EU LEMBRO, O QUE ME PERMITIRAM LEMBRAR E O QUE EU SEI.
Em geral, eu lembro e sei:
- Salazar era mesquinho e venal. Sacrificou um país e um povo à sua ganância fingindo desinteresse e vontade de servir, quando queria ficar com o poder todo e por todo o tempo (demitiu-se do M. Finanças fingindo querer desfrutar, apenas, da bucólica Coimbra).
- O Salazar era hipócrita e misantropo. Fingia-se de santo e de padreco. Teria uma fé, apenas por conveniência, com missas em casa a fazer de sacristão. Fingia-se puro e casto e usava os cofres do estado para prendar as amantes - não é este o problema, antes o fosse.
- O Salazar pouco fez pelo povo e pelo país. Quem o aguentou, foram a repressão, os negócios e os tráficos da guerra. O povo não tinha pão, nem roupa, nem calçado. Ele mandava tudo: o trigo, o milho, as conservas, o volfrâmio e outros materiais para alimentar o esforço de guerra NAZI. Fingia respeitar a Aliança Luso-Britânica, praticando a maior das infâmias e cobardias ao jogar com “pau de dois bicos”. Recebeu o ouro e valores das vítimas da guerra e do Holocausto. Aquilino Ribeiro em Volfrâmio e em Quando os Lobos Uivam, por exemplo.
- Salazar empobreceu o país mantendo o povo na ignorância e obscurantismo, alimentado com vinho, fado, fátima e futebol.
- Foi a Guerra, a fome e a miséria dos portugueses, e mais tarde, as receitas dos nossos emigrantes que lhe deram umas balanças comerciais excedentárias durante alguns poucos anos e mais equilibradas durante outros, e não, qualquer mérito especial do Salazar.
- Salazar não nos deu voto. Deu-nos Censura e Tarrafal.
- Salazar legitimou a perseguição e o assassinatos político dos opositores. (Catarina Eufémia, Humberto Delgado, António Lopes de Almeida e muitos outros). Deu-nos PIDES e deu-nos Bufos, deu-nos censuras e mordaças. Deu-nos isto e muito mais. Irene Flunser Pimentel, Luís Farinha, Vítimas de Salazar. Estado Novo e violência política, Esfera dos Livros, etc.
- Salazar praticou a perseguição e a tortura. Salazar tolerou e abafou a pedofilia, orgias de sexo e de drogas das famílias responsáveis e de respeito (Ballet Rose, Caso Burnay, etc), que o respeitinho era bonito.
- O Salazar recusou os investimentos do plano Marshall no pós guerra. Temeu que a abertura ao exterior lhe retirasse o poder e, com isso, prejudicou, deliberadamente, o desenvolvimento do pais. Queria manter um país decadente e rural, onde já era bom saber ler e contar. Não tolerava a liberdade de comércio, impôs o condicionamento industrial até para as padarias, assegurando os monopólios no mercado interno, e no acesso exclusivo aos recursos naturais e mercados das colónias. Leiam e estudem História factual e não a propaganda.
- Salazar boicotou e falseou eleições. Sacrificou e perseguiu os estudantes, os intelectuais, os camponeses, os operários, os sindicatos, mas permitia leilões de mão-de-obra esfomeada, ignorante e desqualificada, favorecendo as tecnologias obsoletas e produtos sem capacidade de concorrência no exterior.
- Salazar matou muitos dos nossos soldados e massacrou aldeias indígenas a napalm e à catana, mantendo uma exploração económica quase esclavagista com as “Leis do Indigenato”, mantendo esses povos ainda em maior ignorância do que na metrópole, julgando lá, como cá, que em nos mantendo na ignorância, viveríamos na suprema felicidade e ele no supremo poder. Escritos de Adriano Moreira sobre o tema e Massacres em Africa, Felícia Cabrita, Esfera dos Livros, etc..
Lagos, 24 de Abril de 2009
Jorge Ferreira
(30/10/60)
Hoje voltamos a ter uma ditadura ainda mais asfixiante e venenosa, a ditadura do Capitalismo e dos Banqueiros e Grandes grupos económicos. O Povo ja tem medo de perder até o seu emprego de miséria, pois esta crise está a matar os pequenos Emprrsarios e a classe média. Um novo 25 de Abril é urgente, não só em Portugal como em todo o mundo Capitalista.
ResponderEliminarAmigo e Dr. Jorge Ferreira, boa noite.
ResponderEliminarLi, atentamente, a elencagem que fez.
Só não percebi a data 30/10/60.
Faltou-lhe:
- Orgulhosamente sós;
- Se soubesses quanto custa mandar, gostarias de obedecer toda a vida;
- Uma ambulância para Angola;
- O mapa da Europa onde estavam sobrepostas todas as nossas possessões ultramarinas;
- Beber um copo de vinho é dar de comer a um milhão de portugueses;
- A defesa dos valores que, há data, se defendiam;
- Valores, alguns, que deveriam ser actuais e não são;
- Os cofres cheios de ouro, que os socialitas e os comunistas malbarataram de seguida, apesar das várias frentes de guerra;
- Livro-vos da guerra, mas não vos livro das dificuldades;
Cinco a quatro.
Já está melhor.
Abraço.
- "Beber um copo de vinho é dar de comer a um milhão de portugueses"
EliminarMelhor que a Maria Emilia Vieira dansarina e a Laura ; dizia a Mariquinhas "
Estou perfeitamente de acordo com o teu comentário.
ResponderEliminarHoje, não só, vivemos num país de politicos desonestos e na maioria incompetêntes, como somos refêns da ditadura do capitalismo e dos banqueiros corruptos.
Mas, como podemos falar e expressar-nos livremente, (será que podemos?), pelos vistos isso é que é o mais importante. Mas como diz o povo, "paleio não enche barriga".
Já estou a imaginar os pseudo revolucionários, a "malhar-me" por este comentário.
Mas podem ficar descansados porque não gostam mais da liberdade do que eu. Eu participei, enquanto militar miliciano no processo revolucionário do 25 de Abril. Tinha o posto de furriel e naquele dia estava de serviço na policia aérea no antigo AB1 em Lisboa.
Eu, pelo menos tive a felicidade e o orgulho de ter contribuido para restaurar a liberdade!
Agora, não podem é "obrigar-me" a aceitar que tudo passou a ser um mar de rosas!
Infelizmente, a ditadura apenas mudou, nalguns aspectos, para a ditadura dos incompetentes que nos têm governado!
RS
Referia-me ao comentário do sr.Roque. Que por lapso não mencionei. As minhas desculpas.
ResponderEliminarRS
Ai, credo Nossa Senhora.
ResponderEliminarDr. Jorge Ferreira tive uma branca e, no caso vertente, esqueci-me da principal:
Deus, Pátria, Família.
Cinco a cinco.
Está a melhorar.
Abraço.
Parabéns, meu caro e velho amigo Jorge Ferreira, pelo teu texto sobre Salazar e o Estado Novo. Muito oportuno e bem escrito.
ResponderEliminarE olha, pá, 25 de Abril, sempre!
Um abraço do
José Henrique Soares
(17/6/1960)
Meu caro Rodrigues Marques, deixemos os títulos de parte que, ainda que em metáfora, é dia de um abraço fraterno para todo o arco-íris como aqui o disse e a si lhe elogiei.
ResponderEliminarVamos aos temas:
1. Se há coisa em que me prezo em ser Pombalense, é não gostar de ser mandado. Sim, pode não parecer, mas uma das idiossincrasias dos Pombalenses é, a meu ver:
1.1. o empenho no trabalho, porta e adega aberta aos amigos e a mais quem venha - ao contrário dos algarvios que são calaceiros, não tem adega e comem na gaveta, isto dizem eles uns dos outros, e eu próprio, que já sou meio algarvio, o digo também - e resiliência ao mando e aos penachos.
1.2. Para mim, os Pombalenses preferem ser reis por um dia a ser mandados toda a vida - como ensinou Luísa de Gusmão - falam de igual para igual com o rei da Rússia ou com o engraxador do Nicola, não fazem vénias, nem se curvam. Eu próprio, por isso, escolhi ser liberal, não tenho gosto no mando, nem gosto de ser mandado. Sou assim desde pequenino. A minha mãe que o diga, e o trabalho que lhe dei de que não teve grande resultado.
1.3. Parece-me que essa frase, é mesmo retirada de um discurso do Salazar. Só que, como a história o demonstra, o Salazar era mentiroso e hipócrita dirão uns, florentino ou maquiavélico dirão outros. Se obedecer era tão bom como ele impingiu, porque não tentou um clube Sado-maso e não se foi embora mais cedo, tendo de acabar caindo, sem honra, de uma cadeira que fez história. Este país teria, no mínimo, menos 20 anos de atraso em relação aos nossos parceiros europeus.
1.4. Liderar não é mandar é saber fazer e saber motivar os outros a fazer por, em grupo ou em equipa, se sabe, em comunhão com todos, fazer com que todos se empenhem em descobrir o caminho certo e a solução certa. Mais das vezes, é melhor líder, não o que faz ou o que diz, mas o que melhor sabe ouvir. O mando de Salazar era coacção, e isso, deveria ser sempre penalizado como crime.
2. Quanto às possessões, a que Salazar, hipocritamente, chamou Províncias Ultramarinas para tentar fugir às obrigações da Carta da Nações Unidas, que Portugal subscreveu. Sem tocar, sequer, na rama do tema:
2.1. Sabia que para migrar para as ditas possessões era mais difícil que ir para França? Era o que sucedia.
2.3. Sabia que as populações eram deslocadas, há força, das suas povoações e famílias, em Angola os do planalto central a Sul, para os cafezais do Norte de Angola? Era o que sucedia.
2.4. Sabia que os indígenas, muitas vezes, morriam de fome porque não podiam cultivar as suas "machambas", eram obrigados a cultivar por exemplo, algodão, copra, ou sisal? Era o que sucedia.
2.5. Sabia que nas colónias existiam companhias quase magestáticas que definiam quais as culturas a produzir e quais os preços a pagar, e que os melhores terrenos eram retirados às populações indígenas para fazer as ditas culturas ou entregar aos Fazendeiros e Colonos brancos? Era o que sucedia.
2.6. Sabia que, em nome de novos “Brasis” e do Luso-tropicalismo - ainda que com algum desprezo, se dissesse que esses indígenas também eram portuguesas, não o eram na realidade, pois não se lhes aplicava a Lei Geral do país, mas o Estatuto do Indígena e, não se lhes ensinou, sequer, os rudimentos da língua portuguesa. Era o que sucedia.
2.7. Sabia esses indígenas eram tratados a chicote e como “cafres” ou “mainatos”, e que existiam, especialmente em Moçambique, clubes e colectividades onde os pretos não entravam, a não ser para jogar pelas suas equipas de futebol, quando se distinguiam nessa actividade. Era assim que sucedia.
2.8. Sabia que - mesmo com os seus aspectos execráveis e emuladores dos piores vícios do governos coloniais - os governos desses novos países conseguiram colocar mais pessoas a falar português do que Salazar em toda a vida? Foi o que sucedeu.
3. Quanto ao vinho. Desse gosto eu, e muito. Todavia, não partilho da sua visão de Salazar, Quando as pessoas têm fome, dá-se-lhes pão, quando tem sede, dá-se-lhes água. O vinho é para fazer a festa com os amigos e colocar nos altares,nunca é comer para quem tem fome.
3.1 Sabia que, mesmo neste sector, havia condicionamento e os camponeses não podiam plantar as suas vinhas sem uma licença especial difícil de conseguir na nossa região?
3.2. Sabia que, essa política quase só deu em zurrapas e vinhos adulterados para render mais aos armazenistas? Vinho bom só para uns quantos, incluindo para o Salazar, que alem da colheita própria, tinha o privilégio de beber os melhores das melhores caves, como era o caso da do Hotel Palace do Buçaco.
4. Da (s) guerras (s) e do orgulhosamente sós, resumidamente, pode dizer-se:
4.1. Não pense que nos livrou da guerra - como Prometeu ou Cristo aceitaram os seus sacrifícios por amor aos Homens – para nos livrar da guerra e dos seus sacrifícios.
4.2. Pelo contrário, Salazar tinha uma doutrinação e ideologia que comungaram o mesmo caldo de cultura do fascismo italiano e do nazismo alemão, de um niilismo e de um cepticismo radical em relação ao Homem e à condição humana, inspiradas em Paul le Lagarde, Mazzini, Gentile e, sobretudo, em Charles Maurras da “Action Francaise”, e o seu equivalente Integralismo Lusitano, de António Sardinha e Rolão Preto e outros, que o promoveram, inicialmente ao poder.
4.1. Salazar usou do mais puro maquiavelismo. Sabia que, fosse qual fosse o resultado da guerra, a participação poderia, com grande probabilidade, levar à sua queda. Sabia-o da 1ª Republica e da queda do Czar, no final da primeira guerra mundial. Viu também, aí, a fazer negócios vantajosos e oportunidade de poder brilhar alguma coisa nas finanças. E tinha sempre essa desculpa para exigir sacrifícios aos portugueses - Aliás e a talhe de foice, como hoje se faz, um pouco, com a Crise – e para nos manter na miséria habitual.
4.1. O isolamento, pelas mesmas razões, limitava os horizontes dos portugueses, mesmo dos mais possidentes, que assim, não tinham como comparar, permitindo a propaganda fazer o seu curso, como sucedeu e sucede na Coreia Norte com Kim il Sung e o dilecto "filho do grande líder", e que, a seu modo e a seu tempo, a maior parte o considerasse “O GRANDE LÍDER”. Pena é, que para alguns o continuem a ver assim e tenha
5. De valores, só sobrava a propaganda e doutrinação que se fazia. Salazar falava de princípios e valores, mas tinha dupla moral, não os aplicava a si mesmo e à sua politica. Fazia de virgem e de padreco, mas padecia da cupidez do poder e do sexo venial. O que aliás era extensivo a muitos dos seus ministros que apreciavam “menininhas” e “menininhos”. Sabia que Salazar tolerava e abafava, mesmo com recurso à PIDE, às prisões e deportações? Era assim que acontecia.
5.1. De que valores podemos falar de um político e de um regime que admitiu e praticaram a censura, a perseguição, a tortura e o assassinato político? Era assim que acontecia.
5.2. De que valores de família podemos falar com referência a um homem e a um político que, nem os padrões da época conseguiu preencher. De que valores falamos se ele nem uma família se interessou construir, a meu ver, porque, no fundo, lhe pesaria na consciência o facto de não ter uma ideia decente para discutir com uma esposa e um valor decente e digno para transmitir a um filho.
5.3. Nesta parte, também a defesa dos valores da família era mais um fim que era a de assegurar a sua perpetuação no poder. Mais famílias, mais filhos, mais responsabilidades, mais ignorância, mais reserva de mão-de-obra, menos custos, mais exploração. Era o que sucedia.
6. Os cofres cheios de ouro, já tem a explicação acima, com a pobreza, a miséria e os sacrifícios que impôs aos portugueses, melhor seria que não deixasse alguma coisa, mesmo que ouro sujo e da infâmia a origem e conservado pela ganância de Salazar pelo poder, pela avareza e pelo desinteresse em investir no desenvolvimento de Portugal e dos Portugueses. Pode não concordar e continuar a acreditar na propaganda, que isso não afasta o facto de a realidade ter sido assim.
6.1. Também não tem correspondência com a realidade, a afirmação de que o ouro foi desbaratado pelos comunistas, ou por quem quer que seja, no pós Abril. Por várias razões:
6.2. Os comunistas nunca tiveram pelouros quaisquer governativos – mesmo nos governos provisórios - na área das finanças ou na gestão do Banco de Portugal. Como se pode ver depois, todos foram e, alguns ainda o são, figuras cimeiras do P.S. e do P.S.D. ou navegam em áreas próximas: Vasco Vieira de Almeida Salgado Zenha, Sousa Franco, Jacinto Nunes, Silva Lopes, Constâncio, António Borges, João Salgueiro, Tavares Moreira, Ferreira Leite etc.. Que eu saiba, nenhum deles é “suspeito” de alguma vez ter sido comunista ou andar próximo. Pode não concordar e continuar a acreditar na propaganda, que isso não afasta o facto de a realidade ter sido assim.
6.3. Depois, acontece, que quase todo esse ouro está aí, não foi desbaratado por ninguém. Foi gerido com cuidado e parcimónia. Aliás. Já ouviu, concerteza dizer aos financeiros dessa área que, após Brentton Woods o desaparecimento do padrão-ouro e do curso-forçado da moeda, as modernas políticas cambiais não dependem do ouro. Este passou a ser um activo e um modo de aforro, como com qualquer outros, momentos há em que se deve vender, momentos em que se deve comprar, só isso. Pode não concordar e continuar a acreditar na propaganda, que isso não afasta o facto de a realidade ter sido, e ser, assim.
6.4. Sem juízos de valor, tirando, Belmiro de Azevedo, Berardo e Roque, os grandes grupos económicos estão na mão das mesmas famílias (Mello, Fino, Espírito Santo, Amorim) dominantes são as mesmas. Como são da mesma proveniência as mesmas famílias que nos têm governado. Pode não concordar e continuar a acreditar na propaganda, que isso não afasta o facto de a realidade ter sido, e ser, assim.
Por isso, meu caro Rodrigues marques, só posso concluir, os três “D” da revolução de Abril estão em parte por cumprir, continuam a existir desigualdades injustificadas, cerca de 20% dos Portugueses continuam, no limiar da pobreza, mas, mesmo assim, e muito deve-se (não interessa a cor) ao poder local democrático, fez-se muito mais nestes 35 anos para melhorar as condições de vida dos dez milhões de portugueses – não dos tradicionais dez mil – do que Salazar e o Estado Novo em todo tempo de governação.
Digo, meu caro, se excluirmos a propaganda, não há nada em Salazar que possamos transmitir aos nossos filhos. Sem conceder, se alguma coisa boa fez, a sua concupiscência, o seu desprezo pela condição humana e avidez pelo poder, só podem merecer o nosso desprezo.
Há quem diga, que “paleio não enche barriga”, mas não tem razão, é com palavras que pensamos e que agimos, se não soubermos fazer uso delas também a “barriga”, a nossa, ou a de outros é que sofrem, seja por fome de comida ou por fome e sede de Justiça. Por isso
“No princípio existia o Verbo,
O verbo estava em Deus (…)” Prólogo, Evangelho de São João
Finalmente Rodrigues Marques, apesar da formação matemática, vi que não entendeu o significado (30/10/60). Vou, pois, dizer-lhe que é a chave do Paraíso. Sabe, no senhor “fiz um amigo”, e depois, porque o meu amigo J. H. Soares, que é da mesma fornada, deu sinal vida de graça e, nós os de Pombal, mesmo os que não beberam chá de pequeninos, sabemos agradecer e honrar a quem estimamos e nos estima. “E coisa melhor no mundo não há.”
Depois meu caro Rodrigues Marques (30/10/60) é como no Evangelho: nesse dia via a primeira luz dia à saída do ventre de minha mãe que nunca esperou por tanto trabalho e arrelias como as que lhe dei, pelo que se vê, teimo em continuar a dar-lhe.
Um abraço,
Bem-haja
Lagos, 25 de Abril de 2009
Jorge Ferreira
Tinha muita familia nos gabinetes ,ministerios,secretarias?
EliminarAdenda:
ResponderEliminar4.1. (…) Pena é, que para alguns o continuem a ver assim, e tenham esperança e a ideia “juche”(*) em que venha depressa um dilecto seguidor e "querido líder".
(*) Filosofia de Estado e de Vida, dum país onde está a montanha sagrada que, ainda hoje, pare “Grandes Líderes”.
Obs. a numeração também está truncada. Desculpas.
Amigo e companheiro Jorge Ferreira, boa noite.
ResponderEliminarAgradeço a sua lição de sapiência, com toda a sinceridade.
Todavia continuo na minha: cinco a cinco.
Sou filho de pais minimamente politizados.
Estive, em Coimbra, em 1969 a "lutar" contra as capicuas (depois digo-lhe o que eram).
Em 1972 ingressei nos serviços secretos do exército (CHERET), por dever cívico e obrigado (39 meses dos melhores anos da minha vida dados à Pátria).
Barriquei no MRPP até que me curei.
PSD, pós-traumático, até que Deus me leve.
Hoje, mais do que nunca: Deus, Pátria (mais alargada), Família!
Mea culpa. 29/07/49. "Dinossáurio" da primeira metade do século passado.
Até....
Uma bonita dissertação, sr. Jorge Ferreira:
ResponderEliminarEu, estou capaz de concordar consigo em grande parte do seu texto.
No entanto, permita-me que lhe acrescente algo que enentualmente tenha "esquecido".
De facto, quando refere que não foram os comunistas que desbarataram o nosso ouro, e que nunca foram poder, enumerando algumas individualidades da época que agora estão no PS e no PSD, esqueceu-se, ou não, omitiu, ou talvez não, o "camarada" Vasco Gonçalves, 1º ministro de Portugal, no tempo do PREC e, destacado militante do PC. Este sim o "coveiro" da riqueza do País.
Para quem, fez um historial tão exaustivo dos 35 anos de democraçia, e esquecer este dado tão importante, é obra, não acha?
Pode ter sido um "lapso de memória"
Um leitor atento, ao seu dispôr!!!
RS
errata:
ResponderEliminaronde se lê "enentualmente" deve ler-se "eventualmente"
As minhas desculpas
RS
Sr R.S.,
ResponderEliminarO seu anticomunismo é doentio. Vasco Gonçalvee será responsável sómente por querer um país mais justo e solidário. Mais nada. Os coveiros deste país, são naturalmente,aqueles em quem deposita confiança. O Companheiro Vasco, sempre quiz, o que o RS nunca admitiu ou admite: um país sem explorados nem exploradores. Utopia? Claro, para si, mas para muitos um dia, lá chegaremos. Para mal dos meus e seus pecados.
VIVA VASCO GONÇALVES!!
Ó dr. Leitão, o sr. com essa convicção toda devia ir viver para a Coreia do Norte.
ResponderEliminarAí, é que a sua "democracia", funciona na perfeição!
Já não há pachorra!
RS
Companheiro RS, boa noite.
ResponderEliminarNão deixa de ter a sua piada quando dizes: "Já não há pachorra!".
É que tens razão.
Todavia, parece-me, que não sou só eu a "passar-me".
Por outro lado o Dr. Adelino Leitão não poderia ir para a Coreia do Norte, por duas ordens de razão:
1ª - Tem barbas crescidas e lá não é permitido;
2ª - Tem a sua tês branca e lá não é permitido.
Adelino, não te zangues com a gente.
Abraço.
Caro Engº Rodrigues Marques e Sr. R.S.,
ResponderEliminarEntão os senhores estariam disponíveis para aceitar e mandar o meu amigo Adelino Leitão viver para a Coreia? Que amigos da onça. O facto de o Belarmino, às vezes, andar distraído e dado aos lapsus linguae, não seguenifica que o Adelino ande a padecer dos mesmos males. Não acham que Pombal perderia um dos seus mais dilectos e dedicados filhos e, todos nós, um amigo?
Se não o quizerem aí, mandem-no para cá que o recebo de abraços.
J.F.
"significa", claro. Éstou a ficar com o mal da fonética. A. Faustino, qual a cura?
ResponderEliminarJ.F.
Companheiro Rodrigues Marques e J.F.
ResponderEliminarEu de facto, quando sugeri ao dr. Leitão a sua ida para a Coreia do Norte, não foi, "condená-lo" à miséria. Longe de mim, desejar-lhe isso e muito menos "despacha-lo" para lá. Eu até nutro uma grande simpatia por ele, enquanto pessoa, e porque não, figura pública de Pombal.
Aquilo que eu quiz, foi apenas lembrar ao dr. Leitão, a miséria em que vive o povo da Coreia do Norte, actual bastião do comunismo no mundo, e que o sr. doutor tanto defende e não se cansa de elogiar.
E quanto a "passar-nos" companheiro R.M. quem nunca se passou que atire a primeira pedra. Todos nós nos "passamos" quando nos acaba a "pachorra"
Um abraço
R.S.
Caros R.S. Rodrigues Marque e Nobre Povo,
ResponderEliminarR.S, essa defesa da Coreia é o humor sarcástico do Adelino a falar é Nobre Povo em versão "gauche". É a provocação e o sarcazmo a dizer: as minhas razões mantêm-se, posso quebrar, mas não torço nem me vergam. O verdadeiro El Cid(*) de Pombal pós moderno.
Nos tempos que correm, em que quase todos se põem a saldo , é obra de louvar! Olhe que não é por ser solípede!...
É ou não é Nobre Povo?
Responda, e não vergue na forma. No do Chico distraiu-se?
Chame ao rego - se preciso faça uso do Moncalva uns "lactentes" com securas, que não beberam do leite materno, não comeram farinha Predilecta, nem sabem o que eram as bejecas e os carapaus de escabeche ao balcão do Danúbio. Tão pouco, sabem, o que era a fessura de carneiro com batatas, às segundas-feiras, na Solmar. Não sabem que, quanto mais riso, mais siso!...E, ainda não descobriram que os solípedes, mesmo os que tomam das bejecas e estando ébrios, não se riem!... São tão sérios, tão sérios... tão sérios, e sabem tanto!...tanto..., que o cabelo cresce para dentro, o que lhes atrofia o cérebro e lhes cega os olhos.
Dê um sinal: uma fita no cabelo, um lenço na botoeira, um boné, uma marca, um aceno, um psst!...psst!...um pfffiu!...um beliscão no assento, uma evidência. Use-me e curve-me sob a clareza d`alma e lhe servirei de bengala, ou lhe darei ombro, se a bejeca o tombar.
Se me venho despindo a sua senhoria, mostre ao menos um perfil!...uma sombra do retrato ou ai..., e me farei todo em ah!...ah!...uh!...aaaaah!...aaaaaaaah!...
Aprento-lhe e creia-me sua senhoria com o som da minha mais levada consideração e estima.
(*) Asterix na Hispânia