Ouve-se na Rádio Cardal, à terça-feira, o que resta em Pombal do debate político (quase) livre de fundamentalismos partidários. O programa tem por nome "50 minutos" (é o antigo Cardal Antena Aberta, para os mais distraídos) e por lá opinam Diogo Mateus, Adelino Leitão e João Melo Alvim, numa mistura de ideias tão necessária quanto explosiva. Foi o caso de ontem, quando se discutia a Revolução.
Apanhei o programa já em andamento, mas fui a tempo de ouvir Diogo Mateus fazer uma certa defesa de outros tempos. E depois João Alvim a dizer-lhe que não, que só falta hoje responsabilização, a tal responsabilidade da liberdade. E Adelino Leitão a enfurecer-se, pois que sentiu "o clima", como ele muito bem lembrou. E o "clima" é coisa que não se mede, não se quantifica, não é objectivo SMART dos tempos modernos. Mas sente-se, sim. Eu não vivi nesse tempo (felizmente para mim), mas tive a sorte de nascer numa casa onde me contaram a História. E conheço muita gente que viveu antes de Abril. E acredito neles. E vou esforçar-me para que os meus filhos cresçam a saber que houve um tempo em que não se podia pensar alto, sequer. Que um avô foi para a guerra colonial sem opção de escolha. Que outro fugiu "a salto" para França, para não ir. Que o tio-avô morreu louco, já por cá, depois de voltar da Guiné. E que apesar dos pesares, das ameaças à liberdade de expressão que pairam amiúde e espreitam à esquina, mil vezes assim do que como dantes. Mil vezes, Diogo.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
22 de abril de 2009
47 comentários:
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Mil vezes assim...
ResponderEliminarSomos mil, muitos mil, a defender Abril!
ResponderEliminarÉ verdade que antes da revolução a opressão era mais do que excessiva, mas também é verdade que a suposta liberdade que hoje temos não é bem aproveitada, sendo que muitas vezes se passam os limites do bom senso. Nunca podemos esquuecer que não vivemos sozinhos no mundo e que por isso devemos ter em conta que a liberdade do outro também é válida. Não podemos andar para aí a fazer o que nos apetece só porque houve um dia 25 de Abril de 1974.
ResponderEliminarJA
Senhor JA,
ResponderEliminarexplique lá, mas muito bem explicadinho, em que medida é que o 25 de Abril é responsável pelo abuso da liberdade.
Escrevi em tempos, e mantenho, que é, para mim, incompreensível que o PSD se tenha colocado fora daquilo a que se poderá chamar o arco do 25 de Abril, entregando à esquerda o exclusivo desta referência primacial da nossa história contemporânea. À medida que o tempo vai passando, mais se torna claro que o 25 de Abril representa para Portugal a democracia, a liberdade, a paz e o desenvolvimento económico, apesar de todas as contradições, dos muitos recuos e das muitas apostas falhadas. Importa perceber que os problemas que temos, como os do ensino, da saúde ou da justiça, só existem por se ter democratizado o acesso a esses bens essenciais, por hoje qualquer cidadão entender (e bem) que tem o direito de dar um curso superior aos seus filhos, de recorrer aos hospitais quando está doente ou aos tribunais quando os seus direitos não são respeitados. Se pensarmos que o 25 de Abril trouxe o fim da guerra colonial, da polícia política e da censura, só os privilegiados podem sentir saudades daquele Portugal senhorial e caduco, abencerragem que nos envergonhava no concerto das nações. Se a isto juntarmos o carácter único da revolução dos cravos, pela sua generosidade, pela benevolência com que tratou os tiranos e os algozes do regime antigo, o 25 de Abril não pode deixar de constituir, para qualquer português do nosso tempo, de espírito e consciência livres, a sua grande causa. O PSD, um dos partidos essenciais do sistema político saído do 25 de Abril, fica de fora porquê? Entre o fascismo e a democracia, entre a repressão e a liberdade, entre a guerra e a paz, entre a estagnação e o desenvolvimento, entre o orgulhosamente sós e a integração europeia e a abertura ao mundo, entre o obscurantismo e a cultura, entre a lei da rolha e a liberdade de expressão e de pensamento, o PSD tem dúvidas sobre que campo escolhe? Ou é neutro? Não pode ser. Os dirigentes do PSD deviam ter a coragem de romper com preconceitos que o tempo revelou obsoletos e participar em pleno na festa da liberdade e da democracia que é o 25 de Abril. Bem sei que nem todos no PSD estarão dispostos a essa celebração e, da democracia e da liberdade, têm um conceito essencialmente utilitário - ou seja, só as defendem quando tal lhes traz vantagens. São, no fundo, uma herança do tal Portugal do antigamente. Seja como for, o partido no seu conjunto devia revelar a força suficiente para ultrapassar esses tiranetes ou tirocinantes a tiranetes locais, devia saber distinguir o essencial do acessório e corrigir o seu alinhamento em relação ao 25 de Abril. Por muito que os pequenos políticos, mesmo com sucesso, pensem o contrário, são os grandes gestos os únicos que a História regista e os povos compreendem. 25 de Abril, sempre!
ResponderEliminarO sr. JA acha mesmo que o mal da nossa sociedade é o excesso de liberdade? A existência de abusos poderia fazer questionar a própria liberdade? Que liberdades gostaria, se é o caso, de ver suprimidas?
ResponderEliminarQuando se fala em liberdade surge muito facilmente a polémica.
ResponderEliminarEm pimeiro lugar, o 25 de abril não teve responsabilidade no abuso da liberdade, as pessoas é que muitas vezes se esquecem que é fundamental agir para o bem da sociedade e não exclusivamente para o bem individual. Aliás, há que enaltecer a grandiosidade das pessoas que lutaram para que esse dia existisse, o que permite que todos nós expressemos neste blogue as nossas opiniões.
Em segundo lugar, o facto de uma sociedade estar mal não é de todo devido a um único factor, mas sim derivado de um conjunto de diversos factores. Mas creio que o grande mal da nossa sociedade é o facto de as pessoas não perceberem que devemos procurar fazer o melhor para o maior número de pessoas. Todavia o que aconte muitas vezes é que se faz o melhor para meia dúzia de pessoas influentes, deixando muitas pessoas altamente prejudicadas.
A existência de abusos só mostra que "não se pode dar um dedo que quer logo o braço todo". Nunca estamos satisfeitos com o que temos, e isso até pode ser bom, na medida em que acabamos por lutar por mais e melhor. Mas não devemos adoptar a ideia muito implementada no subconsciente de muitas pessoas "não olhar a meios para atingir os fins".
Para concluir, a ideia suprimir liberdades é algo muito mais forte do que a ideia que queria passar. no meu entender cada um deve ser livre de fazer as suas opções, mas o que acho mais importante é que haja consciência, responsabilidade, respeito na tomada das mesmas, tendo em conta que não estamos sós nem somos o centro do mundo.
JA
Excelencia
ResponderEliminarEm tempos teve V.ª Ex.ª a bondade de me perguntar o que achava de mandar o Mateus para a Cardal. Na verdade ele é de facto a pessoa certa e tem dado boa conta de si. Com ele o regime sai sempre bem defendido, trata os assuntos como os deve tratar, dele tive sempre pronta e calorosa satisfação. O povo gosta de ouvir a sua voz, sempre defensora, não só da sua governação no Conselho, como da doutrina que nos une.
É novo. Mas a idade não lhe tem impedido a ponderação e, felizmente, não é dos moços exaltados e inconstantes que acabam por só prejudicar com o seu trop de zèle.
Desculpe esta intromissão, mas não resisti a dizer a V.ª Ex.ª quanto acharia justo premiar as raras qualidades de eficiência, devoção e equilíbrio do Mateus.
Sei da sua mágoa com a previsível chegada ás bancas do jornal do Orlando. Já perdemos tempo e favores para orientar este rapaz no sentido certo. Deixe comigo. Dedique V.ª Ex.ª toda a inteligência na governação do Concelho que eu já falei com o Óscar Cardoso que vai convidar o moço para um café.
Recebi a nota de V.ª Ex.ª a respeito das vozes que nos chegam da Moita Do Boi. Fique descansado. Espero o regresso do Rosa de Vila-Nueva-Del-Fresno par que sejam tomadas as atitudes mais qualificadas.
Peço-lhe que me creia discípulo muito dedicado e grato.
Meu caro Nobre Povo,
ResponderEliminarTenho resistido a falar-lhe à conta do princípio de não responder a anónimos ou pseudónimos. Até porque - como já aqui disse - conheço o estilço e o modo a mundos deles ;)
Mas desta vez supero-me para lhe dizer o quanto admiro tanta sabedoria, mas, sobretudo, tanta ironia e sarcasmo. Admiro-lhe essa veia subversiva desde os tempos do "pombalog". Creia-me sincera e atentamente.
De que filme apareceu este Nobre Povo? Internem-no num Hospicio que o homem ainda tira o Salazar da campa.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarRoque,
ResponderEliminarainda não percebeu que os comentários de Nobre Povo ( que gostava muito de conhecer ) são um bom exercício de ironia. Divertem. Aliás, são bem demonstrativos que é conhecedor dos tempos e personagens locais/nacionais dos temos idos.
4 THE RECORD:
ResponderEliminarNobre Povo
AKA
Kaúlza
AKA
Nação Valente...
...todos o mesmo... não tinham reparado ainda?
PS: tb é provável q seja lider da concelhia do PNR!!!!
Não era mais nobre o sr.mateus pertencer ao Partido monarquico? claro que era mas assim perdia o tacho no ppd/psd.Tenho a certesa se o grande Sa Carneiro ca estivesse estes sr. nao tinham lugar neste Partido.
ResponderEliminarMas o que é isto, meu Deus!
ResponderEliminarQuem é este "Nobre Povo"?
Já não há pachorra!
RS
Boa, Nobre Povo!
ResponderEliminarDiria mais, excelente!
Continue que está no bom caminho.
Creia-me, Amavelmente
Este Nobre povo é dos duros!!!. sim SENHOR!!.
ResponderEliminarMuito atento e verdadeiramente admirador, não de si, claro, mas de sua suprema Exa que nos governa o concelho e o bolso.
Tristeza ... cada vez sinto mais revolta e nojo por estes comentadores de capoeira (está na moda) que não têm nada a oferecer à minha bela e formosa terra.
ResponderEliminarSeria bom não confundir liberdade com libertinagem que prolifera nos nossos tempos pós 25 Abril. O problema a meu ver é invocar o tempo do Salazar como remédio para as inquietações e as injustiças que assistimos neste país real. Se pegássemos nas coisas boas do antes do 25 de Abril e os nossos políticos quisessem e fossem hábeis em potenciar o que de bom passou a existir com a revolução de Abril teríamos por certo um País melhor.
ResponderEliminarNo tempo do Salazar deveríamos saber aproveitar uma boa gestão dos dinheiros públicos, o respeito pelo outro, os valores sociais e da família, o conhecimento, a autoridade e a responsabilização do cidadão.
No tempo da velha senhora, apenas( e já é muito) reprovo a perseguição e da austeridade que era exercida sobre o cidadão que ousasse expressar a sua opinião
Mas hoje meus senhores, premeia-se a corrupção a farsa política, a criminalidade, a falta de educação, a ofensa o desrespeito pela liberdade de opinião do outro. E "eles" que hoje detêm o Poder quem ocupa cargos superiores em qualquer actividade da nossa sociedade invocam um país mais justo mais social de melhor qualidade de vida, contudo de forma encapotada e porque por dinheiro vale tudo são os primeiros a tomar atitudes que envergonham o espírito do 25 de Abril.
Mas também não quero outra revolução. Talvez uma transformação na mentalidade resolvesse o assunto, mas para quando?
ResponderEliminarReceita: ponham na panela a ditadura e a democracia em lume brando e pode ser que saia uma sopa que todos a possam comer e acreditar num futuro melhor.
ResponderEliminarSim...o regime salazarista não foi apenas coisas más. Apesar da opressão exagerada, o regime era fiel aos seus valores. Como todos sabem, salazar acabou os seus dias de forma humilde, arrisco-me a dizer, na miséria. podem ter a certeza que isso não irá acontecer a nenhum governante da actualidade, pois o "tacho" é uma realidade.
ResponderEliminarEnfim, é assim tão difícil encontrar um meio termo? Antes haviam punições exageradas e muitas vezes até injustas, agora cometem-se crimes em larga escala e principalmente aqueles que têm algum poder não se sofrem as consequências desses actos.
JA
O sr. JA, afinal, é salazarista. Olhe que o seu ídolo morreu com duzentos contos no Banco, mas mandou o Dr. Marcelo Matias, embaixador de Portugal em Paris, comprar jóias para oferecer a uma senhora casada, e pagou o Estado português. Não terá sido, convenhamos, o máximo exemplo pessoal de humildade do ditador de Santa Comba...
ResponderEliminarCaro Sr. Leitão
ResponderEliminarÉ claro que percebo que os comentarios do Nobre Povo, são carregados de ironia, e é somente tambem por ironia que postei o meu comentário anterior.
caro anónimo, creio que deve ter algum problema em compreender português, ou então é apologista da máxima "ou estás comigo ou estás contra mim", porque o facto de dizer que o regime salazarista tinha alguns aspectos positivos que poderiam ser aproveitados não significa que o apoie, muito menos que seja o meu ídolo. Antes pelo contrário, considero que o regime era desumano.
ResponderEliminarAgradeço ter-me posto a par da situação financeira de salazar, pressuponho que terá sido gestor de contas do mesmo para ter acesso a tal informação.
Hoje é bem mais difícil contabilizar o uso de dinheiro do estado para pagamentos não oficiais, talvez seja até impossível.
JA
Sr. JA
ResponderEliminarMuitos parabéns pela evolução do seu pensamento em relação ao regime fascista: era desumano. Também registo com muito agrado que Salazar não é o seu ídolo. O Sr. JA é apenas admirador. Muito embora, para se ser admirador de Salazar, seja preciso ser um pouco desumano. Se pensar no assunto com humanidade, mesmo que não seja um humanista (o que deverá ser difícil para quem tem uma concepção tão restritiva das liberdades públicas), concluirá que só esquecendo razões da mais pungente humanidade poderia a democracia aproveitar quaisquer aspectos de um regime desumano. É o que lhe gostaria de dizer, mesmo por via blogosférica, de homem para homem...
Excelentíssimo Senhor JA
ResponderEliminarEncarrega-me Sua Excelência o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão de convidar Vossa Excelência para estar presente no próximo sábado, dia a seguir a 24 de Abril, na inauguração do Largo Oliveira Salazar, em Santa Comba Dão.
Será para nós muito honroso contar com a presença de Vossa Excelência, assim como de todos os democratas que se queiram a associar a esta homenagem, feita em data tão própria, ao nosso humilde conterrâneo.
A Bem da Nação
O Regedor do Vimieiro
António Saudoso do Antigamente
Aos mais idosos tolero que admirem o regime salazarista; aos mais novos, aconselho-os a estudarem seriamente o assunto. Para terem uma pequena ideia, quanto um detalhe desses tempos, proponho-lhes que passem 10 dias consecutivos a pastorear um rebanho numa serra do interior, tendo para seu sustento, pouco mais que um naco de broa e umas, poucas, azeitonas.Dormindo num casebre de terra batida e telha vã. Sem água (engarrafada ou canalizada) electricidade, transístor ou telemóvel. E sem poderem escrever, ou dizer mal do Sócrates.
ResponderEliminarPara sorrir:NLR e JVV, além da indumentária, têm outra coisa em comum; um tem muito jeito para as letras, o outro muita habilidade com os números.
Inauguração de um largo? Quanto é que isso custa aos contribuintes? Aposto que contará com a presença de algum político que em vez de se preocupar em resolver os problemas do nosso país passa a vida em inaugurações.
ResponderEliminarRespeito a existência destes eventos como forma de mostrar às pessoas que alguma coisa se fez e ao mesmo tempo homenagear ilustres falecidos e por isso agradeço o convite, é de grande simpatia!
E quanto ao que o Sr.Valagar referiu, é verdade que os mais novos não conseguem sequer imaginar como se vivia com pouco antigamente. e os mais velhos, parece que por vezes se esquecem do que passaram e se rendem a esta sociedade consumista.
Valorizemos o que temos.
JA
É "espantoso" alguns comentadores, serem tão implacáveis contra o Salazar que morreu na miséria, mas deixou um país rico, pese embora a sua polílica de repressão contra os seus opositores, que eu também condeno. Mas têm como ídolos politicos, autenticos assasinos e carrascos, que dizimaram o povo que apenas queria comida e um pouco de dignidde.(Lenine, Marx, etc.etc.)
ResponderEliminarEnfim!!!!!
RS
Senhor Anônimo,
ResponderEliminarsalvo erro, pelo que diz, o senhor será um perito em finanças públicas. Mas, efectivamente, a pobreza de Salazar era do espírito. E dos pobres de espírito será o reino dos céus. Não insista em fazer parte desse grupo...
Sr. RS
ResponderEliminarAutêntico assassino é o senhor - pelo menos, da língua portuguesa.
Quanto ao país rico, até dá vontade de rir.
Todos os que emigraram foi porquê, sr. RS?
Excesso de riqueza? Fartura e distribuição de recursos a mais?
Vá mas é bugiar e amanhã não se esqueça da gravatinha preta...
Exmo. Senhor JA
ResponderEliminarLamento muito que não tenha aceite o convite que lhe foi dirigido e, ainda por cima, tenha insultado o Sr. Presidente da Câmara de Santa Comba Dão, eleito pela União Nacional, digo, pela coligação de centro esquerda PSD/CDS.
Fique a saber, Sr. JA, que a inauguração do Largo Oliveira Salazar vai ser abrilhantada por um porco que vai ser ser assado no espeto.
É uma pena o Sr. JA não vir.
Atentamente
António Saudoso do Antigamente
Exmo António saudoso do antigamente, a sua fixação deve ser mesmo essa, o porco assado no espeto. A crise toca a todos.
ResponderEliminarMas é interessante verificar que se houver atracções do âmbito alimentar as inaugurações são um sucesso, independentemente da sua utilidade ou grau de importância.
ANTIGAMENTE, a ideia de insulto deveria ser muito diferente, pois não considero que tenha insultado alguém.
JA
Está-se mesmo a ver que, para muitos, a liberdade que o 25 de Abril trouxe foi a de poderem insultar outros que tenham opinião contrária. Cresçam e apareçam!
ResponderEliminarTenham calma e comentem apenas o que sabem e não aquilo que lhes chega por ouvido.
ResponderEliminarNão pretendo tomar partido por ninguém. Apenas pela verdade dos factos.
Assim:
1 - o largo Dr. Salazar existe, com este nome, antes do 25 de Abril. Apesar da revolução manteve o nome inalterado;
2 - o que vai ser inaugurado são as obras de beneficiação do referido largo.
Agora, uma posição pessoal: sou contra a mudança de nomes. A História deve referir os factos consoante foram acontecendo ao longo dos anos. E, nos quase 900 anos que levamos como Nação Independente, contamos na nossa História com todo o tipo de governantes, mais ou menos déspotas, mais ou menos honestos, democratas ou ditadores. Salazar, com todos os seus defeits (muitos!) e algumas virtudes (que também as teve), faz parte da História de Portugal. E até pelo que de negativo fez deve ser recordado. Para que não venhamos a cair de uma vez mais num regime totalitário.
Entendidos?
O Sr. JA julga que só por ser de Pombal é gente rica e que aqui em Santa Comba somos todos pobres. O Sr. JA pobre não será, mas é mal agradecido. Responde com insolência a um convite que lhe foi feito de inteira boa-fé e agora ainda se permite brincar connosco por causa do porco, dando a entender que somos uns labregos que só nos queremos alambazar com o porquinho no espeto. O Sr. JA deve pensar que as únicas festas finas são as do Bodo, que não metem alarves, a não ser, é claro, a roubar o erário público. Se, na sua terra, a gente de direita é assim que se comporta, já começo a dar uma certa razão à esquerda.
ResponderEliminarPasse muito bem.
António Saudoso do Antigamente
O Largo da Praça em Santa Comba Dão existe muito antes de Salazar ter nascido e sempre foi assim conhecido. Por isso, o amigo Alfredo, para ser coerente com as suas ideias, devia defender era o nome de Largo da Praça e não o de Largo Oliveira Salazar. Entendido?
ResponderEliminarAo RS, ao JA e ao Alfredo um grande abraço. Hoje é o vosso dia.
ResponderEliminarcaro anónimo, está a sobrevalorizar-me, não creio que mereça a existência de um dia que seja o meu!
ResponderEliminarOs dias somos nós que os fazemos, devendo aproveitar todos os momentos e acreditar que o dia de hoje será melhor do que ontem, e o de amanhã melhor do que o de hoje. mas para isso temos que lutar e acreditar.
JA
Para o amigo antónio saudoso de sempre. Eu não me refeia particularmente ao povo de santa comba dão, até porque em pombal acontece o mesmo. Provavelmente não conhece bem Pombal, trate de conhecer primeiro para depois falar. Há muitas pessoas humildes que ainda vivem da agricultura e que sobrevivem com poucos recursos. Mas esses, na maiorias das vezes, são os mais ricos em termos de valores e de respeito pelo ser humano.
ResponderEliminarEm todos os lugares há pessoas boas e pessoas más, ricos e pobres, simpáticos e antipáticos, porque cada ser é único não podendo haver generalizações pela classe social a que pertence ou o sitio em que vive.
JA
Sr. JA
ResponderEliminarLogo me pareceu que os seus elogios iniciais ao meu conterrâneo Sr. Professor Oliveira Salazar escondiam afinal um espírito jacobino. As terras são todas iguais, os homens são todos iguais, blá, blá, blá. O seu igualitarismo só recua quendo se fala da sua santa parvónia. Para o Sr. JA quem não conhece Pombal não pode falar do dito.
Olhe, Sr. JA ainda bem que não vem amanhã a Santa Comba. Só cá queremos quem nos visita por bem. Fique aí a comer tremoços, enquanto a gente por cá trata do reco. Como vê, coisas bem diferentes...
Seu decepcionado
António Saudoso do Antigamente (agradeço a fineza de, pelos menos, não brincar com o meu nome)
Sr. anónimo das 9.40, você é um "hipócrita"
ResponderEliminarE, os milhares de emigrantes que emigram agora, todos os dias, ou todos os meses?
Também é por culpa do Salazar? O homem já morreu há mais de 40 anos!
Eu, não sou nem nunca fui um defensor do Salazar!
Agora, aquilo que não sou é Hipócrita, como o senhor! Condena um ditador porque é de direita, mas aceita todos os que são considerados de esquerda, mesmo que tenham cometido as maiores atrocidades! SIMPLESMENTE ESPANTOSO!!!!!!!!
Eu, apenas quiz chamar a atenção para que todos nos respitemos. Sejamos nós de direita, ou de esquerda: Isto é democracia, ou não acha?
RS
Sr. RS
ResponderEliminarDesculpe ter estragado o seu dia. Quanto ao mais, lamento informá-lo que Salazar morreu em Julho de 1970, pelo que os 40 anos da sua morte só se assinalam no próximo ano. Fiquei muito comovido com o seu apelo ao respeito mútuo depois de me chamar nomes e de escrever que eu aceito ditadores considerados de esquerda, coisa que não escrevi. Pior do que ser hipócrita, é deturpar o que é dito pelos outros. Para um auto-proclamado democrata o Sr. RS parece-me muito intolerante. É sempre assim ou só fica nervoso quando se fala do 25 de Abril?
O quê, vocês nao sabem quem é o "Nobre Povo"? Pois, eu digo-vos: é o rançoso Nelson - o tal que é amigo de António Lobo Antunes.
ResponderEliminarMeus Caros,
ResponderEliminarNo imediato pós 25 de Abril de 1974 o Dr Torres, o Engº Fernando Henriques e muitos outros do P.S.D., também participaram do espírito da revolução e fizeram parte da imensa festa que cobriu o país. Aos meus olhos daquela altura e de ainda hoje creio, essas pessoas não comungaram da mesma alegria por razões puramente tácticas, porque tudo estava no escrito no Programa do então P.P.D..
Parece, por vezes, que acolheram, e acabaram por vencer, alguns dos mais ignorantes, os arrivistas e os caceteiros de quem quase fui vítima e que bem conheci. Aos que morreram perdoo, aos que forem vivos relevo.
Tenho é pena e lamento alguns dos filhos deles que não passaram pela miséria e ignorância que os pais tiveram de passar. Tiveram todas as oportunidades de aprender a ser diferentes e melhores, mas, parecem continuar no mesmo signo. Tiveram a oportunidade de poder dizer e não disseram ainda:
“(…)
Não sei por onde vou, /
Não sei para onde vou /
- Sei que não vou por aí! “ (*)
não sei para onde vou/Só sei que não vou por aí". Serão, porventura, aqueles que vêm agora aqui, sob a capa do anonimato, enxovalhar a quem não devem porque todos nos merecem respeito. São aqueles que se julgam tudo ter sem necessidade e coragem de discutir e confrontar ideias com elevação e amizade, prezando as diferenças e a lealdade entre os homens. E, menos ainda, coragem para a cara a uns estalos que, mesmo que de luva branca, lhes deveriam ser dados.
Honra seja feita ao Eng.º Rodrigues Marques – que ainda não tive o prazer de o conhecer pessoalmente - que não é desses: fala, dá a cara pelo que pensa e acredita, e que depois vai à luta.
(*) Canto Negro, José Régio
Bem-haja a todo o arco-íris
Lagos, 25 de Abril de 2009
J.F.
Exmo antonio saudoso do antigamente, em primeiro lugar peço imenças desculpas pelo erro que cometi no seu nome, não foi propositado.
ResponderEliminarDepois, o facto de enaltecer uma virtude não quer dizzer que considere uma pessoa perfeita ou que concorde com ela em tudo o que lhe diz respeito, antes pelo contrário, todos temos qualidades e defeitos, sendo que uns se notabilizam pelas qualidades e outros pelos defeitos.
Não fui a Santa Comba Dão, mas também não fiquei a comer tremoços, aproveitei uma série de eventos culturais extremamente interessantes que ultrapassam de longe qualquer inauguração.
Espero que tenha corrido tudo bem, e mais, tenho a certeza que quando visitar a sua terra todos me receberão muito bem, porque eu neste mundo não pretendo o mal de ninguém e quando for irei por bem.
JA