10 de setembro de 2009

A falácia da asfixia democrática

Ando asfixiada com o tema. Muitos dos meus camaradas têm memória curta, outros não têm memória. O que nos vale é que há a Madeira, onde todos nos vamos refugiar quando o Sócrates soltar definitivamente as garras, ou a tia Manela despir esta pele de avozinha que faz bolinhos para os netos e sabe bem quanto gastou nos ingredientes e se armar em dama-de-ferro à portuguesa.

16 comentários:

  1. O comentário ao cartaz de MFL é fantástico !

    «Mención especial merecen los carteles de Ferreira Leite que jalonan las carreteras portuguesas. "Não desista. Todos somos precisos", reza. Pero la desolada foto en blanco y negro de la candidata, sin maquillar, podría hacer pensar a los turistas que visitan el Algarve que se trata del mensaje de una asociación de apoyo a la tercera edad o de prevención del suicidio.»

    Jordi Joan, La Vanguardia

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  2. Paula Sofia,

    Antes destes, e com a mesma desfaçatez, alguém disse:

    “a opinião pública é indispensável ao governo dos povos, constitui por vezes um grande estimulante, mas nunca se deve perder, a bem da sua própria saúde, o controle da sua formação”(*)

    Este ensinamento permanece doutrina, mesmo em muitos que o negam.

    Deixa lá.Estas preocupações da Srª MFL - está-se mesmo a ver - são genuínas. Para não haver tantas discussões e arrelias como as que estão a suceder, se ela lá chegar suspende a democracia por uns tempos e chama o homem da Madeira para dirigir o Ministério das Acções Psico-sociais, que me parece,foi onde ele teve a sua aprendizagem democrática. E aí, voltamos ao "Lá vamos cantando e rindo/Levados, levados sim...".

    Nestas circunstâncias é bom não deixar-mos a prática da respiração assistida em meio natural. O sufoco acontece mas, depois, é um alívio.

    Manuela Ferreira Leite, "A Passionária da democracia".

    (*) Quem disse esta frase?

    Abraços

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  3. Paula,
    Não ando asfixiado mas ando enjoado com a tão badalada asfixia/claustrofobia democrática. Enjoa-me e faz-me, quando muito badalada, alguma urticária.
    Custa-me a aceitar que alguém ande, ou alguém possa, silenciar, neste mundo da informação on-line, as pessoas quem tem opinião contrária. Como é isso possível? Sabes, penso que a maioria sabe, o mal português, e também da nossa santa terrinha, não está aí, não está nos silenciados à força, está nos autocastrados.
    Como muito bem escrevia D. Proença de Carvalho, a liberdade de imprensa é um valor inerente à Democracia, mas tem como limite outros direitos fundamentais de todos os cidadãos, de igual dignidade constitucional.
    Vale a pena ler Liberdade/Dignidade em: http://economico.sapo.pt/noticias/liberdadedignidade_69027.html
    Boas,
    AM

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  4. Malho,

    chamar ao debate argumentos de autoridade é asfixiar o debate. Logo o Dr. Proença de Carvalho que é um excelente advogado e parcial até à medula. E que, puro acaso, é uma das antenas de tudo quanto são interesses e poderes instalados. Aliás, com grande experiência no ramo quando foi um comissário de um governo na RTP. Lembras-te? Puro acaso, é também, advogado do Sócrates. A liberdade de imprensa de Proença de Carvalho não tem nenhum limite constitucional - ele até nem gosta desta constituição - desde que não perturbe e os dele tenham o poder e o mando.

    Na verdade, a liberdade de imprensa tem limites. Porém, se a questão fosse essa, a separação de poderes do Estado, exige, que as violações da liberdade de imprensa sejam resolvidas pela autoridade reguladora e pelos tribunais, nunca por outros poderes. Um membro do governo nunca poderia agir como agiu o Sócrates, inicialmente com a história da P.T., e depois, com o ataque pessoal ao Jornal Nacional. Se fosse um verdadeiro Homem de Estado, era mister, que nesta adversidade fosse discreto e fizesse as suas queixas nos locais próprios. Agindo como agiu, querendo ou não, condicionou e asfixiou.

    A tentação do controlo da informação não é exclusiva do Sócrates ou do P.S. mas de todos os grandes e pequenos poderes, nacionais e locais.

    Quando uma câmara dá subsídios, entrega a publicidade institucional e os encartes a um jornal local, em detrimento de outros, por razões de proximidade e não afrontamento e nós ouvimos a maior parte das pessoas: - que assim é que é normal, pois burros seriam, se dessem igual tratamento aos críticos e não protegessem quem os apoia. Isto é, em meu entender, a maior asfixia democrática, as pessoas não reagirem e acharem normal a esta (a)normalidade.

    Quando oiço a Estrela Serrano dizer que é normal os ministros e seus assessores telefonarem para as redacções a reclamar ou a fazer combinações e sugestões, com o argumento que os jornalistas não são influenciáveis, isto é asfixia democrática. Porque há coisas e tentações que quem nos governa - sob pena, de a vida democrática ser uma farsa - não pode fazer e tentações em que não pode cair.

    É inadmissível que quaisquer eleitos para órgãos políticos possam gerir esse poder e os recursos públicos em função dos seus interesses particulares de assegurar apenas a divulgação da sua voz e a sua perpetuação do poder. Quando a sociedade é plural, as vozes devem ser plurais, iguais e funcionar alternância. Asfixia democrática é o condicionar dessa alternância. É, no fundo, as pessoas não agirem como pretendem, nem dizerem o que pensam, porque sentem que, se o fizerem, com razão, ou mesmo sem razão nenhuma, podem ser prejudicados em algum dos aspectos das suas vidas e lidas com esses diversos poderes. A democracia pode não estar, ainda, em perigo, mas esta é uma realidade que existe e é iniludível.

    Já descobriste quem é o autor da frase?

    Abraços

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  5. Bom dia!
    Todos nós criticamos a comunicação social ou porque escreveu e não devia ter escrito ou a inversa.

    A partir do momento em que se critica o conteúdo que o jornalista escreve há constragimento, asfixia democrática. O que está errado é, de facto, quem exerce o poder valer-se da posição que ocupa para proibir a abordagem de determinados assuntos ou até exigir abordagens superficiais.

    O importante a reter é o contributo que a comunicação social deu, e continua a dar, à democracia que, utilizando a tecnologia actualmente disponível, consegue fazer passar as mensagens e artigos de opinião, inter continentes, à velocidade da Luz.

    De notar que quando morreu o primeiro presidente dos EUA, segundo reza a história, a Europa só soube da ocorrência 3 dias depois. Hoje, em qualquer parte do mundo, morrem pessoas com fome e a comunidade internacional sabe e a imprensa noticia em todo o mundo em simultâneo.

    Parafraseando o meu amigo Adelino Leitão aqui no blog não há jornalistas amordaçados!

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  6. Não há jornalistas amordaçados? Mas há jornalistas despedidos, o que é ainda mais perverso. E cujo resultado prático é o mesmo da mordaça!
    Não tenhamos ilusões, a comunicação social é pressionável. Todos somos! E "puxar cordelinhos" na comunicação social é, nos tempos modernos, a forma de exercer uma ditadura. De forma mais civilizada, claro. Uma coisa mais polida... não é preciso cantar o "Lá vamos cantando e rindo / levados, lavados sim / Pela voz de som trememendo...", mas se passarmos o "De pé, ó vitimas da fome / de pé, famélicos da terra..." com uma pequena distorção, em que parece que o cantor está com os copos, a coisa vai-se aproximando.
    Só mais uma consideração: o poder de "distorcer a democracia" não existe só quando se salvaguarda o poder instituido. Também existe no sentido contrário. O Independente de Paulo Portas não distorceu as regras democráticas, ao ajudar a provocar o fim do Cavaquismo? Ajudou pois! Está bem que "foi um serviço à nação", ms no que toca à subversão das regras democráticas, é a mesma coisa!

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  7. Camarada Jorge,
    Não estou tão certo, como o meu amigo, que chamar ao debate “argumentos de autoridade” (subentendo de superioridade/mérito) seja asfixiar o debate, antes pelo contrário. Não me parece muito razoável continuar a querer inventar a roda.
    Outra coisa, bem diferente, e aí sim asfixiadora do debate, é atacar o mensageiro e ignorar a mensagem.
    Um abraço,
    AM

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  8. Camarada Adelino Malho, boa noite.
    O raio da máquina coloca-me os nervos em franja quando vai e vem.
    Modernices.
    Eu bem quis aprender contigo mas reconheço que sou um cabeça dura.
    Penso, por outro lado, que o nosso companheiro Alberto João não virá, mas se vier será bem vindo, ao jantar com a nossa Presidenta Dra. Manuela Ferreira Leite no Restaurante Litoral, nos Matos da Ranha, na próxima Quarta-feira.
    Quem vier, virá por bem.
    Não há asfixia que nos asfixie.
    E não há neto sem avô, ou avó, como a Lei da Paridade agora exige (aqui, sim, a verdadeira paridade).
    Vamos todos apoiar a Dra. Manuela Ferreira Leite, futura Primeira-Ministro de Portugal, por omissão ou remissão do actual nosso Primeiro.
    Vem e traz um amigo.
    Abraço.

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  9. Sr Eng. Marques, com amigos desses para quê que eu preciso dos inimigos. Na quinta feira foi ao Louriçal vetar o meu nome a mando de quem? Ja vi que se presta a serviços muito baixos. Ja agora nunca mais me volte a tratar por acompanheiro muito menos por amigo. Amigos desses eu dispenso. Obrigado. PS:. Que ri por ultimo ri melhor e eu não sou de esqueçer as sacanices que me fazem.

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  10. Roque, boa tarde.
    Respeitando o teu pedido informo-te que já respondi ao teu e-mail e que já fiz a transferência para o NIB que indicaste.
    Abraço.

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  11. Caro Rodrigues Marques. Acho de bom tom nunca mais me tratar por companheiro muito menos por amigo. Quanto á transferencia efectuada acho que só foi feita justiça, porque fazer chantagens politicas prejudicando financeiramente as pessoas é muito mau. Afinal estamos em Pombal ou na madeira? Nunca fiz nem nunca farei por motivos politicos o prejuizo financeiro a outros. Sem abraço, mas com cordiais saudações democráticas. António Roque

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  12. O problema da politica nas localidades mais pequenas como Pombal ou a Ilha da Madeira é a de alguns politicos não distinguirem a politica dos interesses pessoais e financeiros e depois confudem tudo. Não se pode prejudicar uma pessoa só porque em alguma altura da vida decidiu não apoiar os poderes instalados porque uma coisa é a vida da pessoa enquanto politico ,a outra coisa é a vida privada de cada um que deve ser respeitada e não existir qualquer coação ou pressão pelo simples facto de ter opinião contraria. O que eu tenho verificado é que existe uma caça as bruxas e uma politica do medo. Eu por nunca ter tido medo muitas vezes sou altamente prejudicado na minha vida pessoal e profissional. Mas vou continuar a não ter medo e a enfrentar tudo e todos porque prefiro continuar pobre e de cabeça erguida do que rico e a ter que lamber o cú a certos senhores Marqueses de Pombal que pensam que tem tudo e todos na mão. Pode ser que a 12 de Outubro tudo mude e que voltemos a ter um concelho onde se possa respirar e andar de cabeça erguida sem medo que sejamos prejudicados só por não entrar-mos em seguidismos e verificar injustiças e não as denunciarmos. Cada vez mais afirmo 25 DE ABRIL SEMPRE.

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  13. afinal há asfixia democratica em Pombal... e ao que parece nem é do PS nacional... o senhor que manda, mandou e o senhor que obedece, obedeceu e fez o que lhe mandaram... contem lá a história do Louriçal e de Almagreira e da Guia e de, e de, e de... onde andaram os emissários do partido do poder em Pombal, a intimidar as feituras das mesas de voto. A do louriçal já se conheçe aqui parte... e o eng já se chegou à frente e pagou o que não devia só para agradar ao manda chuva... fosse outro e tinha era deixado este episódio para quem andou e esteve mandatado para tal fazer tal trabalhinho do mau gosto e duvidosa fé... e pelos vistos esquecido até das listagens que devia levar. asfixia democratica no continente? há mas também existe na Madeira... e nos Açores... e em POMBAL que é aquilo que me interessa. Asfixia democratica??? Chiça...

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  14. Amigo e companheiro Palumbar, boa noite.
    A questão é tão simples como a água cristalina que brota…
    O Partido Socialista nacional tem, há algum tempo, uma sondagem cujos resultados lhe são catastróficos.
    Por isso mandatou os seus Procuradores para cumprirem a Lei Eleitoral e que se aproveitem de todos os buracos e expedientes para colocar o maior número possível de pessoas, militantes, meros simpatizantes, ou enganados (usam muitas manhas e eu não gosto de gente manhosa) em lugares com alguma visibilidade.
    Não cuidaram de saber da qualidade. Basta-lhes a quantidade.
    E a Concelhia de Pombal do PS não foi excepção. Cumpriu à risca as instruções.
    Em tudo o que é sítio, aquando das reuniões para composição das Mesas para as Eleições para a Assembleia da República do próximo dia 27 de Setembro, só arranjaram embrulhadas, por esta ou por aquela razão.
    Parecia que estávamos no PREC. E quem por lá passou sabe do que é que eu estou a falar.
    Enfim, podemos concluir que o PS vai de vitória em vitória até à derrota final.
    Abraço.

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  15. Sr. Eng. Marques, por acaso ja conhecia essa sua grande virtude que é quando o assunto toca na pele de quem o rodeia sabe bem atirar a bola para canto ou até para a Bancada. Faz-me lembrar um defesa central tipo Jorge Costa, que batia em tudo o que mexia. Mas duma coisa tambem tenho a certeza o Sr. não é culpado do estado das coisas, pois já o conheço á mais de 20 anos e sempre se mostrou um Homem com H grande, pena é que para si, a politica o transforma num autentico Jorge Costa e depois quando acorda no dia seguinte os remorsos fazem-lhe doer o coração de homem bom, que o é, disso nunca tive duvidas. Anda é muito mal acompanhado.

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