30 de setembro de 2018

Comportamentos persecutórios

Esta discussão sobre persecução, entre duas criaturas com historial de respeito na matéria, diz-nos muito da classe política que tem mandado nesta terra.
No final, ficamos com a sensação que D. Diogo é o mais ajuizado. Estranho, não é?

29 de setembro de 2018

Indignidade completa


O fim é triste. O fim em política é sempre triste, nomeadamente quando se teve uma carreira longa e cheia de sucessos, que não se soube terminar a tempo. Mas não tem que ser indigno.
O fim político de Narciso Mota atingiu aquilo que muitos prognosticaram: o patamar do indigno. Neste destino há muita culpa do próprio (à cabeça as pessoas de que se foi rodeando) e de todos que o rodeiam. Sim, de todos: apoiantes e adversários, amigos e inimigos, os que o afrontam e os que se escondem…
O patamar de baixeza que se atingiu na última reunião do executivo não expõe somente as fraquezas de Narciso Mota e de Diogo Mateus, expõe todos – os que falaram e os/as que se calaram. Expõe, também, uma classe política indigna, sem princípios nem valores - velhaca. Direi mais: o palavrório descontrolado, inconsciente, choca tanto como os silêncios comprometidos, cobardes, manhosos. Porque aquilo não foi um descontrole momentâneo, um baixeza, que qualquer um pode cometer no calor da luta política; aquilo foi indignidade completa e em crescendo. Aquilo foi o grau zero da política, da decência, da dignidade. Como é que aquela dezena de criaturas não se indignou com o que estava a acontecer?
Naquela malfadada reunião, Narciso Mota desbaratou o resto da respeitabilidade que granjeou, e Diogo Mateus perdeu a autoridade moral e política que necessita para exercer o cargo. Os outros são figuras menores que nunca serão maiores, figurantes que se calam e se divertem com a indignidade.

Peixeirada na câmara - part II

Sem mais palavras...

28 de setembro de 2018

Peixeirada na reunião de Câmara: o concurso, a nora, o presidente e o juri dele

Foi um momento deprimente para a vida municipal, o da reunião de Câmara desta manhã. A seguir, só se for o pugilato. Narciso e Diogo trocaram mimos diversos, com acusações mútuas, enquanto o séquito de vereadores assistia de camarote ao espectáculo. Ao final, os da maioria lá murmuraram qualquer coisa. Para memória futura fica aquele momento em que o director de Recursos Humanos (que prazer conhecer esta figura, finalmente, assim na tv) vai à reunião para lavar o seu protesto, jurando a pés juntos que fez tudo dentro da legalidade. 
Senhoras e senhores, este é o Estado a que chegámos.

Ouro olímpico

Depois de várias medalhas nas Olimpíadas Portuguesas de Matemática, de várias Menções Honrosas e uma Medalha de Bronze nas Olimpíadas Internacionais de Matemática (grande feito!), o nosso conterrâneo Pedro Morei­ra Fernandes, aluno do 12º ano da  Escola Básica 2, 3 c/ Secundária da Guia, conquistou, esta semana, uma Medalha de Ouro nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática. Um orgulho!

27 de setembro de 2018

Do (infeliz) aproveitamento, II

Quando Diogo Mateus falou aos jornalistas na manhã da tragédia, no local do acidente, parecia todo ele um poço de bom senso. Um repórter de tv perguntava-lhe se era possível assacar responsabilidades à estrada, e ele, prudente, sublinhou antes que os acidentes que ali ocorrem não obedecem a um padrão. Acresce que aquele troço nem é, de todo, aquele em que mais acidentes regista, em comparação com o que liga Pombal a Ansião. 
Mas algumas horas bastaram para que virasse o disco. Numa assembleia em  que exibiu (entre os risos cúmplices com Ana Cabral, enquanto ignorava ostensivamente Ana Gonçalves) toda a sobranceria, parecia falar ao espelho. Ora vejam: 

Do (infeliz) aproveitamento, I

O PS local tem-se comportado como verdadeira oposição, na Assembleia Municipal, mas ao Governo do país. Primeiro foi a propósito dos colégios privados - alinhando no discurso e nas posições da maioria PSD. Agora, um dia depois da tragédia que matou seis jovens num desastre automóvel, saiu-se com uma moção pela rápida requalificação do IC8. João Coucelo (PSD) ainda avisou que não era de bom tom "colar" uma coisa à outra. Mas Carlos Lopes (PS) insistiu nessa ideia peregrina. Bem pode o líder da bancada sublinhar uma e outra vez que "o PS não fez, não faz, nem fará qualquer tipo de aproveitamento político de tragédias", que aos olhos de quem assiste a esta inusitada proposta, soa ao seu contrário. É claro que neste jogo do bem-parecer, quase todos os deputados foram votar uma moção que ali chegou em cima da hora, e que nunca ali chegaria naqueles termos se não tivesse ocorrido um acidente no IC8, na véspera - em circunstâncias ainda por apurar, e que podem nada ter a ver com a estrada. Paradoxalmente, foi José Gomes Fernandes (PSD) o único a levantar a questão certa: não misturar assuntos políticos com sentimentos.


26 de setembro de 2018

Os substitutos


A bancada do PS na Assembleia Municipal está reduzida a quatro elementos, desde as últimas eleições autárquicas: Célio Fernandes, Carlos Lopes, Patrícia Carvalho e Manuel da Mariana. Mas ao longo deste ano que passou, já se percebeu que há quem faça tábua rasa da confiança dos eleitores. Já houve quem não fosse e nem sequer avisasse o partido. E ontem foi o que se viu. Estava difícil encontrar substitutos. 

22 de setembro de 2018

Vira o disco e toca o mesmo






A CMP deliberou, por unanimidade, atribuir um subsídio à Associação Cultural e Recreativa Sicoense, no valor de 800,00 €, para a organização de um passeio TT (na serra e arredores)!

19 de setembro de 2018

Incoerências no trânsito

A câmara requalificou(?) a EM237, entre o Alto do Cabaço e o Barco: passeios, ciclovia, estreitamento da via, muitas lombas e passadeiras. Finalidade: devolver espaço às pessoas e reduzir/limitar a circulação automóvel. No entanto, os camiões - nomeadamente os das pedreiras - continuam a poder usar a via, apesar de existir uma via alternativa próxima. Alguém compreende isto?

18 de setembro de 2018

O ovo de Colombo segundo Pedro Pimpão



Sou muito fã desta hiperactividade da Junta de Freguesia de Pombal, uma espécie de sempre-em-festa que contrasta com o incenso e mirra da Câmara Municipal. É verdade que a malta se queixa dos passeios por limpar, das coisas simples e básicas por resolver, mas não se pode ter tudo. 
Ou será que pode?
No fim de semana passado estávamos desfalcados de eventos. Então a Junta mobilizou os seus recursos para o "1º Festival do Ovo" na Estrada, organizado pela ADERCE - uma coisa mal-amanhada cujo ponto alto foi o baile com o organista Graciano Ricardo, que também faz parte da tal "Junta que nos junta". As fotos mostram a realidade como ela é: notável e extraordinária, como diz Pimpão. Não mostram, porém, aquilo que é mais impressionante naquela colectividade, protótipo do que foram os anos sem rei nem roque de Narciso Mota a distribuir dinheiro pelas colectividades, independentemente da actividade que tivessem. Por isso isto do ovo tem um lado bom, sim senhor.
A Junta fez tudo o que pôde, mas não bastou para o sucesso da iniciativa. Porém, foi mais um passo nessa travessia de Pedro Pimpão, qual ovo de colombo. 


10 de setembro de 2018

Centro Escolar das Meirinhas - Obra Torta

O Centro de Educação das Meirinhas, adjudicado em Julho de 2016, com prazo de execução de 450 dias, está neste estado! Não vai abrir no início do ano escolar, como era exigível. A data de abertura foi adiada para o próximo ano.
O empreiteiro deixou atrasar a obra, não comunicou o incumprimento nem pediu formalmente o prolongamento do prazo (afirmou o presidente da câmara na ultima reunião do executivo). Não se sabe se a câmara sabia do atraso - a câmara não acompanha nem fiscaliza as obras devidamente. Mais: o presidente da câmara acha que não compete a esta controlar/acompanhar o planeamento da execução das obras. Irresponsabilidade. Em parte, estão explicados os sistemáticos incumprimentos dos prazos.
Mas há dúvidas que persistem:
  1. Que tipo de relação existe entre a câmara e os empreiteiros que os leva a estarem-se nas tintas para a câmara (que é o cliente)?
  2. Porque é que a câmara – que paga bem – não é exigente com os empreiteiros?
PS: O resto – que é muito – fica para outra ocasião: negócio do terreno, localização, etc.

8 de setembro de 2018

A Anabela voltou a falar

Para perguntar ao Sr. Presidente se podia votar…
Ainda não explicaram à senhora que há perguntas que não se fazem; e que ela está lá para falar, não para votar (o seu voto não conta para nada)?!


6 de setembro de 2018

O mundo ao contrário

Em Democracia, o debate político faz-se, normalmente, com a oposição a criticar/atacar o poder, e o poder a defender-se.
Em Pombal, é ao contrário: a oposição é colaboracionista; e, mesmo assim, o poder bate-lhe sem dó; e ela amocha!

5 de setembro de 2018

Quando a bengala é falsa


A vereadora Odete expôs bem a intervenção que levava preparada sobre o plano da Área de Regeneração Urbana de Pombal. Teria feito boa figura se do outro lado o adversário não lhe tivesse detectado os pontos fracos. Cometeu dois básicos: basear-se em pressupostos falsos e concluir mal (ou não concluir) – um chega para destruir qualquer argumentação.
A vereadora Odete apoiou toda a sua argumentação num erro cometido pelos autores do plano, que apontavam, numa tal análise SWOT, as três grandes vias que atravessam Pombal - Rio Arunca, Linha do Norte e Estrada Nacional - como pontos fracos da cidade (os doutores, os engenheiros e os arquitectos gostam de embelezar/estragar os seus trabalhos com coisas que não dominam e não são aplicáveis aos seus estudos – manias tolas). No final, cometeu outro erro imperdoável: não concluiu - limitou-se a afirmar que faria diferente, e absteve-se.
Resultado: o adversário deu-lhe forte nos pontos fracos; levou-a ao tapete.


Narciso sobre regeneração urbana


Um plano de regeneração urbana é um documento muito importante, que pode e deve mudar uma cidade.
Ora ouçam o que um ex-presidente da câmara, com 20 anos de presidência, tem a dizer sobre o assunto.


Fora da ordem-do-dia

Antes de começar a falar, Narciso Mota avisou logo que gastaria pouco tempo, e cumpriu: gastou (só) dezasseis minutos, nos quais, apoiado nos títulos dos jornais e no seu conhecimento da realidade, discorreu, com a clareza e a profundidade conhecidas, sobre os mais diversos assuntos, desde a gestão de obras – de que é um reconhecido “especialista” – até teoria política, nomeadamente a dictomia esquerda direita.
Pelo meio, ainda teve tempo para dar uma reprimenda ao seu delfim, que insiste em criticar o incumprimento dos prazos das obras.

4 de setembro de 2018

Discurso de charlatão

O charlatão, nomeadamente o político charlatão, tem uma inclinação enorme para o autoelogio, para querer mostrar o que não é. Apoia-se regularmente nos seus supostos “mestres” e em estudos que desconhece ou não existem sequer. O eleitor topa-os bem e tolera-os; mas quando as falácias atingem o domínio do risível, é demais.
Vem isto a propósito de uma intervenção do vereador Michael sobre os feitos do poder local, e da sua altíssima eficiência – credo: o Michael a falar de eficiência! Afirmou ele - sem se rir - que “sempre ouviu dizer, nomeadamente aqui ao ex-presidente da câmara, que um euro - um cêntimo - é muito melhor gerido por uma autarquia do que pela administração central, isso está provado por números e dados estatísticos, porque as câmaras com 1,5%, ou não chega a 2%, do orçamento do Estado conseguem produzir 30% ou mais do PIB”.
Só uma criatura profundamente ignorante na matéria ou altamente desonesta pode fazer uma afirmação destas publicamente sem se envergonhar. Mas mais: para dar alguma credibilidade à falácia, referiu dados e números estatísticos que o provam; sem nunca os ter visto porque, simplesmente, não existem. Estamos claramente na presença do típico charlatão político que se disfarça com máscara de sábio e que tenta fazer de uma mosca um elefante, mas da matéria - multiplicadores da Economia - nada conhece,  nem uma vaga noção da escala tem; e de estatística não deve conhecer mais do que o termo. Risível.
Já na época dos sofistas, os gregos diziam: “o macaco é sempre macaco, mesmo vestido de púrpura”. Tal como o papagaio é sempre papagaio, mesmo que saiba falar línguas.

3 de setembro de 2018

Vamos à festa

Houve festa em Albergaria dos Doze. Como festa pede inaugurações, e inaugurações pedem obras, fazem-se obras. Foi assim durante muitas décadas. E foi também por isso que estamos como estamos, que temos por aí muito elefante branco e muito mono abandonado. Foi assim, mas já não é! Agora basta ter meia obra, ou a obra iniciada. 
Ora vejam o estado em que foram inauguradas as obras de regeneração urbana(?) de Albergaria dos Doze – filmado ontem.
Mais: durante as festas esconderam a coisa, e o presidente da junta teve a lata de se gabar, no discurso de inauguração, que este ano tinham assegurado dois palcos, quando um deles foi a forma improvisada que arranjaram para esconder a obra inacabada.
Perdeu-se o respeito pela lei, e pelos contribuintes que pagam estes desmandos.


Cerimónia do Beija-mão

A entrega de uns prémios monetários aos participantes na Corrida do Bodo, no início da reunião do executivo com transmissão em directo, um mês depois do evento, levou ao povo a representação de um velho ritual monárquico: a tétrica cerimónia do beija-mão.
Bonito. Tão bonito que até a oposição, sempre colaboracionista, aprovou e aplaudiu.