29 de setembro de 2009

Irresponsabilidade?

Decorreu hoje a última AM deste mandato. Fui lá por obrigação e para me despedir. Anunciei na minha intervenção no período de antes da Ordem do Dia que iria fazer a minha última intervenção, na qual faria um pequeno balanço do mandato. Tinha decidido que na última assembleia, e com uma agenda sem assuntos polémicos, deveria primar pela descrição. Não foi possível. Porque, à última da hora, foi introduzido um ponto à Ordem de Trabalhos que continha uma proposta “irresponsável” (foi assim que um vereador da maioria a classificou numa conversa no final da reunião) e, consequentemente, o caldo entornou-se.
Na gestão da coisa pública as coisas têm que ser transparentes, tem que haver regras, temos que saber o que estamos a aprovar e não se passam cheques em branco. Por isso votei contra. Fui o único. O resto do pessoal já está em campanha, o que interessa são os votos.

4 comentários:

  1. Sr. Adelino Malho, quando refere "foi assim que um vereador da maioria a classificou numa conversa no final da reunião"
    se está a referir à minha pessoa (Pedro Martins), quero-lhe dizer que não percebeu nada daquilo que lhe disse, mas eu volto a repetir:
    "O Sr. Engenheiro tem o direito de ser esclarecido sobre todos os pontos em agenda, mas que o fazia de forma provocatória, intencionalmente, método esse que eu discordava".
    Ainda sobre esse ponto, lhe disse que sem duvida se tratava de uma aprovação de interesse público.
    Não tente pôr palavras na minha boca, que eu não disse, pois não gosto de ser farpeado sem entrar na arena.
    Parece que só o Sr. é que tem razão, é como aquela anedota, em que
    os pais foram ver o juramento de bandeira do filho,
    e no momento em que as tropas iam em desfile o pobre rapaz ia com o passo trocado,
    os pais muito orgulhosos com o magala exclamam " Vejam, vejam, só o meu filho é que vai a marchar bem"

    O mesmo se passou ontem "só o Sr. Engenheiro é que votou bem"


    Cumprimentos
    Pedro Martins

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  2. Engº Adelino Malho, bom dia.
    Quem estava minimamente atento às informações do Senhor Presidente da Câmara percebeu o que é que estava em causa.
    Parece que só tu é que não entendeste, por isso é que votaste contra.
    Vou tentar resumir o assunto, conforme o entendi.

    1º - A unidade fabril em causa tem tido alguma dificuldade em cumprir com o Regulamento de Descarga de Efluentes na Rede Pública;
    2º - Apesar de pagar as taxas devidas, está a fazer a sua própria monitorização à saída da unidade e a própria Câmara está, também, a fazer a monitorização dos afluentes que chegam à ETAR;
    3º - Este controlo está a ser acompanhado, no dia a dia, pelas duas entidades;
    4º - Ambas estão conscientes que os 22% de afluentes industriais que chegam correspondem a cerca de 40% da capacidade de tratamento da ETAR, se se tratasse de afluentes domésticos;
    5º - Das várias opções que se punham para resolver este assunto pareceu, aos técnicos de ambas as entidades, que a melhor solução seria a unidade fabril construir a sua própria ETAR com tratamento integral, e respectivo emissário;
    6º - Foi devido à dificuldade de encontrar terrenos disponíveis que a proposta foi presente à Assembleia Municipal, precedida de aprovação pelo Executivo Camarário;
    7º - Esta solução tem muitas vantagens para a Câmara já que vai libertar a ETAR municipal de um volume de tratamento de afluentes domésticos da ordem dos 40% da sua capacidade de tratamento, para além das taxas devidas.

    Quem não entende isto, não entende nada.
    Atenciosamente, sou
    Rodrigues Marques

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  3. Caro Amigo Pedro Matins
    É sempre bom quando as figuras maximas do nosso Concelho fazem intervenções públicas neste blog de referencia a nivel concelhio que até atinge locais mais periféricos ao concelho. Louvo-lhe tambem a frontalidade de se identificar perante tão numerosa plateia, sem medo e sem cortinas. Sempre o considerei como um dos melhores vereadores que passaram pela nossa Câmara e demonstra mesmo na hora da saida ( que ainda não percebo a razão) toda a dignidade que o caracteriza.

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  4. Caro Vereador Pedro Martins,
    Se o barrete não lhe assenta na cabeça, porque tenta enfiá-lo?
    E logo o senhor, que até cultiva um certo “low profile”! Não havia necessidade…
    Boas,
    AM

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