10 de julho de 2015

Orçamento Participativo, faits divers

Os Orçamentos Participativos são faits divers que os executivos camarários utilizam para mostrarem o que não têm (não cultivam), a quem pouco que tem para mostrar.
O modelo que foi proposto e aprovado na Câmara de Pombal é excessivamente burocrático, inconsequente e inútil; a que só aderirá um ou outro rapazola ávido de protagonismo.
O regulamento começa logo por estar mal nomeado: em vez de Orçamento Participativo deveria chamar-se Plano Investimentos Participativo, porque permite unicamente propostas sobre investimentos. É um documento onde abundam termos descontextualizados e expressões exageradas, que em vez de engrandecer, desqualificam; tais como: “O Orçamento Participativo constitui uma estratégia do actual Executivo” …”é um contributo para a modernização dos serviços municipais” … “Proporcionar uma experiência participativa e colectiva” … “Contribuir para a educação de uma cidadania participativa, responsável e inclusiva”. Por outro lado, no substantivo, falta-lhe comprometimento do executivo e independência na condução do processo: “O Município de Pombal irá inscrever uma verba para este fim” (quanto???) e todo o processo é controlado pelo presidente - não seria de esperar outra coisa.

Como será um faits divers não irá sobrecarregar muito os serviços com burocracia desnecessária. Do mal, o menos…

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