30 de junho de 2022

Felicidade? Pesadelo!

Na AM da tarde e noite passada, o debate no Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) foi e terminou chocho, como de costume, desligado da realidade e centrado no exibicionismo bacoco. Até que veio o período de participação dos munícipes. E surpreendentemente coube a uma munícipe – Célia Cavalheiro – o papel de dar um banho de realidade aqueles figurões, do poder e da oposição. 

O processo Kafkiano que a Célia viveu e contou na AM é tão aterrador que não merece mais palavras do que aquelas que ela usou (ver vídeo). Expõe até às entranhas a burocracia paralisante, o funcionalismo disfuncional, a desumanidade gritante.

Bem pode o profeta Pedro apregoar com pomposidade e adjectivos eloquentes, sempre no grau superlativo, que a felicidade das borboletas a voar sobre as flores e as bolas de sabão a subir ao sabor do vento está a caminho, que a realidade nunca cederá às promessas vãs nem às políticas de fachada. 


 

29 de junho de 2022

O caso da “negociata” do autocarro para a ETAP

Ao navegar pelo site da ETAP – esse exemplar de boa governação cá do burgo! – deparei-me com um enorme pedregulho na garagem: um autocarro de passageiros de 65 lugares adquirido por ajuste directo, em 10-8-2021, por 65.000 € + IVA.


O pior deste malfadado negócio nem é a compra em-si; é como e a quem se comprou! Comprou-se por ajuste directo, contra todas as regras da boa-governação e contra o espírito e a letra da lei da contratação pública, um autocarro em 2.ª mão, através de um caderno de encargos personalizado ao autocarro que o vendedor tinha/queria vender, não a um fabricante ou concessionário de autocarros, como seria normal e recomendável, mas a uma empresa prestadora de serviço de transporte de passageiros, uma tal Busvouga, Lda, com sede em Águeda!

Estes tipos de “negociatas” seriam bons temas para uma oposição que quisesse e soubesse fazer política, questionando a acção do executivo municipal e os actos de gestão das empresas municipais. Mas temos uma oposição prefere andar entretida com recomendações chochas (inúteis e/ou sem sustentação jurídica) que só servem o propósito da vitimização constante. 

Neste quadro imoral e burlesco, resta ao cidadão mais exigente, com o bom uso dos dinheiros públicos, a esperança que ainda haja na bancada da maioria alguém com independência política e ética republicana minimamente arreigadas, que, num ímpeto dignidade, questione estes indecorosos métodos que indiciam compadrio e displicente uso dos dinheiros públicos.

PS: é por estas e por muitas outras que o Farpas tem que continuar a cumprir a sua missão inicial: “Farpear os interesses e os poderes instalados, os oportunistas e os manhosos, a hipocrisia e o servilismo, a obscenidade e o desperdício”.    


A arte(s)emrede, o Louriçal e a esperteza saloia

 O Grupo de Cavaquinhos do Louriçal integrou este ano o projecto Recanto - promovido pela Artemede - uma iniciativa soberba que juntou os rappers Capicua e Nerve, e ainda um grupo Coral de Abrantes. Quem os acompanha há anos não fica espantado, pois sabe que ali está um tesouro do património cultural deste concelho. 

O Grupo de Cavaquinho do Louriçal foi criado pelo Luís Miranda e pela Cristina Diniz, um casal de professores que chegou ao Instituto D. João V no início dos anos 90, como tantos, para fazer do Louriçal aquilo em que se tornou. E o Luís tornou-se louriçalense de coração. Ali construiu uma casa, ali lhe nasceu um filho, ali fundou uma escola de música, ali tocou e cantou com várias gerações. Ali ensinou, também, com o seu exemplo, que um homem não é um rato. Nem uma enguia. Tão pouco é um fantoche. E por isso, muito antes da sangria que mandou para o desemprego dezenas de famílias [de professores] quando o Estado fechou a torneira ao modelo que crescia no privado, o Luís saiu. Contou-me tudo em detalhes, por duas vezes, a última numa noite das festas de Agosto, na esplanada do Sol Dourado, antes das festas serem organizadas pelos donos-daquilo-tudo. 

O Luís morreu a 29 de Agosto de 2019. Deixou um legado imenso à Cultura deste concelho. E ao Louriçal em particular. O Grupo de Cavaquinhos fez o luto, a Cristina e o João também, até que no outono passado pegaram nos instrumentos e continuaram a viagem, como tinha de ser. 

O projecto Recanto integrou também uma componente de "Arte na Rua". Os alunos de Artes da Escola Secundária de Pombal foram desafiados a pintar 12 quadros/painéis, alusivos às 12 músicas que o Grupo apresenta no espectáculo. Mas eis que à última hora, essa sumidade que é o presidente da Junta local, decide "não ferir susceptilidades". E deixa de fora o quadro com a imagem do próprio Luís Miranda. Porquê? Porque o edifício onde os painéis foram afixados é um prédio devoluto, propriedade do grupo GPS, última entidade patronal do Luís, a quem ele ousou afrontar. 

E lá de cima, ele deve ter rido muito: cigarro no canto da boca, abanando a cabeça, e dedilhando o cavaquinho, sem lhes passar cavaco. Porque não é qualquer zé manel que apaga a marca que aqui ficou, para sempre Luís. 

Quanto ao painel...esteve onde tinha de estar, como acontece com o cavaquinho, desde a partida: em palco.


foto: Jorge Pereira/Louriçal





28 de junho de 2022

Do género "igualdade fofinha"



Quando a Secretária de Estado para a Igualdade e Migrações aborda os números de mulheres vítimas de Violência Doméstica e desabafa que não sabe o que mais havemos de fazer para combater o problema, pois temos as leis mais avançadas do mundo, isso diz muito do estado a que chegamos neste país. Quando a este desabafo se acrescenta um elogio ao Presidente de Câmara por este assumir o pelouro da Igualdade e Cidadania, sem que seja pública qualquer ação de monta nessa área, isso torna tudo ainda mais deprimente. Quando, no seu discurso, o Presidente sublinha que a Igualdade não se limita à Igualdade de Género, sem que seja claro o objeto do seu discurso, isso secundariza completamente qualquer intenção de valorizar o papel das mulheres na sociedade, mesmo que, pelo meio, refira que tem "muito carinho pelo tema da Violência Doméstica".

Quando a responsável (?) pelo Plano Municipal para a Igualdade refere que o Diagnóstico de Género foi um processo participado, ficamos a perceber que podemos ter as melhores leis do Universo, que não sairemos deste fado pombalense. Recordo o que já escrevi num post anterior: a município tem 18 pessoas em lugar de chefia tendo o questionário sido a aplicado a apenas 17 e, destas, responderam apenas 40%. Ou seja, num universo de centenas de trabalhadores do Município, o Plano Municipal para a Igualdade assenta na resposta dada por 7 (sete) pessoas. Sim, não é engano… 7 Pessoas. Podemos dizer que o documento hoje (28 de junho) apresentado assenta num processo participado?

Continuemos a brincar à Igualdadezinha e a criar documentos fofinhos para, de seguida, dizermos de modo compungido que não percebemos a razão de, em junho 2022, termos tantas mulheres assassinadas como em todo o ano de 2021.

 

Nota: na Assembleia Municipal de 29 de junho, debater-se-á uma proposta de recomendação relacionada com este plano (lá para a 1 ou 2 da manhã). Haverá debate, ou avançar-se-á diretamente para a votação, de modo a continuar os atropelos à democracia?


Luís Gonçalves - Farpas Convidadas

27 de junho de 2022

Pregar conforme a freguesia




Na noite de sexta-feira passada a União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca aprovou (em assembleia de freguesia) o "procedimento de auscultação pública no âmbito do
trabalho da comissão do processo de criação, modificação e extinção de freguesias - Lei
39/2021 de 24 de junho". Trocado por miúdos, quer isto dizer que as três freguesias, agregadas desde 2013, podem voltar a ser autónomas, se a população assim o decidir, a partir de agora e até setembro, quando será tempo de decisões. Correrão sessões de esclarecimento, já correm abaixo-assinados. Em todas? Não. O que é aqui caricato é que a mesma Guia que deu origem ao processo de agregação é aquela que agora pugna pela desagregação. "A Guia aos Guienses", pois claro. 
O assunto quase me passava ao lado - excepção feita às fotos de perfil de alguns amigos de facebook que iam mudando para esta imagem/lema de campanha - não fora, de repente, aparecer-me o insólito: "Manuel António alterou a sua foto de capa". Ora, Manuel António, o ex-presidente de Junta da Guia, ex-membro da Assembleia Municipal e ex-presidente da comissão política concelhia do PSD de Pombal,  foi nada menos que o principal instigador da agregação das três freguesias do Oeste - como facilmente o comprovam as actas, as notícias da imprensa da época, etc. Mas um homem pode mudar de lado. Pode mudar de opinião. E a Guia também pode mudar (já mudou tanto, na sua História...) desencantar-se com este processo todo, passados estes anos. Porque o cerne da questão é simples: a agregação não lhe deu nada do que julgava, e só lhe roubou. A começar pelo poder. Não haja aqui ilusões - se o PSD não tivesse perdido duas eleições seguidas no Oeste, não havia espinhas entaladas nas gargantas de certos Guienses.
Quanto ao resto, aguardemos os desenvolvimentos. 
A população tem todo o direito de se sentir desencantada com a agregação. Mas é bom que saiba ao que vai: processo nenhum vai reverter o despovoamento. Lei nenhuma lhe vai devolver o posto médico em cada terra, nem a escola, nem os correios. Ah, devolve-lhe a Junta!  Mas se a ideia é esclarecer, é melhor começar por um princípio básico: a seriedade. 
Na região de Alitém, o processo de discussão também está em marcha. Com menos alarido, mas mais bom senso, parece.


O social sem racional

O doutor Luís não percebeu, e na verdade não é coisa para se perceber…

O paradoxo é simples: o executivo – “a junta” – levou à reunião uma proposta de não renovação da isenção do pagamento das facturas de água, a uma munícipe comprovadamente com carências financeiras, por esta não consumir água da rede. Ou seja: o executivo queria que ela gastasse - desperdiçasse – a água da rede, do município, nossa.

Há tanta carência! Deus nos acuda!



25 de junho de 2022

CIMU-SICÓ – Obra-Sem-Fim

Na última reunião da “Junta”, a doutora Odete quis saber se, depois de decorrida mais uma extensão do prazo de entrega da obra, estabelecido para o próximo dia 4 de Julho (já se perdeu a conta ao prazo e às extensões - vai com mais de OITO anos de tempo de construção), a obra estava finalmente concluída e quando poderia ser visitada.

A doutora Odete não terá tanto carinho por esta “obra-estratégica” (como lhe chama o profeta Pedro – Deus lhe perdoe) como o Pedro, mas gostaria, com certeza, de dar o seu passeiozinho até à Nossa Senhora da Estrela, fazer a sua oraçãozinha na capelinha e posar para as fotografias no Mamarracho.  Mas o Pedro, coitado, não lhe pode fazer a vontade. O Pedro é um Profeta da Boa-vontade, dos desejos, não das concretizações materiais. Dessas julgava, ele, que o Navega tratava; mas o infeliz arquitecto, se alguma vez teve essa vontade perdeu-a quando se viu metido naquele delírio. Daí que ninguém saiba como e quando vai acabar a estouvada obra. O obras-tortas anterior (P. Murtinho) foi justificando os atrasos do empreiteiro com indefinições da câmara sobre as instalações técnicas (água, luz, comunicações), o actual com as exposições.

Toda a gente com dois neurónios a funcionar já percebeu há muito que aquela tontaria foi desvario absurdo e megalómano que ninguém sabe como finalizar, que vai continuar a consumir recursos e vai ser um enorme sorvedouro deles no futuro.

Bem pode a doutora Odete esperar sentada pelo seu passeiozinho político-religioso à serra. O Mamarracho não terá fim ou terá um fim que não merece visita. 



23 de junho de 2022

É mais fácil mudar de encarregado que endireitar as obras

O doutor Pimpão fez-se gravar a inaugurar um pequeno parque de estacionamento no Casarelo – a última zona nobre livre no centro da cidade. Depois apagou o vídeo. Compreende-se – há ridículos que matam.



A infeliz ideia veio da dupla Diogo – Murtinho, mas a execução é da dupla Pimpão - Navega. Não há obra mais inútil do que aquela que nunca deveris ter sido feita (como aqui expliquei em devido tempo). Mas pior, muito pior, é fazer o que não se deveria ter feito e fazê-lo torto.

No dia da inauguração alguns residentes alertaram para o inseguro acesso ao parque e para o estrangulamento da via. E logo ali o presidente Pimpão encarregou o encarregado Navega de corrigir a infeliz obra.

Não há correcção que valha ao que nasce torto.

O investimento de 12 milhões que não veio para Pombal e foi para a Figueira




 Soubemos por estes dias que a Figueira da Foz vai receber um investimento (inicial)de 12 milhões de euros - coisa pouca - alusivo a uma unidade de combustíveis avançados. Trata-se de uma unidade industrial que vai ser construída junto ao porto marítimo, e que promete ser das mais desenvolvidas no mundo na produção de combustíveis avançados, com poupanças estimadas entre 92 e 98% das emissões de CO2 (dióxido de carbono) comparativamente aos combustíveis fósseis usados no setor rodoviário.

Ora, e o que nos interessa isto? - perguntam os leitores do Farpas?

É que segundo o presidente da Câmara da Figueira da Foz, "a nova unidade estava inicialmente projetada para o concelho de Pombal". Mas Santana Lopes mexe-se bem. 

Segundo as notícias, numa primeira fase serão criados 36 postos de trabalho, dos quais 18 altamente qualificados e, no final, prevê-se que a empresa crie mais de 100 .  Dentro de dois anos, o investimento projetado será de 47 milhões de euros, tornando-se num dos grandes operadores europeus na produção de combustíveis avançados.

E é isto. Tomem lá mais um bocadinho da nova ambição, oferecida de bandeja aos municípios vizinhos. 

22 de junho de 2022

O chefe é que manda



Bem podia ser este o título de um anúncio de jornal satírico, se a imagem que aqui partilhamos - replicada da página do Município de Pombal - fosse só uma brincadeira. Só que não. Refere-se à cerimónia de entrega dos prémios Gazela, que aconteceu esta terça-feira, e onde o Município de Pombal se fez representar por quem? pelo presidente em exercício. E esse é quem? O grande chefe de gabinete, claro está. Chegámos a este ponto: Tanto pelouro distribuído pelos cinco vereadores a tempo inteiro, e quando o presidente não pode...manda o Né. 

Estamos bem entregues.

21 de junho de 2022

O regresso do Zé das Placas

Uma das grandes qualidades de um político é a sua capacidade de inaugurar. E se dúvidas houvesse que, em Pombal, temos os melhores, é ver o nosso jovem edil, todo pimpão, a seguir os passos do seu narciso mentor. 

Aqui tudo se inaugura! Minto. Tudo aquilo onde se pode colocar uma placa de mármore, se inaugura. O importante é gravar para a posteridade o nome de Sua Excelência, o Senhor Presidente da Câmara que, muitas vezes, num rasgo de modéstia, também concede essa honra a um ou outro figurante. 

Desta vez, "aproveitando o início das tradicionais festas em honra de Santo António", o séquito municipal foi à Machada inaugurar "as obras de requalificação da Rua Principal e Largo da Capela". Que orgulho! E que feliz coincidência a inauguração cair logo no dia da festa! Um dia em cheio, como se pode ver nas fotos (e que fotos!) disponibilizadas na página do Município. 

Quero aqui deixar os meus sinceros parabéns ao Pedro Pimpão. Um verdadeiro senhor na arte de inaugurar! Os pombalenses podem contar com ele para uma verdadeira orgia de vaidade e placas de mármore nos próximos anos. 

14 de junho de 2022

Um adeus pombalense


foto: NDAP

 

Partiu esta semana o senhor João. Há pessoas assim, como ele, cuja vida e dedicação a uma causa bastam para que se vão da lei dos apelidos libertando. Muitos de nós certamente desconheciam o apelido do presidente do NDAP - talvez só o tenham descoberto quando o viram no anúncio da necrologia, por estes dias. Não era preciso. Porque quando alguém se referia ao senhor João do Núcleo toda a gente sabia ser dele que se tratava: o homem discreto, cordial, educado, com todo aquele registo bonacheirão que trouxe de Elvas para uma terra que sentia sua, e que era dele, sabemo-lo.

Sucessivas gerações de várias modalidades sentem esta perda -  de um homem que fez sempre parte daqueles que preferem estar na segunda fila, sem holofotes, essenciais à vida e funcionamento das instituições. Os mais próximos sabiam-no doente, mas não deixou de ser inesperada  - e sobretudo prematura a sua partida. 

Um abraço solidário à família de João Gonçalves, envolto nas palavras de Alexandre O'Neill:

"Não tu és da cidade aventureira

da cidade onde o amor encontra as suas ruas

e o cemitério ardente

da sua morte

tu és da cidade onde vives por um fio

de puro acaso

onde morres ou vives não de asfixia

mas às mãos de uma aventura de um comércio puro

sem a moeda falsa do bem e do mal"

13 de junho de 2022

De roteiro em roteiro até à “boxe”

O Pedro fez anunciar que esta semana vai fazer mais um roteiro pelas escolas do concelho; como se as escolas não tivessem mais nada que fazer senão entretê-lo, soltando com ele e os seus ajudantes cânticos e homenagens catitas.

O Pedro precisa de roteiros, de ocupação e distração, que o afastem do calvário que é - para ele – administrar a câmara. Os roteiros estão para o Pedro como o voar está para a mosca… - são a sua razão de existência. Alimenta-se desta volúpia sem se dar conta do enfado que tanto rotear provoca.

O Pedro é um hipocondríaco da empatia que tem como único desejo de vida (política) ser conhecido e amado; um imprevidente e bom rapaz pavorosamente desorientado pelas mais confusas e contraditórias teorias da felicidade, que faz da política um espetáculo pueril e de mau-gosto que não interessa a mais ninguém do que a ele próprio - e por pouco tempo.


PS: às escolas exige-se foco contínuo no processo educativo e discrição; o que implica blindagem à politiquice

3 de junho de 2022

A nova ilusão do Pedro

A nova ambição - do Pedro – para Pombal são as prometidas pós-graduações do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). Não é uma coisa para o próximo ano – explicou ele, depois – nem para os próximos. É simplesmente uma ilusão para iludir papalvos. Melhor dito: uma tontice.

Pombal não tem ensino graduado nem o terá nos próximos anos - e é muito duvidoso que o deva ter (mais vale não ter que ter do mau), mas quer ter ensino pós-graduado! É típico dos pobres-de-espírito começarem a casa pelo telhado.

O Pedro é o verdadeiro profeta da boa vontade, um pregador do optimismo vazio que acredita que basta desejar uma coisa para que ela aconteça, incapaz de distinguir o essencial do acessório, o virtuoso do ilusório, o realizável do irrealizável. Resultado: malbarata o tempo, os escassos recursos e a pouca energia na fanfurrice - em nadas. É um D. Quixote iludido pelos moinhos de vento, que navega no ar animado pela paixão de voar e sentindo em si que voar é o centro do mundo. 

PS: * Mas os responsáveis do IPL não fazem melhor figura. Em vez de se centrarem na espinhosa missão de credibilizar o instituto, desbaratam tempo e energias com estas tontices de onde nada tirarão.  

2 de junho de 2022

Vamos brincar à caridadezinha?




Nos últimos tempos, Carla Longo - que sempre foi a verdadeira presidente da Junta, mesmo no tempo em que o Pedro ocupava o cargo - parece empenhada em dar três passos atrás na sua carreira política. 
É sabido que o PSD nunca a "engoliu" - porque a Carla é, na sua génese, socialista, e na Rua dr. Luís Torres isso não se esquece, só se faz de conta que se esquece. 
E por isso é normal que a pressão aumente, tolhendo a acção. Acresce que a Carla é capitã sem exército na Junta de Freguesia. E por isso será cada vez mais frequente falhar numa e noutra frente de batalha. A exposição pública é apenas uma delas. O que aconteceu ontem, no Dia Mundial da Criança, é daqueles casos que apenas uma troca de palavras entre duas pessoas adultas e conscientes resolveria, quanto mais entre uma equipa - se ela existisse. 
A publicação já era suficientemente má.
A publicação, com as técnicas da comissão social de freguesia, em pose, ao lado presidente dos Lions, é pior. Mas numa terra em que toda a gente gosta é de ser ramo de enfeite...o que fazer?
Grave mesmo é a caracterização das crianças. Sinalizadas? Em tanto seminário e palestra ainda ninguém lhes disse que não falamos assim de crianças?
Deixa essas coisas para o Pedro, Carla. Pode correr mal. 

Adenda: Um delfim do Partido deu conta entretanto de que a Carla foi eleita para delegada ao Congresso do PSD. Pode parecer-vos um paradoxo o que vos vou dizer, mas isso só reforça a minha opinião:tal não acelera o caminho político da Carla, que parece com isto tentar provar algum comprometimento. Só que perde [a] independência que a fez alcançar uma votação como a das últimas eleições.São escolhas, Carla...