Não tenho memória de tão fraca campanha eleitoral para eleições autárquicas. Afastada por uma distância confortável das miudezas de Pombal, constato-o a cada dia que passa, pelos concelhos onde tenho andado a moderar debates, num distrito real, do país mais duro que puro. Foi quando percebi que o mal é geral, embora se note mais nalguns locais que noutros. Depende muito da geografia. Do ADN. Da mentalidade. Mas disso falarei mais tarde, quando lavarmos os cestos desta vindima.
O que interessa agora é que hoje à noite Pombal recebe o primeiro de três debates entre os quatro candidatos à Câmara. Não há fome que não dê em fartura, lá diz o povo. Por razões suspeitas apelo à vossa presença no debate de sexta-feira, sem prejuízo dos (e)leitores assistirem a todos. Além do mais, o Teatro-Cine está a precisar de algum uso. A ver se isto anima.
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
30 de setembro de 2009
Da pobreza da campanha à promessa dos debates
6 comentários:
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Paulinha desta vez andas um bocado desatenta ás campanhas. A pré-campanha até correu de uma maneira ordeira e sem alaridos. Com visitas de trabalho a Empresas, Instituições e outras forças vivas do concelho. Não houve alaridos nem caravanas, mas isso não é politica é show-off. Eu sou daquelas pessoas que não voto no candidato que dá o maior jantar ou que faz mais barulho, mas sim naquele que pretende mudar a maneira como se tem feito a politica no nosso Concelho.
ResponderEliminarAmigo Roque, acredita que eu até gostava que tivesses razão. Mas se calhar o meu problema é o contrário. Talvez por ver as campanhas de tão perto. Nota que não me estou a referir à riqueza material das campanhas ou ao alarido. O que te digo é que acompanho eleições há muito tempo e não me recordo de um nível tão baixo, na globalidade: desde os candidatos até à comunicação. Sobre isso de mudar a maneira como se tem feito política...dava pano para mangas :)
ResponderEliminarAs visitas de trabalho efectuadas:
ResponderEliminar- Visita ao Centro Social Júlio Antunes (Vermoil)
- Visita à Equipa de Tratamento e Reinserção do IDT (Pombal)
- Visita à Associação de Bem-Estar para a Terceira Idade (Santiago de Litém)
- Visita à Santa Casa da Misericórdia de Pombal
- Visita à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal
- Visita ao Hospital Distrital de Pombal
- Visita ao Centro Social de Carnide
- Visita à APEPI (Pombal)
- Visita à Associação de Solidariedade Social Melhoramentos de Travasso e Circunvizinhos
- Encontro com assistentes sociais, dirigentes de IPSS e profissionais de saúde
- Visita à CERCIPOM
- Visita à PSP
- Visita à GNR
- Reunião com Director do Centro Distrital de Segurança Social
- Visita ao Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral 1 (Pombal)
- Reunião com o Agrupamento de Escolas Gualdim Pais
- Reunião com o Agrupamento de Escolas da Guia
- Reunião com o Agrupamento de Escolas Marquês de Pombal
- Encontro com professores do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico
- Reunião com a Escola Secundária de Pombal
- Reunião com a Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal
- Reunião com a Associação Comercial e de Serviços de Pombal; Associação de Industriais do Concelho de Pombal; Associação Empresarial de Pombal.
- Visita à empresa Derovo - Derivados de Ovos, SA
- Visita à Adepombal - Adega Cooperativa de Pombal
- Visita à empresa Sindutex, Lda (Louriçal)
- Visita à empresa Grupo Júlio Lopes, SA
- Visita à Copombal - Cooperativa Agrícola de Pombal
- Visita à empresa Pombalconta, Lda
- Visita à empresa Ourivesaria Ramos & Fonseca, Lda
- Visita à empresa Distripombal, SA (Grupo Intermarché)
- Acção "Juventude e Economia" no Parque Industrial Manuel da Mota, organizada pela Juventude Socialista de Pombal
- Visita a focos de poluição da água (Albergaria Doze e Pombal)
– Visita às captações de água (Mata Nacional Urso)
– Visita a depósitos de resíduos clandestinos (Louriçal e Redinha)
– Visita ao Largo S. Sebastião
– Visita ao rio Arunca – percurso urbano
– Jantar com empresários, arquitectos, engenheiros, economistas e gestores
Roque,
ResponderEliminarJulgo compreender a Paula, e não querendo falar por ela, deixo a minha impressão sobre o assunto:
- Esta listagem imensa de iniciativas contrasta, em geral, com uma lista muito menor das visitas e reuniões que se seguem nos 4 anos seguintes. E não me refiro apenas aos eleitos! Os que não são eleitos deveriam também fazê-las nesse período. Outros chamar-lheão "começar a fazer campanha mais cedo", ou "estar sempre em campanha", e eu não contradigo qualquer das expressões. Mas também as poderia substituir por "estar continuamente interessado nos problemas".
Contudo, julgo estar a afastar-me da questão da Paula. Parece-me, isso sim, é que as visitas e reuniões só são úteis se delas resultar alguma acção ou proposta de acção concreta. E essas devem ser expressas na campanha. Não serve de meuito fazer muitas visitas se daí não resultam novas propostas, novos e mais esclarecidos dados que permitam melhores resoluções de problemas. Não me refiro a qualquer caso em concreto, mas ao "nivel geral". E esse é que é o problema das últimas campanhas...
Boa tarde!
ResponderEliminarNão me lembro de estar tão de acordo com a Sra. Paula Sofia.
Subscrevo inteiramente o que diz o Sr. Gabriel Oliveira e acrescento:
Chamo a isto politica do terceiro mundo, onde se quer fazer passar a mensagem do cacique, os candidatos tiram a gravata começaram a ser educados e cumprimentar as pessoas com dignidade, salvo algumas excepções que sempre foram dignos de si mesmos.
Digam lá qual é o resultado prático das visitas a tantas instituições em tão poucos dias? só se foi para aborrecer quem lá trabalha ou está!
Sempre disse e volto a afirmar: as eleições ganham-se em quatro anos e não num mês, toda a pessoa que aparece agora é olhada com desconfiança, caçador de votos.
"Políticos são pardais que só serve mentiras para encher jornais"
Eleições, campanhas - são fortes desperdícios de tempo e de recursos.
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