30 de maio de 2019

O Tal Canal


A pombalTV faz este ano 5 anos de existência. Passado todo este tempo, continuo sem perceber ao certo que canal é este -  que não tem emissão regular e cuja maioria dos posts, à laia de “notícias” são textos escritos e copiados de outros meios de comunicação. Será então um videoblog sobre curiosidades locais ou um jornal online? Algo mais? 

Expliquem-me por favor, porque um canal de televisão certamente não é.
Durante algum tempo perguntei-me como poderia sobreviver este “canal de televisão” sem conteúdos próprios e sem uma emissão regular. Não existe nada de original que possa cativar um audiência a não ser o esporádico vídeo sobre as actualidades do concelho. E como sobrevive a pombalTV apenas com publicidade residual? Algo de estranho se passava, ou então seria este canal local um fenómeno de estudo e um caso único a nível mundial. Por essas razões decidi investigar.

Ao analisar alguns documentos oficiais disponibilizados online, no site http://www.base.gov.pt, pude facilmente descobrir qual a principal fonte de rendimento deste “canal de televisão”.
Desde a sua origem que a principal fonte de rendimentos da pombalTV é precisamente a Câmara Municipal de Pombal. Este Canal/Videoblog/Não Sei o Quê, entre 2014 e 2017 recebeu qualquer coisa como 27.443,76€ para a transmissão de Assembleias Municipais, Reuniões de Câmara e transmissão de outros eventos  não especificados.

Desse total, 12 821,21€ foram para a Criação da Agenda Municipal. A CMP paga um balúrdio por um formato pré feito onde se alteram mensalmente os textos dos eventos, e as fotos ou videos, mas se mantém toda uma base pré criada. Alguns destes “templates” encontram-se facilmente online a baixo custo em qualquer website de produção audiovisual que venda conteúdos "pré fabricados". Trabalho mínimo, lucro máximo.

Em Maio de 2018 mais um contrato por ajuste direto no valor de 4 218,00€ uma vez mais por Serviço de Transmissão de Imagens de Eventos Municipais, duração 365 dias, em relação ao trabalho em si, nada especificado uma vez mais.

Já este ano,  a 21 de Maio de 2019, foi feito novo contrato com a pombalTV no valor de 16.872,00€, relativo a, uma vez mais, Aquisição de Serviços de Transmissão de Imagem, um contrato bastante mais chorudo  que o anterior e com a duração de apenas 214 dias. 

Mas afinal contrata-se o quê especificamente? Quando e como? Que transmissão? Onde está ela? Online onde? Não existe divulgação pública destes concursos? É para depois afirmarem por escrito que não havia mais ninguém a participar? Os documentos existem foram aprovados e estão assinados. Sem se dar conhecimento à população é difícil realmente aparecer concorrência.  Não servem o Facebook e as outras plataformas oficiais para isso também? Para informar os cidadãos? Porquê tanto secretismo?

A CMP escolheu a pombalTV porquê? Pelo conjunto de profissionais que a compõem? Pelos equipamentos de última geração que possui? Pela larga experiência no meio? Pelo impressionante currículo do director do canal? Ou será realmente o preço do “pacote”?
Não me parece que nenhuma dessas razões seja suficientemente válida para deixar a concorrência para trás, cega, surda e muda. Neste momento a equipa da pombalTV é composta exclusivamente  pela Dona/Gerente/Jornalista/Comercial/Camara/Diretora/Editora/Produtora, Ana Rita Silva Ribeiro,  cujo percurso profissional se resume à criação e manutenção da pombalTV.  

Pessoalmente conheço mais de uma dezena de profissionais no concelho, com trabalho reconhecido na área, com todo o equipamento necessário e conhecimento prático que poderiam facilmente assegurar alguns destes serviços contratados exclusivamente à pombalTV.
Será que alguém me pode explicar qual foi a razão para este “contrato às escuras” e nada transparente? Tudo isto foi feito sem concurso público e nem sequer foi dado conhecimento em reunião camarária. Parece-me assim que se trata mais uma vez de um caso de “compadrio” que  ignora  completamente a existência de outros profissionais e empresas do ramo.

Fica aqui uma última questão: não possui a CMP um Gabinete de Comunicação?
Sei por experiência profissional que ficaria mais barato ao contribuinte adquirir os equipamentos necessários e dar formação aos técnicos da CMP (como fazem as outras câmaras da região) para realizar esses trabalhos de captação e transmissão de imagem que subcontratar outra empresa. Atenção que quando digo mais barato falo em dezenas de milhares de euros. Porque é que a CMP não o faz? Qual o interesse no modelo actual? Não defende certamente os interesses do contribuinte…

Uma sugestão final: mude-se o nome da pombalTV para CMPombalTV, assim talvez a coisa seja mais facilmente explicada e justificada.
Falamos de um orgão de comunicação social independente, mas afinal onde está a imparcialidade e transparência do mesmo quando este é financiado quase na totalidade pela Câmara Municipal e especialmente através deste tipo de contratos?
Continuo a achar tudo isto muito estranho, talvez alguém me consiga explicar o que realmente se passa afinal com o “tal canal”?

29 de maio de 2019

I´m Too Sexy For My Love

A Constituição da República Portuguesa não é clara em relação à legitimidade da injecção de dinheiros públicos nas Igrejas. O que é claro são os benefícios do Estado concedidos à Igreja Católica (é pobrezinha!!!) ao abrigo da Concordata. Por exemplo: a isenção de pagamento de IMI de todos os edifícios de culto, residenciais, de formação eclesiástica, de exercício espiritual, etc.
Pessoalmente não me repugna que, nalguns casos, se possa contribuir com dinheiros públicos para a requalificação de equipamentos pertencentes à Igreja Católica, se daí advir um benefício manifesto e justificado para a comunidade.
No entanto, a Câmara Municipal de Pombal não enjeita qualquer oportunidade de conceder apoios às fábricas das igrejas sempre que solicitados. Mesmo sob justificação duvidosa.
Recordo-me de, no mandato anterior, ser concedido um subsídio a uma qualquer fábrica da igreja para financiar a elaboração e reprodução de um folheto evangelizador (propaganda eclesial) para distribuir aos fiéis na missa dominical.
Esta redução ao absurdo não será uma forma tosca e provinciana de fundamentalismo religioso? Ou será que representa um longo e lascivo picar de olhos ao voto beato?
Recorda-se à navegação que tudo isto se faz com o dinheiro dos nossos impostos.

28 de maio de 2019

A grande tanga

Nota prévia: este excerto da reunião de Câmara é mais longo do que é usual aqui no Farpas, mas é importante ser visto até ao fim, para percebermos a que ponto chegámos.

D.Diogo ensaia em cada reunião uma nova técnica: enrola, reveste as intervenções de muita forma e pouco conteúdo, pinta o quadro a seu belo prazer, gasta um tempo infinito com retórica, dicção e prosódia,  a que a oposição responde com tiques de degustação: prova, saboreia, e mesmo que não goste, não riposta nem se pronuncia.
Na última reunião (pública e cuja gravação está disponível on line), Odete Alves (PS) levantou bem a questão das viagens do edil - que o afastam do meio do povo e das suas humildes celebrações, fenómeno já amplamente comentado, por toda a parte. (Diogo tentou emendar a mão no passado fim de semana, em alguns casos: foi assistir a um jogo da Moita do Boi - que no anterior domingo subira de divisão, embora isso não chegue para lhe fazer menção no discurso, ou para receber a equipa, como fez entretanto com os miúdos da Pelariga, colmatando a inexistência do vereador do Desporto).
E essa foi a deixa perfeita para Diogo explanar o seu diário de bordo, da maneira que aqui se pode observar.
Está bem de ver que aquele salão do imobiliário em Paris (uma espécie de Exposalão lá do sítio, onde Pombal é convidado a participar, no âmbito da CIMRL, e para onde no ano passado mandou Pedro Murtinho) foi de repente promovido ao último biscoito do pacote. De maneira que gostei de ouvir a descrição pormenorizada do programa de almoços e jantares do nosso autarca, à laia de quem come sardinha e arrota caviar. 
Faltou-lhe falar dos [meus] primos. Imperdoável...
De Paris, Diogo voou para a romântica Veneza, e daí para a Croácia - onde iria participar em não-sei-quê do festival Sete Sois, Sete Luas. E fez a coisa como deve ser, à maneira real: levou a corte, com direito a cozinheiro e a mensageiro.
Depois voltou, ajeitou os colarinhos e os botões de punho, e destilou sabedoria na parvónia. 
Não há como não amar este poder local. Ora atentem:


26 de maio de 2019

Alerta CM


Os resultados para as eleições europeias ficaram disponíveis no site da Câmara Municipal pouco depois das 22 horas, sem grandes razões para a tradicional festa laranja.
Podemos falar de um alerta C(âmara) M(unicipal), e por isso, depois de roerem as unhas dos pés, alguns dirigentes social-democratas têm contas para fazer.
O PSD foi o único partido a fazer campanha em Pombal, mas as fracturas internas e uma imitação do todo nacional travaram um resultado à moda laranja: esmagador (como nas Meirinhas. Carnide ou Abiul, que ainda honram este convento).
De maneira que ali no Largo do Cardal e na Rua Dr. Luís Torres, já se está a esmiuçar este escrutínio. 
Se esta fosse uma terra normal, estes resultados não quereriam dizer mais nada além do que são: uma abstenção medonha, uma vitória do PS e a ascensão do BE a terceira força política. Mas não é. De modo que, esta noite, há a reter três ou quatro coisas:
1. O PS ganhou em Pombal (cidade/freguesia) pela primeira vez em muitos anos e na Redinha (onde o presidente da junta publicava no seu facebook a propaganda do Basta
2. O PSD tem em Carnide (percentualmente) e nas Meirinhas (de facto) o seu inabalável bastião
3. A Câmara esforçou-se bem par esta abstenção de 72%, contribuindo com animação de rua e evocação do Marquês de Pombal. Bom trabalho.
4. Resta saber o que vai o PS fazer com isto.

Os resultados estão aqui.

Tropa fandanga?

Tropa fandanga é gente sem ordem (desorganizada) mas que sabe ao vai. O que temos aqui é uma coisa muito pior: gente sem ordem que não sabe, sequer, ao que vai.
E foi esta gente poder! E quer esta gente voltar ao puder! Deus nos livre de sementes espécies.

25 de maio de 2019

Urbanizações à pombalense

As urbanizações à pombalense são casos de polícia – de perdas de mandatos e de prisão, provavelmente. Só não o foram porque nunca houve oposição, e agora ainda há menos.
Senão vejam: na última reunião do executivo, ficámos a conhecer mais um caso; trazido – vejam só – pelo presidente da câmara que aprovou a urbanização; e agora acusa o seu sucessor e co-responsável da coisa de gestão contraproducente.
Para completar o quadro negro, a vereadora Odete (PS) assiste a isto tudo sem dizer uma palavra!
Valha-nos N.ª Senhora da Boa Morte.

24 de maio de 2019

Este País (não) é para velhos…

Muito se tem falado ao longo dos anos, do grande desafio/problema que o nosso país enfrenta no futuro: o envelhecimento demográfico.
O envelhecimento da população portuguesa já o era previsível há mais de 2 décadas atrás, os números nessa altura eram preocupantes e mostravam a tendência futura. Com a ausência de medidas estruturais na área, hoje Portugal é o 6º país mais envelhecido do mundo!
Frequentemente associa-se a sustentabilidade da segurança social (reformas/pensões) aos aspectos demográficos, o que na minha óptica, é manifestamente redutora esta análise. Se há anos atrás poderíamos afirmar que as redes de equipamentos sociais de apoio aos idosos tinham taxas de cobertura satisfatórias, hoje, sabemo-lo da dificuldade que é encontrar vagas; contrastando com os equipamentos da infância (que há 20 anos atrás apresentavam listas de espera).
Nos serviços de saúde (quer nos cuidados de saúde primários, quer nos hospitalares), todos nos queixamos da falta de recursos humanos e materiais. A verdade é que comparativamente com o passado (há 20 anos) nunca os serviços estiveram tão dotados de recursos humanos e recursos tecnológicos … mas eu acrescentaria que independentemente do seu reforço, eles serão sempre insuficientes! A verdade é que os doentes que mais recorrem aos serviços de saúde são idosos, com doenças crónicas, grandes dependentes, que exigem dos serviços cada vez mais cuidados indiferenciados. Com o aumento da esperança media de vida e segundo alguns especialistas, verifica-se um aumento do tempo de vida, mas estima-se que futuramente será com menos qualidade de vida.
O país não se preparou para esta realidade dos mais velhos, e vai apenas falando dos desafios demográficos tendo avançando pouco.
Está na “moda” falar-se no envelhecimento activo, mas se olharmos um pouco à nossa volta encontramos constantemente obstáculos, que nos impede de usufruir desse envelhecimento com mais qualidade. Basta olhar para as (in)acessibilidades que um cidadão com mobilidade reduzida (seja velho ou novo) encontra nas vias publicas. Andar de cadeira de rodas ou de muletas, ou até sem nada disso, é um desafio (arriscado diria eu).
Começa a ser dramático, porque para além de não conseguirmos criar condições para que a taxa de natalidade e fecundidade aumente, não estamos também preparados para a realidade da velhice.

23 de maio de 2019

Onde se dá conta da mui importante viagem do Príncipe e da ascensão do Pança

Há muito que Sua Alteza se vem afastando das miudezas do reino - se alguma vez esteve verdadeiramente focado nele -, mas nos últimos tempos tem abusado em demasia no desapreço aos seus vassalos e ao povo: não aparece, não avisa nem envia subalterno.
Valha-nos, em contrapartida, o apego do seu fiel escudeiro: um moiro de trabalho que se desdobra pelo reino e pelo seu condado, e ainda dá uma mão pelo glorioso.
Sua Alteza está numa fase em que prefere o bom passadio ao exercício do poder. Partiu para terras gaulesas e reinos Balcãs, agora acompanhado pela Senhoríssima Primeira-dama - mui distinta, cordata e discreta senhora, de trato mui cortês e carácter mui assisado. Esteve bem, agora, Sua Alteza, no respeito pelo protocolo monarquista, fazendo-se acompanhar pela Senhoríssima Primeira-dama e não pela viçosa marquesa.
Fez bem, também, em delegar no Pança a governação do reino; que, dotado de astúcia plebeia e já entendido nas artes da governação, é mais confiável que os seus subalternos.
No primeiro dia, o Pança manteve-se no seu posto; mas depois da saída dos servidores do reino testou o trono; quis sentir se tinha rabo para aquela cadeira, antes de nela se instalar.
Ali sentado, com grandessíssimo contentamento, dizia ele entre si, que via agora, antes do tempo, e contra a lei das suposições razoáveis, os seus desejos premiados: estar ali sentado, acima de todos os servidores do reino: artífices e amanuenses, gentis-homens e nobres, oficiais e ministros, condessas e marquesas. Estava inchado como uma rã ao sol, capaz de rebentar pelas costuras; alargou o laço da gravata e desapertou o cinto; relaxou um pouco, antes de se empertigar novamente para dar graças ao céu; a Deus-Nosso-Senhor; à N.ª Senhora do Cardal, que suavemente sabe dispor as coisas; à grandeza que em si encerra a profissão de fiel escudeiro, que com tanto denodo e galhardia tem sabido praticar; ao seu Amo, que não é tão desagradecido como o pintam, seus ingratos e cavalgaduras preguiçosas e maldizentes. Apetecia-lhe berrar tão alto que todos ouvissem, “se trabalhásseis como o Pança seríeis reconhecidos, que ele nem tem por trabalho o que faz, antes por vida mui regalada, o andar distribuindo reprimendas e açoites por um e por outra, que o rebanho não se ajunta nem se conduz sem uma verdascada aqui e outra acolá”. Mas veio-lhe à cabeça cisma acertado, que o aconselhava a mostrar sossegada compostura, e a só responder a desaforos, de um ou outro bacharel ou amanuense que lhe tem osga, se o desafiassem. O dia fechava-se; apertou o cinto, ajustou o casaco e foi-se…
No dia seguinte, entrou no Convento de Santo António com o sorriso largo que o caracteriza, cumprimentou todos com boas-maneiras, dirigiu-se ao trono e sentou-se; irradiava felicidade; distraiu-se até a ouvir o chilrear dos pardais nas varandas do convento, mas logo se lhe despertou na cabeça a estúpida boa vontade do fazer mas não sabia o que fazer. Conteve-se! Já sabe por experiência própria que os bons comedimentos evitam desmandar-se.
A meio da manhã, sentiu que era tempo de iniciar funções. Fê-lo pelo início, como mandam as regras da boa governação, e como bem tinha aprendido com Amo mui douto. Mandou chamar os ministros e entregou: o despacho da papelada - que ele não gosta de ler e sabe que é arriscado assinar sem ler - e a representação na cerimónia de condecoração do coveiro-mor, pelo bombeiral, ao ministro das obras-tortas; a pasta das relações públicas à marquesa e à educadora-mor; a representação no 90.º aniversário da associação do jogo-do-pontapé-na-bola ao ministro jota, à qual faltou; repreendeu-o mas evitou dar-lhe castigo maior, já que o rapaz está fragilizado demais e o último empurrão deve ser dado por Sua Alteza; não por ele, que depois disto, não está para voltar para trás...
                                                                                      Miguel Saavedra

22 de maio de 2019

E agora para algo completamente fracturante: as esplanadas

Este post é uma singela contribuição para a causa que o vereador Michael António abraçou neste mandato: as esplanadas e suas idiossincrasias.
Desde que voltou à Câmara que anda preocupado com a esplanada do Buda Bar. O processo conheceu duas fases: a primeira, em que Diogo Mateus rebatia ferozmente os argumentos inócuos do seu ex-companheiro de partido e de bancada; e a segunda, em que surpreendentemente (ou não) o presidente começou a fazer coro ao lado de Michael, mostrando uma atitude musculada de "chamar a polícia e fechar aquilo", se preciso for.
Ora, numa das ruas que ainda tem algum movimento em Pombal - a prof Gonçalves Figueira - está esta beleza de esplanada. Será este o modelo?

21 de maio de 2019

Uma Ilha isolada do saneamento básico


O saneamento básico é considerado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como direito humano universal desde 2015. Isso significa que dá aos cidadãos o direito de reivindicar ao estado e especificamente ao poder local quando este falha em providenciá-lo.

A (falta de) vergonha teima em continuar nos vários executivos camarários ao longo dos anos. Mais uma vez foi apresentado um orçamento para 2019 que teima em não ser concretizado e teima em se atrasar

Foi anunciado com pompa e circunstância a orçamentação para 2019 do emissário Carnide-Louriçal que iria finalmente cobrir a Ilha e áreas circunscritas, a rede de saneamento dos Barros da Paz, Assanha, Ladeira, Gregórios e Penedos e Casal da Rola. Pelo estado das obras tudo indica que estes projectos serão uma miragem para este ano será que o vereador Pedro Murtinho terá a capacidade de executar tão exigente calendário nos meses que faltam? Com os atrasos na expropriação de terrenos e na adjudicação de obras tenho muitas dúvidas

Na Ilha, esta promessa eleitoral foi continuamente feita pelo executivo de Carlos Domingues, e gastaram-se rios de dinheiro do erário público há mais de uma dezena de anos, para construir uma rede de saneamento básico que nunca foi utilizada. Hoje é apenas um MAMARRACHO debaixo da terra que irá ter que ser reconstruído porque estará inutilizável.

Está lá, mas nãé utilizável e, portanto, foi um desperdício de dinheiro público.
Ainda na Ilha e áreas circundantes, a solução mais rápida e viável financeiramente seria a ligaçãà rede de Leiria via  freguesia da Bajouca, porque representava menor investimento. Parece que o executivo quer ter o controlo de toda a sua região para a empresa municipal e não o interesse da população.

 Na altura, o Pedro Murtinho argumentava que o custo para o utilizador eram alguns cêntimos a mais. Se compararmos isso com o custo que as pessoas têm a pagar a camiões tanque da câmara municipal para despejar as fossas não teria qualquer relevância. Seguramente que a população não teria qualquer problema com isso.
No tempo em que Michael António era vereador executivo ouvi a frase "que é impossível ter 100% das casas cobertas por saneamento básico". É verdade, especificamente para empresas e casas isoladas e distantes das zonas de concentração populacional, mas será que a Ilha é considerada como isolada?

Segundo o site da Pordata (que apenas tem dados de 2009) só 37% da população do concelho de Pombal é servida por estações de tratamento de águas residuais, contra Castanheira de Pera (99%) e Marinha Grande (93%). Tenho grandes dúvidas se esta percentagem se alterou nos últimos 10 anos.

Fala-se tanto em ambiente por este executivo, mas o saneamento básico nãé a prova desse discurso. 
É aqui que o desenvolvimento regional deve ser evidenciado,  porque são infraestruturas base. Será que uma empresa não faz contas ao custo anual que terá com camiões tanque vs. a possibilidade de ter saneamento básico? Nãé só a rede rodoviária que conta

O concelho, na sua globalidade, é marginalizado em relaçãà urbe de Pombal, e não deveria ser porque o executivo é eleito por todo o concelho.

Ou então o saneamento básico é mesmo para a urbe e ninguém nos avisou.