2 de janeiro de 2016

Migrantes e refugiados

A guerra, a violência, a perseguição, a falta de liberdade e a pobreza, isolada ou conjuntamente, fazem fugir ou migrar os povos das suas casas e das suas terras para outros locais.
Quando as culturas e os valores de origem são diferentes dos do destino, ocorrem choques e tensões entre os povos refugiados ou migrantes e os povos dos locais de acolhimento, o que dificulta a integração. As soluções são defendidas e tratadas pelos vários membros das sociedades de acolhimento em função das suas motivações económicas, sociais, políticas e religiosas, de várias formas e sempre sem posições claras e inteligíveis.
Há os que recusam receber os que chegam, por falta de solidariedade ou por temerem a violência e temerem perder ou ver limitadas a sua identidade cultural e a sua liberdade em face da cultura dos que chegam, os que defendem o apoio com condições, por pretenderem manter a sua organização político social sem importar a violência, e os que defendem o apoio sem condições, por pretenderem disso retirar dividendos políticos ou económicos.
A solidariedade, enquanto componente social do humanismo, é uma das pedras base da construção da sociedade moderna ocidental, mas também o é a liberdade, enquanto primeira pedra. O apoio (a solidariedade) aos refugiados não pode ser negado, mas também não deve deixar-se de exigir o comprometimento e o respeito pela liberdade, pelos valores e pelas leis de acolhimento.

Depois de muito se falar emotiva ou demagogicamente sobre refugiados, é tempo de ponderação na busca de respostas adequadas às crescentes migrações.

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