Nestas semanas dedicadas à pré-campanha eleitoral, Pedro Pimpão e sua jota andam em desfile pelas terriolas deste concelho. Só eles, como se as eleições fossem de uma só candidatura, por mérito do PSD e demérito do(s) que deveria(m) apresentar-se como alternativa. Tenho acompanhado com curiosidade a presença da comitiva laranja em duas dimensões, alheia à separação de poderes. Por um lado, a presença do presidente da Câmara (e do que resta da sua equipa), por outro a máquina do partido, que ostenta o dinheiro que tem, num registo David e Golias, em cada apresentação de candidatos.
Aqui a lei é coisa para contornar, como se não existisse o decreto-lei nº 8/2025, de 14 de Julho, que obriga as autarquias a ajustar a sua comunicação institucional, reduzindo a mínimos as publicações nas redes sociais e noutros meios. Quem pode, pode.
À falta de adversários, Pimpão desfila pelas freguesias os seus candidatos às juntas, todos notáveis e extraordinários, todos aptos a fazer parte de um estudo que mostre como Pombal é um oásis no país. Quem aqui aterrar, sem saber nada, e se guiar pelas publicações do "Pombal voa mais alto", não imagina o quanto batemos no fundo. A honestidade intelectual ensina-nos que a nossa terra é aquela onde vivemos, e por isso é nela que devemos intervir, participar, agir em planos diversos - não necessariamente a fazer número para engrossar o falso associativismo. Surpreenda-se pois, o (e)leitor, com aqueles e aquelas que nos são apresentados como a última bolacha do pacote, mesmo sabendo nós que são apenas o que há, ou que mantêm interesse(s) em participar na coisa. Entusiasme-se o (e)leitor com os discursos que evocam a participação activa de uma comunidade, quando percebemos que os eventos de apresentação funcionam em circuito fechado, deles para eles. Ainda assim, anseio agora pela apresentação da candidatura à junta de freguesia de Vermoil, onde este ano não há sequer a tradicional festa da terra. Porque não há comissão. Porque não há pessoas. E as entidades que tinham obrigação de assumir a organização, têm mais que fazer. É como diz a canção: tudo está no seu lugar, graças a Deus.
E o resto? - perguntará, legitimamente, o (e)leitor. O resto é o resto.
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