Existem grandes benefícios na opção da gestão da cultural por uma empresa municipal. Desde logo, o facto desta se poder constituir como entidade de Direito Privado, permite a agilização de processos fruto de uma menor carga burocrática. Por outro lado, as empresas municipais têm mais capacidade para se relacionar com outros agentes culturais da cidade e com as empresas, criando parcerias e redes de trabalho com vantagens inegáveis para a vida cultural do município.
Mas para que a sua actividade seja produtiva, terá que ser enquadrada num plano estratégico a longo prazo, definido pela autarquia e assumido pelos diversos agentes culturais, pelas empresas locais e pelos partidos políticos por forma a não ser contingente aos ciclos eleitorais. Por outro lado, a escolha do seu responsável deverá ser assente em critérios meramente técnicos.
Não é esta a realidade que temos em Pombal. Em primeiro lugar, não existe qualquer plano estratégico. Veja-se o exemplo das Festas do Bodo: se olharmos para o seu programa, constatamos que é tão pouco imaginativo que não pode servir nenhuma estratégia minimamente pensada. Por outro lado, a Pombal Viva não incentiva as parcerias com agentes locais, ao contrário da vereação municipal que promove o excelente festival de teatro em parceria com o TAP. Finalmente, na nomeação do Sr. João Vila Verde pesou mais a cor do seu cartão do que a sua qualidade como gestor (que agora se provou ser muito pouca).
Neste momento fala-se em retirar autonomia à empresa municipal. Mas isso vai contra toda a lógica da sua existência e revela que a autarquia apenas olha para a Pombal Viva na perspectiva das eventuais vantagens burocráticas. O que se exige à Câmara Municipal é que actue com rasgo e inteligência e que aproveite o momento para repensar a sua (falta) de estratégia numa área tão estruturante como a cultura. Mas isso é pedir demasiado a um executivo que sempre pautou a sua actuação na lógica do despotismo iluminado.
As únicas parcerias que a Pombal Viva faz com agentes locais são com os amigos e sócios do JVV. E quem paga é o erário público... Sugiro que o administrador fique sem salário até pagar, no mínimo, o extra que deu ao Bob. O assunto é sério de mais para fazer chalaças e o que mais me choca é que o Bodo deste ano já vai pelo mesmo caminho. A festa de apresentação deve ter sido mais cara, a avaliar pela aberração dos convites e chop chop. O orçamento para os artistas deve ser igual a 2008. Depois derrapa-se e quem paga é o resto das actividades ditas culturais. Para já começa-se com a extinção de uma das duas salas de cinema existentes na cidade, mas o Café-Concerto até aumenta o número de espectáculos. A gestão tem destas coisas... Não fosse o Amândio e veja-se qual era o prejuízo da Pombal Viva... viva o Bodo!
ResponderEliminarQuem confia a gestão executiva de uma festa popular a um relações públicas(ainda por cima pouco qualificado)de Discotecas para gerir uma festa popular, só pode esperar surpresas destas. Pecúlio para o campanhe já J.V.V, arranjou de certeza. Quem nestas funções se apresenta de casaco branco, óculos escuros e colar de conchas, pode gerir uma casa de meninas ou um bataclã . Gerir uma empresa municipal só por deslumbramento do Narciso Mota, seja provocado pelas meninas seja pelo champanhe que J.V.V. comercializa nas horas livres da PombalViva.
ResponderEliminarDesculpem a minha ignorância, quem é o Amândio?
ResponderEliminarA PombalViva tem razão de existir e se for repensada e alcançar a sustentabilidade, dinamizando culturalmente a cidade, pode ser uma mais-valia. A manter-se como até aqui não passa de desperdício do erário público.
ResponderEliminarAlém disso, também o pelouro da cultura deve ser mais activo e intervir nas áreas que não dizem respeito à PombalViva. Quando Pombal for uma cidade culturalmente activa em várias vertentes e numa política que abranja todo o ano, a PombalViva pode assumir-se como uma empresa municipal indispensável e até o Bodo pode ter o sucesso que não tem agora, que é a única tentativa de dinamizar a cidade.
O João Vila Verde pelo seu dinamismo e trabalho deve incomodar muita gente ao ponto de quase lhe dedicarem este Blog por inteiro.
ResponderEliminarRoque- Louriçal
Roque,
ResponderEliminarCom o dinheiro público é facil ser dinâmco. O mesmo dinamismo seria de exigir na prestação de contas e no assumir de responsabilidades pelo que correu mal. No resto, "dinamismo" e "trabalho" são chavões e elogios ditados pela cor.
Explique lá esse dinamismo e esse trabalho, mas com factos.
Caro Roque,
ResponderEliminarTambém eu fui um grande defensor do dinamismo de Vila Verde. E continuo a defender o dinamismo, mas também defendo a transparência. Temos de saber assumir os erros,
Antes do Pombal Viva e do JVV, Pombal era um marasmo no que respeita a espectaculos para o público mais jovem. Pelo menos Pombal ja vê e ouve a boa música que passa nas grandes metropoles, nomedamente Lisboa e Porto.
ResponderEliminarRoque
Sabem de uma coisa, para dois mil e dez os Bombeiros deviam concorrer á organização das festas.
ResponderEliminarOrganizado pelos Bombeiros só pode ser uma festa do Bodo verdadeiramente feita a pensar no concelho real, a Câmara entrava com um subsidio igual ao prejuízo de 2008, e podia-se fazer isto:
Palco som e luz quatro dias
OS ANJOS
TONY CARREIRA
Domingo é do folclore – seis grupos
IRMÃOS VERDADES
Quatro bailes
Duas filarmónicas para a procissão
Gaiteiros, mais o David e companhia
Iluminação artística da cidade
Som da cidade
Palco com som e luz no jardim
Palco com som e luz na Igreja Matriz
Animação no jardim:
Conjunto Maria Albertina
Conjunto o MOV
Vestidos de chita mais fados com Castela Parreira
Armando Gama e Valentina Torres
Animação no Largo do Aenado:
Quinta do Bill
Pólo Norte
UHF
Vozes da Baía
Pinturas faciais para as crianças
Oferta de balões
400 cartazes de 100 por 60 a cores feitos na Guida
O melhor preço: 153.000,00 €
Sobra, 147.000,00 € para outros gastos.
Um abraço
Meus caros
ResponderEliminarEsta coisa que parece um orçamento, podemos todos brincar mas olhem que se eu for chamado a quem de direito este é o valor correcto, isto é só para mostrar que se pode fazer umas festas do bodo com cariz popular e dentro de valores aceitáveis, o cartaz até nem é de desprezar.
Eu não acredito que o Bob tenha assinado um contrato e depois junto ao palco pediu mais vinte e cinco mil euros, vai ser conversa entre o “maralhal” o Bob fez isso? Custa-me a crer.
Já agora uma coisa que estranhei foi a POMBALVIVA desperdiçar mais valais que eram habituais na organização da ADILPOM, daí, também o prejuízo.
Um abraço
Desculpem, mais valias
ResponderEliminarAmigo e companheiro Professor Dr. Adérito Araújo, boa noite.
ResponderEliminarAfunilaste as empresas municipais ao sector cultural.
A cultura tem várias matizes, por um lado.
Por outro as empresas municipais podem ter mais competências do que as do importante sector cultural.
Por outro lado, ainda, um plano estratégico quadruanual, no caso vertente, não foi assumido pelo Executivo.
Outrossim, encetar uma nova via cultural. Um "mundo novo". Com Adamastores, velhos do Restelo, bobos da corte e toda uma panóplia de cores, tal paleta de pintor já com nome feito na praça. Para gente "nova". Com todos os riscos inerentes à mudança.
Quanto aos critérios "meramente" técnicos, meu caro Professor, nem na tua Faculdade isso acontece. E aí devia acontecer.
Temos, todos, que reconhecer que o Dr. João Vila Verde desenvolveu um trabalho como nenhuma outra organização das Festas do Bodo conseguiu fazer.
E partiu quase do zero.
A pergunta que se faz é se os seus detractores conseguiriam fazer melhor, com menos meios financeiros.
Dá-se um doce a quem quiser dar a cara por menos e por melhor.
Fujam que os anónimos vão atacar!
Mas atacam o quê? E quêm?
Quem trabalha e com resultados.
E quanto custou? Perguntam!
Conseguiriam fazer mais e melhor com menos custos?
Dão-se alvíssaras!
Doutor essa do despotismo iluminado é muito forte. Será por estar desfocada, ou por o espelho ser convexo?
Abraço.
Caro Rodrigues Marques (permita-me que dispense os irritantes títulos académicos e profissionais),
ResponderEliminarFalar apenas nas empresas municipais da área da cultura foi intencional. No entanto, como se depreende, algumas das vantagens podem ser extrapoladas para empresas municipais de índole diferente.
Como disse publicamente durante a passada campanha eleitoral, na presente realidade pombalense, justifica-se muito mais uma empresa municipal como a PMU que, pelo que sei, tem feito um bom trabalho, do que a PombalViva. Reconheço que a PombalViva teve o mérito de agitar as águas e, neste blog (ver: http://farpaspombalinas.blogspot.com/2008/07/abram-alas-para-o-bodo-iv.html), cheguei mesmo a louvar o arrojo do seu responsável e o cartaz do Bodo passado. Agora, como disse na altura, esse programa só tem sentido, uma vez que sai caro a todos os contribuintes, se for ao encontro de uma estratégia municipal que, por mais que tente dizer-me o contrário, não existe.
Não critico as escolhas individuais no programa deste ano (alguns são meus amigos e tudo…) nem acho que antigamente é que as festas eram boas (pelo menos eram mais baratas). O que eu critico é a falta de imaginação, a repetição de fórmulas que já se revelaram ineficazes e a incapacidade de gerar riqueza cultural para o concelho. O Bodo, tal como está, não é carne nem é peixe. É uma festa que apenas nos cativa a nós que somos de cá e gostamos disto e a mais um ou outro amigo que conseguimos cá trazer a troco de uma jantarada.
Meu caro amigo, quem estiver minimamente atento sabe que há no país inúmeros exemplos de festas locais que conseguiram criar mais-valias para os seus municípios. E por incrível que isso lhe possa parecer, muitas dessas festas foram feitas sem recurso a faustosas empresas municipais. Uma foram promovidas através de parcerias com associações locais (Águeda é um bom exemplo), outras pela própria vereação municipal, outras ainda por "mordomos".
Um abraço amigo
Adérito
PS 1: Quanto ao "meramente técnico", afianço-lhe que na minha Faculdade todos os docentes são contratados por critérios exclusivamente "técnicos". Apenas como nota, neste momento a Faculdade só pode contratar docentes com o grau de Doutor.
PS 2: Acha mesmo que o termo “despotismo iluminado” é um exagero? Compare a nossa realidade com a sua definição que pode ver, por exemplo, em http://pt.wikipedia.org/wiki/Despotismo_esclarecido
Ó sr. eng. Marques, mais papista que o Papa na defesa do sagaz gestor da PombalViva (ou será PombalVila?), que alegria encontrar logo de manhã um texto seu. Quadruanual é uma das mais espantosas palavras criadas pelo sr. eng.! Vítima confessa de uma ablação genética que o leva a escrever desta maneira, o sr. eng. está a transformar-se, com a colaboração neste blogue, numa espécie de Mia Couto à moda de Albergaria. Quadruanual? Ainda se fosse quadruanal. Olhe, o seu jumento é que, quadrúpede, é quase quadruanual. Ah, bisavô mestre-escola, que bisneto deste ao mundo para dar uma alma nova à velha língua de Camões. Também ele, como o guedelhas das festas, gestor modelo do narcisismo, partiu do zero. A português, claro...
ResponderEliminar...e partiu do zero...e já vai em -300000... and still counting....
ResponderEliminarParem de defender o que não tem defesa. Todos gostaríamos que o Bodo tivesse corrido bem, mas não correu. Foi dinamizado como nunca, é verdade. Mas também deu prejuízo como nunca. Não temos de crucificar ninguém por isso, nem será por isso que o PSD Pombal vai deixar de governar Pombal, mas houve erros e há que assumi-los. Ao negá-los só caímos no ridículo e alimentamos esta nova razão que a oposição encontrou para fazer campanha. Saibamos ser superiores admitindo os erros e corrigindo-os, sem perder tempo em discussões fúteis.
ResponderEliminarJá não é só o Narciso o deslumbrado. O R. M. e o Roque também. Será por ignorância ou por solidariedade clubistica? Para dar música à rapaziada uns convites para a Kyay e para o Lusitano ou umas "Ladies Nigth" resolveriam o problema a iliteracia seria mesma das grandes metrópoles e capitais. A promoção de Pombal, em todos os aspectos, passa pela valorização da nossa diferença e do que temos de melhor. Para fazer o mesmo dos outros, mesmo que o pais pare, não valoriza Pombal e podem estar certos, haverá sempre quem possa fazer melhor, mesmo usando os dinheiros públicos. Para festivais e concertos é melhor encomendar o pacote ao Ricardo Covões ou ao genro do Presidente Cavaco.
ResponderEliminarÈ estranho ainda ninguém se ter dado ao trabalho de responder à pergunta mais importante de todo este blogue!
ResponderEliminar"...quem é o Amândio?"
Descanse que eu vou tirá-lo da ignorância respondendo:
- É o nº3
- É o "terror dos estacionamentos"
- É o Cristiano Ronaldo das multas de estacionamento
- É a maior "transferência" que a PombalViva poderia alguma vez ter feito.
- Também conhecido por muitos por "calendário"
Por isso e se querem sanar as contas da referida empresa só uma medida a tomar:
Fora com o John Greentown e contratem mais "Calendários" (se os houver...)!!!
Como é possível, um cidadão como o engº Rodrigues Marques, defender esta gestão ruinosa da Pombal Viva?
ResponderEliminarComo é possível este homem defender o "buraco" financeiro, das festas do bodo, criado pelo sr. Vila Verde?
O sr. engº não é um "vulgar" cidadão pombalense!
O engº além de cidadão é, um empresário de sucesso e um homem público, no caso, presidente da Junta de Freguesia de Albergaria dos Doze.
O sr. tem responsabilidades políticas no Concelho, e por esse facto deve ter mais cuidado nos comentários que faz.
Como é possível, uma pessoa com responsabilidades autarquicas, um gestor de dinheiros públicos, defender que se façam festas, sejam elas do bodo ou qualquer outras, pagas com dinheiros de todos nós sem, orçamento, sem contratos de prestação de serviços, sejam de artistas ou outros, etc, etc,
Festas a partir do zero? Mas qual zero? O sr. administrador executivo sabia que, fossem quais fossem as verbas gastas, quem as pagava não éra ele, mas sim todos nós cidadãos pombalenses, gostassemos ou não das festas do bodo, fossemos ou não às festas?
É assim que se gasta o nosso dinheiro? Sem critérios? de forma irresponsável?
Sr. Engº R.M. o nosso presidente Narciso, não precisa deste genero de defesa. Ele é um homem sério e vai provar que foi tão enganado nas contas do bodo, como qualquer cidadão, com a diferença de que, ele é o presidente da camara, e desta forma o responsavel pela gestão do nosso dinheiro.
Um cidadão indignado!
Um anómino deixou o seguinte comentário num outro post. Por se enquadrar nesta discussão, faço o redireccionamento para aqui:
ResponderEliminarAnônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ponto prévio":
(Talvez este comentário não se insira neste post. Mas como é o post mais actual aqui fica.)
Ainda relativamente à gestão da Pombal Viva e à actuação do seu administrador-executivo. Há duas informações que gostaria de ver esclarecidas.
Uma delas refere-se aos artistas que têm passado pelo Café Concerto começarem a marcar presença assídua em alguns estabelecimentos de diversão nocturna de Pombal. Quem os contrata? Através de quem? Quem recebe comissão? (desculpem lá, mas é muita coincidência)
A segunda questão refere-se ao facto do senhor administrador da Pombal Viva ser formador numa empresa de formação da cidade. Em que horários? Pós-Laboral? Tem autorização do presidente do Conselho de Administração para acumular funções?
Postado por Anônimo no blog Farpas em 17 de Abril de 2009 12:38
Este an'onimo e capaz de ter ido ao cerne da questão. Realmente e dinamismo a mais para quem se mete s'o no champanhe. Tanta energia tanta necessidade de trabalho não ter'a mais a ver com a branca? Eis a questão! Questionar não ofende!
ResponderEliminarSó falta ir para a Tunisia vender azeite
ResponderEliminar