9 de novembro de 2009

Hoje é dia de festa

Perdoar-me-ão a incursão a outros terrenos mas hoje, dia 9 de Novembro, é dia de festa (pese embora alguns outros significados desta data). Faz hoje 20 anos que se entrou no acto final de um dos capítulos mais negros da História da Europa, com a Queda do Muro de Berlim. E ao contrário do que alguns defendem, valeu a pena a sua queda. E eu festejo esta data por defender de forma intransigente a Liberdade, por defender o combate às injustiças sociais e por ser radicalmente contra a implementação e manutenção de regimes repressivos e totalitários sob desculpas utópicas. Naqueles dias fabulosos, os alemães bem que resumiram tudo a uma frase: “Wir sind das Volk!” (Nós somos o povo!). Por muito que, aqui e ali, custe perceber a quem governa. E datas como esta, que nos lembram essas coisas aparentemente simples, são o que inspiram todos os dias a actuação de quem por aqui anda a comentar a realidade.

7 comentários:

  1. Aqui no nosso Concelho, quando cairá o muro? Cairá de podre? será derrubado? Eu ca penso que vai cair implodido, ou seja vai começar de fora para dentro até ao derrube final

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  2. Já se inicou, Roquerix.
    Para já, o presidente deu ordens para ver como é que se faz uma candidata à câmara para daqui a 4 anos.
    Pela cultura se inicia, pois o trabalho de casa, de acabar o curso, esse foi agora concluido.
    Depois, sem a sombra de grilo nem consciência de joão, fico eu a reinar, até porque tenho tempo e já estou reformado.
    Felizmente, há LUAR.
    O que não tem havido é consciência crítica dos nunos, dos nelson, dos pedro e até dos gomes e da maria. Agora é que eu gostava de os ler a estrabuchar contra o poder e a denuncia de mal dicencia. Agora é que gostava de ler, ouvir as vozes que criticaram outrém por ser populista e apresentar soluções ditas colagens ao poder instituido. Que dizer deste principio de mandato??? Os nunos esperam migalhas no fim do curso, os nelson's promoções internas nas empresas, os pedros aquilo que estão à espera nem eles sabem bem - o que for logo se vê -, os gomes e as marias - que não os chateiem pois o que lá foi lá foi e estão cansados de sabem bem lá eles de que estão cansados. Olha das contas do Sporting de Pombal, por exemplo.

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  3. Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
    Já tive ocasião de aqui relatar a minha viagem a Berlim Leste nos anos 80. Se Deus quiser hei-de lá voltar, agora que já não há muro.
    Falas de alguns que falam da pena do muro ter sido derrubado.
    Não entendo.
    Estamos a falar de muros tangíveis mas, também, de muros intangíveis.
    E os nossos muros intangíveis foram derrubados no 24-A.
    Defende-te desta provocação.
    Abraço.

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  4. Engenheiro, aqueles de que falo que têm pena do derrube do muro são parecidos com aqueles que só vêem os muros (tangíveis ou intangíveis) que quem manda os manda ver.

    Sobre a provocação, qualquer povo consciente da sua História está preparado para o seu futuro. Nós estaremos?

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  5. Boa Noite, caro amigo & companheiro Rodrigues Marques.
    Ok, História é História, vale o que vale – e por isso mesmo há que aprender com os erros do Passado.
    É certo que o Passado é uma abstracção temporal mas o nosso aqui não desprezível e já citado Hegel já nos ensinou acerca daquilo que é cíclico.
    Os cientistas sociais e os politólogos [seja lá o que isso for] não poderão evitar o, infelizmente, inevitável. Contudo se esse mal for aplacado, tanto melhor, não é?

    Agora, note-se; independentemente de estarmos aqui a falar de um comunismo caduco e putrefacto, bacoco, ridículo, violento e tudo mais e patati patatá… aquela PORCARIA pós nazi, pós-holocausto e idem idem aspas aspas jamais [apesar do que por mim foi antes dito] JAMAIS poderá repetir-se.

    O meu antigo colega João Alvim não precisa que o defenda, até porque é advogado. E, entenda, por sermos mais novos não temos culpa de termos sido contemporâneos das piores nojices e abjecções por que a História da Humanidade já passou. E não as termos combatido.

    Deverá, para si, (e digo-o com o maior respeito do mundo – creia) ter orgulho na convivência com a envergadura intelectual de um “jovem” como Alvim. O paternalismo não ajuda; pelo contrário. É um serviço público fazer recordar as misérias que não queremos voltar a viver.

    Tangíveis ou intangíveis, as palavras também não podem esquecer que já tivemos um altíssimo e (quase) intransponível muro chamado “orgulhosamente sós”.

    A nossa geração, À RASCA, dispensa a mãozinha no ombro. Mas um abraço.

    Este que lhe dou.

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  6. Atente-se nos inquéritos que ontem vieram a público. A realidade não é só branca ou só preta - há uma enorme gama de cinzentos onde ela se move. E a queda do muro não dita, por si só, a supremacia "ideológica" do capitalismo sobre o socialismo/comunismo. Quando muito, mostra que aquele se adaptou melhor. Mas se falamos dos que se adaptam apenas de forma elogiosa, caímos no "Deus me livre"...

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  7. Também eu estive duas vezes em Berlim, ambas após a queda do muro (a 1ª em 1997 e a 2ª em 2007). Em 10 anos as diferenças são abissais! Com a queda do muro, a Alemanhã passou a ser a maior potência europeia e hoje, 20 anos após a queda do muro, emerge cada vez mais aquela que ironicamente foi a responsável pela sua edificação a Rússia.
    Passados 20 anos onde noutros países se derrubam muros, em Portugal erguem-se. Contra este muro, este sim real e não virtual, não vejo qualquer reacção. E no entanto o governo presiste em o erigir, separando povoações, freguesias e concelhos. Destruindo terrenos expropriados a "custo zero". Endividando o país na sua construção e nos custos de exploração para as próximas gerações. Este muro irá passar por Almagreira,Pombal e Carnide. Vai deixar as pessoas e o Concelho mais pobre. Vai retirar maior dimensão a Pombal, que já perdeu bastante à alguns anos com a supressão de paragens dos expressos rodoviários e agora com o TGV, e a criação da estação de Leiria, perde em termos rodoviários.

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