30 de março de 2009

Nova Associação Empresarial

Em Pombal, a notícia da semana, pelo que tem de novidade e de sintomático, foi a intenção de criação de uma nova Associação Empresarial. Se a ideia for criar uma coisa mesmo nova é uma boa-nova, se a ideia for criar uma coisa formalmente nova, a partir do velho, é um mau sinal.
Romper com o status quo, acreditar que se pode fazer melhor é, em qualquer lado, um bom sinal. Aqui é premente.

Rafeiro

O Rafeiro é um canino sem caninos, que ninguém leva a sério, que ladra porque só ladrando mostra serviço ao dono que o alimenta.
A política está cheia de rafeiros e de sabujos que adulam e mordem à traição, de Eusebiozinhos e de Miquinhas.

NOVO ILÍCITO PENAL - REFORMA DO CÓDIGO PENAL DE POMBAL

É de facto espantosa a forma como as reuniões do executivo camarário servem para responder aos comunicados do PS. Uma parte do tempo daquelas "magnas" reuniões vão servindo para exercer o contraditório às posições da oposição representada na Assembleia Municipal, pois como é bem sabido S. Leal e R. Miranda, vereadores eleitos e antigos "opositores" deixaram de tomar qualquer posição desfavorável ao executivo, renegando e desprezando o seu próprio eleitorado. A última reunião é bem demonstrativa da concepção de democracia que possuem o Senhor Presidente, o Senhor Vereador Mateus, e ainda o inapagável Senhor Vereador Michael Mota António, uma vez que à miníma chamada de atenção, crítica, pedido de esclarecimento, reagem sempre e sempre da forma do costume. Para os supra citados toda a oposição que mexe é " gente desonesta intelectualmente", "mentirosos", possuem "falta de carácter", pelo que "devem ser criminalmente responsabilizados". Esta de criminilizar as posições da oposição, não lembraria a ninguém, a não ser ao Senhor Engenheiro, e teria que ser Presidente da Câmara, e de Pombal, não é assim, minha cara Paula Sofia e prezados leitores?

Ainda a água

O que afasta as pessoas de votar, para usar a frase de Narciso Mota, não são comunicados "mentirosos", mas sim a incapacidade de discutir factos. Entendamo-nos: há dados do IRAR que demonstram que a factura da água de Pombal é mais cara que a de outras localidades. A Câmara Municipal de Pombal entende que, afinal, a comparação não pode ser feita e que os dados estão desactualizados. No entanto, já estariam desactualizados quando se começou a falar disto e só agora se ouvem esses argumentos. Ou seja, por cada escalada na "discussão", há mais dados em cima da mesa, o que mostra não abona nada a favor da transparência de toda a questão. A questão central é simples e é essa que tem de começar por ser respondida: a factura da água é das mais caras ou não do distrito? Sublinho "factura". Isto são factos e factos não deveriam ser dificeis de comparar. E depois discutir.

Quanto aos epítetos lançados na reunião da CMP são reveladores da forma de fazer política de alguns: tão elevada que essa sim afasta as pessoas de participar.

29 de março de 2009

Circo

As reuniões do executivo da CMP, órgão que tem por missão avaliar as opções da maioria e as solicitações dos munícipes e decidir o melhor para o concelho, transformou-se num circo cuja principal finalidade é atacar e denegrir, com mentiras e calúnias, todo o tipo de adversários: políticos, jornalistas, cidadãos, etc.
Ali, há muito que se perdeu a noção da respeitabilidade (não todos).

27 de março de 2009

rescaldo de uma semana surpreendente

1. A esta hora Rodrigues Marques - e o vice Diogo Mateus - estará a ser eleito presidente da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Pombal. Sem querer discutir aqui as inegáveis qualidades do engenheiro - que passam sobretudo pela dedicação pessoal e pelo amor à camisola - , tenho uma sensação estranha quando, num espaço de dois meses, o vejo assumir dois cargos de relevo. Primeiro a rádio, agora os bombeiros. Tenho a certeza de que estará até mais à vontade no meio das fardas. Ele, que até usa a dele volta e meia.
Mas das duas uma: ou isto é um assalto ao poder ou estamos perante a mais grave das crises directivas de que há memória em Pombal. A ver vamos.

2. João Coucelo alimenta na cidade uma espécie de apetite eleitoral que desperta amiúde. São notórias e conhecidas as diferenças, sobretudo de estilo, entre ele e o Presidente da Câmara, a quem, no entanto, tem ajudado a eleger sucessivamente. Na primeira eleição o papel de Coucelo terá sido mesmo preponderante, como foi de resto no primeiro mandato.
Sendo certo que Narciso Mota daqui não tenciona sair tão cedo - preparando-se para fazer 20 anos a mandar na Câmara, percebe-se a "revelação" do médico - actual presidente da Assembleia Municipal - esta semana, numa entrevista "concedida" (sic) ao Correio de Pombal. Diz ele que, neste momento, a sua disponibilidade para cargos políticos é nula.
Mas das duas uma: ou pensa resguardar-se definitivamente no seu papel de "senador" e não vai a votos para a Assembleia Municipal, ou deixou de a entender como um cargo político. O que será, então?

Ainda os Pombus

Os Pombus passam a ser pagos a partir do dia 4 de Maio. Falta ainda saber os preços que se pagarão. Concordo com o que aqui é dito, já que começava a não se compreender o atraso na entrada em vigor do pagamento daquele serviço.

26 de março de 2009

3 Milhões de euros no Castelo

"Ó pá, não é por nada, mas o que me parece é que a zona está mesmo a ser preparada para o GoIShopping".
Bem apanhado, anónimo!

Bateu mesmo no fundo (II)

A Justiça bateu no fundo. Não garanto que bateu mesmo no fundo porque as decisões judiciais caricatas e contraditórias são tantas e cada vez mais surpreendentes que se torna difícil assegurá-lo.
O sistema está à deriva e sem capacidade de regeneração porque sendo fechado e corporativista não possui grandes mecanismos de controlo e reacção.
A força para a mudança, necessária, teria que vir de fora, mas dificilmente virá nos próximos tempos. O poder político é, normalmente, fraco e não sabe lidar com os operadores judiciais as suas corporações. Assim, estamos condenados a ter uma justiça ao sabor da onda e dos interesses, uma justiça para os pobres e outra para os ricos.
Quando dois tribunais, de primeira e segunda instância, decidem de forma contraditória um crime factual (e reconhecido), com prova recolhida por equipamento calibrado, comprovam, mais uma vez, que a aplicação da justiça é um processo sem grande previsibilidade e fiabilidade.
PS: o recurso também diz alguma coisa sobre os protagonistas.

24 de março de 2009

Sobre a água...

... os vôos de uma qualquer low cost também são dos mais baratos. Mas quando se paga o bilhete também se pagam as taxas. E aí, as diferenças são poucas... E não conheço ninguém que, na hora do consumo, compare os preços sem as taxas, já que no fundo, quando se paga, paga-se tudo.

Castelo de Pombal

SM coloca, em comentário a este post, questões que interessam, e que passo a reproduzir, atendendo à pertinência das mesmas, sobre as obras de valorização da colina do Castelo de Pombal:

Porque razão se vai fazer tal obra sem que antes tenha sido realizado um estudo arqueológico prévio?

Quanto se vai gastar a mais caso apareça algo durante a obra?

E se durante as obras o projecto previsto tiver que ser radicalmente alterado? Quanto custará ao nosso bolso?

É certo que as obras, obrigatoriamente, terão que ser acompanhadas por um arqueólogo, mas tal como aconteceu na Praça Velha, tenho muito receio que se diga no fim, não apareceu lá nada, é terreno estéril!!! Estranho, muito estranho, não?

Será que não interessa saber o que há por ali?

Que pormenores sobre a nossa história esconde?

Que estruturas estão enterradas?

Na igreja de Sta. Maria do Castelo não haverá sepulturas?

E sua hipotética cripta, existe ou não?

Será que se consegue identificar o suposto castro pré-romano que se supõe existir?


Uma coisa é tratar o património a betão, outra é cuidar do património, investigando aquilo que o valorize de facto, como por exemplo, a existência de ruínas únicas ou que contribuam para o espaço (ver Silves, tal como SM refere). Admito as minhas reservas a esta obra (pela sua lógica e eventuais consequências), mas veremos como tudo corre. Parece-me de elementar lógica que uma revitalização sem um levantamento arqueológico sério seja questionado. Não se trata de fundamentalismo, politiquice ou as habituais acusações de quem é alérgico a opiniões diversas: é querer proteger o património. Exactamente pela mesma razão que era bom que se pudesse fazer um levantamento sério do património romano de Pombal (onde não se inclui a Ponte Românica da Redinha).

Descaramento…

Narciso Mota, acossado pelo PS e por alguns pombalenses mais atentos ao montante da Factura da Água, decidiu escrever aos pombalenses, para os aldrabar.
Montou assim a artimanha:
(i) Ignorou que a Factura da Água engloba o consumo de água, a tarifa de disponibilidade da água (ilegal), o saneamento fixo, o saneamento variável, os resíduos sólidos fixos e os resíduos sólidos variáveis;
(ii) Ignorou que a Factura da Água é única e indivisível;
(iii) Escolheu os concelhos que melhor lhe serviam para a comparação, sem qualquer critério lógico;
(iv) Optou por fazer a comparação com o consumo de 20 m3, consumo que não representa a maioria dos consumidores, e ignorando os outros escalões;
Concluiu que os pombalenses pagam a água mais barata. O IRAR utilizando 3 escalões (5 m3, 10 m3 e 15 m3) demonstrou, com um estudo comparativo entre todos os concelhos do Distrito de Leiria, exactamente o oposto.
Todos sabemos que o Eng. Rodrigues Marques gosta de fazer passar a sua falácia, mas tem o cuidado de recorrer a equações do segundo grau. Narciso Mota não precisa, basta-lhe as simples contas de somar.
Há engenheiros e políticos muito descarados, não há? E muito manhosos…

23 de março de 2009

uma boa notícia

Que vem mesmo a calhar para evitar acusações vãs no caso do Go Shoping, mesmo ali ao lado. Cala-te boca...

é clicar e ler aqui

22 de março de 2009

Condução sob o efeito do álcool

Já agora, pergunto: a testemunha do outro recorreu? E foi, também, absolvida?

Bateu mesmo no fundo

Este pequeno mas significativo caso mostra, pela enésima vez, que a justiça bateu no fundo e está à deriva.
Mas o mais grave, o verdadeiramente grave, é que não se vislumbra qualquer saída para o “status quo”.

Uma morte anunciada

Está prestes a concretizar-se. “O ECO” vai deixar de ser semanário. Passa a mensário. Uma espécie de metáfora para anunciar o fim de um percurso de 77 anos de vida, com os seus altos e baixos, mas que não pode ser ignorado. É – foi! – um título que não pode ser desligado da história das últimas décadas de Pombal. E é com profunda mágoa que, de há alguns meses para cá, assisto ao seu definhar, para – como receava (e tive oportunidade de manifestar à Paula Sofia, quando soube do seu regresso ao “Região de Leiria”, deixando a direcção do jornal que ela, tão competentemente, estava a relançar…) – ver agora concretizado o seu desaparecimento do panorama da Imprensa Regional.
Não é em vão que recordo 50 anos de uma ligação a este jornal. Onde recebi o primeiro (e único!) pagamento por uma colaboração. Dez escudos – em 1959 – por uma reportagem efectuada em Albergaria dos Doze (apresentação de uma rectroescavadora, uma novidade à época), pagos pelo saudoso Joaquim “Trino”…
O filme exibido na Gala de Honra que assinalou os 75 anos de O ECO bem pode constituir o epitáfio para este Jornal. Os depoimentos registados – “é nosso, é da nossa terra” (Reinaldo Serrano); “o jornal ansiosamente aguardado pelos seus assinantes” (Henrique Falcão); “é o meu jornal” (Manuel Ferreira); “a ligação comovente à emigração” (Paula Sofia); “espaço de liberdade” (Daniel Abrunheiro); “jornal bem escrito”, onde escreveram Pessoa Amorim, Costa Ferreira, Tavares Dias, Miguens Vieira, António Serrano, Pedro Sagunto, Menezes Falcão e tantos, tantos outros – explicam toda uma história de vida de um título que deveria orgulhar os pombalenses.
Pena que não se cumpra o desejo manifestado pela então directora e que O ECO não tenha o tal “futuro risonho”.
Minha cara Paula Sofia: Cumpre-se o destino (tal como com tantas outras coisas por cá). O ECO será “aquilo que Pombal quiser”. Risonho! – dizias.
Dois anos depois… cumpre-se o mau presságio que, já à época, se fazia adivinhar.
Quando, já saturada por ambiente pouco respirável, decidiste “deixar” o barco à deriva, para assumires outros projectos, sabias – sabíamos quantos te acompanharam na tua luta por um jornal digno desse nome – que o futuro de O ECO seria tudo – menos risonho.
Ele aí está, sob a forma de uma morte anunciada.

Correio dos leitores
Alfredo A. Faustino

20 de março de 2009

Cegueira ou arrogância?

Em Pombal, o tema das últimas semanas tem sido o aumento do número de recenseados e o consequente aumento do número de vereadores e membros da AM.
O que é que isto interessa a Pombal e aos Pombalenses? NADA. A não ser aos dois eventuais bafejados com o cargo de vereador.
No entanto, e a fazer fé no relato da imprensa local, a reunião do executivo municipal serviu essencialmente para os membros do executivo darem larga à sua euforia: “Pombal está a evidenciar-se no distrito de Leiria”; “nunca houve um registo de tanto crescimento no concelho como nos últimos anos, o que mostra que afinal o concelho é um bom sitio para viver e trabalhar”; “Pombal é um concelho muito competitivo”; etc., etc., etc.
Mais importante do que ter números é saber analisá-los. O aumento do número de recenseados, porque a forma de recenseamento mudou, nada diz sobre o crescimento de Pombal em qualquer das suas dimensões (se exceptuarmos o número de recenseados).
Não querer ver isto é sinal de cegueira ou arrogância. A arrogância vê sempre tudo com lentes de aumento que transformam pequenas coisas em grandiosas, anões em gigantes, indícios em certezas.

Grande depressão

Não é só a vontade com que uma pessoa fica quando se apercebe dos caminhos que o mundo anda a levar, seja em termos económicos, sociais ou políticos, que mais parecem uma repetição dos anos 30, bastante mais sofisticada, claro. Grande depressão é perceber que o centrão já assumiu a sua perfeita incapacidade de regenerar seja o que for e que tornou os partidos políticos em meras agremiações de contagem de votos, onde o poder é a única ideologia que conta. Por vezes já é a curiosa mistura dos anos 30 com as décadas finais da monarquia portuguesa, onde a alternância reinava e onde se mudava o essencial para ficar tudo na mesma. Em alturas de crise, vê-se a fibra dos líderes mas também se vê a fibra do povo. E vê-se, não numa lógica de tudo partir, mas de querer mais, melhor e, sobretudo, diferente. De exigir responsabilização, fiscalização, consciência social, exercício de direitos com respeito por deveres. Não peço uma revolução, pedia antes uma sociedade civil, daquelas que soubesse que nem tudo é política, no sentido de política partidária, daquelas que se fizessem respeitar. Daquelas que não se contentem em ser figurantes de uma tragicomédia em que apenas de 4 em 4 anos se manifestam, por exemplo. Daquelas que gostassem de saber onde o dinheiro dos seus impostos é gasto e como é gasto, por exemplo. Daquelas que não achassem normal que contra factos ou números é legítimo responder com argumentos ad homine, por exemplo. Daquelas que achassem que discutir política é muito mais que discutir um mero jogo de futebol. Daquelas que não tivessem medo de ser razoáveis e exigir o impossível...

Mais papistas que o papa...

Ultimamente sempre que há uma campanha publicitária que corre mal, a lógica é dizer que só se quis chamar a atenção e que a publicidade negativa também é publicidade. O pior é que nem o melhor Oscar Wilde salva o último exemplo, aquele da campanha da Antena 1, em que se intui que as manifestações são contra os cidadãos. Por muito que muitas manifestações não me mereçam a concordância em termos de reivindicações e justificações, é um direito inalienável de um qualquer cidadão. Usar isso não é que devesse ser proibido, longe disso, mas é revelador de um imenso mau gosto e de um espiritizinho de subserviência, no mínimo, abjecto... Isto porque estamos a falar de uma campanha para uma emissora pública paga com o dinheiro de todos nós.

19 de março de 2009

Esclarecimento

Este blog tem uma missão muito concreta, definida na sua Linha Editorial e divulgada no blog. Aqui “Farpearemos os interesses e os poderes instalados, os oportunistas e os manhosos, a hipocrisia e o servilismo, a obscenidade e o desperdício”...
Este blog não é um fórum de debate. Também pode sê-lo, mas não é essa a sua missão.
Gosto muito da troca de palavras e ideias, com vivacidade e acutilância, mas com quem dá a cara por elas. Valorizo muito esses, os que se assumem, os que têm coragem dizer o que pensam, os que têm sentido crítico e assumem a diferença.
Os outros? Respeito-os, se me respeitarem…

17 de março de 2009

UM AMIGO

O meu particular amigo, Jorge Ferreira, ilustre jurista, vive e labuta na cidade de Lagos. Juntos na Primária em Vermoil, no Secundário em Pombal e ainda na Faculdade de Direito de Lisboa. Além disso compartilhámos momentos de luta por uma sociedade mais justa e solidária. Apesar dos ventos da história soprarem em sentido adverso, temos confiança no futuro. Atento ao que se vai postando no FARPAS, enviou-me um texto que não resisto a publicar. Para que conste.

"Meus caros administradores,

Defendo sempre Pombal e as minhas origens. Mesmo quando o comboio, e eu próprio, só paramos no Entroncamento. Quem me conhece, e um ou dois conhecem (não é presunção), sabe que não ofendo nem pretendo ofender ninguém. Vim cá porque como diz o editorial: “Farpearemos os interesses e os poderes instalados (…)” Nunca as pessoas. “E daremos nota do gesto simples e desinteressado…” Só isso!
Os que estão fora, serão menos Pombalenses e tratarão pior a bola?
Estou a dizer isto por pensar que o “post” retirado pode ter um destinatário. Se for eu, desde que não ofenda a honra de nenhum de vós, das vossas e da minha família, não há problema, publique-se, posso bem com isso e não quero dar azo a “censuras”, nem “tirar o pio” a ninguém. Agradeço apenas que o autor dê a cara para eu lhe poder oferecer a outra face, e se faça a paz ou se cumpra a profecia. Espero saber responder. Se não for capaz. O máximo que posso fazer é exibir o meu metro e oitenta e cento e vinte quilos de peso. Nunca fui muito rápido. Agora, só com muito empenho, é que me mexo. O melhor que posso fazer é sombra em alguma baliza! Ou, tentar trazer alguém, “abalizado”, a este campeonato.
O Eça não farpeou, com fino humor, as Gouvarinhos e outras viscondessas e baronesas? Desrespeitou alguma pessoa, mesmo com esses títulos? Não! Ao que sei até se casou com uma! Dizem os eruditos, que quando começou a sua vida como Administrador do Concelho de Leiria, o Eça (consta que é verdade) no Carnaval de 1871, foi convidado para uma festa de salão em casa do Barão de Salgueiro (1), figura cimeira da região, como era o nosso Barão de Claros (2), que nessa altura tinha acabado de receber o título do Rei D. Luís. Tinha ido para Leiria na procura de algum recolhimento e se preparar para o exame de acesso à carreira diplomática e consular, de que as danças de salão eram uma parte, não menos importante, do currículo e garantia de que nos iria saber representar nos melhores Salões Internacionais, em que as danças e as senhoras tinham um papel importante, tanto nos bailes, como no jogo estratégico das nações. Nessa circunstância, porque achou graça, ou porque o ferrete lhe apertava – pois ainda não tinha trinta anos - o Eça fantasiou-se de Cupido e lá foi para a festa. Já o baile ia avançado e muitas e boas senhoras lhe tinham bailado nas mãos, não se sabe, se devido ao Cupido, se à fantasia, a Baronesa anfitriã afeiçoou-se dele e, pela noite adentro, conduziu-o a uma divisão mais humilde do Palácio – dizem uns, ao quarto da costura, e outros, que ao da criada. Porém, e há sempre um porém! A noite foi-lhe aziaga. O Barão, talvez por saber quem tinha, manteve-se à coca e foi no encalço do “Cupido” e da “Musa” que, de tão entretidos, nem o viram, sorrateiro, a entrar. A Nobre figura e respeitável Presidente da Câmara, pôs-se em “brios”. Sem alarde, pegou no nosso humorista atrevido e, conduziu-o pela escada sem lhe dar tempo para contar os degraus. Ele, que não ficou no melhor estado, regressou a casa. Aí, um amigo da Pensão onde vivia, que o viu sair em tão belo arreio, logo deu pela diferença no regresso e procurou indagar a razão. O Eça, que só queria recolhimento e passar discreto, apenas lhe respondeu: “Consummatum est – olha sou um Cupido desasado.”Rematando, assim, um dos incidentes que o foram ajudando a combater o aborrecimento em que se encontrava e a construir outras estórias que nos deixou.

(1) Não é nada, “nem da água nem do sal”, ao Barão de Vale Salgueiro, cujo titular, julgo ser o meu familiar, amigo e colega Dr. José Gomes Fernandes, o jovial “Menino Guerreiro” .
(2) - O Barão de Claros é só para ligar a história a Pombal. Não tem nenhuma outra utilidade. Tem tudo para ser redundante.
P.S.:
- A vitória do Guimarães, também me deixou desasado. Aqui estou a lutar com o aborrecimento.
Jorge Ferreira,
30/10/60Vermoil"

Aviso aos susceptíveis e sem sentido de humor: não leiam

Recebi este texto no meu mail. Ignoro quem o escreveu, mas não resisti a colocá-lo aqui.
Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, ensinou-os dizendo:

Em verdade vos digo, bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles...

Pedro interrompeu:
- Temos que aprender isso de cor?
André disse:
- Temos que copiá-lo para o caderno?
Tiago perguntou:
- Vamos ter teste sobre isso?
Filipe lamentou-se:
- Não trouxe o papiro-diário.
Bartolomeu quis saber:
- Temos de tirar apontamentos?
João levantou a mão:
- Posso ir à casa de banho?
Judas exclamou:
- Para que é que serve isto tudo?
Tomé inquietou-se:
- Há fórmulas? vamos resolver problemas?
Tadeu reclamou:
- Mas porque é que não nos dás a sebenta e... pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada... ninguém entendeu nada!


Um dos fariseus presentes, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada, tomou a palavra e dirigiu-se a Ele, dizendo:

Onde está a tua planificação?
Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didáctica mediatizada?
E a avaliação diagnóstica?
E a avaliação institucional?
Quais são as tuas expectativas de sucesso?
Tens para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?
Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?
Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?
Incluíste actividades integradoras com fundamento epistemológico produtivo?
E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?
Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de acções transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes?
Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?

Caifás, o pior de todos, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro períodos e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E vê lá se reprovas alguém! Lembra-te que ainda não és titular e não há quadros de nomeação definitiva.

... E Jesus pediu a reforma antecipada aos trinta e três anos...

15 de março de 2009

Um desfile de parar o trânsito


A recriação das invasões francesas em Pombal foi uma coisa de fazer parar o trânsito. Literalmente. Qual desfile de banda filarmónica, os figurantes espanhóis desceram a avenida, sábado à tarde, atrás do presidente da junta, do vereador e do mentor da ideia. Para a próxima (sim, estou certa de que há próxima), não é pior interromper o trânsito, como no desfile de carnaval. Boa?

O 7-1 e o 7-2

Foi a semana do 7-1 e do 7-2.
O 7-1 atingiu o Sporting e os sportinguistas mais sofredores. Para os outros, com excepção dos humoristas e dos escribas do fenómeno da bola, pouco interesse teve.
O 7-2 é o palpite que, em Pombal, diverte a malta; sejam situacionistas, esquerdistas ou direitistas. É o que se pode arranjar, há falta de melhor entretimento.
Bem sei que as goleadas são sempre mau prenúncio mas, cruzes canhoto, dêem tempo à prenunciação. Verão que, quando o campo não está inclinado, ganham, quase sempre, os melhores. E que, para aqueles que participam de cara lavada e dão o seu melhor, a derrota nunca é o fim de nada mas simplesmente um resultado e o início de um novo ciclo de aprendizagem. Saibamos compreender isso…

Palavras dos outros que faço minhas

Aumento do número de vereadores

O executivo municipal poderá a vir a ser constituído por mais dois vereadores. Narciso Mota apressou-se a congratular este facto, antevendo “uma maior representatividade do concelho em termos de participação democrática”. Em tese, concordo com o nosso Presidente.

O problema é que, atendendo aos previsíveis resultados eleitorais, os dois novos vereadores irão sair da lista do PSD e (será que estou enganado?) o seu perfil será cuidadosamente escolhido de forma a não criar nenhum tipo de afronta às ideias do grande chefe.

12 de março de 2009

Vamos a contas, então...

A diferença, actual, entre um vereador a tempo inteiro e um a meio tempo, seria de 1526,40 €, ou seja, perto de 21.000 € por ano, cerca de 0,4% do orçamento da CMP para 2009. Noutros orçamentos, esse valor aumentaria para 0,8%. Estes cálculos não contabilizam as despesas de representação. Se fosse entre um vereador a tempo inteiro e um vereador sem pelouro, este (imaginando que há 20 reuniões por ano - 2 por mês em 10 meses) custaria 1526,40 € por ano, implicando uma poupança de cerca de 41.000 € por ano (menos de 1% do orçamento).

Estas são as contas, aproximadas, feitas aos valores actuais. Em termos muito concretos, longe de representarem uma enorme poupança, soariam a exemplo (sublinho o enorme). Um exemplo baseado na lógica de que a um vereador/Presidente cabe a decisão política e que os técnicos servem para justificar decisões técnicas, logo não precisamos de tantos vereadores. Obviamente que cada caso é um caso, e este é apenas um ponto de partida. Isto é, era, já que agora teremos 9 vereadores. Ora, partindo do princípio que se mantêm 5 a tempo inteiro, o aumento de mais 2 em regime de não permanência é de 3.000 € por ano (números redondos), o que é residual num qualquer orçamento camarário. Mas mais um a tempo inteiro, sempre são mais 42.000 € que não escondem uma realidade simples: as diferenças populacionais são assim tão grandes que justifiquem um aumento de 2 vereadores?

E agora indo à Assembleia Municipal, sabe-se que esta não pode ter um número de participantes inferiores ao triplo do número de membros da Câmara Municipal, ou seja, de um mínimo de 21 - cumprido em Pombal passaremos para 27 a que acrescem os 17 presidentes de junta. Monetariamente, estamos a falar de, pelo menos, mais 1.800 € por ano com o funcionamento da Assembleia Municipal.

Os valores são ilíquidos, obtidos aqui.

Reitero que a redução do número de vereadores é muito mais que uma lógica de poupança, e deve ser antes colocada não no plano monetário, mas sim no plano da organização. Nisso e no exemplo, que apesar de tudo, pode constituir.

Suspiro de alívio

De acordo com o mapa de recenseamento eleitoral publicado em Diário da República, o número de eleitores aumentou exponencialmente em Pombal. Quer isto dizer que a Câmara passa a ser constituída pelo Presidente e oito vereadores. Nove lugares, ao todo, estão agora disponíveis, ao invés dos sete que até agora ocupam a mesa do Salão Nobre.
Vista a questão do lado de fora, significa que aumentamos os cargos políticos em vez de os diminuirmos (como aventava JGF há dias, numa intervenção populista, segundo Diogo Mateus no programa da Rádio Cardal). Dura lex, sed lex...
Para o PS está criado (mais um) problema: mais dois nomes para arranjar.
Para o PSD está resolvido o problema: mais dois nomes podem ficar.

11 de março de 2009

Revolta e submissão

O presidente da Junta de Freguesia de Almagreira, Fernando Matias, aproveita todas as oportunidades para vociferar contra o Governo da Nação. Na visita, supostamente de trabalho, do executivo camarário à sua freguesia manteve a postura habitual. Mas, quando confrontado com a falta de saneamento básico e com as estradas degradadas “reconheceu que a rede viária está “estoirada”, contudo aguarda pela instalação do saneamento básico, frisando que os investimentos devem ser feitos de forma realista e ponderado” (In RC).
Duas posturas, duas caras. E a população espera…,

10 de março de 2009

Narciso Mota tira aos pobres para dar aos ricos

O meu camarada João Coelho demonstrou, mais uma vez, na última AM, que nas questões essenciais da gestão da camarária quase tudo nos separa em relação a Narciso Mota e ao PSD.
Narciso Mota decidiu não alargar a Acção Social Escolar (ASE) a 400 potenciais beneficiários do 1.º ciclo, em contra corrente com aquilo que o governo fez para o 2.º e 3.º ciclos e a maioria dos municípios fez para o 1.º ciclo. Consequentemente, 400 famílias de baixos rendimentos ficaram sem apoio para adquirir, este ano, ano de crise, manuais e refeições para os filhos. Em contrapartida, Narciso Mota anunciou no plano anti-crise que vai pagar, em 2009-2010, os manuais escolares a todos os alunos do 1.º Ciclo.
Confrontado com estas opções, erradas e profundamente injustas, que tiram aos mais desfavorecidos para dar aos mais favorecidos, Narciso Mota limitou-se a dizer: “só tomo decisões planeadas”.
Ora, pelos vistos, é aí que deve estar o problema. Neste caso, como em muitos outros, melhor seria que não planeasse, e melhor ainda que não decidisse!

9 de março de 2009

O Compadre Rui

Vai ser candidato à Câmara de Castelo de Vide, sua terra natal. Pelo mesmo partido que, em Pombal, lhe retirou a confiança política. Em Pombal, a notícia deve ter deixado a todos em estado de choque:
1 - ao PS, que deve estar a beliscar-se ou à procura dos comprimidos
2 - ao PSD, que fica com menos um concorrente na lista à Câmara ou nas empresas municipais
3 - ao camarada Sérgio, que deve estar (mesmo) surpreendido

e também à blogosfera lá do sítio. Vide os comentários.

6 de março de 2009

O regresso do guerreiro

O regresso de José Gomes Fernandes à ribalta trouxe algum brilho à poeira. Bastou-me ouvir na rádio a intervenção que fez na Assembleia Municipal - e depois ler o que reproduziram os jornais - para perceber, mesmo sem lá ter estado, o quão cortantes terão sido as palavras do verdadeiro enfant terrible do PSD de Pombal. Sugeriu ele menos um vereador a tempo inteiro como medida justa para combater a crise, ao mesmo tempo que votou contra o pacote de medidas anunciadas pela Câmara com esse propósito.
JGF terá feito mais moça naquele dia que toda a intervenção da oposição. Ou melhor: JGF há-de ser considerado por esta altura como a verdadeira oposição. Ele, que tem o mérito de ganhar a vida por conta própria (o que tanto incomoda, senhores...), não colocou só o dedo na ferida. Escarafunchou-a. Porque entre as obras dos executivos do seu partido está o aumento do quadro de pessoal da Câmara e redondezas. E do número de vereadores a tempo inteiro. A figura do meio-tempo já foi há tanto que já ninguém se lembra. Contas feitas, todos os vereadores ficaram profissionais da política nos últimos anos. Todos, menos os da minoria. Pelo menos por enquanto.
E será dessa liberdade de acção que resulta a margem de manobra de JGF. Já entrou e já saiu do activo muitas vezes, já esteve bem e mal na peculiar forma de estar (que lhe vale até o cognome de 'taliban' entre os pares), mas sempre com esse passaporte para a liberdade.
De resto, fica a cereja no bolo: o semblante de Rodrigues Marques na foto de capa do Correio de Pombal, enquanto ouvia JGF. É que não vale a pena "avisar o Zé". Os [meninos] guerreiros do PSD não ligam nenhuma ao aparelho. Só quando são eles a comandá-lo.

Parques de estacionamento II

A CMP gastou no parque de estacionamento subterrâneo da Praça Marquês de Pombal aproximadamente 1.400.000 € (aproximadamente).
Sabem qual foi a receita em 2008? 6.408 €!
A receita não chega, de certeza, para cobrir os custos de exploração ou de manutenção, quanto mais para recuperar a "despesa".
Inacreditável, como se desbarata dinheiro público, sem nenhuma mais-valia significativa.

5 de março de 2009

Parques de estacionamento

O executivo camarário levou à AM a eliminação do estacionamento pago no parque junto ao Centro de Saúde. Decisão certa. Era uma velha revindicação do PS.
A alteração justifica-se pela baixíssima taxa de ocupação do parque (11% em 2007), fraca receita e pela falta estacionamento livre na periferia.
No entanto, o executivo insiste na construção de um parque de estacionamento subterrâneo no mesmo local, pago com os nossos impostos.
Incoerência ou incompetência?

Lobo Antunes fala de nós

Quer dizer, dos nossos antepassados. Fala do Eco e do Notícias de Pombal de outros tempos. Afinal sempre somos notícia pelo que não é necessariamente mau. Para ler aqui, numa edição de aniversário do Público que vale a pena ler e guardar.

O estranho caso da blogosfera de Pombal

O Farpas é, provavelmente, o blogue de maior longevidade na história da blogosfera em Pombal. Lembro-me, assim de repente, dos que morreram quase à nascença, dos que escreveram a sua curta história debaixo do anonimato, dos que se viram forçados a a fazer logout.
Tenho para mim que o caso do Farpas se deve essencialmente a dois factores: a autoria assumida e - talvez essencial - a independência profissional de cada um dos da casa relativamente aos poderes instituídos. Daí que o anonimato nos comentários (que à força de conhecer há anos os estilos de escrita de muita gente identifico sem esforço) não me incomode, mas desgoste. Sobretudo quando percebo que começa a espreitar o fantasma que - à boa maneira de Pombal, sic Rodrigues Marques, honra lhe seja feita pela frontalidade e pela frase que adoro - gosta de discutir questões pessoais em vez de outras. Estou-lhe a ver o rabo de fora.
Porque todos temos presente a história do "Pombalog", que manchou definitivamente a liberdade de expressão em Pombal.

4 de março de 2009

Nota Editorial

A missão deste blog está definida, com clareza, na sua linha editorial. Foi esse o compromisso dos cinco fundadores e mantêm-se.
O caminho percorrido tem sido coerente com o desígnio inicial. E os resultados também. O cerco está furado. O mérito é dos da casa, mas também dos de fora.
Todos são bem-vindos se vierem de forma responsável. Compreendo aqueles que comentam sob a capa do anonimato, mas gostaría de ter mais gente a assumir o que comenta.
Se gostamos da liberdade, usufruamo-la.
Aditamento
Este post é da minha exclusiva autoria.
Sobre os comentários: toda a liberdade com toda a responsabilidade.
Defendo as duas formas de comentário, mas acho que quem comenta como anónimo tem particulares responsabilidades e nunca deve pisar o risco, o que começava a acontecer.

O caminho menos percorrido

A propósito da discussão que por aqui anda, e se permitem alargar a mesma, introduzir um movimento de cidadãos na equação autárquica é uma opção que, em teoria, poderia trazer alguma vantagem a Pombal?

Go or no Go

Em Pombal discute-se, como símbolo maior de melhoria urbanística, um complexo comercial de viabilidade duvidosa numa zona de implantação que levanta mais dúvidas que outra coisa. Este é o modelo de desenvolvimento disponível e desejado. Não um parque urbano, mas um centro comercial. Assente numa lógica de consumo que, a ver, não terá clientes (mas esse é um problema do promotor). Pessoalmente, prefiro outro modelo. Outra alavancagem entre interesses públicos e privados. Por isso, em relação a este projecto, tenho legítimas dúvidas que, até ver, continuam por desfazer. Dúvidas como cidadão. Afinal, esta discussão não é apenas sobre uma localização que, mantenho, por causa da avaliação que nem é minha, mas de técnicos, me merece as maiores reservas. Discutir esta questão e o que significa para Pombal devia era ser terreno livro de bairrismos partidários.

3 de março de 2009

Coligação de Coligações: CDU + BE

Adelino Araújo revelou à imprensa que a concelhia do PCP de Pombal propôs à direcção do partido a coligação entre o CDU e o BE porque acredita que, com a coligação destas duas coligações, terão “fortes possibilidades de eleger um representante nas assembleias de freguesia e municipal”.
Quando é que percebem que a soma de infinitésimos permanece, ainda assim, um infinitésimo.

Novamente, os lobos na pele de cordeiros

Adelino Araújo afirmou à RC que “a oposição feita pelo PS à maioria social-democrata é de “bradar aos céus” … “É uma oposição que deixa muito a desejar na assembleia municipal, aquilo é uma achincalhada, não é correcto que indivíduos com responsabilidade política, quer do PSD quer do PS, abandalhem tanto uma assembleia municipal, depois querem que as pessoas confiem neles”.
Ó camarada Adelino, na AM não se quer unanimismos, quer-se debate puro e duro; ali não se vai fazer pedidos, para limpar a valeta lá da rua, vai-se discutir, criticar, exigir. E já agora, por que não alguma ponderação e contrição na avaliação, não vê(m) que o vosso grande problema é que as pessoas, em Pombal, só confiam no PSD e no PS.
E com dissimulação não vão lá. A autenticidade, apesar de tudo, dá mais garantias.

2 de março de 2009

Eliminar um vereador

A AM foi rica no que concerne às medidas de combate à crise. Houve de tudo: mais Estado ou menos Estado, mais Câmara ou menos Câmara, reduzir impostos ou aumentar a despesa, apoios a todos ou só a alguns, etc., etc., etc.
Mas a mais original veio, de certeza, de José Gomes Fernandes: “eliminar um vereador a tempo inteiro”. Segundo ele, em tempos de crise tem que se reduzir a despesa, e se as empresas estão a fazer cortes no pessoal a câmara deveria dar o exemplo.
Reduziam-se as despesas e as TRAPALHADAS. Digo eu.

O novo Presidente da AM

O esperado. Um Senhor. É verdade que um presidente não faz uma assembleia, mas que ajuda muito, ajuda. Basta comparar a “tourada” da penúltima AM e a última.
A autoridade, tranquila, não está ao alcance de qualquer um, está ao alcance de muito poucos.
Bem nos prelúdios, sintético, e no esvaziar do balão. Melhor ainda na forma implacável como colocou o presidente da câmara no lugar, afirmando, sempre em tom de voz crescente:
- “Senhor Presidente: o Presidente aqui, sou eu; Senhor Presidente: o Presidente aqui, sou eu; Senhor Presidente: o Presidente aqui, sou eu”.