31 de agosto de 2008

E sempre a água contaminada...


Durante o segundo trimestre deste ano continuámos a receber e a pagar água contaminada.
Os responsáveis da CMP, que gerem o sistema, a afirmaram que a causa (desculpa) do problema foi “alteração sazonal pontual”. E como acções correctivas “procederem a descargas/purgas em rede predial e pública e à limpeza de reservatórios”.
Mais uma manifestação pública de incompetência que roça o ridículo.
Mais uma manifestação de total desprezo pelos consumidores.
Acham isto suportável?

22 de agosto de 2008

Portugal no seu melhor

No dia a seguir a um português se ter sagrado campeão olímpico a capa de um dos jornais desportivos é um jogador de um clube de futebol. Triste reflexo de um país e de uma sociedade que apenas acorda para o mundo fora do futebol de 4 em 4 anos. E reflexo de uma imprensa preguiçosa e muito pouco séria.

Haja exemplos de quem, sem sair de Portugal, encontra motivação, rigor, vontade e determinação de quebrar com a mediania. Um verdadeiro exemplo, Nélson Évora!

21 de agosto de 2008

Évora de África


Amanhã, será com um prazer enorme que vou ficar com a lágrima no olho, ao ver o Nelson, subir ao lugar mais alto podium, e ouvir aquela música que tem a capacidade de se nos gravar no código genético.
Gosto especialmente desta vitória porque tem a particularidade de ser a primeira portuguesa de um atleta de origem africana, o que representa uma celebração de um laço sentimental feliz entre Portugal e África, que podia ser hoje muito mais frutuoso, se a cegueira colonialista não tivesse durado tanto.
A vitória de Nelson veio elevar os espíritos desalentados com a prestação olímpica portuguesa e veio lembrar que um atleta não se faz só de uma boa estrutura física e técnica, mas também de um bom arcaboiço mental, como evidencia nas entrevistas após a prova.
Além das causas que já se conhecem para justificar os restantes resultados da nossa prestação olímpica, a falta de apoios e de uma política estruturada e sustentada de incentivo à prática desportiva, grave, para mim, não são os resultados, mas as infelizes declarações de alguns atletas. A polémica devia dar que pensar aos próprios e aos treinadores. É que a pressão mediática actual exige ainda mais que o atleta saiba ser assertivo, humilde, e seja capaz de auto reconhecer os pontos fracos, para poder justificar com consistência os seus resultados, em vez de atirar desculpas de última hora para os microfones. O físico treina-se. É coisa técnica, de persistência e perícia. A mente educa-se e desenvolve-se ao longo de muitos anos. E não é só nos campos, nos ringues ou nas pistas.

20 de agosto de 2008

Estádio Municipal KO

Como era esperado o Estádio Municipal está inoperacional devido às Festas do Bodo.
Para além das consequências desportivas, pergunto:
- Quanto vão custar as obras de reparação?
- Quem paga, a CM ou a Pombal Viva?
P.S.: Esta despesa, só por si, acarreta a duplicação do défice (mal) apurado.

18 de agosto de 2008

Olímpismo?



Os jogos olímpicos estão a meio. As nossas maiores esperanças ainda não competiram. No entanto, o presidente do COP, Vicente Moura, sacudindo água do capote em relação a um eventual fracasso da comitiva portuguesa, veio a público censurar os atletas pelos maus resultados e pelas desculpas dadas, afirmando que o COP e as Federações preparam os atletas fisicamente mas nada podem fazer sob o ponto de vista cultural.
Pois não, caro presidente do COP, quem não tem não pode dar…

14 de agosto de 2008

A fartura do Bodo (II)

Tenho para mim que só em promoção, gastou-se tanto como o valor do prejuízo. A linha gráfica - que serviu de fundo à presença on line do costumeiro atelier, a quem naturalmente foi adjudicado o serviço - salvou a honra da promoção. A imagem conta, de facto.



Outdoors nos espaços nobres mais requisitados, jipes, chávenas de café, pacotes de açúcar, mais um programa de televisão que todos pagamos, as festas promocionais nas discotecas, a propaganda nas praias, a indumentária e tudo e tudo para o maior Bodo de sempre. Terá sido o melhor? Menos, senhores. Menos...

Protagonismos

Os ex-vereadores do PS não perdem uma oportunidade para mostrarem solidariedade ao presidente da câmara. Nos últimos casos (contaminação da água, denuncias de irregularidades no urbanismo, aprovação do Go!Sopping, Festas do Bodo, etc.) têm-se esmerado nos argumentos.
Cuidado Diogo, eles querem-te roubar o lugar!

Festas do Bodo (III)

Quem não parece ter ficado muito agradado com as festas foi Narciso Mota. E ainda antes do Balanço Económico destas já anunciava publicamente alterações ao formato e transferia a organização novamente para a câmara (juntamente com a Pombal Viva)
Porque será?
Doeu muito no bolso ou são, outra vez, os excessos de protagonismo?

Festas do Bodo (II)

Apesar de tudo, há gente muito satisfeita com as Festas do Bodo.
De entre estes, ressalto os ex-vereadores do PS.
Apesar de o organizador, João Vila Verde, reconhecer a derrota pessoal e se sentir desconfortável com o resultado.
Há gente com alguma verticalidade e há outra sempre tão curvada!

Festas do Bodo (I)

As Festas do Bodo de 2008 tiveram coisas boas (ou muito boas) e más (ou muito más).
Mas o balanço final só agora pode começar a ser feito e o principal critério de avaliação é, tem de ser, o seu equilíbrio/desequilíbrio orçamental.
Segundo o responsável da Pombal Viva o défice foi de 95 mil €. Muito para quem garantia que as festas se pagariam a elas próprias. E muito para os munícipes!
Mas, conhecendo eu como muitos os malabarismos que naquelas casas se fazem com os números arrisco um défice muito superior, mais do dobro!
Nota: depois de ter acesso às contas corrigirei a minha previsão, provavelmente para cima.

10 de agosto de 2008

Piscinas fechadas


Pombal deve ser um dos poucos concelhos, senão o único, que não tem uma piscina, pública, a funcionar durante o mês de Agosto. Exactamente o mês em que as pessoas delas mais necessitam.
Porque será? Não é por falta delas, têm-nas. Fechadas!
Será por desleixo, falta de jeito, ou jeito a mais para fazer jeitos?

8 de agosto de 2008

Crise de confiança

"Há uma crise gravíssima de valores e uma crise daquilo que é o cimento de uma sociedade contemporânea: a confiança. Nós precisamos de ter confiança que o contador de electricidade (e da água, digo eu) conta como deve ser, que as pessoas não estão a fazer batota num jogo de futebol, que os concursos públicos são limpos, que não há interesses ocultos. Estamos numa sociedade com um nível de complexidade tal que temos de confiar nas pessoas e nas instituições públicas e privadas."
João Lobo Antunes, in Diário Económico, de 8/8/08

7 de agosto de 2008

Também me parece

A 30 de Junho deixei o meu "parecer" sobre a questão do Casarelo que se resumia a achar que, em teoria, poderia ser uma boa ideia, mas havia um conjunto de questões, desde urbanísticas a económicas, passando pelas ambientais, que mereciam uma resposta antes de se embarcar em mais uma construção de regime. A legalidade, essa, dei de barato que seria a possível neste país do constrói primeiro, espeta a placa de inauguração e questiona muito depois. Afinal...

6 de agosto de 2008

Go!Shopping: o maior crime urbanístico (II)

O empreendimento Go!Shopping, projectado para o Casarelo é um verdadeiro elefante branco plantado à sombra do Castelo.
O empreendimento, pelo que se conhece, composto por um centro comercial, um retail park, um hotel de duas estrelas e um posto de abastecimento de combustível discount não representa nenhuma mais valia para a cidade e, inserido numa zona nobre, descaracteriza a cidade.
Este tipo de empreendimento, de baixa qualidade, é de interesse muito duvidoso e, a ser licenciado, deveria ser localizado na periferia da cidade. Por exemplo, no prolongamento do Bairro Margens do Arunca. Pelo menos, desghetizavam aquela zona. Não acham?

Go!Shopping: o maior crime urbanístico (I)

O Go!Shopping será, se for concretizado, o maior crime urbanístico praticado em Pombal (pelo menos nas duas ultimas décadas). Às claras, nas barbas de toda a gente, por cima de regulamentos, leis e organismos oficiais.
Como é possível, tanto facilitismo, tanto descaramento, tanta obstinação para concretizar tamanha malfeitoria?
Querem-nos usurpar, à falsa fé, a última área nobre e virgem no centro da cidade. Acordem pombalenses. Não deixem. Se deixarem ficaremos todos muito mais pobres!

Diogo despromovido II


Constata-se que o Diogo Mateus engoliu em seco e sem respirar o rebaixamento público que Narciso Mota lhe fez.
O Assalariado sobrepôs-se ao Politico.
É a vida…!

4 de agosto de 2008

Ainda o Bodo

No geral gostei... e recomendei. Gostei especialmente do recinto dos concertos e do modelo da festa, com actividades espalhadas por todo o lado. Gostei da animação e do ambiente. E gostei do "Boda-se"! Pena era que a publicidade se centrava no cartaz dos concertos do campo de futebol esquecendo as outras actividades

Não gostei do fogo-de-artíficio (para o efeito foi excessivo), não achei piada nenhuma à vedação que dividia a Rua de Leiria . Não gostei da falta de caixotes do lixo e do preço da cerveja. E também não gostei do condicionamento de vias públicas em horas mortas.

Com os primeiros balanços, constatou-se que se andou longe da meta de 120.000 entradas. Por isso, das duas uma: ou há capacidade de suportar um evento destes ou não há. A justificação do 1º ano não irá valer para tudo, da mesma forma que ter um prejuízo minimamente inferior ao dos anos anteriores não pode ser lido como uma vitória.

Mas valeu pela festa, e espera-se que a seriedade e a transparência a utilizar aquando da análise das contas consiga demonstrar que este é um investimento que se justifica.

Os fins justificam os meios?

Em relação à questão da vice-presidência, na ausência de mais notícias, suponho que o ex-vice-presidente já tenha sido informado pessoalmente da decisão. Espero agora por saber, afinal, que conclusões é que tira, não só desta despromoção, mas também da sua imagem perante os eleitores, se aceitar sem mais a decisão tomada, especialmente da forma como a mesma foi tomada...