2 de abril de 2025

Pólo do Conhecimento – mais uma tontice pombalina

Num dos pasquins que alimenta, o dotor Pimpão fez passar a informação que o projecto do Pólo do Conhecimento, a erigir no Casarelo, está quase pronto. Os despesistas são assim: dinheiro em caixa (proveniente do empréstimo recentemente contratado) dinheiro torrado... Compreende-se. Os pacóvios admiram o que não têm, mas nada fazem para o terem. Na verdade, não há absolutamente actos “desinteressados”, e nada é mais terrível (para as comunidades) que ver a ignorância em acção. Mas do IPL esperava-se um bocadinho de juízo (prudente) e de racionalidade. 



É inegável que o município precisa de conhecimento (aplicado) em diversas áreas críticas, nomeadamente em matérias da boa-governação. Mas não precisa de mais “elefantes-brancos”, abandonados ou subutilizados, tais como o CIMU-SICÓ, a Casa da Guarda Norte, a Casa Mota Pinto, a Casa Varela, o Centro de Negócios, o Celeiro do Marquês, a Quinta de Sant`Ana,etc., e as dezenas de edifícios ilegais (sedes de associações e outros) e de equipamentos desportivos e de lazer abandonados (ringues, parques de merendas e outros). 

Desde os primórdios da economia se sabe que o uso de um objecto determina seu valor. O Município de Pombal comprova-o na plenitude - tem sido uma máquina trituradora de valor. Nas ditas ciências-sociais não há nada tão profunda e objectivamente estudado e teorizado como as matérias de Análise e Decisão de Investimentos; mas por cá continua a confundir-se investimento com despesa, valor com desperdício, análise com opinião, decisão com palpite. Por conseguinte, apesar da doentia naturalidade das coisas que nos vão sucedendo, é absolutamente inacreditável que durante quatro décadas, três presidentes e vários executivos, não se tenha conseguido dar vida/utilidade - valor para a comunidade - a nenhum dos avultados “investimentos” realizados, salvo a honrosa excepção da Biblioteca Municipal. 


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