31 de agosto de 2020

Quem disse que perguntar não ofende?

Já se percebeu que Pedro Brilhante está sozinho nesta demanda (que podemos adjectivar como quisermos, cada um) de desmontar o que acontece com os dinheiros e recursos públicos. Ficou muito claro, na última reunião de câmara, que o assunto causa certo desconforto, sobretudo a quem antecedeu estes protagonistas.

Odete Alves diz que nim. 

Narciso Mota mostrou-se incomodado. Achava ele que bastava esperar pelas respostas. Não mexer mais no assunto, se é que o entendem.

Doutor Coiso tratou de informar que não está mais disponível para estar até às duas ou três da tarde sem almoçar. Fica lavrado em acta.  E sim, calculamos que isso não tem nada a ver com as senhas de presença. Imaginem se tivesse...

Quer isto dizer que a alegada oposição está mais ou menos como o PSD: na dúvida, é deixar estar tudo como está, que assim como assim uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.

28 de agosto de 2020

O Parque Verde

O parque verde que nos prometeram, ao longo de duas décadas, continua a ser uma miragem. E até os históricos jardins da cidade reduzem, descaracterizam ou eliminam. 

No Cardal fizeram uma operação cosmética de mau gosto: embetumaram e infantilizam o jardim com betão e uns canteiros elevados inestéticos de difícil e custosa manutenção. 
Na Várzea quiseram e preparam-se para eliminar o jardim, transformando aquilo numa praça modernaça em betão garrido.

Mas ora reparem no que é um parque verde (de lazer) concebido com bom-gosto, muito bem zelado e apreciado pela população. Não é numa cidade verde, futurista, amiga do ambiente e das pessoas. É numa freguesia vizinha.


26 de agosto de 2020

V de vendetta

 


 

Se há algo que tem caracterizado o clima político pombalense nos últimos anos é a exaltação da vingança. Este sentimento (como se veio a demonstrar) foi o único pretexto para a apresentação a sufrágio do Movimento NMPH (ainda hoje não se lhe conhece o projecto político).

A retirada de pelouros ao vereador Pedro Brilhante reabriu a “Caixa de Pandora” do desforço. Se por um lado qualquer sombra de irregularidade deve ser tornada pública, denunciada aos organismos competentes e investigada (MUITO BEM!), o facto deste assunto ocupar, insistentemente, quase em exclusivo as reuniões do Executivo camarário, faz-me crer que, mais do que os factos e os superiores interesses dos pombalenses, se trata de mais uma acirrada prática de vendetta.

Uma análise da substância do episódio (ou sucessão de episódios) poderá levar-nos a pensar que, ao longo do tempo e dos sucessivos Executivos, se possam ter instalado e normalizado práticas menos próprias. Se atentarmos à forma, parece claro que o PSD já tem dificultar em suportar o enorme peso da responsabilidade e do decoro que o exercício do poder exige.

Pensamento do dia


25 de agosto de 2020

Fundo de maneio do GAP – um escândalo

Com 9 perguntas imperativas, o vereador Pedro Brilhante expôs os estratagemas, e as irregularidades (que têm que ser) praticadas, para fazer girar o dinheiro pelo fundo de maneio do GAP (Gabinete de Apoio ao Presidente).

Desengane-se quem pensa que foi mostrado tudo. Foi só levantada a tampa, falta mostrar o fundo. Mas pelo cheiro que tresandou, haverá muita podridão no fundo. A podridão inerente a um poder demasiado antigo, fora de validade, atacado pelo bicho...

Siga os próximos capítulos.

PS: O presidente e o chefe de gabinete optaram por não responder. Compreende-se: há respostas que vale mais não dar.


24 de agosto de 2020

Da ilustre Casa Varela


foto: Anteprojectos

Na senda do "faz & desfaz", a Casa Varela lá se vai aguentando de pé, à espera que lhe dêem uso. Já teve mil e um fins, só nunca teve um princípio.

A solícita imprensa local - aquela que não noticia as suspeitas de fraude e peculato na Câmara, mas é lesta a jorrar comunicados do PSD disfarçados de notícia - anunciou em primeiríssima mão que estava escolhido um director para a Casa, mesmo antes de se saber o que vai dirigir. 

Parece que é esta tarde que decorre uma acção de propaganda. Está dado o mote, que não podia ser mais explícito, claro e objectivo. Atentem, pois, no exercício maior de português bem escrito e comunicação escorreita, que encravou na palavra 'território' e distribuiu vírgulas como quem espalha facturas em cima da mesa.

 "O projeto “Casa Varela” foi concebido para ser como um espaço pertença do território e da comunidade, aliando ao seu passado rico de histórias e memórias, as novas centralidades para as artes, no concelho, na região e no país, atraindo a procura de uma faixa etária jovem e criativa, que venha a induzir no território um novo conhecimento, e um contributo identitário forte.

Pretende ser um espaço incontornável de criação artística, envolvendo Associações/ Artistas locais, reforçando redes nacionais e internacionais, projetando-se como polo de referência e como um centro de conhecimento, promovendo a diversidade da oferta cultural através de uma intervenção inovadora que atraia, de forma sustentada, públicos diversificados, e que concite o apoio da comunidade.

Enquanto ponte de ligação com artistas, a “Casa Varela” prevê, ainda, o desenvolvimento de um território de criação aproximando da cidade criativos do país e do mundo, impulsionando e complementando decisivamente a programação cultural já existente no nosso concelho"

Guerra louca

A política pombalense está esquizofrénica: as reuniões do executivo municipal (e também da AM) são uma espécie de guerra louca, onde o objectivo já não é ganhar, é tão-só matar.

Esta espécie de loucura talvez só se possa explicar pela Teoria do Louco, concebida e colocada em prática pelos EUA, quando fizeram passar a ideia, junto da diplomacia Soviética e Vietnamita, que Nixon estava louco, e, por isso, tudo faria para ganhar a guerra. Maquiavel também defendeu que  que às vezes é "muito sábio simular loucura".

São muitas as cenas que roçam a loucura, mas a cena pensada para o seu fecho da última reunião do executivo só pode ser explicado pela Teoria do Louco.

Depois, que dizer mais: que neste filme há figuras maiores e menores; que o protagonista da cena final cumpriu o papel na perfeição - moço de fretes que responde a estímulos; e que o resto são figurantes, que se dividem entre criaturas perdidas e criaturas à beira da perdição.



23 de agosto de 2020

Cena final

O enredo e a atmosfera prometiam um thriller tenso, imprevisível, excitante. E foi-o. Mas o melhor, a surpresa, a chave de todo o enredo estava – como deve ser num bom thriller – guardada para o fim. Neste caso para o pós-final; servido com todo o requinte e com a toda maldade moral, sem direito a uma palavra, a um ai, a um suspiro.

Nada extasia mais um tirano que ver o seu maior inimigo humilhado à sua frente, e não directamente por si mas pelo seu subalterno, para a sensação de prazer ser plena.

Para os munícipes, para os que pagam isto tudo, nem uma explicação, nem uma justificação, nem uma palavra. O que importa é a maldade, e quanto mais cínica, mais injusta e mais grosseira melhor.

Ai Pombal, Pombal, 
De que é que tu estás à espera?

Adenda 1: Parece estar a causar muita revolta o vídeo não incluir toda a intervenção do protagonista final (nunca o fazemos). Neste caso, não foi incluído um argumento irrelevante e falacioso – relatório de auditoria. Se o thriller não tivesse inúmeras e tão relevantes cenas, o falso argumento daria post próprio; e merecia-o bem, tal a ignorância pura (não maliciosa) que revela.
Uma auditoria - mesmo feita por pessoa séria e competente – não atesta conformidade (plena).

Adenda 2: tanta dor, tanta dor,…, e ainda não tocámos na ferida; e ela é tão grande, e tão profunda. Mas já lá andaram a escarafunchar; aquilo está em carne viva e infectada. Se estão a sofrer por antecipação, fazem bem - vão ganhando habituação.

21 de agosto de 2020

Agarrem-nos, senão...

Poucas horas antes da reunião de Câmara - que podem acompanhar esta sexta-feira nos canais do município - em que o vereador Pedro Brilhante deverá fazer, ao vivo, meia dúzia de perguntas que já enviou por escrito, envolvendo suspeitas à volta do fundo de maneio gerido pelo Gabinete de Apoio à Presidência, o PSD deu um ar de sua graça neste Agosto: um comunicado em que dá 30 dias ao ex-líder da Jota para "rectificar a sua acção política, ou renunciar ao mandato de vereador", sob pena desta estrutura avançar para medidas drásticas: abrir um processo para o expulsar do partido.

Esta atitude musculada de Pimpão (Pedro) acontece na sequência das suspeitas levantadas nas perguntas, e que incluem Pimpão (João), que é, como sabemos, chefe de Gabinete. Dizem eles que esta atitude de Brilhante é "revanchista, persecutória e difamatória", palavras e actos que, como sabemos, o PSD de uns e outros desconhece...

Mas Pedro (Pimpão)...tantos anos na política e cais na asneira de fazer um comunicado infantil, como este? Então o partido não tinha retirado a confiança política ao vereador Brilhante? O que lhe importa que levante lebres? Ou que mundo ao contrário é este, em que o partido está-se nas tintas para a possibilidade dos seus mexerem indevidamente em dinheiro que é de todos, e mata o mensageiro para não se saber da mensagem?

Está bem de ver, como já aqui disse, que há pessoas que nasceram para ser da oposição - e não do poder. Pedro Brilhante é um caso desses. Uma pena não ter empregue esta energia quando foi vereador a tempo inteiro e com pelouros tão importantes como a Juventude e o Desporto. Mas fica a prova, para os eleitos de outros partidos e movimentos: afinal não é assim tão difícil fazer oposição. Basta querer. 

Agora vamos assistir ao clássico.

https://www.youtube.com/watch?v=YHmjQ3VX-cE


20 de agosto de 2020

Onde se dá conta das dores do Pança com a investida do rufia

Com o Príncipe a-banhos, há muito que o Pança não se sentia tão feliz e importante, liberto dos mandos e das manias do Amo, e com todo o tempo para se dedicar ao seu condado e às festas da sua paróquia. Foi lindo vê-lo, feliz e contente, junto da sua gente, em grande devoção à N.ª Senhora das Dores (e que dores aí vêm!), nas celebrações eucarísticas, no arraial, nos festejos, junto do pároco, do povo e da fanfarra, sempre com grande solenidade, comunhão e entusiasmo cristão, derramando e recebendo lágrimas de prazer, com tão boa vontade e tão grande contentamento geral que parecia coisa milagrosa, tal era a ordem e a perfeição dos festejos. 

Mas enquanto o Pança celebrava junto dos seus; o rufia, que não nasceu para a forca, mas que o Pança e seu Amo quiserem enforcar, da corda do seu destino armava-lhes o laço com o engodo que os tem alimentado…

No dia seguinte, o Pança apresentou-se no Convento de Santo António, pelo romper da manhã, para mais uma semana de obediência ao Amo e de mando e desmando, inchado com tamanhos sucessos. Estava radiante, e nem o crocitar de um ou outro corvo nos beirais o afligiu, mas veio-lhe à memória, sem mais quê nem para quê, as preces do sacerdote na véspera, "Dai-nos a paz, dai-nos a paz, Senhor, vossa paz!" Sentou-se. Ligou a máquina.

– Foxx-se!, gritou logo de seguida, ou melhor, ganiu.
Depois, exclamou iracundo, de repente, dando sobre a mesa um soco com toda a força. E desabafou, “filho da mãe…”. Com isto, acordou o Príncipe, que logo o chamou:
- Dizei-me, Pança; tendes boas ou más novas?
- …só velhas e más, Alteza.
- Como…?
- O rufia, o ministro Jota, que jurou verdadeira lealdade, companheirismo e obediência, voltou a atacar, a atacar-me, com uma dúzia de perguntas sobre o fundo maneio; e quer que eu, este simples escudeiro, lhe vá responder na reunião em directo – afirmou, revoltado, o Pança.
- Esse peralta veio ao mundo com um certo descoco… - observou o Príncipe.
- Mas revela na traição grande mestria! – retrocou o Pança.
- Que quer ele saber? – perguntou o Príncipe.
- A história das facturas que entram e como sai o dinheiro do fundo… - respondeu o Pança.
- Então…?!, Isso é fácil de explicar...
- É?! … Olhe que não, olhe que não, ...porque pelo meio fazemos muitos truques…, e há muitas coisas em que não bate a bota com a perdigota – aclarou o Pança.
- Eu já tinha reparado que fazíeis algumas cousas mais solto do que devíeis, mas sois vós que tendes a responsabilidade pelo fundo… - lembrou, em tom de aviso, o Príncipe.
- Vossa Mercê pensa que é fácil justificar tanta saída de dinheiro, com coisas mui pouco honestas – afirmou o Pança, meio desolado.
- Sois mui cobiçoso, Pança; já devíeis saber que a cobiça é a raiz de todo o mal… - lembrou o Príncipe.
- Fala assim, o Senhor, porque está nesse pedestal, e ainda pensa que ninguém o derruba – retrocou o Pança, e acrescentou: - infelizmente, muitas vezes paga o justo pelo pecador.
- Neste caso, como bem ensina o versículo do salmista, “o pecador abriu um fosso e caiu no fosso que ele cavou!» - afirmou o Príncipe, com o seu sorrisozinho.
- O Senhor é muito desagradecido…Mas se Deus com sua infinita misericórdia nos não socorre… - observou o Pança.
- Desterra o medo, Pança; e faze das fraquezas forças, que a coisa vai como há-de ir, e nós por cá a gozar…
- Como, Alteza, se o peralta me afronta por todos os lados, com mil suspeitas? – perguntou o Pança.
- De cem coelhos, nunca se faz um cavalo; de cem suspeitas, nunca se faz uma prova – afiançou o Príncipe.
- Deus o ouça e o diabo seja surdo! Mas que eu estou muito receoso, estou..., para o nosso fim estar próximo só falta o rufia meter os malditos papeis nas mãos dos farpeiros.

                                                                                 Miguel Saavedra

19 de agosto de 2020

Terras (região) em rumo



Na falta de melhores propósitos para as suas terras, os presidentes de câmara de Leiria e Coimbra continuam entretidos com a briga pela localização de um suposto aeroporto na região centro.

Falta saber se querem iludir ou andam iludidos. Pareceria menos mal que só quisessem iludir; porque para ilusão, que se tornou tormenta, já deveria chegar os elefantes brancos que existem nas suas terras - os malfadados estádios municipais. 

Os presidentes de câmara de Leiria e Coimbra, e outros, já deveriam saber, por experiência própria, que há investimentos (empreendimentos) que vale mais não fazer...

13 de agosto de 2020

Democracia à moda do Louriçal

O João Pedro Domingues denunciou hoje no seu perfil de Facebook o que eu julgava ser impensável, pelo menos à descarada: o presidente da Junta do Louriçal, José Manuel Marques, um dos  barões do PSD local, terá ameaçado a Associação Pik-Nik de não a subsidiar com mais um tostão enquanto o dirigente João Pedro não deixar de fazer publicações nas redes sociais como as que são conhecidas.
O João Pedro - que nas últimas eleições foi candidato pelo Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia do Louriçal - faz um importante trabalho de denúncia pública sobre o que é preciso melhorar na vila e na freguesia. E o senhor José Manuel não gosta, está bem de ver. Eu tenho dúvidas de que o senhor José Manuel goste de alguma coisa que não seja a paz podre, o saudosismo latente nas suas intervenções na Assembleia Municipal, o beija-mão. Para sorte minha  (e dele, sobretudo), já não nos cruzámos na vida pública do Louriçal. Quando eu lá morava, quando eu lá estudava e participava da vida da minha aldeia e da minha freguesia, ele recusava sempre os convites do PS para integrar as listas autárquicas à Junta de Freguesia. Justificava então que "tinha uma porta aberta". Era chato. Mas um dia percebeu que havia uma maneira de escancarar a porta, desde que fosse pelo PSD. E assim se tornou esse autarca modelo, paladino da liberdade de expressão - e de imprensa, não esquecer que acolhe, protege e tem lugar cativo naquela espécie de jornal que se faz no Louriçal. 
Talvez valha a pena lembrar que nem a Junta e as verbas são dele. Assim como é importante sublinhar o mesmo à Associação Pik-Nik. Se embarcou nessa chantagem é grave. Se não embarcou deve vir a público denunciá-lo. Estamos sentadinhos à espera. 

adenda: esperámos, e noite dentro a Associação veio emitir um comunicado, que diz tudo. Basta saber ler. https://www.facebook.com/lourical.futsal/photos/a.292929168188695/765995650882042


10 de agosto de 2020

Já há cabeça de lista pelo PS: doutora Odete

O PS reuniu o “plenário” de militantes, sexta-feira, para escolher a persona – o perfil – da(o) cabeça de lista nas autárquicas do próximo ano.

Marcaram presença dúzia e meia de militantes (o partido está reduzido a isto - duas famílias e meia dúzia de enteados), que, na ausência de alternativa, e de discussão, escolheram a doutora Odete para encabeçar a lista.

O embrulho foi e está bem feito. E em embrulho bem feito não se mexe mais; a não ser para colocar um laço ou um ramo de flores.

9 de agosto de 2020

Murtinho

Com D. Diogo a-banhos, a reunião do executivo municipal, da passada sexta-feira, estava condenada a ser um mero proforma, não fora o vice-terceiro-presidente Pedro Murtinho ter tido a ideia de trazer para o debate o post do Farpas que informava, e mostrava, que a vereadora Cabral tinha mudado o sentido do voto, na votação da sua proposta sobre o parecer para a deslocação da Farmácia Barros, quando viu que os votos dos vereadores da oposição chegavam para aprovar a proposta.

O vice-terceiro-presidente Murtinho introduziu o tema com o jeito e o tacto que Deus lhe deu para a política: lamentou que estivessem a chegar ao Farpas informações indevidas; e censurou profundamente quem fotografou o monitor com o voto da vereadora e entregou a foto ao Farpas.

Estava servido o rastilho para o vereador brilhante derreter o vereador murtinho. Lembrou-lhe que indigno era o seu silêncio perante o comportamento do presidente na condução das reuniões, ao não revelar o teor das decisões tomadas e o resultado das votações no momento, ao não emitir as minutas após a reunião e as actas no prazo que a lei impõe. E lembrou-lhe, ainda, o óbvio, que o Farpas, tal como qualquer cidadão, tem direito a receber e a divulgar esta informação.
Chama-se a isto, ir à lã e vir de lá tosquiado.

6 de agosto de 2020

Brisazinha

Não me recordo de uma conjuntura tão favorável à mudança de regime em Pombal. Há 3 anos, a disputa entre o PSD A e o PSD B, não configurava exactamente uma perspectiva de transformação.

Entrou Agosto sem que os que se opõem(?!?) ao status quo instalado indicassem os seus postulantes ao Convento do Cardal. Não será crível que alguma decisão tomada em plena silly season acrescente algo de substantivo (seria too silly). Sem essa designação (URGENTE), uma gestão bem-sucedida (vitoriosa) do complexo, difícil e DECISIVO dossier das candidaturas às freguesias ficará seriamente (por ventura, definitivamente) comprometida. Esta contemporização também não favorecerá uma eficaz angariação de apoios / recursos, tão necessários à prossecução de uma campanha eleitoral digna.

Eventuais determinações das estruturas partidárias centrais e distritais (sofrivelmente conhecedoras do nosso “microclima político”) ou quaisquer outras justificações (COVID – 19 incluído) não deveriam ser capazes de obstaculizar a compreensão de que se estão a viver tempos excepcionais. E tempos excepcionais exigem acções excepcionais.

Urge que os “ventos de mudança” (tão propalados em surdina) tomem apressadamente a forma e o corpo de um vendaval erosivo. Até agora, não parecem mais do que uma suave brisa. Daquelas que mal se sentem na cara. Talvez a rentrée coincida com uma eloquente subida na escala de Beufort. OU ENTÃO…

Einstein formulava uma adjectivação curiosa para os que fazem sempre as coisas da mesma forma e esperam resultados diferentes.