28 de setembro de 2009

A derrota da CDU

Como toda a gente afirma, a CDU perdeu as eleições de Domingo. Deixou de ser a terceira força política do país para passar a ser a quinta. Este facto parece estar assente numa lógica irrepreensível, apesar de ter havido mais 15 000 eleitores que confiaram o seu voto nessa coligação.

O problema é que a força da CDU não é visível apenas no Parlamento. Contrariamente ao CDS e ao BE, que esgotam a sua intervenção política no Parlamento e na comunicação social, a CDU tem uma forte implantação social, visível, por exemplo, nos sindicatos. Num cenário de maioria relativa, este facto deveria preocupar o PS. Se fosse eu que mandasse, tentaria um diálogo à esquerda, por muito que isso custe ao eng. Sócrates e aos socialistas que ainda não fugiram para o Bloco (e foram muitos nestas eleições).

Por isso, camaradas e amigos, apesar de "grande derrota" da CDU, anunciada pelos seus adversários em todas as eleições, fica a certeza de esta continuar a ser uma força política em crescimento, não só em percentagem, mas tembém em número de votos e de deputados.

25 comentários:

  1. Penso que o cenário de coligação à esquerda seria uma solução viável e que, possívelmente, passaria pela cabeça de Sócrates mesmo antes dos resultados. No entanto, ao ouvir o discurso do Louçã de ontem à noite, fiquei com a ideia de que o que temos ali não é um partido que ambiciona resolver os problemas do país, ou apresentar soluções alternativas viáveis, parece-me mais do tipo "sócio" que vai à Assembleia Geral, fica cá ao fundo a mandar bitaites e de vez em quando até usa da palavra, mas quando lhe dizem talvez seja tempo de fazer alguma coisa, a resposta é "0". Foi uma desilusão para mim o discurso "cassete" do Louçã ontem à noite...

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  2. Pois Felipe, a estratégia disso tipo de partidos é a critica mas nunca se comprometem para resolver os problemas, porque depois correm o risco de tambem serem criticados. Porque quem nada faz nunca se expõe á critica. Boa estratégia essa, tipo abaixo os de cima.

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  3. É um pouco normal essa atitude do Louça ... Se entrar em coligações , daqui a meia duzia de anos deixa de existir ...

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  4. Na minha opinião é muito importante termos um partido que crítica, que levanta as questões, que fala sobre as questões. No entanto, todos devíamos saber que não basta identificar os problemas, é preciso resolvê-los. Para além disso, qualquer tentativa de poder iria expôr o BE à crítica e assim retirar legitimidade ao partido.
    Não concordo que tenha sido uma "grande derrota" da CDU, porque cresceu (apesar de BE e CDS terem crescido muito mais)em número de votos, em percentagem, em deputados. Se isto é uma grande derrota, teríamos que chamar "morte", ou talvez "estado vegetativo" a um cenário hipotético em que os resultados de 2005 fossem mantidos.

    A titulo de curiosidade: segundo as minhas contas, faltaram 6034 votos para a CDU eleger um deputado por Leiria, o que é ainda um número considerável de eleitores, mesmo assim, menos do que os votos em branco (6969).

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  5. Camarada Adérito Araújo, boa noite.
    Fico triste, muito triste, por tudo isto que acontece ao Povo Português.
    Reconheço que estou do outro lado da barricada (do lado dos empregadores) mas fico triste, muito triste, por aqueles que estão do outro lado (do lado dos empregados).
    Afirmas que a CDU, ou o PS (se quiseres) tem uma forte implantação social, por exemplo nos sindicatos.
    Amigo e camarada fico triste, muito triste, por os partidos quererem distribuir aquilo que não há, em uníssono com os sindicatos.
    É que se não produzirem riqueza não há riqueza para distribuir e os instalados (leia-se os empregados do Estado) que se cuidem que se não produzirem riqueza serão despedidos, com o PS ou outro qualquer partido ao leme.
    Falta quantificar… mas lá chegaremos.
    Quer sejam professores, amanuenses, porteiros, ou motoristas, já que os Ministros e os seus Ajudantes são periodicamente medidos, todos serão avaliados quantitativamente.
    Vê só.
    Segundo as regras que o Estado impõe, se um trabalhador, por conta de outrem, auferir 100.000 euros anuais custa à empresa 200.000 euros.
    Rigorosamente o dobro do que recebe.
    Isto quer dizer que, para que fique na empresa ou no Estado, mesmo que um valor residual, esse trabalhador tem que produzir riqueza 20 ou 30 por cento superior aos 200.000 euros.
    E se falarmos na nossa produtividade, podemos afirmar que muitos dos trabalhadores por conta de outrem deveriam pagar para trabalharem e, em particular, os nossos sindicalistas.
    Resta saber de onde haveria de vir o dinheiro.
    Sem se produzir riqueza não há riqueza para distribuir.
    Abraço triste, muito triste.

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  6. Leiam por favor o retrato que um jornal estrangeiro isento faz das eleições e do país.

    http://news.yahoo.com/s/ap/20090927/ap_on_re_eu/eu_portugal_elections

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  7. Camarada Adérito,
    De ti não esperava este discurso perfeitamente alinhado com a cassete do PCP. Já todos sabemos que os comunistas acham sempre que ganharam as eleições.
    Mas pensa bem, ganharam o quê? Só se foi uma dízima maior por mais um deputado. De resto...

    Camarada J. Coelho,
    A notícia é um monte de banalidades...
    Boas,
    AM

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  8. Boa Noite!
    Fico tristes, não pelas ditas banalidades, mas sim pelas opções que me foram apresentadas nas urnas.

    Quando olho para a composição do parlamento, verdade nua e crua, a lógica seria uma coligação com a CDU.

    O estigna tacanho da mentalidade politica portuguesa impede semelhante cenário. E porquê? simplesmente porque isso seria aumentar os créditos políticos da CDU, que se situa extactamente no espectro eleitoral do PS. Isso não pode acontecer porque diminui eleitorado ao PS. Eu, como cidadão, entendo que seria bom para um País há tantos anos à deriva e à procura de uma identidade.

    Não vale a pena escamotear a verdade: o partido socialista, apesar de ter conseguido maior numero de votos, foi o único a perder eleitorado e consequentemente o único derrotado destas eleições . Todos os partidos conseguiram mais votos e mais deputados.

    Visto noutra perespectiva todos os partidos foram derrotados porque a abstenção é demasiado alta e, em última análise, representa uma punição aos políticos pela sua incapacidade de mobilizar o cidadão para as urnas.

    É ainda muito triste ouvir alguns cidadãos na rua dizer alto e bom som que o seu partido "PA"
    ganhou as leiçõews com 39,.... %. As eleições foram um evidente cartão amarelo a todos os partidos políticos.

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  9. Esse fenómeno da abstenção é fruto da forma de estar na vida dos TUGAS. Não votam, perferem ir ao Shopping e depois falam mal de tudo e de todos como que a responsabilidade colectiva não fosse tambem um bocado de cada um. Temos maus politicos porque o povo tambem é mau. E disto não passamos á decadas

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  10. Amigos, companheiros, camaradas.

    Uma estratégia consistente tem em devida conta na sua elaboração, possíveis fracassos e até recuos, sem por em causa os objectivos finais. Se for esse o caso da CDU, mesmo sendo um resultado mau, porque não capitalizou devidamente o trabalho de contestação política e social ao Sócrates que foi parar ao Bloco que, nem sequer o merecia, então poderá estar confiante.

    Neste aspecto a CDU falhou, sobretudo porque tem uma má estratégia de comunicação e uma comunicação social adversa e alguns dos dirigentes dizem, por vezes, coisas que não lembram ao diabo, como a da democracia na Coreia. Também não tem sabido resolver os problemas das dissidências da melhor maneira, como o caso da anterior deputada por Santarém. Por estas razões estes são pontos a corrigir e a melhorar, senão não há estratégia nem renovação.

    Por muito que a todos custe e o amigo Rodrigues Marques chore, tenho a certeza que, nem que seja só pelo Carnaval, tudo

    VAI PASSAR

    http://www.youtube.com/watch?v=9A_JrsJF6mM&feature=player_embedded

    Vai passar nessa avenida um samba popular
    Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
    Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
    Que aqui sangraram pelos nossos pés
    Que aqui sambaram nossos ancestrais
    Num tempo página infeliz da nossa história,
    passagem desbotada na memória
    Das nossas novas gerações
    Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
    sem perceber que era subtraída
    Em tenebrosas transações
    Seus filhos erravam cegos pelo continente,
    levavam pedras feito penitentes
    Erguendo estranhas catedrais
    E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
    Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
    o carnaval, o carnaval
    Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
    O bloco dos napoleões retintos
    e os pigmeus do boulevard
    Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
    A evolução da liberdade até o dia clarear
    Ai que vida boa, ô lerê,
    ai que vida boa, ô lará
    O estandarte do sanatório geral vai passar
    Ai que vida boa, ô lerê,
    ai que vida boa, ô lará
    O estandarte do sanatório geral... vai passar

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  11. É capaz de ser uma heresia o que vou escrever mas mesmo assim atrevo-me.
    Portugal, desde sempre, foi um país maioritário de servos da gleba (campesinos sem terra ou pequeníssimos proprietários) e, quando começou a tardia industrialização, maioritariamente proletário. No entanto os partidos da burguesia alta ou baixa sempre arrebanharam o povo pela velha e crista caridadezinha, já utilizada pelos senhores nobres. A Igreja Católica teve durante os séculos XIX e XX um papel importante na dignificação do trabalho através da sua Doutrina Social. Os sindicatos, as greves,etc., foram sempre consideradas legitimas armas, reconhecidas pela Igreja aos trabalhadores. No entanto, os Patrões Católicos e a maioria da classe sacerdotal do País, em conivência com eles (convém-lhes comerem à mesma mesa)nunca falaram disso ao Povo. Tenho tias beatas que, quando lhes mostrava os textos das Encíclicas Sociais quando as ouvia vociferar contra os sindicatos, se recusavam, pura e simplesmente, a lê-los e atreviam-se a dizer que o Papa estava doido ou feito com os Russos. Ora a minha família não é diferente das outras famílias portuguesas - partilhamos a mesma cultura, que nos faz sempre respeitosos e obrigados a quem nos pode dar a esmolinha ou o empenhozito para o emprego.
    Valha-nos «a pilinha do menino Jesus» como muito bem diz o amigo Rodrigues Marques, ele próprio, honrado patrão(não estou a ironizar)mas que ainda não consegue olhar o trabalhador de igual para igual.

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  12. Rodrigues Marques,
    Eu não faço qualquer juízo de valor quanto ao facto do PCP ter uma forte implantação sindical. É um facto e, para isso, basta ver os curricula de muitos dos seus candidatos. Mas, meu caro, diabolizar os sindicatos ou os patrões não é uma atitude construtiva. Os países mais ricos do mundo têm patrões e sindicatos fortes.

    Adelino,
    A minha opinião é também a do teu camarada António Victorino. É muito redutor analisar o resultado da CDU apenas pelo prisma da sua posição relativa no ranking parlamentar. Como disse, e reafirmo, para além do PSD e do PS, que têm uma forte intervenção social fruto, sobretudo, do polvo dos famigerados cargos de confiança política, a CDU é a única força política que consubstancia grande parte da sua acção política fora do parlamento. O Bloco, apesar do trabalho crescente junto de alguns movimentos de intervenção cívica, ainda vive muito da figura tutelar do Francisco Louçã.

    Mas eu não digo que a CDU ganha sempre! Em 2001, em http://cdudepombal.no.sapo.pt/resultados.html, documento que entreguei ao PCP e divulguei na internet, fui crítico em relação ao resultado da CDU. Também o fui quando, em 2002, mesmo nunca tendo sido filiado no PCP, estive ao lado do João Amaral em Coimbra. Nestas eleições, por exemplo, afirmo que a CDU, no distrito de Leiria, teve um mau resultado pois não conseguiu eleger qualquer deputado.

    Jorge,
    A "democracia da Coreia" é uma afirmação vergonhosa. É por essas e por outras que nunca me filiei no PCP. Mas, se quisermos ser justos, também deveríamos condenar todos aqueles que sempre estiveram ao lado de quem defendeu o Pinochet no Chile, o Sadam antes de ameaçar os interesses ocidentais ao invadir o Kuwait (na altura limitava-se a matar comunistas), etc, etc. Mas, concordo contigo: a CDU tem um problema grave de comunicação que, com a crescente aproximação das campanhas eleitorias à estética dos Morangos com Açucar, só tem tendência a agravar.

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  13. Camarada Adérito,
    Penso que analisar o resultado da CDU em conjunto com a força do PCP nos sindicatos (CGTP) não ajuda nada a fazer uma avaliação objectiva do resultado, antes pelo contrário, só confunde. Até porque, supostamente, a força no movimento sindical deveria reflectir-se na votação. Penso eu!
    Por outro lado eu só me prenunciei sobre o resultado eleitoral, e aí, pelos meus critérios (e não só os meus), perdeu claramente.
    Reconheço a força do PCP nos sindicatos (apesar de nem sempre a usar em beneficio dos trabalhadores) tal como reconheço a necessidade de um movimento sindical forte, mas acho que são duas realidades bem diferentes, em linguagem desportiva são duas competições, onde os pontos de uma não somam com os da outra.
    Por isso reafirmo: nas eleições o PCP sofreu uma derrota (grande). Porquê? Porque ficou em último e o resultado não serve para nada, não condiciona o poder.
    Boas,
    AM

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  14. Adelino,
    Estamos a partir de permissas diferentes. Sócrates, o verdadeiro, também provou a existência de Deus com um raciocínio lógico irrepreensível. A questão é que partiu de uma premissa errada... Neste caso, devo ser eu quem está errado e, por isso, dou o braço a torcer: no domingo a CDU teve uma "grande derrota" e o PS uma "extraordiánia vitória eleitoral" (não foi bem "estrondosa", como queriam, mas foi quase).

    Mas, não sei porquê, às vezes parece-me que, mais uma vez, são os socialistas se recusam a compreender o real significado dos votos à sua esquerda...
    Grande abraço,
    Adérito

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  15. Adelino Malho,

    Ao contrário de ti vejo como muito positivo o facto de o peso de alguns dirigentes do PCP nos sindicatos não se reflectir nos resultados eleitorais. Significa que são dirigentes sindicais e pessoas de respeito que não confundem, de todo, a luta sindical e os direitos dos trabalhadores com os interesses do partido. Significa que a tese da correia de transmissão e do controle comunista não passa de um papão que o Sócrates e outros gostam de usar para manipular a opinião pública. Aliás, como as teses que estão a surgir dos gurus do comentário que acham esta votação significa que somos um país de doidos e que o Presidente tem de nos livrar desta loucura e não pode viabilizar a legitimidade de uma governação à esquerda, como se os votos à esquerda não tivessem valor. Estou curioso pelas próximas declarações.

    Quanto ao povo português acho-o um bom povo com algumas elites impróprias e venais. Acho mais. No limite, quando o voto da maioria do povo diverge do meu quem tem razão é o povo, não sou eu. De contrário, seria legitimo impor ao povo que é bom, o certo e o verdadeiro. O o tal Interesse Nacional que voltou a estar na moda. Não o conseguindo ou se abandona ou se muda o povo. Por mim, pertenço e estou bem assim, não quero ser outra coisa que não ser este"povo". O contrário, está demonstrado pela história, é bem pior solução.

    Rodrigues Marques,

    De tanto chorar, nem o caudal do Arunca aumenta, nem a pilinha do menino jesus cresce. Nestas horas, valha-nos a Nossa Senhora dos Aflitos, que não há melhor senhora.

    Abraços,

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  16. Camarada Adérito Araújo, boa noite.
    A questão de fundo prende-se com a produção de riqueza.
    E, aqui, não vejo volta a dar-lhe.
    Vê só o que é que aconteceu na TAP, na semana passada.
    Os comunistas fizeram greve pretendendo prejudicar a companhia, que lhes paga o ordenado, prejudicando os passageiros, para terem visibilidade.
    Ficaram danados por terem sido encontradas alternativas para minimizar os prejuízos decorrentes de uma greve política.
    O que é que aquelas cabeças pensam?
    De onde é que pensam que vem o dinheiro para fazerem face aos seus orçamentos domésticos?
    Cai do céu?
    Valha-me a pilinha do Menino Jesus, como diz o outro.
    Abraço.

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  17. Caro Rodrigues Marques, gostaria que me esclarecesse uma dúvida: Só os comunistas é que fazem greve?
    E já agora, deixem a pilinha do menino Jesus descansada, até porque homens a pedir auxilio de pilinha alheia pode suscitar algumas dúvidas.

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  18. Menina JA, boa noite.
    As greves políticas, por regra, só são levadas a cabo pelos comunistas por duas ordens de razão.
    Primeira pela sua capacidade de mobilização (mobilizam os próprios empregados).
    Sabe que os Deputados do PCP/PEV recebem o ordenado a que têm direito nos partidos e entregam o que recebem da Assembleia da República aos respectivos partidos?
    Na proporção de dez para um.
    A segunda é que nivelam por baixo.
    Quanto pior melhor.
    Encontra melhores argumentos?
    Quanto à pilinha, peço-lhe que a entenda como uma figura de estilo.
    Abraço.

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  19. Não conheço JA de parte nenhuma e ao contrário do amigo Rodrigues Marques nem sei se é o ou a.
    Não percebo por isso essa cisma de não querer nada com a pilinha do menino, mesmo em figura de estilo. O menino Jesus era como os outros meninos do seu tempo e tinha pilinha e cuzinho como toda a gente e certamente muitas vezes defecou e urinou debaixo das oliveiras ou dos sicômaros.
    Não acredita? Leia aquele lindo poema do Fernando Pessoa em que ele conta o que aconteceu quando o menino Jesus, farto do céu, fugiu de lá para ter aventuras na Terra.
    É lindo!
    Sempre a considerá-los

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  20. Boa noite Caro Eng. Rodrigues Marques
    Está a querer dizer que a referida greve é exclusivamente política, tendo como único fim prejudicar a companhia e os passageiros, e que mais de 95% dos pilotos da TAP são comunistas?
    Eu julgava que o objectivo máximo fosse lutar em prol dos pilotos, independentemente de ideologias políticas.

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  21. Exmo Professor, no meu comentário não disse que não queria nada com a pilinha do menino Jesus, apenas referi que os homens que quisessem alguma coisa com a pilinha do referido pudessem ser mal interpretados. Até porque segundo dizem, o Eng. Narciso Mota tem acesso aos comentários do Farpas!

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  22. Olá
    Eu, cá por mim, entendo que cada um chora, fala, no que lhe faz falta. Se estão sempre a falar na pilinha do menino de Jesus é porque lhes faz falta. Se Jesus seguiu as pegadas do Pai, está em todo o lado, não há problema.

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  23. Meu caro amigo R. Marques,

    Mesmo sendo eu, ao contrário do meu amigo e do nosso Presidente, homem de poucas certezas e de muitas dúvidas, julgo que é capaz de ter acertado no pé em relação aos Pilotos da TAP e do seu Sindicato. Realmente julgo que será um dos sindicatos onde o PC não terá nenhuma inflênciaos, mas onde os TSD (sim, no PSD também há trabalhadores e mais alguém que trabalha) são capazes de ter alguma. Agora não sei, mas em tempos, o seu amigo e camarada Garcia Pereira era o Advogado desse sindicato.

    Diga lá camarada, que legitimidade e vergonha têm as administrações e gestores para julgarem inaceitável que os trabalhadores reclamem melhorias salariais que, as mais das vezes não chegam à centena de escudos, quando estes reclamam para si remunerações salariais muitas dezenas de vezes superiores à média dos salários praticados nas suas empresas, acrescidas de outras regalias na aquisição de carros, cartões de crédito, telefones, stock options, prémios, pensões e outras compensações na ordem das centenas de milhar e dos milhões de euros? As necessidades essenciais não apróximadamente iguais para todos, que trabalho e dedicação podem justificar tamanha diferença em que uns ficam com quase tudo e outros com quase nada? Quanto ganha, em média, o Sr Pinto e os administradores amigos políticos de alguém que os lá colocou e quanto ganham os pilotos e outros trabalhadores da TAP? Quem tem a responsabilidade diária directa pela vida de centenas de pessoas e carrega com essa angústia diariamente, com horários erróneos e múltiplos fusos?

    Eu sei que é fácil falar em privilégios e mordomias de algumas classes profissionais como os pilotos, os professores, os profissionais liberais, os juízes e outros. Contamos com a inveja social para tornar aceitáveis esse tipo de argumentos e restrições de direitos. Peçam sacrifícios a todos, mas distribuam-se equitativamente, já que, pelo lado dos benefícios, dizem que não pode ser, era atentar o progresso e a criação de riqueza.

    Nas empresas meu amigo, o risco é a base da sustentação ética do empresário e do seu direito ao lucro. Ao trabalhador exige-se que cumpra as suas obrigações laborais. A sua incompetência tem uma sanção máxima que é o despedimento com justa causa. Defendo alguns patrões em processos desses, nunca perdi nenhum em que o patrão tivesse razão e cumprisse com as formalidades legais.

    È dado assente que, mesmo em Portugal, as deficiências de produtividade, nas mais das vezes decorrem de incompetência e falta de qualidade dos Gestores, e uma outra parte, devido à falta de formação e qualificação dos trabalhadores. Também aqui os patrões e gestores têm culpas, seja porque não exigem que essa qualificação se faça. Seja porque, como vem sucedendo há mais de 20 anos com os Fundos Europeus destinados a esse fim, permitem que, muitas vezes, sirvam para disfarçar o desemprego, para as empresas usaram para se financiarem e para outros fins, ou mesmo, para transformarem em luxos pessoais dos empresários.

    Desconhece estas realidades meu caro amigo R. Marques? Reconhecerá que esta crise tem nisso causa. Que a transparência ética e o respeito pelo outro, sobretudo pelos mais fracos e ignorantes, sempre esteve (e está) muito afastada do mundo dos negócios e da gestão. Haverá muitas honrosas excepções, aceito que sim, mas pesam pouco.

    Abraços,

    P.S. : R. Marques, não sei se a sua última intervenção teve alguma influência no caudal do Arunca e no Menino Jesus. Não se pode levar à letra o que diz o amigo Deboss. Nem por milagre do Espírito Santo ele pode ter seguido nas pegadas do Pai. Como sabe, diz-nos o Mistério da Santíssima Trindade que o Deus-pai, o Deus-filho e o Deus- espirito-santo são uma mesma substância e três revelações distintas de um mesmo e único Ser. Diga, também à menina JA, a que me prendeu o Milagre do Farpas, que se deixe de preocupações a respeito. Com humildade em verdade o digo: o que caduca por não se dar uso, extingue-se e não repristina. Deve ser o que está a acontecer com os neurónios do cidadão Aníbal, de Boliqueime.

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  24. Caro Jorge Ferreira,
    também quero dar o meu testemunho como sindicalista: Desde 1983 que sou sócio do Sindicato de Professores da Região Centro (FENPROF / CGTP). Mesmo aposentado, continuo a pagar as minhas quotas porque continuo a considerar-me "um trabalhador". Pertenci aos quadros do Sindicato, na Distrital de Leiria. Toda a gente sabia que eu era militante do PSD (só abandonei o partido em 1995 ou 1996) e nunca fui impedido de pertencer a qualquer órgão do Sindicato e como membro activo muitas vezes fui delegado do concelho de Pombal aos Congressos, onde sempre pude usar livremente da palavra. Há comunistas na FENPROF? Há, sim senhor! Mas também lá estão todos os outros partidos e são, primeiro que tudo, trabalhadores da Educação e é sempre isso que está no espírito dos dirigentes, que nunca vi tomarem atitudes (ou fazerem reivindicações) que não tivessem sido aprovadas em reuniões gerais ou sectoriais, conforme a sua importância. É muito cómodo, para os patrões de vistas baixas, atribuírem todo o movimento sindical aos comunistas. Se tivessem a minha idade saberiam que já no tempo do Estado Novo havia um movimento católico chamado JOC (Juventude Operária Católica) e LOC (Liga Operária Católica) de onde muitos associados passaram directamente para os sindicatos depois de 1974. Podem alguns espertalhões tentarem escrever uma nova História Social de Portugal mas há Verdades que estão documentadas e das quais ainda há testemunhas vivas. Embora seja forçado a reconhecer que não é muito saudável falar disso!

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  25. Amigos e companheiros Dr. Jorge Ferreira e Professor Maia de Carvalho, boa noite.
    Fiz parte da JEC em Leiria (já não me lembro do nome do Padre que era o nosso guia) em meados dos idos anos 60.
    Comecei, aí, a ser formatado ”no social”.
    Agora, quando digo que as greves políticas são fomentadas pelo PC entendo que, à luz actual, é o único Partido que tem capacidade de mobilização… dos seus próprios empregados.
    E reconheço que há greves em defesa dos interesses dos empregados e greves políticas, condenáveis.
    Só não entendo porque é que o Estado cerceia a greve dos empregadores.
    Também deveria permitir.
    Já sei… o lay off!
    Mas não é a mesma coisa.
    Falemos sobre esta matéria sem medos.
    Abraços, aos dois.

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