26 de março de 2009

Bateu mesmo no fundo (II)

A Justiça bateu no fundo. Não garanto que bateu mesmo no fundo porque as decisões judiciais caricatas e contraditórias são tantas e cada vez mais surpreendentes que se torna difícil assegurá-lo.
O sistema está à deriva e sem capacidade de regeneração porque sendo fechado e corporativista não possui grandes mecanismos de controlo e reacção.
A força para a mudança, necessária, teria que vir de fora, mas dificilmente virá nos próximos tempos. O poder político é, normalmente, fraco e não sabe lidar com os operadores judiciais as suas corporações. Assim, estamos condenados a ter uma justiça ao sabor da onda e dos interesses, uma justiça para os pobres e outra para os ricos.
Quando dois tribunais, de primeira e segunda instância, decidem de forma contraditória um crime factual (e reconhecido), com prova recolhida por equipamento calibrado, comprovam, mais uma vez, que a aplicação da justiça é um processo sem grande previsibilidade e fiabilidade.
PS: o recurso também diz alguma coisa sobre os protagonistas.

6 comentários:

  1. Pela primeira vez, acho que estamos de acordo, Eng. Malho.
    Concordo, quase na totalidade com o texto anterior, e se me permite acrescentaria ainda que, o poder judicial, ou melhor,todas as instituições judiciais, estão refêns do poder político.
    Basta olharmos para os processos que envolvem politicos, para verificarmos a forma vergonhosa como esses processos são tratados.
    O poder instituido, tudo faz para ilibar qualquer politico sobre o qual recaem suspeitas de crime, a começar pelo ministério público(totalmente controlado pelo governo), que logo aí, tudo faz para "abafar" o caso, nem que seja necessário meter o processo na gaveta, esperar que o tempo passe, e prescreva! Querem exemplos? Não é necessário todos nós sabemos quais foram, e os que o serão brevemente! Basta estarmos atentos!
    Por isso, meu caro eng. Malho, aquilo que o senhor escreve, é uma gota de água, neste oceano da vergonha que é a "justiça" para os ricos e poderosos do nosso país.
    Vamos esperar pelo fim dos julgamentos mediáticos, em curso, que envolvem "peixe graúdo", e vamos ver o desfecho final.
    Depois voltamos a falar!......
    Um Pombalense

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  2. Tanta preocupação também cansa. Deixe de ser cidadão!... deixe de ser chefe de família!... Deixe de ser Engenheiro!... Deixe de ser chefe!...Nem que seja por um dia. O povo saber-lhe-á agradecer. Seja apenas Adelino. Ou esqueça-se mesmo de quem é. Libere-se Homem. Beba uns copos. Seja tinto, ou seja branco, comece sempre pelo bom e insista um pouco. Depois, os outros melhoram. Nunca desmereça a companhia. O ambiente está bom, a ansiedade já passou, umas aguardentes velhas caiem bem. Vamos a elas. Está a ver. Há algum drama? ...Há alguma crise irresolúvel? Não há! Está a ver!... Está muito melhor, não está? O país,também!...

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  3. Desculpe caro anónimo, mas se é verdade que tristezas não pagam dívidas, também é verdade que há momentos para esquecer a crise e momentos para a resolver. O Sr. Engenheiro que a esqueça quando quiser, mas enquanto estiver a escrever aqui, que seja para a resolver.

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  4. Pois é caro anónimo, tristezas realmente não pagam dividas mas, enquanto eles enchem o papo, nós que trabalhamos, que produzimos a riqueza do País, somos cada vez mais explorados.
    Só temos deveres e obrigações. Direitos e regalias......, nem velas.
    Já não há pachorra!.......
    O Pombalense

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  5. A questão é que o caso usado na origem do comentario é exemplar em termos de justiça. Seja quem for o envolvido, não pode ser estigmatizado por isso. O pior que se pode fazer à justiça é usar os bons exemplos para justificar s crise. É preciso descontrair e pensar de novo.

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  6. O sr. eng. levou quatro dias a conceber este texto para nos convencer de que o anterior era, de facto, sobre a crise da justiça. É de arrebimba o malho!...

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