4 de agosto de 2025

A nossa arquitectura urbana – o disfuncional com adornos pindéricos

Como diz o povo, com a sua sabedoria fundada na sua experiência ancestral, o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Quem, neste tempo soalheiro, se sentar numa esplanada do Largo do Cardal confirma-o na plenitude…

Narciso Mota e Diogo Mateus estragaram a sala de visitas da cidade, quando resolveram destruir tudo o que nela era característico e harmonioso, empedrando totalmente a praça, removendo tudo o que era natural: canteiros, plantas, relva e terra (essa desprezível coisa - dizem os arquitectos da moda -, mas na verdade é o ínicio e o fim de tudo); e acrescentando-lhe o que ela não pedia nem precisava: uma tenda e uns canteiros em betão feios como bode. Mais tarde, fruto das críticas, tentaram corrigir a desastrada plástica realizada, plantando umas árvores e colocando uns vasos canteiros ordinários para dar um toque verde à coisa. E Pedro Pimpão, o que fez? Prosseguiu a saga: meteu lá mais carros, a praça de táxis, uns adornos plásticos e umas árvores em enormes vasos de betão, que um funcionário rega carregando baldes de água de manhã e ao fim da tarde! 

Jamais o disfuncional e o belo estiveram tão distantes um do outro. É a smart-city a levantar voo.

1 comentário:

  1. O povo, esse o grande povo, o Zé que vota, quer lá saber disso. Em outubro votam laranja novamente, pois vieram ao BODO e gostaram muito. O Gado era bonito e a Festa estava porreira...pá. É disto que o meu povo gosta. #festasebolos... sigaaa

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