14 de abril de 2011

Manuel Domingues dixit (II)

Ao dedicar-se ao “interessante exercício” de “digitar o nome próprio completo no Google e acompanhar o resultado”, que algumas mentes perversas tendem a comparar com a atitude de Narciso ao contemplar-se nas águas, Manuel Domingues destacou, na edição de O Correio de Pombal do dia 7 de Abril, uma referência que aqui fiz a um artigo seu. Diz, a esse propósito, que as questões discutidas na blogosfera ficam “suspensas no ar, qual satélite gravitando teimosamente em volta da Terra”. Concordo, e como não desejo o mesmo destino às que são afloradas nos jornais, aqui fica o meu comentário relativamente a algumas das suas perplexidades.

Manuel Domingues não entende porque olhei apenas para a orla do PSD, e não para o seu interior, ao procurar alguém com perfil para ser o próximo Presidente da Câmara. Para além de ter dificuldade em definir essa fronteira, parece-me óbvio que os militantes que se deixam prender pela gravidade partidária não têm o perfil todos desejamos (“vistas largas”, “ideias claras sobre o modo como a Câmara pode ser o motor do desenvolvimento da economia”, “forte visão cultural”, etc). Acha igualmente curioso que não tenha olhado para o PS. Essa não entendo: quem conhece Pombal sabe que o futuro presidente da Câmara Municipal será sempre o candidato do PSD.


Termino dando a mão à palmatória: a questão que coloquei na altura e que ficou sem resposta (“estará Manuel Domingues a candidatar-se a candidato?”) era completamente destituída de sentido. Quatro meses e meio depois dou - muito “naturalmente” - razão a Manuel Domingues e reconheço que não tem o perfil que erradamente lhe queria atribuir. As minhas desculpas.


(Versão reduzida de um texto publicado na edição de hoje de O Correio de Pombal)

4 comentários:

  1. Amigo e camarada Adérito Araújo, boa noite.
    Escrevi em Novembro de 2010:
    Rodrigues Marques disse...
    Camarada Adérito Araújo e companheiro António Roque, boa noite.
    Perdoem-me, mas nenhum de vós tem razão.
    Ambos fizeram uma interpretação restritiva das palavras do Dr. Manuel Domingues.
    Não se faz!
    O Dr. Manuel Domingues tem todos os graus de liberdade e exerce os seus direitos e deveres de cidadania na sua plenitude e sem reservas mentais ou políticas.
    A vossa interpretação carece de prova.
    Não sei se com abraço, se sem abraço.
    Mas que não se faz, não se faz.
    Redimam-se!
    29 de Novembro de 2010.
    Vens tu agora, de novo, à carga, com estratégias obsoletas, quando dizes: O próximo Presidente da Câmara tem que ter “vistas largas”, “ideias claras sobre o modo como a Câmara poder ser o motor do desenvolvimento da economia”, “forte visão cultural”, etc.
    Decalco, para melhor se compreender, o teu post.
    14 de abril de 2011
    Manuel Domingues dixit (II)
    Ao dedicar-se ao “interessante exercício” de “digitar o nome próprio completo no Google e acompanhar o resultado”, que algumas mentes perversas tendem a comparar com a atitude de Narciso ao contemplar-se nas águas, Manuel Domingues destacou, na edição de O Correio de Pombal do dia 7 de Abril, uma referência que aqui fiz a um artigo seu. Diz, a esse propósito, que as questões discutidas na blogosfera ficam “suspensas no ar, qual satélite gravitando teimosamente em volta da Terra”. Concordo, e como não desejo o mesmo destino às que são afloradas nos jornais, aqui fica o meu comentário relativamente a algumas das suas perplexidades.

    Manuel Domingues não entende porque olhei apenas para a orla do PSD, e não para o seu interior, ao procurar alguém com perfil para ser o próximo Presidente da Câmara. Para além de ter dificuldade em definir essa fronteira, parece-me óbvio que os militantes que se deixam prender pela gravidade partidária não têm o perfil todos desejamos (“vistas largas”, “ideias claras sobre o modo como a Câmara pode ser o motor do desenvolvimento da economia”, “forte visão cultural”, etc). Acha igualmente curioso que não tenha olhado para o PS. Essa não entendo: quem conhece Pombal sabe que o futuro presidente da Câmara Municipal será sempre o candidato do PSD.

    Termino dando a mão à palmatória: a questão que coloquei na altura e que ficou sem resposta (“estará Manuel Domingues a candidatar-se a candidato?”) era completamente destituída de sentido. Quatro meses e meio depois dou - muito “naturalmente” - razão a Manuel Domingues e reconheço que não tem o perfil que erradamente lhe queria atribuir. As minhas desculpas.

    Dizes que ficaste sem resposta.
    Mas eu dei-ta.
    E a questão de fundo é a de encontrar alguém para fazer o que o Engº Narciso Mota sempre fez e que foi rasgar.
    Rasgou os estudos que estavam na gaveta e fez obra.
    Rasgou as teorias que estavam nas secretárias e fez obra.
    Rasgou a parte Oeste do Concelho e fez obra.
    Quis rasgar a área urbana de Pombal e não encontrou apoio do poder central (lê Governo Socialista).
    Quis rasgar a parte Sul do Concelho e não encontrou apoio nas Estradas de Portugal que, agora se vê com as SCUTs, têm um buracão financeiro nas suas contas.
    Vê só, com a implantação das portagens nas SCUTs, só são arrecadados uns míseros 6% do que o Governo tem que pagar às concessionárias.
    Vê o IC 8. Uma auto-estrada?
    Quanto é que esse estatuto está a custar às Estradas de Portugal?
    Valha-me Deus mais os buracões que os socialistas abriram para os seus amigos.
    Já sei.
    Se não ajudamos os nossos amigos, ajudamos quem?
    Mas onde é que está a postura de Estado?
    Estamos a falar de milhões e não de trocados.
    Pode ser que os do FMI ponham ordem na coisa.
    Abraço.

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  2. Caro R. Marques,
    o Narciso Mota rasgou, é certo. E agora, depois do seu desaparecimento da cena politica local, quem é que vai arremendar?

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  3. Bom dia!
    Camarada Leitão fez me lembrar os velhos tempos: os ovos a quem os põe!

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  4. quiça o próprio eng. não dr Adelino?

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