31 de agosto de 2019

Boa-nova: nova Igreja em Pombal

Questionado pela doutora Odete, sobre a falta de planos para a zona do Casarelo, D. Diogo, na sua pose de filósofo teologizante, discorreu longamente, para nos deixar, candidamente, a boa-nova: uma nova Igreja no Casarelo (bem sabemos que a dúvida metódica de D. Diogo é uma certeza cartesiana).
Carago, Diogo! É mesmo por uma nova Igreja que o povo anseia! Como é que ninguém ainda tinha pensado nisso, Diogo?
Decididamente: anda tudo cego, anda tudo distraído, ou já se renderam à sapiência do soberano iluminado pelo Senhor.


Assim nasceu, e cresceu, o Obras-Tortas

Esclarecimento prévio: o (vereador das) Obras-Tortas nasceu aqui, com esta obra. Porquê? Porque a obra nasceu tão torta, que só podia ser obra de um Obras-Tortas.

Depois:
- Não, Pedro; não são pormenores, são “pormaiores” – é um problema delicado e inadmissível;
- Sim, Diogo; as boas práticas obrigam que as coisas sejam feitas como deve ser; só que, nem o empreiteiro nem a câmara as aplicam - desconhecem-nas até, pelos vistos;
- Sim, Diogo; não devia ser empreiteiro quem quer; tal como não devia ser político quem quer;
- Não, Pedro; não é normal que isto aconteça;
- Sim, Pedro; há empreiteiros que são só gestores de contrato(projecto), mas a câmara/vereador nem isso é - e devia sê-lo;
- Sim, Diogo; podemos ter empreiteiros que nunca puseram a mão em cima dum tijolo; tal como temos presidentes de câmara que nunca fizeram outra coisa senão política.

30 de agosto de 2019

23 de agosto de 2019

Os males do excesso de positivismo


Vivemos um tempo doentio, com excesso de positividade e falta de negatividade, onde o discurso da lisonja, do reforço positivo e do “gosto”, proferido pelos fracos que se julgam bons, sufocou a dialéctica, o contraponto, a indispensável negatividade.
O excesso de positividade é uma marca do nosso tempo, onde tudo deve ser idêntico, dócil, amigável. A positividade compraz, mas o excesso de positividade cansa, enfraquece, esgota, deprime as pessoas. Na comunidade gera uma vida social dormente, indolente, vazia, que compromete o dinamismo, o pensamento diverso e a capacidade criativa.   
O excesso de positividade facilita a exposição pública e aumenta a notoriedade de quem o pratica, mas não gera automaticamente poder nem confiança. A confiança assenta no “não saber”, num certo mistério, numa certa distância; não na excessiva proximidade, no optimismo vazio do discurso superlativo do notável e do extraordinário.
A alma humana necessita da reflexão, da profundidade e do desacordo (até consigo mesmo) que a negatividade proporciona. Sem a negatividade da distinção desemboca-se sem remédio numa excrescência geral e numa promiscuidade das coisas.
Vivemos um tempo de estados patológicos induzidos por excesso de positivismo. Precisamos de equilibrar a coisa com alguma negatividade.

22 de agosto de 2019

A cidade amiga das famílias (e das crianças, pois claro)

Estas fotos não precisam de legenda.
Este é o parque infantil da zona desportiva (junto à APEPI), um dos dois que a cidade oferece às famílias que cá moram. Já se sabe que a autarquia é familiarmente responsável, amiga das famílias e das crianças. Imaginem se não fosse. Daqueles 4.671 euros (mais IVA) que a Câmara tem para estourar num pavimento de rua na Associação dos Amigos da Aldeia do Vale...não haverá uma parte que se possa dispensar para aqui?
Alô Pedro Pimpão? Podes ajudar nisto? A Junta pode? Deves ser o único que por lá passa...


21 de agosto de 2019

É tão transparente que nem se vê!

Qualquer pessoa que queira inteirar-se das diferentes áreas de governação do Município de Pombal, pode -e deve- consultar o Portal do Município. Lá encontrará não só informações diversas, como documentos importantes (actas, Planos e relatórios, documentos previsionais, documentos de previsão de contas, dividas a fornecedores etc., etc.)
Acontece que ao aceder ao portal, verificamos que há itens que não são actualizados desde 2017!!! A última acta da reunião de câmara publicada é de Agosto de 2018; o registo de interesses dos membros do executivo não está actualizada, e por aí fora…
Tudo isto – espantem-se- no link da Transparência Municipal!
Numa altura em que todos os políticos e partidos, preocupam-se com o significativo alheamento do cidadão em torno da politica, com o aumento da abstenção (principalmente em tempo de eleições), interrogo-me até que ponto não é “uma chatice” para os nossos governantes terem cidadãos informados, proactivos, críticos? É que estes são muito incómodos.
Já agora, e porque todos gostam de apelar á participação e ao interesse dos jovens pela politica, que destino terão dado a estas propostas emanadas por eles no Parlamento de Jovens (de 2017 que é a que está disponível no site)?

19 de agosto de 2019

Notícias do Pombal


O responsável pelo Gabinete de Apoio ao Investidor, contratado há cerca de um ano, colocado na dependência do presidente da câmara, cansou-se das desfeitas, das desconsiderações e dos desaforos sistemáticos: pediu a exoneração do cargo.
As acções/medidas para promover o desenvolvimento económico do concelho dão mais um passo atrás, sem nunca terem dado um passo em frente.

14 de agosto de 2019

Pensamento do dia

Por cá, os (candidatos a) políticos, e o dirigismo no geral, ainda não perceberam que as coisas mudaram: houve um AF; agora estamos no DF - pena nossa!

13 de agosto de 2019

Pimpão morto, Pimpão posto


O Pedro foi presidente do PSD, concelhia de Pombal, durante três mandatos seguidos. Saiu porque atingiu o limite de mandatos permitidos pelos estatutos. Mas não saiu! Continuou por lá a mandar, e a desmandar. Empurrou o Manel para o lugar dele; e o Manel ocupou o lugar dele, reservando o lugar para ele. Só que os movimentos na política não obedecem às mesmas regras dos movimentos dos planetas - o dia e a noite e as estações não se sucedem da mesma forma.
Dos planos do Pedro constava a sua continuação como deputado da Nação e a retoma da presidência da concelhia. Só que, a gestão do processo do candidato a deputado, da concelhia de Pombal, pela dupla Pedro/Manel, foi um desastre. Resultado: os planos do Pedro saíram totalmente furados.
Assim, pela primeira vez, o PSD de Pombal não terá nenhum deputado na Assembleia da Republica. Tal insucesso, tem um só responsável: a dupla Pedro/Manel, que se recusaram a indicar outro nome (esteve em discussão a indicação de uma das vereadoras, ou ex-vereadora).
As ondas de choque deste terramoto já se fizeram sentir: o João (Pimpão) demitiu-se da comissão política e anunciou que será candidato à presidência da concelhia.
Pimpão morto, Pimpão posto. Ao que nós chegámos! Cheira a fim de regime. E não existem protagonistas para o novo regime.

8 de agosto de 2019

Descubra as diferenças:


Enquanto alguns Municípios gastam 20 mil Euros em estudos para analisar a viabilidade de um curso superior em Pombal, outros Municípios (mesmo aqui ao lado) não instalam um, mas sim três!

#Pombalquefuturo??? 

Sete sóis sete luas: o que nos fica



O festival Sete Sóis Sete Luas é, provavelmente, o melhor que esta Câmara conseguiu puxar para Pombal nos anos recentes, em matéria cultural. Termina hoje, com um concerto agendado para as 21h30, no Teatro-Cine (e não na Praça Marquês de Pombal, por causa da chuva), e deixa-nos um rasto artístico vasto e diverso, o peito cheio. 
O festival - que se estende por palcos de locais tão diversos como Pombal, Elvas, Alfândega da Fé, Ponte de Sor, Castro Verde ou Odemira, mas também Ceuta, Piran (Eslovénia), Roma, Rovinj ou Umago (Croácia), e mais um punhado de cidades entre a Turquia, Marrocos, Espanha, França, Cabo Verde ou Brasil. É a simbiose perfeita entre a promoção das artes e culturas do mediterrâneo e do mundo lusófono, e a animação das praças e jardins no verão. Desta vez o tempo trocou as voltas à organização e a chuva mandou para dentro do Teatro os dois últimos espectáculos. Ontem foi em vão, pois que as esplanadas estavam cheias - como no auge de Agosto, e bem que podia ter sido feita outra divulgação do espectáculo e da alteração de local. Mas o que esperar da página de facebook da autarquia, quando ainda continua com a imagem do Bodo como foto de capa?
Os espectáculos começaram em Junho e terminam agora, trazendo à cidade muitos artistas conhecidos nos seus países, mas com pouca expressão internacional. A banda de ontem era do melhor que já aqui pisou: Gustafi, a banda croata que é uma explosão de alegria em cima do palco. Imaginei-os ainda melhor na rua, claro, ou mesmo nas festas de Carnide, da Charneca ou do Louriçal. Porque falta fazer ao nível local aquilo que este festival faz entre países. E não chove sempre. 
Na noite de ontem - com muitas cadeiras vazias no Teatro-Cine - quase não havia entidades locais (excepção feita à vereadora da Cultura, Ama Gonçalves). Já sabemos que Diogo Mateus prefere inteirar-se destes espectáculos em viagens como aquela que fez na primavera, e que Agosto é tempo de férias nos serviços públicos. Para conviver com os emigrantes já lhe basta a feira de Nanterre, ou o salão do imobiliário português. Só me falta perceber por que é que neste festival atribuíram a Pombal o epíteto de "cidade do diálogo - e da mobilidade internacional". Vou esperar pelas notícias dos jornais locais para melhor compreender. Afinal, na última viagem aos países do festival,  o presidente fez-se acompanhar de um escriba - certamente conhecedor das artes em causa - e era suposto que o festival merecesse algum acompanhamento dos media. Ou não?

6 de agosto de 2019

O limite que ultrapassou todos os limites




Os Barros da Paz é uma localidade normalmente associada á freguesia de Almagreira, mas … a verdade é que também pertence à freguesia de Pombal.
O limite da freguesia é feito por esta estrada (CM 1012 ou Rua D. Inês de Castro): os do lado esquerdo pertencem à freguesia de Almagreira, os do lado direito pertencem à freguesia de Pombal.
A questão é antiga e já atravessa vários executivos de junta, e a população dos Barros da Paz não entende esta divisão e reclamam pertencerem à freguesia de Almagreira.
Houve várias iniciativas do executivo anterior da JF de Almagreira, mas sem sucesso, supostamente, Pombal (ou alguns elementos do executivo anterior) não cederam ás várias tentativas de negociação.
A população continua descontente e quando há pouco tempo me abordaram sobre esta questão, eu tentei explicar isso mesmo: que pode até ser de fácil solução se houver entendimento entre ambas as freguesias; posteriormente teria que passar sempre por varias entidades essa aprovação (Assembleias de Freguesia, Câmara Municipal, Assembleia Municipal, IGP, entre outros).
Responderam-me assim: “a nós povo, isso não interessa nada. Nós só queremos que resolvam os problemas, é para isso que os políticos lá estão”!
Esta é a verdade nua e crua. A politica e os políticos deveriam de ter essa como primeira missão. Bem sabemos que nem sempre é assim. O povo … esse só é lembrado de tempos a tempos, como agora, que estamos em (mais) uma campanha eleitoral.

Política do eucalipto


A Concelhia de Pombal do PSD – Pedro Pimpão – veio, num longo comunicado, agradecer o que Pedro tem dado ao partido (localmente) e repudiar veementemente a sua exclusão (pela direcção nacional) da lista de candidatos às próximas eleições legislativas.
A concelhia de Pombal do PSD está cada vez mais igual à do PS: o mesmo (falso) unanimismo, a mesma política do eucalipto, a mesma canibalização.

PS: e o mesmo truque manhoso: não publica, na sua página, o comunicado, publica uma "notícia" do seu comunicado.

2 de agosto de 2019

Da série porque A CMP não se deve meter na actividade privada

O ano era 2012 e foi anunciado um grande projeto da transformação da Casa da Guarda Norte – localizada na Mata do Urso, próximo da praia do Osso da Baleia do Concelho de Pombal – numa unidade turística vocacionada para jovens. O investimento era de 200 mil euros…
Mas antes desse anúncio já tinha sido gasto uma soma avultada por parte da Câmara de Pombal na compra do edifício e nas obras de reparação que ainda lá estão mas agora com as portas e janelas muradas. O parque de campismo aguardava aprovação... A placa ainda informa a existência do parque de campismo mas não existe.
7 anos depois está ao abandono e após os incêndios o Ecomatur ficou sem anúncio de qualquer plano de recuperação.
A localização é privilegiada pela proximidade das praias mas faria muito mais sentido serem os privados a pegar no projecto caso os haja. 

A juntar a tantos outros ‘projectos’ pelo concelho fora...

1 de agosto de 2019

Crónica de uma saída anunciada


Pela primeira vez na história do poder local democrático, Pombal ficou de fora das listas do PSD à Assembleia da República. A saída de Pedro Pimpão foi ditada pelos órgãos nacionais do partido, porque Rui Rio não perdoa aos que não lhe foram fiéis em devido tempo - como foi o caso do político-prodígio, quando decidiu apoiar Santana Lopes. 
Nada que aqui na terra não seja prática comum, internamente, mas é sempre mais fácil apontar o agreiro nos olhos do outros...
Mais tarde, na contenda do líder com Luís Montenegro, o nosso Pedro ainda tentou emendar a mão, escondendo-se: quando soube que a votação seria de braço no ar, ficou em casa.

De modo que é um deleite apreciar os comentários nas redes sociais dos sociais-democratas cá da terra, condoídos com a injusta saída de Pimpão, em particular, e com a ostracização de Pombal, em geral.
Já dizia Winston Churchill que "uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir". Neste caso, deu apenas meia volta. E há aqui várias perguntas a fazer, já que ninguém no partido se lembra que ele tenha colocado o lugar à disposição, apenas ficou gravado o momento em que não aceitou ser o número 5 da lista. Mas porquê, Pedro?
1. Se o PSD continua a esmagar no distrito, por que não luta ele pela (re)eleição? 
2. Se estava determinado a regressar à terra e ocupar (finalmente e de facto) o lugar de presidente da Junta de Pombal, por que razão a concelhia fez saber que "ou era ele ou ninguém", mesmo quando a estrutura superior pediu à concelhia que indicasse uma mulher, nesse caso para ocupar o 4º lugar da lista?
3. Que moral tem Fernanda Guardado para 'espingardar' contra o partido, quando à concelhia foi proposto o seu nome para esse lugar?
4. Que papel é o de Manuel António - além de porta-voz de Pedro Pimpão - na concelhia laranja?

De maneira que estava escrito nas estrelas que isto iria acontecer, mas não é razoável que um partido fique refém de um nome, por mais popularucho que se apresente. Podem enfiar a viola no saco os trovadores que ontem lamentavam por essa rede fora que Pombal tenha ficado de fora da lista. Na verdade, a questão das listas e de quem ocupa qual lugar não passa de uma grande falácia nas eleições. O povo vota no cabeça de lista nacional, naquele que quer ver primeiro-ministro. A ordem das listas vale zero para o eleitorado. 
Só conta para quem se quer fazer eleger. 

Soltem... os parques infantis

O dinheiro não é do Estado, mas sim dos contribuintes que pagam impostos. É por isso que se deve gerir a coisa pública com máximo respeito e acima de tudo com o intuito de servir o bem público.
Ora, o dinheiro é um bem escasso e deve ser otimizado em prol do serviço público. Numa época de grande contenção orçamental seria bom repensar hábitos instalados e que “são assim porque sempre foi assim”.
As escolas primárias (incluindo aquelas que entretanto foram fechadas para serem agregadas em centros escolares) possuem parques infantis, quando a grande maioria das localidades não tem esse tipo de infraestruturas. 
Espante-se então, que uma estrutura paga pelo erário público fica fechada aos fins de semana e durante as férias não podendo as crianças e pais dessas mesmas localidades usufruírem de algo tao benéfico. 
Os agrupamentos escolares dizem que a responsabilidade é das autarquias e estas dizem que é da responsabilidade dos agrupamentos escolares. 
Ah... e se se parte qualquer coisa... então se acontecer durante o período escolar a responsabilidade é das entidades competentes (autarquia ou centro escolar) e aí não há problema. 
O discurso centra-se sempre nas barreiras ao invés de se centrar na rentabilização de recursos pagos por todos nós. E no caso das escolas fechadas estamos apenas a aguardar que se degrade naturalmente. 
Deixem as crianças brincar. Aquelas grades podem ser abertas e não é difícil se houver vontade.


Guardado está o bocado (de bom senso)

Os titulares de cargos públicos vivem numa posição que não é boa nem é má; é delicada. Ou deveria ser. Ninguém explicou à doutora Fernanda Guardado - mui digna presidente da Assembleia Municipal de Pombal - que o tento na língua é fundamental, quando se deixa de ser uma militante comum para ocupar a presidência do órgão máximo do município.
Talvez lho tenham explicado depois deste comentário - que ela apagou, entretanto, esquecendo-se que "uma vez na net, sempre na net".