31 de maio de 2020

Desprezo pelos artistas


Numa altura em que se vivem tempos de completa indigência política em Pombal, a nossa Autarquia necessita urgentemente de likes e de emojis cheios de coraçõezinhos. A receita usada desta vez não podia ser a melhor: recuperar a ideia dos camiões (que tanto sucesso fizeram nas campanhas), contratar um conjunto de artistas com residência no concelho e convocar as criancinhas para bater palmas e aparecer nas fotos. 

Até eu poderia estar na primeira fila a aplaudir, não fosse a nossa câmara, mais uma vez, ter repetido a asneira de sempre. Com a ânsia de monopolizar os louros e os aplausos, a iniciativa foi publicitada omitindo completamente os principais protagonistas: os artistas. E não me venham com a conversa do esquecimento! A verdade é que a nossa câmara despreza os artistas, encarando-os apenas como meros figurantes da pindérica encenação que tem vindo a construir, com o único objectivo de se manter na ribalta. 

29 de maio de 2020

Pombal Circo - Conversa de marretas

As últimas três reuniões do executivo municipal consumiram horas e horas a debater se há ou não há recurso hierárquico das decisões do presidente da câmara sobre os processos disciplinares, a dirigentes de topo, para o executivo municipal (por exemplo, nomeação ou incidente de suspeição sobre o instrutor do processo).

Na dúvida geral, foi proposto pedir um parecer à CCDR que o presidente recusou. Posteriormente, foi votada a admissibilidade à discussão e à votação do recurso hierárquico*, tendo sido rejeitado com cinco abstenções (com vereadores a assumirem impreparação jurídica para decidir).

Perante isto, o vereador Pedro Brilhante fez agendar a aprovação de um pedido de parecer sobre a matéria à CCDR, que suscitou mais uma hora de conversa e acabou rejeitado.

Decididamente; somos governados por marretas, mentes confusas e retorcidas, que falam, falam e falam, mas não aclaram nada e não permitem que se aclare.

A gestão prudencial recomenda jurisprudência prudencial. Mas como aqui outros valores se levantam, e quem paga é o Zé, siga!

PS: até a quem não é jurista custa a perceber que decisões administrativas não sejam recorríveis. Depois é muito discutível se a decisão se enquadra no pelouro de gestão de pessoal (competência do presidente) ou jurídica, ou de ambas.


Pombal Circo - Contrição

A doutora Ana Cabral hesitou mas falou: leu discurso preparado para mostrar incómodo e vergonha com o que se estava a passar na reunião do executivo. 
Se o discurso era sincero - e não oportunista - só resta à doutora ser consequente. E ser consequente é (como me dizia um dirigente local do PSD): apresentar a renúncia.
Até porque, a doutora sabe que dentro da câmara o comportamento dos seus colegas é muito pior - muito mais desonroso e muito mais vergonhoso (logicamente). 


28 de maio de 2020

Pombal Circo - Cursos

No Pombal Circo, há palavras que são fogo – que incendeiam qualquer discussão, por mais séria ou serena que esteja a ser. À cabeça estão: “estudo” e “cursos”.
Mas por quê? Se são palavras tão virtuosas, ligadas a propósitos tão nobres, e tão apreciadas actualmente!
Pois: o problema não está nas palavras, está na boca que as pronuncia.
E a história de certos “estudos” e de certos “cursos” ainda vai fazer correr muita tinta.


Pombal Circo – Proposta Oportuna

No meio do circo em que se transformaram as reuniões do executivo, surge, de vez em quando, um ou outro flash de lucidez; como este: uma proposta que responsabiliza o presidente da câmara pelas custas judiciais e indemnizações a que a câmara seja condenada por litigância de má-fé.
A proposta foi discutida tendo subjacente o processo disciplinar ao Director de Recursos Humanos, que provavelmente chegará aos tribunais (se a obstinação prosseguir). Talvez por isso, não foi aprovada. 
O executivo municipal é composto por vereadores, e juristas, que preferem sempre o caso ao sistema, a correcção à prevenção; e que, quando discutem uma proposta ou um problema, não conseguem ver a floresta que está para além da árvore que está à frente dos seus olhos. 
Mas ideia fará o seu caminho.


Pombal Circo - Justiça

Para D. Diogo a política é só um jogo de imposição de vontades, onde a força é sempre o primeiro e último argumento. Mesmo quando usa a retórica, usa-a só para juntar o rebanho ou preparar o sacrifício de algum cordeiro desavindo.
D. Diogo sabe que informação é poder. Daí que o seu poder advenha, em boa parte, da forma como sonega, manipula e adultera a informação.
Por isso, a derrota contundente que Pedro Brilhante lhe infligiu na Justiça é um golpe profundo, que pode ser mortal.
PS: Agora é preciso vasculhar bem no fundo de maneio do gabinete de apoio ao presidente.


27 de maio de 2020

Pombal Circo - Cena I

A política pombalense, institucional, é, há muito tempo, um verdadeiro circo. Mas o espectáculo nunca foi tão variado e tão rico! Com tantos e tão multifacetados protagonistas, que tanto representam o acrobata como o contorcionista, o ilusionista ou o malabarista, o vilão ou o palhaço, o bobo ou o bozo, o músico ou o dançarino, o pavão ou o tarolo, o figurão ou o parvo, o verdadeiro ou o mentiroso. 
Querem melhor?!
Temos o gosto de vos apresentar a última série das cenas do circo.


O dia em que Narciso percebeu onde está metido



Este excerto da reunião de Câmara mostra vários lados decadentes da política local.

O que levará Diogo Mateus a 'engolir o sapo' de nomear o mensageiro Orlando Cardoso?

Como é que Narciso Mota é apanhado de surpresa? A tropa fandanga já nem sequer fala antes das reuniões do executivo? O impoluto Micael guardou para si aquele trunfo para brilhar perante a câmara e o microfone?

Há muitas perguntas que os munícipes devem fazer - e para as quais era suposto haver respostas, por parte do Município. Mas há neste pedaço de vídeo um registo comovente: é quando D. Diogo fala naquele registo piedoso de quem já se esqueceu de tudo (quem não o conhecer que o compre), exortando Narciso a fazer o mesmo. Comovente. Comovente.

Obras Tortas no Tribunal

Se o doutor coiso cumprir a palavra, a obras de Santa Engrácia, nos Governos, vão para o tribunal. O desleixo e a responsabilidade pelas irregularidades praticadas devem ser apurados.


26 de maio de 2020

Tropa Fandanga

Cada espírito, quando fala, tem o seu timbre. 
O Pedro (des)humano tem espírito acanhado e coração exaltado; quando fala, palra por impulso, sempre no registo viúva-do-mota (taberna). 
O doutor coiso fala como orador não como pensador, só para se ouvir, com a esperteza de fazer passar a leviandade por erudição.
Nada os unia, e, pelo visto, tudo os desune. É tropa fandanga, cada um à sua maneira.

Agarra a pandemia, Pedro, agarra a pandemia!



A pandemia é uma coisa que não cola bem com a felicidade. A malta sofre de contrariedades várias, e - já se sabe - se não morre da doença pode morrer da cura. 
De maneira que os tempos não têm estado de feição para Pedro Pimpão, nosso campeão-presidente-da-junta. Não há almoços nas colectividades, nem eventos, nem nada que se aproveite para uma pessoa se mostrar - além das saudáveis corridas à volta do castelo. 
Por outro lado, o confinamento teve no Pedro um certo efeito de retardar as coisas: primeiro no PSD, agora na Junta. Começar a fazer nesta altura (que o país vai desconfinando e é preciso voltar à rua e à vida) aquilo que os outros autarcas fizeram em Março...é um delay que nem os melhores programas de coach conseguem explicar.

A insustentável leveza de não cair em graça...nem ser engraçado



O doutor Coiso faz-me lembrar aqueles rapazes que nos anos 90 voltavam de umas temporadas lá fora, para tratar maus vícios, e depois chegavam a Pombal e faziam grandes palestras nas mesas do Nicola, de dia, e do Bar do Cais, de noite, a dissertar sobre o lado certo da vida. Chega a ser comovente a maneira como este cristão-novo aponta o caminho, numa luta pela sobrevivência política. Agarra-se a duas muletas: as reuniões públicas da Câmara (onde é detentor de cargo público, como gosta de lembrar, noutros palcos) e um programa de comentário sócio-político na Rádio Cardal.

Doutor Coiso já tinha idade para saber que o povo até pode parecer, mas não é estúpido. E às vezes tem memória. De maneira que uma pessoa fica baralhada quando o ouve dizer que vai ser "muito rápido" e "começar pelo início". Primeiro porque falou (40 minutos) de tudo e de nada, libertando aquela mágoa contra o Pombal Jornal, que não há maneira de o entrevistar.

Faria todo o sentido o seu discurso (é claro que é incompreensível que um jornal da terra não faça notícia do estado a que isto chegou, na Câmara, e dá azo a interpretações simples como essa, de estar comprado pelo poder), mas já agora explique-nos, douto jurista e detentor de cargo público, o que é que mudou, entre aquele tempo em que se sentava ao lado do seu amigo Paulo César (que por acaso é o dono do jornal), ao computador, para ajudar a paginar anúncios e manipular, estruturalmente, as orientação do Tribunal - e estes dias, em que subitamente lhe baixou um espírito de respeito pelas regras da ética e da deontologia.

Alguém ajude o doutor e lhe refresque a memória: isto de comprar o silêncio dos jornais não é de agora, vem do seu tempo de poder, quando gastava o que lhe apetecia em páginas de publicidade no extinto Correio de Pombal, para divulgar os resultados das análises da água. De alguma maneira até se percebe: é que nunca podemos dizer 'desta água não beberei'. Beba muita. Ajuda a manter a garganta limpa, e impede-o de pigarrear - embora a explicação que a psicologia encontra para essa constante irritação na garganta seja bastante lógica. Quem é amigo, quem é?

25 de maio de 2020

Conversa de mentirosos

Das reuniões do executivo municipal faz parte, recorrentemente, a bulha pelo mais mentiroso. Nesta, o prémio foi muito disputado por vários intervenientes – o vídeo mostra uma parte dessa bulha.
A mentira faz parte da política, pelo menos desde a época dos sofistas na antiga Grécia. Mas aqui não se trata sequer de procurar ou saber usar a mentira; é simplesmente uma espécie de bulha de garotos, como as crianças costumam fazer, para apontar “o mentiroso(a)”.
Ao que nós chegámos! 


24 de maio de 2020

A voz da “experiência”

Narciso Mota mostrou-se indignado e preocupadíssimo com o futuro da família social-democrata - a desunião, o estilo de poder e de gestão.
Naquele circo, Narciso Mota representa o bom vilão, que fala alto mas já ninguém o ouve, cuja cabeça é um negrume de onde saem relâmpagos de razão.


Delírios e Condenações

Apesar do prelúdio inicial morno e sonso, a acção começou logo muito inflamada, com assomos de ira e de delírio e sentimentos de vergonha por parte dos actores principais e secundários, tudo sob o guião das traições, das ilegalidades e da condenação.
Na perca os próximos actos.


23 de maio de 2020

Os alertas e os conselhos da doutora Odete

Com a situação política local tórrida como nunca, a doutora Odete abriu o bate-boca, entre poder e “oposição” (se isto se pode chamar a esta tropa fandanga), picando tudo (apoios, economia, comércio, zonas industriais, Várzea, CIMU-SICÓ, Casa Mota Pinto(!), etc.) e nada, no seu característico registo sofrido e envergonhado. E ainda teve tempo e folgo para anunciar, ali, uma moção de censura ao executivo, a apresentar na assembleia municipal, que logo ali matou!
D. Diogo agradeceu as “deixas”; e sem deixar mais nenhum vereador falar, vergastou logo a doutora Odete e, en passant, o doutor Brilhante.
Estava dado o mote! É o que se chama ir à procura de lã e vir tosquiado.


22 de maio de 2020

Os pobres


Temos vivido tempos estranhos estes. Vivemos uma crise de saúde publica e sanitária, só comparável a uma guerra. Esta tem sido uma guerra, contra um inimigo invisível. Tínhamos (e temos) que acreditar que “vamos ficar bem”, mesmo sabendo que não vai ficar bem para muitos de nós, mas por uma questão de sobrevivência, criamos esse pensamento. Para quem trabalha na área social (ou para quem está atento à realidade à sua volta), sabia e sabe que o tal “tsunami” social e económico chegaria.

À hora que escrevo este post, terminou a reunião de câmara, à qual assisti. Faltam-me as palavras para descrever aquilo que presenciei. Confesso que me sinto enojada. Poderia enumerar qual o motivo de tal má disposição, mas acho que os adjectivos vão faltando para descrever o que vou sentido.

Mas não consigo ficar indiferente quando toca à área social (talvez por defeito de profissão). Ouvir dizer o Presidente da Câmara que os pobres que o país ganhou com esta pandemia são os “pobres do PS” por falta de apoios governamentais; ouvir o Presidente da Câmara dizer que tem sido ELE (sempre ELE) a incentivar os Presidentes de Junta a estarem atentos nos seus territórios aos focos de pobreza que vão surgindo, e depois rematando que nenhum deles se têm queixado, nem tão pouco gasto a verba destinada para esse efeito, é DEVERAS perturbador (acabou por atribuir a TODOS um atestado de incompetência porque só ele é que é competente).

Mais perturbador se torna, quando surge o perigo real, de reduzir a intervenção social ao mero assistencialismo/caritativo que todos os que trabalham estas matérias têm combatido ao longo de décadas.

Diogo Mateus hoje, na minha opinião, desconsiderou e desvalorizou o papel do Pelouro do Desenvolvimento Social. Ele não existe. Tudo está concentrado na sua pessoa (o que corre bem, o que corre mal é problema dos outros)

Não chega dar de comer a quem tem fome. Mas as politicas sociais vigentes, giram apenas e só nessa acção. É um erro e estamos a regredir em matéria de acção social.


“O trabalho social não gere a miséria, mas defende a dignidade” – Ana Lima

Uma questão de desconfiança

Diogo Mateus confirmou esta manhã na reunião de câmara o que já se comentava em surdina nos meandros da Câmara: vai (finalmente) dar emprego ao (jornalista) Orlando Cardoso. Mas ao contrário do que era suposto (imoral, mas admissível), não é para o Gabinete der Comunicação. É para o gabinete de apoio aos vereadores. 
Nesta hora vem-me à memória a opinião que Diogo tinha, em tempos passados, sobre a figura - o ser humano mais mal formado que já conheci em toda a minha vida, sem réstia de escrúpulos, nem qualquer pejo em morder a mão que lhe dá de comer. E a quem agora vou ter de pagar, também eu (duplamente, pelos vistos), como cada um de vós, enquanto secretário dos vereadores do meu município. 
Acredito que Diogo está a cumprir uma espécie de penitência. Não consigo conceber tantos dos seus actos, nos tempos recentes, mas este até consigo: estará certamente a fazer um agrado ao seu chefe de gabinete, João Pimpão - que andou anos zangado com o mensageiro Orlando, mas retomou essa amizade antiga num putativo jogo de interesses. 
Os dois zangaram-se nas eleições autárquicas de 1993, à minha frente. Trabalhávamos todos no finado Correio de Pombal. O episódio levaria Orlando Cardoso a demitir-se do jornal, só regressando para ocupar o lugar que entretanto eu deixara vago, em Março de 1994, quando ingressei nos quadros do Região de Leiria. 
Pensando bem, o amanuense Orlando regressa, assim, à profissão que desempenhava antes de se tornar paginador/jornalista/ director de jornais. Quando entrou pela primeira vez no Correio de Pombal, foi para pôr um anúncio de emprego: "oferece-se empregado de escritório". Como trazia alguma experiência na paginação do Pombal Oeste, foi fácil a metamorfose. 
"Não és do Porto, nem és do PSD...", costumava ele dizer nesses idos de 1992, como se fossem essas as condições para se ser pessoa e ser digno. Mas depois, num assomo de ética, certa vez indignou-se com o facto de ver "o chefe de Redacção (João Pimpão) na rua a colar cartazes". Só que a vida dá muitas voltas. Tantas que perdi a conta às artimanhas da figura. E porque era um camarada de profissão, defendi-o sempre, quando soube dos ataques de que foi alvo, nomeadamente por parte do presidente da Câmara, Narciso Mota (tantas vezes instigado pelo próprio Diogo Mateus). Nos anos 2000, quando deixou o jornalismo para ser responsável pelo gabinete de comunicação e maketing da empresa Derovo, não resistiu a criar um blogue, anónimo, para criticar. A graça terminou com o despedimento, por justa causa, pois que o fazia nas horas de serviço. Fora esse pecado, também aí o defendi publicamente, por considerar deplorável a maneira como um presidente de câmara tentava silenciar a opinião dos outros. Muitas vezes erramos na vida. Essa foi uma delas. Outra foi muito mais tarde, quando o soube sem trabalho, e pedi para lhe abrirem portas. Adiante.


Nas autárquicas de 2013, estava eu desempregada, aceitei integrar, como independente, uma lista do PS à Junta de Freguesia desta terra. Foi quando acordei o monstro. Nessa altura Orlando Cardoso já era militante do PS, na ânsia de conseguir uma espécie de tacho no partido, para fazer uma espécie de assessoria. Imagino que, naquela cabeça, tenha pensado que eu seria uma ameaça. 
Porque as pessoas que fazem tudo por interesse próprio nunca compreenderão o interesse colectivo. 
E então decidiu começar a desferir contra mim todo o ataque nas redes sociais - com ajuda de um coro desafinado de jotas, que hoje me fazem sorrir. Só. 
Decidi definitivamente riscá-lo da minha vida quando um dia acusou publicamente o meu filho de ser o autor de uns escritos na parede da escola Marquês de Pombal. Essa é a minha linha vermelha. E nunca mais me lembrei dele. 
Nem me lembraria, não fora o facto de, a partir de agora, também eu ter de contribuir para o seu sustento.
Até esta manhã, estava convencida de que tinha chegado a um acordo com Narciso Mota, por causa dos processos em Tribunal. Afinal não. Ficámos hoje a saber que ficou de pagar uma indemnização à Câmara, e que nunca pagou, por piedade de presidente e vereadores. Isso não são assuntos privados -  senhores vereadores, que agora vão provar da competência do seu trabalho de secretariado, e das suas qualidades humanas. São assuntos públicos. 
Diogo justifica-lhe o emprego como "um cargo de nomeação e confiança política".
Tirem-nos deste filme barato. E agora chamem o Zappa para vereador da cultura, para dar alguma normalidade a isto tudo.




A Adepombal e o património perdido no Concelho…

A Adepombal – Adega Cooperativa de Pombal abandonou a sua actividade há uma dezena de anos e vendeu o imóvel e respectivo terreno que havia sido doado pelo município para a construção das suas instalações.

- Quantas associações e colectividades existem no Concelho? Muitas

- Quantas associações e colectividades possuem imóveis? Muitas

- Quantas associa
ções viram o seu património construído com dinheiro público doado ou financiado pela Câmara, ou seja, pelos nossos impostos? Muitas

- Quem detém esse património? As associações e colectividades

- Quem pode fazer o que bem entender com esse património? As associações e colectividades

Não estando esses imóveis entregues a qualquer uso corrente (com a excepção de 1 ou dois almoços por ano, por exemplo), não há nada que impeça que essa mesma associação ou colectividade faça o que bem entender com esses imóveis inclusive vendê-los.

Caso decidam vender, podem legalmente aplicar esses rendimentos naquilo que os seus estatutos permitam.

A moral dita que os fundos advindos de hipot
éticas vendas de imóveis possam financiar outros projectos de interesse para os associados ou a comunidade onde se integra.

Agora que se abriu o precedente, qual a próxima associação ou colectividade que avança para a venda dos seus imóveis praticamente não utilizados?


É justo!

O Centro Paroquial Social da Ilha recebeu um apoio da Câmara Municipal no montante de 2000€ para vazar as suas fossas durante o ano de 2020 porque ainda não tem saneamento básico, direito universal das Nações Unidas.

É justo! Faz sentido! 

Não há saneamento básico, a recolha deverá ser gratuita/suportada pela Câmara.

E os outros? E as outras instituições? E as empresas? E os particulares?

Dois pesos, duas medidas?