou voluntária. Relembro, só, que na época da guerra fria o Ocidente acusava a URSS de forçar os presos (políticos e outros) a trabalhar. Agora, parece que queremos importar o modelo.

A política é a arte do possível. Não ter noção do que é possível é uma grande lacuna de um candidato a político. Ora, a utilização de presos na limpeza de matas na forma forçada é impraticável – nisto os soviéticos foram práticos, faziam-no em regime fechado -, na forma voluntária é lunática. 

32 comentários:

  1. Até à presente data, José Guardado teve azar: foi ignorado. Dele não disseram nem bem nem mal.
    Finalmente, fez ou disse algo de polémico: os presos devem trabalhar. O Adelino Malho entende que é errado; eu entendo que é correto, que é uma evidência. Em todos os países os presos efetuam trabalhos e em alguns (Suíça) até pagam a hospedagem no “hotel”.
    O trabalho evita a solidão e a clausura, contribui apara a formação profissional e para recuperação social do delinquente e diminui os custos dos contribuintes.

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    1. Oh Fernandes, porquê essa tendência para lateralizar a questão?
      Não é preciso ir à Suíça para ver presos a trabalhar, em Portugal também o fazem (numa lógica de preparação para a reintegração na sociedade.
      Questão bem diferente é a que se prende com a utilização dos presos para a limpeza das florestas…
      Boas,
      AM

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  2. Bom dia
    Candidato José Guardado um puro em virgem na Política, daí a imaturidade, diz o que pensa e deixa transparecer a honestidade e integridade que lhe conhecemos.

    Na questão dos incêndios a melhor receita é a prevenção, logo, porque não colocam os militares a vigiar as florestas em vez de ficarem nas casernas a criar maus vícios? Aos 24 anos fui convidado para um meeting da JSD, foi abordada a questão dos fogos, e propus esta solução, nunca mais me convidarem para este tipo de eventos,

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  3. Bom dia,
    Que ideia tão absurda a deste povo... agora querem pôr os presos a trabalhar?!...coitadinhos deles. Muitos nunca o fizeram, como é que agora se iam habituar à ideia e ao esforço. Eu até propunha que para determinados reclusos, tipo os incendiários, que o fizessem de manhã à noite, sendo a única refeição uma carga de biqueiros logo ao levantar da cama...Para a Adelino Malho ficaria um cargo de chefia e acumulava também com o cargo de DRT (Defensor dos reclusos que trabalham)!

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  4. A idéia base é que devemos punir os presos com trabalho?
    Então o trabalho não enobrece e liberta?
    Upssss....isto é o que está escrito na placa de entrada, de Auchwitz.....

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  5. equem disse que josee guardado não era um comunista' agora tambem deve ter oferta de algum pote de mel! chamem doido mas não é apenas oportunista

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  6. O populismo da medida (e de alguns comentários aqui expressos) não me choca (digo-o sem qualquer ponta de ironia). Está na génese do programa partidário/ideológico de uns (José Guardado, pelo CDS), ou do pensamento (redutor, a meu ver) de outros.
    Discordo da marca "soviética" da coisa. A mesma marca poderia ser catalogada como "nazi", "romana", "Grega", etc... - Todos esses, e muitos outros, o fizeram. Preso = escravo em muitos povos, durante milénios.
    Se quiserem olhar a questão com outra profundidade, podemos lembrar que a associação de que a qualquer prestação social (ou algo que, de forma populista, se assemelhe a tal) se deve impor uma contra-prestação em trabalho é, nos tempos que correm, uma bandeira da Direita conservadora.
    Se virem bem, este argumento usado com os presos está muito próximo do outro de que "os desempregados deviam ir limpar as valetas", ou o outro aqui citado, de utilizar os militares (esses "imprestáveis" que estão a mandriar nas casernas e a ganhar maus vicios) em serviços vários como o da limpeza das florestas.
    Os meus "camaradas de esquerda" vão crucificar-me, mas eu até acho o modelo defensável, em teoria. Mas de facto não concordo com ele, porque acho que reduz a dignidade dos visados a níveis a que não acho aceitáveis. A mensagem subliminar é a de que "nós damos uma esmola a estes malandros, mas eles têm que fazer isto e aquilo...". É a velha dialética da diferença entre a "esmolinha piedosa" e a assistência devida a quem, em determinado período da sua vida, se encontra numa situação mais desfavorecida, mas que por pertença a uma sociedade solidária, tem DIREITO a uma compensação que lhe permita retomar a sua vida normal.
    Quantos aos militares, acho mais absurdo ainda. Se não há "trabalho militar" para tanta gente, então não se coloquem tantas pessoas nas forças armadas. Seria como contratar professores para as escolas, e exigir que eles façam agricultura, porque no ensino são todos uns malandros...

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  7. Boa noite
    Caro Sr. Gabriel: confesso que gostei da dissertação. no entanto, outros pensamentos podemos acrescentar.
    As Forças Armadas são o garante da defesa, estabilidade e democracia de um País, logo, existe um serviço militar obrigatório. Quando cumpri serviço militar obrigatório tínhamos várias especialidades, de entre elas a de sapadores bombeiros, a especialidade era instruída no Entroncamento.. Que faz um homem sem ocupação? sempre algo de improdutivo, sob pena de ficar apático a tudo, (jogos de cartas, beber uns canecas, etc)

    Quanto aos presos, a questão que eu levanto é: afinal eles vão para um hotel com cama mesa, roupa lavada, televisão e direita a quarto para receber a companheira ou vão para ser punidos por algo de errado que fizeram à sociedade? Entre estar sem fazer nada e fazer um serviço útil que lhes ocupe o tempo e os ajude a repensar os comportamentos sociais, qual o melhor caminho? eu defendo uma ocupação útil. que seja apagar os fogos na floresta, ou outra; julgo até que o trabalho ajudaria na reintegração social; neste caso os técnicos de reinserção social têm uma palavra a dizer.

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  8. Amigo e companheiro Candidato, Dr. José Guardado.
    Por favor, não baixes a guarda, que o camarada Adelino Malho e um brincalhão.
    Abraço

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  9. Boa Noite,

    Não podemos rotular um candidato ou um partido olhando apenas para uma ideia isoladamente. E para quem pensa que as ideias do CDS se limitam á limpeza das matas, quero deixar aqui o seguinte:

    Chegou-me á pouco a informação de que a candidatura apoiada pelo CDS á freguesia do Louriçal deu a conhecer um plano de intenções onde consta a implementação na freguesia, através duma empresa Sul-Coreana, duma academia de futebol para jovens Japoneses, Coreanos e Chineses.

    Falta agora a candidatura do CDS á CMP promover a construção dum aeródromo em Pombal para receber os chateres...

    Podem não ter o Futre, mas fazem-nos cada finta.....

    Estou gemada.

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    1. Paula Luz agora é que estragou tudo... gemada no feminino? Então antes não estava chocado no masculino? Lá se partiu a casca do obo.

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    2. Olhe que não! Olhe que não! Olhe que não!

      Errata: onde se lê "chateres", deve ler-se "charteres";
      onde se lê "gemada", deve ler-se "em gemada".

      Caro Sr. Pedro Brilhante, faça o favor de corrigir o tiro.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Não há nada para corrigir Paula.

      Boa noite.

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  10. Caro Gabriel
    Seguiste a falácia da teoria da conspiração que esquerda tanto gosta de utilizar para combater as medidas legais que levam à imposição de deveres aos beneficiários de prestações socias.
    É a esquerda quem diz que os desempregados são uns malandros. A dita direita apenas diz que quem tem direitos também tem reciprocamente deveres.
    Parece-me que o assunto deve ser discutido de forma séria no plano moral, ético e até pragmático ou utilitarista, sem invocar argumentos que os outros não “argumentam”.

    Caro Eduardo
    A tua cegueira ideológica só te permite ver parte da realidade. Não te permite ver o que também estava escrito no Código Penal da Rússia comunista, onde governou um “irmão gémeo” de Hitler chamado Estaline. Lá, não trabalhar constituía crime punido com prisão (talvez a cumprir nos Gulags).
    Estabelecer a possibilidade dos presos trabalharem, não é uma punição mas uma medida que permite a formação profissional e a ressocialização. Entende sem visões vesgas que os presos preferem sair para trabalhar do que ficar o dia todo na prisão.
    Porém, a medida (trabalho no exterior) talvez não tenha exequibilidade prática por falta de meios humanos e económicos para vigiar os presos e suportar os custos…

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    1. Caro JGF,
      estás enganado: não estou cêgo, nem à esquerda, nem à direita. Algures neste blog, já escrevi que voto em branco. Não sou afiliado de nenhum partido, não uso palas que me permitam julgar um esquerdista ou um direitista. Aliás, não julgo ninguém. Julgo circunstâncias e não pessoas, porque também não sou perfeito como elas.
      Usei o exemplo Nazi, apenas como exemplo naquele momento. Podia ter acrescentado outro exemplo, como o dos Gulags, mas naquele momento não tive mais tempo para estar online, porque também eu tenho uma vida real para viver.

      ( E não sou Anónimo! vai á thread da Justiça, e aceita o meu repto. Se quiseres )

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  11. O comentário do Gabriel Oliveira é muito lúcido.
    E de facto concordo com ele.
    De que adianta mandar limpar florestas aos presos, se existe Lei para obrigar os donos dos terrenos a limpar??? Ora, se alguém pensou em investir o dinheiro em floresta (eucaliptos/pinheiros/etc), sabia de antemão que teria de pensar também nas OBRIGAÇÕES a que está sujeito por Lei! (onde se inclui a limpeza, não é?)
    Ora bem, se "aplicamos um castigo corporal" aos presos, seria despenalizar/descriminalizar os PROPRIETÁRIOS dos terrenos florestais!
    Que inteligente...isso era como um mau empresário duma empresa de construção que está à beira do fim, e pedimos a um preso julgado por roubos, que vá tomar conta da entrada da empresa, para que o empresário não fuja com as máquinas! Faz algum sentido?

    O esclavagismo, por esta e por outras, foi abolido! Pensem nos efeitos, por exemplo, dos Gulags Soviets, ou dos campos de extermínio Nazis. Como exemplos mais recentes, lembrem-se dos Portugueses, emigrantes à força das circunstâncias, que são usados como escravos nos campos agrícolas Espanhóis, na zona de Almería. Ou na Holanda. Estes sim, são presos: escravos do dinheiro.

    Tenho dito.

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  12. No final desta discussão as matas continuam por limpar.
    Os presos pagam a sua divida à sociedade apenas com a reclusão.

    E a dignidade (por vezes irrecuperável) daqueles que, através da conduta criminosa dos reclusos, foram espoliados de bens fundamentais como a vida, a integridade física, a honra, a confiança, o patrimonio, alguem se lembrou da dignidade desses?

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    1. Ou seja, para ti, fica claro que o desejo infindável de vingança gerará um conforto nos afectados, e gerará medo e desconforto no recluso.
      Olha, aquilo que eu aprendi na vida é que todos, sem excepção, podemos errar na vida. De forma premeditada ou de forma não-premeditada.
      É que se erramos de forma premeditada, sabíamos ao que íamos, de forma consciente. E por isso pode-se pagar: paga-se na barra da Justiça (ainda que como eu escrevi, a Justiça em Portugal funciona muito mal).
      Mas podemos todos errar de forma não-propositada, acontece todos os dias, por sermos Humanos.
      Posto isto, e caso tu um dia falhes de forma não-propositada e fores julgado no Tribunal, será que tu gostarias de levar com o "castigo corporal" também?... Ah pois...só quando nos metemos no lugar dos outros é que pensamos com clareza.

      Eu confesso que olhando, por exemplo, para o violador de Telheiras, que violou a vida, estropiou sonhos e sono calmos, de 72 mulheres (fora aquelas que ficaram por provar...), eu confesso que no meu íntimo esse "senhor" merecia um castigo exemplar, para que outros pudessem seguir o medo do exemplo. Mas ter medo que ele erre, é um exercício retórico, porque como eu afirmei agora, essa pessoa vai errar de certeza. Uma questão de tempo. Não é saber «se», é saber «quando». E tenho a certeza que por muitos "castigos corporais" que lhe déssemos, ele iria reincidir no mesmo erro. Porque com ele acarreta um problema psicológico muito grave!
      Agora, se me disserem que esse recluso violador tem de ser tratado, ás custas dos valores e bens dele, então sim: concordo! Não temos nada de pagar pela doença dele!
      Pensamentos de fuzilamentos, de trabalhos forçados, e afins, é regredir. Lembrem-se do que motivou a 2ª guerra Mundial, para além do espectro meramente político...

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    2. O senhor leu o que não escrevi.

      Em parte alguma defendi o "desejo infindável de vingança", até porque aprendi no Curso de Direito, que as teorias retributivas das penas nunca fizeram baixar a criminalidade.

      De igual modo, também não defendi o "castigo corporal", nem defendo (verifico é que o senhor faz a analogia entre trabalho e castigo corporal. Uma visão no mínimo estranha.)

      O que não posso aceitar é que se faça a apologia "do coitadinho do recluso", minimizando ou até mesmo olvidando, a conduta que o levou ao cumprimento da pena de prisão e sobretudo sustentando a critica em valores como a dignidade humana.

      Claro que a dignidade humana é inviolável. Mas tanto é a do recluso como a da vitima deste.

      E uma vez que falamos de penas de prisão, é bom esclarecer que de acordo com o funcionamento do sistema penal e judicial português, até a um cidadão ser aplicada uma pena efectiva de prisão, a sociedade permite que esse cidadão erre de forma premeditada inúmeras vezes. Para não falar da actuação negligente, que essa raramente dá em penas efectivas de prisão.

      Só por aqui verificamos que a sociedade é, até, bastante tolerante.

      Quanto à ideia em si, não vejo nada contra. Desde que seja com o consentimento do próprio e que o valor do trabalho prestado seja valorado para efeitos remuneratórios. Quanto à remuneração do mesmo tanto podia ser em dinheiro (descontando-se a parte que caberia ao Estado pelo pagamento dos encargos com a sua reclusão) ou em desconto de dias de cumprimento da pena. Sao apenas ideias.

      Não acho é que isto atente contra dignidade do recluso ou seja um castigo corporal.

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    3. É a imperatividade do trabalho que lhe retira dignidade. Esta tua abordagem é atendivel, no meu entendimento.

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    4. Bom, por esse prisma estou mais esclarecido. Interpretei mal, muito provavelmente, a sua interpretação inicial.
      Obrigado pelo esclarecimento.
      Conduta negligente, pode ser premeditada ou não. No entanto, não deixou de ser um crime. E daí que os Juízes tenham uma missão penosa de julgar.

      E não, não faço confusões entre analogias daquelas. Talvez você também me tenha interpretado mal.

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    5. Por curiosidade pura: como é colocavas isso em prática, Edgar?

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    6. Sr. Eduardo,

      Parto do principio que não é Jurista e por isso apenas o quero esclarecer que a negligencia nunca é premeditada. A premeditação integra a outra forma de conduta que é o dolo.

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    7. Paula,

      Estou a estudar o assunto. Mas à primeira vista não me parece assim tão complicado.

      Por exemplo a direcção geral dos serviços prisionais poderia muito bem disponibilizar o serviço de limpeza de matas, por equipas integradas por reclusos vóluntários, e os donos de florestas contratariam esses serviços e pagariam um preço pelos mesmos. Da receita gerada, aos reclusos seria pago o preço do seu trabalho, descontando-se o preço do encargo que estão a dar ao Estado.

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  13. Boa tarde
    Ninguém aqui afirmou que trabalhar retira a dignidade, pelo contrário, entendo, pode ajudar na integração social.
    Toda a pessoa que sente útil, sente.se mais digna e equilibrada

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  14. Não me surpreende que muita gente defenda a colocação dos presos a limparem as matas. Há muito que a natureza humana deixou de me surpreender, e há anos atrás mudei de opinião sobre a evolução da natureza humana porque me explicaram muito bem que a natureza humana não evoluiu nada desde os primórdios.
    A maioria das pessoas que defende a colocação dos presos a limpar as matas fá-lo, não pela nobre preocupação pela floresta – quem é que não a tem – mas porque, sadicamente, defende um “castigo” adicional aos presos.
    É verdade que, no Farpas, a maioria dos comentadores colaram-se à linha mais soft da forma voluntária, da integração dos presos e, até, da realização do preso pelo trabalho. Mas quem consultar os comentários na petição verificará que a maioria – talvez porque a onda seja essa – defende o trabalho forçado, de sol-a-sol, a pão-e-água, …
    Como atrás disse a maioria das pessoas que defende a colocação dos presos a limpar as matas não o faz pela floresta porque, praticamente, ninguém limpa as florestas e (quase) todos são proprietários de floresta (alguns até sem o saberem!).

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    1. Caro Adelino Malho,

      Apesar de bem longe do seu pensamento politico, não posso deixar de concordar na integra no que disse.
      De facto as nossas cabecinhas pequenas veêm na expiação da culpa e dos erros do outros a necessidade de um expectaculo circensense á moda da Roma antiga. Com degradados, feras e sangue. Com tudo isto cumpri-se-ia a tal justiça e toda gente ficaria contente. Vão ás prisões. Ouçam o ferrolhar e deferrolhar da portão da cela, perguntem a qulaquer preso se o que mais quer, logo a seguir á liberdade, se não é ter um trabalho, para que cada dia passe de forma menos demorada.
      Ponto assente: Quem está preso, não está por ter ajudado uma velhinha a atravessar a rua.... claro está; e deve portanto interiorizar o mal que fez, sobre o bem que podia ter feito. Nada mais.
      Questiona-me enquanto pessoa acreditar que todos os que falam dos presos com esse ODIO visceral, se não perguntem, se como eles poderiam estar naquelas grades. Se em momento de despero não pudessem ter cometido a maior alarvidade com consequencia penal. É que antes de Homens somos animais, e temos a tal lei que nos fala da sobrevivencia. ah e os santos acabaram na idade média, os que sobreviveram morreram depois na fogueira da inquisição, o povo esse ficou serenado por cumprida a segurança.
      É-nos exigido maior atenção, lembramo-nos das florestas no inverno, da delinquncia juvenil enquanto ainda é juvenil, de medidas de proteção da maternidade da paternidade e do direito a uma infancia feliz. Ao invés de pretendermos açoitar em praça publica o resultado da nossa indiferença.
      abraço
      JP

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    1. Pedro,
      Trouxeste uma boa prova de que a colocação dos presos voluntários a limpar as matas é impraticável (Imagina(em) o que seria com os forçados!). É tão impraticável que, pelos vistos, nem o governo mais à direita do pos-74 a quis colocar em prática.
      Estou certo que os que agora a defendem a colocação dos presos a limpar as matas, se um governo o tentasse colocar em prática logo recriminariam a medida, porque com custos necessariamente muito superiores aos proveitos, o acusariam de estar a gastar dinheiro com presos, quando seria muito mais barato deixá-los “apodrecer” nas celas.
      É o género humano…
      Boas,
      AM

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  16. Por assim dizer quiçá até escrever, a Liberdade é um estado de alma e de mente.
    Mas não só.
    Será também uma presença física, sentida, não palpável mas tangível.

    O maior problema é que usamos muito mais a segunda do que a primeira com as implicações que daí advêm ao uso da dita Liberdade.

    É que de costas voltadas não se vê o Futuro mas… apalpa-nos o presente, porque para ter a massa será preciso sempre ter um tacho e concluindo que as reformas feitas “in extremis” não dão resultado algum. Nunca deram.

    Daqui que um "post" que versando o "lembrar" da presença do candidato do CDS/PP derivou no interior do mesmo e, acaba com uma analise sociologica do mesmo, pelo simples facto de, este candidato, em escolha condicionada num determinado espaço da "net" ter optado por aquela opção que lhe mais aprazava.
    A consequencia é efectiva.

    E lá estamos nos a cair na Liberdade, neste caso de escolha de cada um. Com o acrescimo de opiniões tão validas e clarividentes que culminam num bem agradavel e humurado...
    "É o género humano..." do Adelino Malho.
    Ah pois é!

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