O Farpas faz hoje um ano. Juntámo-nos à esquina da blogosfera para trazer à discussão tudo o que merecer, com Pombal como pano de fundo. Há um ano, sabíamos – os cinco, mais tarde seis – que a terra era adversa à longevidade dos blogues, que viriam os dedos apontados à figura de cada um dos “da casa”, que a água, sem ser mole, iria bater nas pedras mais duras. E mesmo sem as furar, as desgastaria. Elementar, meus caros.
À imagem da forma de estar de cada um, demos a cara. Às vezes até “o peito às balas”, num percurso nem sempre perfeito, mas honesto. E livre, como se quer.
E porque este blogue é, sobretudo, um exercício de liberdade, permite desde a primeira hora a existência de comentários. E aqui, predominam os tais “que se escondem atrás do ecrã”, num esforço desenfreado que prefere – talvez à maneira de Pombal – discutir pessoas em vez de projectos. Virá o dia em que mudaremos esse hábito? Pode ser que sim.
Nós por cá continuaremos a farpar nesse medo instalado, nessa mordaça mansinha, nesses actos e contrições de que é feito o nosso presente, do que quiserem fazer do nosso futuro. Daqui a dias é Maio, outra vez. Como foi há 35 anos, na mais bela alvorada que fez sair para a rua um país de esperança, que então comemorava a Revolução dos Cravos, uma semana antes.
E se fizermos de Maio a nossa luta…isto vai! como dizia Ary.
Viva a Liberdade!
À imagem da forma de estar de cada um, demos a cara. Às vezes até “o peito às balas”, num percurso nem sempre perfeito, mas honesto. E livre, como se quer.
E porque este blogue é, sobretudo, um exercício de liberdade, permite desde a primeira hora a existência de comentários. E aqui, predominam os tais “que se escondem atrás do ecrã”, num esforço desenfreado que prefere – talvez à maneira de Pombal – discutir pessoas em vez de projectos. Virá o dia em que mudaremos esse hábito? Pode ser que sim.
Nós por cá continuaremos a farpar nesse medo instalado, nessa mordaça mansinha, nesses actos e contrições de que é feito o nosso presente, do que quiserem fazer do nosso futuro. Daqui a dias é Maio, outra vez. Como foi há 35 anos, na mais bela alvorada que fez sair para a rua um país de esperança, que então comemorava a Revolução dos Cravos, uma semana antes.
E se fizermos de Maio a nossa luta…isto vai! como dizia Ary.
Viva a Liberdade!
Adelino Malho
Adelino Leitão
Adérito Araújo
Daniel Bento Alves
João Melo Alvim
Paula Sofia Luz
A liberdade, irmã da responsabilidade deve-se casar com a ombridade de se assumirem as farpadas dadas. Tb aqui a liberdade descamba quase para a libertinagem que o anonimato vai dando forças a fracos e verdades a aldrabões... vale a pena pensar nisto!
ResponderEliminarJCAFPS
bi 10590319
Eu estou na foto.
ResponderEliminarFiliei-me no PCP logo a seguir.
Se vocês soubessem??
Um abraço para todos...
Companheiros,
ResponderEliminarContinuem empenhados no vosso trabalho, ainda há muito Abril para cumprir. Continuem a fazer – ou, talvez antes, façamos sem qualquer remuneração, como o fez Ruy Belo - um grande
SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DA PALAVRA AO PAÍS
Vieram ter comigo dos lados do mar. Eram três, eram três mil. Vi que era pão que procuravam ou que não era pão que procuravam. Pus-me a discutir por eles as minhas palavras: árvore, pássaro, mar, criança, rapariga mulher. A cada palavra minha eu ia-me esvaziando. Era a vida, a minha vida que se me ia. Eles ficavam incendiados. Nunca tinham pensado que se pudesse comunicar assim coisas próprias. Vieram mais, muitos mais dos lados do mar. Disse-lhes: morte, deus. E caí redondo no chão. Naquele dia ficou instituído o serviço de abastecimento da palavra ao país. Ainda vieram ter comigo, dizendo para eu arranjar outra designação, que aquelas iniciais não podiam ser. Mas eu já habitava plenamente a minha morte, meu planeta desde tenra idade. (Poemas de Ruy Belo, Assírio & Alvim)
Aqui, como há 35 anos o tempo fez-se metáfora de Abril. Tudo começou com “O dia inicial inteiro e limpo”, mas, ainda a antes da manhã acabar, já sopra de sotavento, coisa que aqui, creio tanto como aí, é indesejável. A tarde cobre-se de nuvens e não sabe quando acaba. Não sei, se aí se passa o mesmo. Por aqui, vejo que este tempo está para durar. Ainda assim, há muita esperança de que se acabe e não venha aí uma noite escura, mas de luar de Lua cheia em Agosto. Dizem: Hoje Serão “três”, amanhã serão “três mil” e depois serão trinta mil. Dizem: demora, mas virá!... Virá!...
Darei novas! Dêem novas!...
Lagos. 25 de Abril de 2009
J.F.
Meus Caros,
ResponderEliminarParabéns e... Força!
Vocês sabem (que eu sei que vocês sabem) quanto é difícil manter a coluna vertebral numa terra como a nossa. E quanto é difícil exprimir uma opinião que não seja coincidente com a que localmente nos governa.
Não desistam!
É curiosa a vossa (será de todos ou só do eng. Malho?) obsessão com os agora denominados escondidos atrás do ecrã. Não resulta evidente o contributo para este blogue de todos aqueles que nele intervêm sem aporem ao comentário o nome ou o verdadeiro nome, ou se identificam apenas pelas iniciais? Não será absolutamente evidente que constitui um disparate decretar que os ditos comentadores têm medo de intervir? Ou que ainda não interiorizaram a liberdade de expressão? Será que, por não facultarem ao eng. Malho a cópia do BI, perdem a legitimidade para o fazer? Acharão vocês que o Farpas, só com os vossos textos (já para não falar das Notas Editoriais do eng. Malho), teria as visitas que tem? Não será que, em democracia, interessa é a pluralidade de pontos de vista, desde que não se caia no insulto? Num blogue como este, quem quer comentar algo que leu, mas não lhe apetece ou acha que não adianta para nada assinar, deve calar-se? O Cunhal não se escondeu atrás de Manuel Tiago, e José Pereira atrás de José Régio e não se sabe quem atrás de William Shakespeare? Será que o eng. Malho não lê o Romeu e Julieta, ou desvaloriza o Hamlet, por não saber quem os escreveu?
ResponderEliminarNestes dias em que se exalta a liberdade, deixem-se lá de rolhas e contenham os ímpetos fundamentalistas do sr. eng. Malho.
Parabéns pelo aniversário do vosso blogue.
Um Vosso Leitor Anónimo
Diga, "nosso", caro Anónimo. Como disse, e muito bem, o (eventual) sucesso deste blogue é, em muito, devido a todos os que aqui comentam. Continue.
ResponderEliminarTambém quero dár os parabens pelo aniversário do blog.
ResponderEliminarPese embora, só há pouco tempo conhecer e partecipar, penso que se trata dum espaço de debate que Pombal precisa.
Tendo em conta também, o facto de sabermos qual é a tendência politica dos seus autores. Quero também assinalar que, esse facto não tem constituido obstáculos para outras opiniões aqui transcritas, onde me incluo.
Isso de facto, é de saliêntar, com a esperânça de que assim continue
Um abraço.
RS
Um grande bem haja para o Farpas. Com apenas um ano, o Farpas já é falado e comentado por toda a sociedade pombalense. Sinais dos novos tempos, espero..
ResponderEliminarContinuem a farpear pelos nosso interesses!
Muitos parabéns pelo primeiro ano de existência! Que seja longa a vida do blogue porque Pombal precisa de verdadeiros espaços de discussão e de debate. Cada vez mais vejo a minha cidade agrilhoada ao peso da corrupção e do compadrio. Pelo menos que haja alguém que denuncie estas questões! É um trabalho muitas vezes inglório mas vocês têm-se portado à altura!
ResponderEliminarBom ver-te por aqui Irina :)
ResponderEliminarCaríssimo Adérito Araújo
ResponderEliminarAgradeço as suas palavras e vou continuar a intervir - enquanto o seu colega da casa eng. Malho me deixar. Já hoje levei com o lápis azul, num comentário em que protestava contra a eliminação, que acho escandalosa, de um outro comentário que editei sobre o texto que anunciava a candidatura de Adelino Mendes à Câmara de Pombal. Mas, enfim, macaco velho, sei bem o que fazer: mais me cortas, mais eu insisto. Ora toma, ó coronel!
Abraço Amigo