31 de julho de 2015

Grande Pedro, Pedro o Grande

Pedro Pimpão vai em 3º lugar nas listas da Coligação do PSD/PP nas próximas eleições para a Assembleia da República.

É o reconhecimento da dedicação, da generosidade e da transparência no desempenho do mandato de deputado e um sinal forte de que existe renovação e de que Pombal (já) não é o anão político de que se falava.

30 de julho de 2015

Pedro Proença, BES e desconhecimento

No início de Junho passado, um amigo pombalense enviou um e-mail a outro dizendo que Pedro Proença iria ser o próximo Presidente da Liga Portuguesa de Futebol. Para tanto, dizia, iria ser aprovada nova regulamentação e, assim, provocadas eleições antecipadas. Tudo tinha sido anteriormente decidido numa reunião secreta na Curia entre os “staffs” do Benfica e do FCPorto. Mais tarde, Bruno de Carvalho, cego pela hostilidade a Luís Duque, veio apoiar a uma decisão que desconhecia já ter sido anteriormente tomada, enquanto Luís Filipe Vieira anunciou não apoiar Proença para não afrontar o velho ódio de estimação dos adeptos benfiquistas ao FCPorto a para manter legitimidade para intervir em diferendos futuros da Liga.
Nem Benfica, nem o FCPorto e nem o Proença (cunhado de Rui Gomes da Silva vice do Benfica) querem o sorteio de árbitros. O sorteio dificulta a escolha e a manipulação. Neste campeonato lusitano está em causa muito dinheiro, visto que só os dois primeiros classificados têm acesso direto à liga dos campeões.
Quando em 2008 o banco Lehman Brothers estoirou, fiquei a saber que uma agência de Pombal do BES tinha andado a canalizar os grandes depósitos (de emigrantes) para aquele banco americano através de offshores constituídas em nome dos depositantes com procuração a favor dos administradores do BES. Porém, os responsáveis pelo Banco de Portugal e pela CMVM e todos os políticos e jornalistas que agora se mostram muito críticos e moralistas dizem que nada sabiam.
Lembro ainda que, alguns anos antes da queda do BPN, era vulgar ouvir os funcionários de agências de Pombal de outros bancos dizer que o BPN iria dar um enorme estouro. Porém, os referidos protagonistas dizem que também nada sabiam.

É caso para dizer que em Pombal tudo se sabe muito antes do que na capital.

28 de julho de 2015

A OPV da ETAP

Na passada terça-feira decorreu, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, a Formalização da Operação de Aumento de Capital da PombalProf, S.A., detentora da ETAP. Passou uma semana e a câmara não divulgou publicamente a identidade das empresas/empresários envolvidos, montantes de capital subscrito e a estrutura de capital após a operação (obtive alguma desta informação, ontem, em conversa informal e ocasional com o Director da escola). O Gabinete de Comunicação (Propaganda) da CMP é lesto a passar a informação que lhesinteressa, mas descuidado a esconder a que nos interessa. 
Apesar de a operação ter potencial virtuoso nasce ferida de legitimidade política e de forma pouco transparente. O PSD - tal como os outros partidos representados nos órgãos autárquicos - não tinha no seu programa eleitoral a privatização da  ETAP. Logo, não está mandatado para a fazer. Convinha que os decisores políticos do Largo do Cardal percebessem que não estão a alienar património do presidente da câmara ou dos vereadores - estão a alienar património público (dos pombalenses), através de uma Oferta Pública/Privada de Venda (OPV) pouco transparente.
A situação é mais grave porque com esta OPV a câmara perde o controlo da ETAP. Por isso, deve esclarecer o seguinte: 
(i) Na escritura, ficou salvaguardada a preferência pela recompra das acções? Ou a ideia é ceder definitivamente a escola aos privados?
(ii) Quais foram os critérios de escolha das empresas convidadas? Qualquer uma servia porque se privilegiou o encaixe ou houve a preocupação em escolher empresas com interesse e capacidade paradesenvolver a escola?
(iii) Qual o interesse (e motivações) em ter como accionista da escola uma empresa fantasma - “Cabaz Florido - Restaurante Típico, Lda”, morto e enterrado há décadas?

Adenda 1: Até à data de 30/07/2015 só conhecia uma empresa de Pombal com a designação e actividade de “Cabaz Florido – Restaurante Típico”. E essa, esse restaurante típico está morto e enterrado - abandonado até. Se existe outra empresa, activa e dinâmica, da área da restauração, folgo por isso. Mas continuo sem perceber o que acrescenta à escola.

Adenda 2: Gostaria/mos de ver o poder politico a responder – a dar a cara – pelos seus actos, a esclarecer as questões colocadas e as outras que vêm a caminho e não um pombo-correio, fantasma, sob o anonimato, a atacar o mensageiro.

A quimera das festas do bodo

O silêncio é de ouro e as regras da organização social impõem-no em determinados períodos do dia, designadamente à noite. Porém, o direito dos cidadãos ao descanso e ao repouso é suprimido nas festas do bodo. Nem tão pouco há misericórdia para os doentes e moribundos do Hospital (para doentes terminais) da Misericórdia de Pombal, atualmente em remodelação e recentemente objeto de festa política.
O ruído começa com foguetório às 9h, continua com música de rua, dos carroceis e das tascas durante dia, repete-se com foguetório às 24/0h e prolonga-se com música até às 6h.
O ponto alto das festas foi a procissão ou o cortejo das vaidades, onde, este ano, até os dirigentes da Misericórdia mostraram a sua religiosidade, as suas máscaras e as suas indumentárias. A feira das vaidades continuou nas poses para as fotografias a exibir…
Todos tiveram um pouco de ilusão da quimera fugaz da festa: sobretudo os políticos sedentos de protagonismo, comerciantes sedentos de receitas e o público sedento de prazer.
Simultaneamente, as ratoeiras dos pinos e das pedras pontiagudas continuaram e continuam cravadas nos pavimentos a fazer tombar e a ferir vítimas, até que alguém demande judicialmente o município ou apresente queixa contra os autarcas pelo crime de ofensa à integridade física por negligência e exija indemnizações.

De toda esta habitual “cultura” de festa, destacamos de positivo a anunciada redução das despesas comparativamente aos anos anteriores.

27 de julho de 2015

Diário do Bodo

- E novidades? 
Perguntam vocês. 
Todos os anos acontecem acidentes como aquele que presenciei ontem à noite, na Ponte D. Maria, por onde passa grande parte do povo que se dirige do Cardal para o Arnado. 
Já sabemos - que o poder não se cansa de explicar - que a culpa é de quem não olha para o chão que pisa, ali como no Cardal. Estamos em crer que a explicação para casos como o de ontem há-de ser idêntica.
Mas já que calha em conversa, de quem será a culpa de não existir um corredor de segurança para que os meios de socorro possam passar, quando é preciso? Haverá um plano de emergência para as Festas do Bodo? Se sim, por que razão é toda uma cena da Balada de Hill Street quando é preciso chegar ao meio da festa, como aconteceu ontem, ou na sexta-feira? Que comunicação é essa que não passa para os bombeiros ou para a BT, e que resulta em voltinhas das ambulâncias pela cidade, no sábado, durante as provas de atletismo, à espera de encontrar um agente da PSP que soubesse identificar o acesso ao Hospital?

26 de julho de 2015

O Nosso Bodo II

"Lá se passaram aqueles tradicionais dias de festa, que este ano foram dias de festa…pobre, tendo custado dinheiro de festa rica.
Missas e sermões; sermões e procissões; novenas e foguetões; fracas iluminações e que nos conste com fartura nada mais nestes dias de tantas expansões.
O Bodo de Pombal! Quem o viu e quem o vê!
Quem o viu nos tempos em que havia gosto e se primava por em tudo o demonstrar.
Quem o viu nos tempos em que havia amor à terra, superior ao mercantilismo, e o que se vê agora! Que diferença!
As ornamentações, …, e aquelas iluminações pobres, a tantos riais por hora, meticulosamente calculados, não vá haver desequilíbrio orçamental! – sem se ter pejo de tanta gente notar que isto é pobre de mais para uma terra como a nossa, é tudo quanto lhe queiram chamar, menos Festas do Bôdo, menos ornamentações de uma festa anual, numa terra onde há civilização.
Cremos que é esta a opinião geral e registámo-la fazendo éco com o nosso protesto, dos protestos dos outros.
Pombal exige que melhor o honrem e que tanto o não alvitrem.
É preciso que se diga isto, e nós dizemo-lo com a hombridade que usamos, para que nesta terra de pessoas medianamente inteligentes, nem todas finjam ou sejam comidas por tolas.
De resto, lá pela igreja creio que houve festarola rija também: as procissões estiveram em beleza a rivalizar com as ornamentações, e de tanta pobreza franciscana – e esta é a melhor impressão, alguns cobres correram para as gavetas dos comerciantes locais que, como de costume, - eles e o ornamentador – tiveram uns prejuízos tão grandes que não podem fazer a festa pró ano..."
Em “O Imparcial”, 1919, por A. S. S.

Um século passado, uma revolução e a liberdade; e parece mentira como regredimos tanto no que se refere a jornalismo local independente, mordaz, bem escrito - e não só.

24 de julho de 2015

Finos a 1,20€

Passaram-se?! Como é possível? É esse o preço que a malta tem que pagar para ter o Emanuel à borla?

A Câmara querer vender, no seu barraco, os finos a 1€20, ainda vá que não vá; obrigar os comerciantes locais a acompanhar esse preço absurdo é que não se admite. Se é verdade o que se consta, Digo Mateus, numa atitude de "capo" da Máfia, enviou os seus fantoches para a rua com ordens para ameaçar todos aqueles que não aceitaram a cartelização dos preços. Um total absurdo! Um desrespeito pelos pombalenses!

Caro Diogo Mateus: meta-se na sua vida! Exerça apenas o cargo para que foi eleito e todos nós lhe ficaremos imensamente gratos. E não se esqueça: nem Pombal não é a sua quinta nem os pombalenses são seus súbditos!

Aí está o Bodo 2015


As Festas do Bodo 2015 são oficialmente inauguradas hoje, pelas 18h, com a participação do Ministro adjunto Poiares Maduro. Olhando para a foto oficial, atrevo-me a dizer que as preces de Diogo Mateus foram atendidas. É que, em termos de peso político, um Ministro, ainda que adjunto, é bem melhor que uma simples presidente da CCDRC! E se, no ano passado, apenas Ana Abrunhosa sorria, aposto que agora vamos ver mais caras alegres na cerimónia do hastear das bandeiras.

20 de julho de 2015

A Volta do Futuro e a ciclovia

Pombal assistiu recentemente ao inicio de uma etapa da Volta a Portugal do Futuro em bicicleta, subsidiada com dinheiros camarários (dos contribuintes) para promover não se sabe bem o quê. Certamente que não foi para promover a prática do desporto de bicicleta dos munícipes.

Simultaneamente, a ciclovia junto ao Arunca encontra-se em degradação. Ciclovia que foi construída com luxo desnecessário ao uso dos sapatos das pessoas e dos pneus das bicicletas e com falta de segurança na “greta” central transformada em ratoeira para bicicletas, nomeadamente de crianças. A tijoleira cara aplicada no pavimento depressa se degradou e foi desleixada, enquanto fazem "festa" e se exibem na volta Portugal do Futuro.

Câmara Corporativa

O Estado Novo aguentou-se (quase) meio século porque instaurou um controlo apertado de toda a sociedade. Esse controlo fazia-se através das forças de segurança – PIDE à cabeça – e de uma organização em pirâmide da estrutura económica, cultural, social, desportiva, religiosa, assistencialista…
O Corporativismo Económico adoptado pelo Estado Novo – é, talvez, a parte mais conhecida e estudada, porque, tendo sido implementado de forma consistente, ao longo de (pelo menos) três décadas (na parte final houve alguma inflexão, nomeadamente a abertura ao exterior) permite-nos extrair conclusões sólidas sobre suas consequências económicas e sociais.
Actualmente é unanimemente reconhecido que o proteccionismo económico penaliza o crescimento económico e a prossecução do bem-estar social porque, ao reduzir a concorrência, assegura rendas excessivas e a perenidade dos negócios protegidos. Logo, quando os poderes públicos privilegiam certos empresários ou grupos empresariais, a troco ou não de benefícios próprios, afastam-se do interesse público e da prossecução do bem-estar social.
A economia portuguesa é uma longa história de proteccionismo económico. A revolução de 1794 e a entrada na CEE deram-lhe duas fortes machadadas, mas não o eliminaram; está ainda enraizado em vários sectores e regiões.
Em Pombal o modelo de Associativismo, de Assistencialismo e de relação com a Igreja baseia-se nos antigos princípios e métodos. Tal como o proteccionismo de alguns empresários e o consequente afastamento de outros, com os inevitáveis prejuízos para toda a comunidade, nomeadamente na oferta de emprego.
Assim se explica (também) o desfalecimento crescente desta terra - do concelho charneira.

17 de julho de 2015

39º Aniversário do TAP


Vários motivos que tornam este evento interessante: não é ocorre no Castelo; não é organizado pela Câmara; o grupo A Jigsaw é muito bom. Parabéns ao TAP!

16 de julho de 2015

Aposta?

A Federação Distrital do PS de Leiria aprovou a lista de deputados seguinte:
            1.º - Margarida Marques
            2.º - António Sales
            3.º - Miguel Medeiros
            4.º - Odete João
            5.º - Adelino Mendes
            6.º - João Paulo Pedrosa
Se a lista final for esta, aposto dourado contra vintém que em Leiria o PS terá o pior resultado. Quem aposta?

PS: Ainda espero que António Costa faça aplicar, aqui, a orientação de renovação e abertura.

Pombal 2020 - Sucesso Escolar 100%


Com grande parangonas, o nosso edil apresentou ao Senhor Presidente da República o Programa Municipal de Potenciação do Sucesso Escolar denominado "Pombal 2020 - Sucesso Escolar 100%". Apesar de não conhecer os seus detalhes, quero acreditar nos méritos pedagógicos da iniciativa e faço figas para que seja um verdadeiro sucesso. Mas o que não consigo perceber é o que faz o Pombal 2020 no meio disto tudo.

Tal como já havia questionado aqui, continuo sem entender o que é o Pombal 2020. Segundo a sua página web, é um projecto do PSD (ou de alguma laranja iluminada, não se percebe bem). Mas se é isso, o que faz o nome do Pombal 2020 associado a uma iniciativa municipal?

Ou muito me engano ou este Pombal 2020 é mais um pretexto para o PSD capitalizar com as iniciativas que são de todos nós. Se assim é, é uma vergonha. Uma vergonha que, infelizmente, não me espanta nada.

10 de julho de 2015

Orçamento Participativo, faits divers

Os Orçamentos Participativos são faits divers que os executivos camarários utilizam para mostrarem o que não têm (não cultivam), a quem pouco que tem para mostrar.
O modelo que foi proposto e aprovado na Câmara de Pombal é excessivamente burocrático, inconsequente e inútil; a que só aderirá um ou outro rapazola ávido de protagonismo.
O regulamento começa logo por estar mal nomeado: em vez de Orçamento Participativo deveria chamar-se Plano Investimentos Participativo, porque permite unicamente propostas sobre investimentos. É um documento onde abundam termos descontextualizados e expressões exageradas, que em vez de engrandecer, desqualificam; tais como: “O Orçamento Participativo constitui uma estratégia do actual Executivo” …”é um contributo para a modernização dos serviços municipais” … “Proporcionar uma experiência participativa e colectiva” … “Contribuir para a educação de uma cidadania participativa, responsável e inclusiva”. Por outro lado, no substantivo, falta-lhe comprometimento do executivo e independência na condução do processo: “O Município de Pombal irá inscrever uma verba para este fim” (quanto???) e todo o processo é controlado pelo presidente - não seria de esperar outra coisa.

Como será um faits divers não irá sobrecarregar muito os serviços com burocracia desnecessária. Do mal, o menos…

A falácia

Segundo o Jornal de Leiria, "nos últimos tempos, Pombal tem proporcionado vários eventos e iniciativas no domínio cultural, criando um movimento interessante de atractividade do público local e externo, demonstrando que o clima cultural da cidade está a mudar e a criar ofertas mais ricas e cosmopolitas". Das duas uma: ou quem escreveu esta peça não tem a mínima noção do que está a falar, ou presta-se a ser porta-voz de quem quer transmitir esta falácia.

9 de julho de 2015

PMUGest, uma Natureza Morta

O Relatório de Gestão da PMUGest, do 1.º Trimestre de 2015, é um quadro com uma bela moldura que envolve uma natureza morta. Comprova que não há choque de gestão que reanime actividades/negócios que nasceram e amadureceram deficitários, fazendo concorrência desleal aos privados.
A PMUGest continua a padecer dos mesmos males: é um emaranhado de actividades/negócios que não têm potencial para gerar sinergias, onde os não rentáveis crónicos – Café Concerto e Esplanada do Castelo - vivem, sistematicamente, à custa da “renda” da exploração do Estacionamento Pago e da Publicidade.
Foi um erro transformar a PMU, que presta um bom serviço e tem uma exploração equilibrada (apesar de no 1.º TRI2015 apresentar um resultado de -17.277 €), na PMUGest. Juntar actividades que funcionam bem com outras que funcionam mal e que não têm qualquer complementaridade, não é solução para os problemas, como aqui alertei na altura.

Do que estão há espera para tomar medidas? 

O Cotrofe e o seu regulamento "formal"


É sabido e notório que reina por Pombal alguma confusão entre os papéis que cada um deve desempenhar. Ficou claro isso mesmo nos últimos dois posts do Adelino Malho. E fica claro, para mim, em cada sessão da Assembleia de Freguesia de Pombal, essa lição que me vai ficar para a vida... 
Falta-nos muito espírito democrático, mas falta-nos sobretudo cidadania. Só isso explica a obsessão pelos rótulos partidários, pela colagem forçada, pelo fundamentalismo de discutir pessoas em vez de ideias. A verdade é que essa linha orientadora - que começa na pequena colectividade da aldeia e termina nos Paços do Concelho - chega a transformar-se num muro de cimento armado que impede tanta coisa boa de ver a luz do dia, tanto projecto de singrar, prejudicando todos em nome da teimosia de alguns.
O exemplo mais recente é o (tão necessário) regulamento do Parque de Merendas de Cotrofe, onde todos os caminhos vão dar, mal o sol espreita e o calor aperta. Está aprovado pela maioria social-democrata da Junta de Pombal. E podia ser um bom instrumento de gestão de um espaço público. Podia, mas não era a mesma coisa...
É claro que ficamos conversados a partir do momento em que um dos membros da bancada do PSD atira uma sentença como "nós não precisamos das outras bancadas para o fazer aprovar". Mas seria tão de bom tom como democrático ouvir os contributos que os membros das bancadas do PS e do CDS estavam prontos a dar. À conta dessa birra de poder, o Cotrofe vai ter/já tem um não-regulamento, com pérolas como "a marcação de mesas é feita presencialmente no próprio dia", "o funcionamento do bar (...) deve obedecer às melhores regras" ou - cereja do bolo - "só é permitida a marcação de mesas com antecedência no máximo de cinco, a grupos formais e informais; a grupos institucionais". Saibam os estimados leitores do Farpas que, de acordo com as explicações dadas na sessão da AF pelo executivo da Junta, são considerados grupos formais "por exemplo, os da catequese". 
Uma dor de alma, isto. Bastava ir ali ao lado ao Troncão, no limite da vizinha freguesia de Vermoil e a de Colmeias, para ver como é que se gere um parque com êxito. Naquela noite, na associação do Pinheirinho, garantiu-me a Junta que sim, que lá tinha ido, e que até copiou do modelo algumas coisas. Não consegui identificá-las, mas deve ser um problema meu, que ainda ando atordoada com aquele festão dos anos 80, no sábado passado...

8 de julho de 2015

Oposição dispensável (II)

Na assembleia municipal, tal como no executivo, na não há debate, quanto mais visões alternativas. A maior parte dos temas da agenda são despachados sem qualquer intervenção e os mais importantes são brindados com uma ou outra intervenção superficial (de quem não leu/analisou os documentos) ou no acessório.
O presidente da câmara deve passar as horas mais folgadas do seu mandato nas reuniões da assembleia municipal. Nota-se pelo teor das suas intervenções. E seriam ainda melhores se um ou outro membro da sua bancada não introduzisse, de vez em quando, um assunto incómodo, como, por exemplo, o encerramento da escola do Seixo.

Dom Diogo baralha, dá, destrunfa, recolhe, credita e volta a baralhar… Fala mais ele, do que ou outros todos juntos! E com muito mais consistência. Está nas suas sete quintas. Só tem que se preocupar com um ou outro companheiro que se quer afirmar ou demarcar, e há-os por lá. As ameaças (só) podem vir de dentro, dos que não estão lá só pela senha de presença.

1 de julho de 2015

Os 50 anos do Hospital de Pombal e os fariseus

O Hospital de Pombal, propriedade da Misericórdia de Pombal (do Vaticano), está a ser objeto de obras de remodelação mandadas executar pelo Governo de Portugal. Os contribuintes pagarão cerca de €2.000.000,00 em obras e equipamentos.
Recentemente, no âmbito duma ação propagandística denominada “sessão comemorativa dos 50 anos do hospital de Pombal”, o Município de Pombal, através do seu Executivo, decidiu afixar uma placa onde fez constar que contribui para a remodelação ou “conservação das fachadas” com “€182.320,00” (dos contribuintes Pombalenses) e que é “dono da obra”. A dita “comemoração”, necessária à exibição dos protagonistas, incluiu, a abrir, uma missa no Cardal, e a fechar, uma visita ao Hospital.
Constata-se que vários políticos locais estão a ganhar o hábito farisaico de fingir serem muito crentes, tal como os boémios convertidos em jihadistas degoladores de infiéis. Todos eles querem frequentar a mesma universidade de Navarra, os mesmos cursos pós graduação das filiais da mesma universidade, as mesmas missas, os mesmos retiros, os mesmos campos de férias, tudo da mesma organização (opus dei) fundada pelo espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer, à semelhança da outra organização (inquisição), tristemente famosa, liderada por outro espanhol, Tomás de Torquemada. Todos querem prestar vassalagem ao clero e dar muito dinheiro dos depauperados contribuintes para as festas das igrejas, para as “merendeiras” das capelas, para os adros, para a “corda do sino”, etc…

O pior de tudo é que cada um destes “crentes” quer mostrar ser mais crente que os outros e quer mostrar acreditar na crença; quer mostrar até que o poder lhe advém por força divina…