15 de abril de 2010

Natalidade ou fatalidade?

O PS propôs, na reunião do executivo camarário, a atribuição de subsídios aos recém-nascidos como forma incentivar a natalidade.
O PSD rejeitou a proposta com o argumento de que esta fomentaria gravidezes indesejadas e responsabilizou o PS pela redução da natalidade com a descriminalização do aborto e o casamento homossexual.
Decididamente, nascer, aqui, pode ser uma fatalidade.

10 comentários:

  1. Gravidez indesejada? Santa Ignorancia, alguem julga que se tem um filho só pelo subsidio... Palermice tem hora.
    A proposta do PS, julgo eu, seria simplesmente uma ajudinha aos casais jovens que tanto se esforçam para conseguir educar um filho

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  2. Eu confesso que acho essas medidas de apoio à natalidade, dos municipios, como uma coisa que "é mais parra do que uva". Apoia-se a natalidade é criando creches públicas gratuitas (tão poucas as que temos), por exemplo. Contudo, e nem que seja pelo aspecto simbólico, posso até concordar que "passem" (sem entusiasmo de minha parte, reforço).
    Contudo, absolutamente inenarrável é o argumento usado pelo PSD. Caros homofóbicos e preconceituosos ultra-cristãos: os homossexuais "não casados" também não fazem filhos. E os filhos que os pais queriam que nascessem, se não forem abortados legalmente, são abortados ilegalmente, ou pior ainda, acabam em instituições, com maus tratos, ou... num caixote do lixo ou numa ETAR, como já aconteceu em Pombal. A iagem é muito violenta, peço desculpa por ela, mas é a crua realidade. Não vão por aí, porque para além de o argumento ser uma idiotice, é completamente ofensivo.

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  3. As propostas de natalidade, também a mim, não dizem grande coisa. São muitas vezes atirar dinheiro a problemas e pouco mais, quando concebidas de forma desgarrada daquilo que verdadeiramente interessa: garantir igualdade de oportunidade a todos. E isso passa por serviços de saúde e educação de qualidade, em que as opções das famílias sejam financiadas (não directamente). Mas o Gabriel bem colocou a questão.

    Quanto às argumentações para chumbar a proposta estas são absolutamente inaceitáveis num debate político sério. Não é que não se possa ter opinião, mas aqui exige-se uma opinião política sustentada (ainda que influenciada por concepções pessoais) e não o mero ancorar de argumentos em meros preconceitos.

    Quanto às famílias, continuo a achar que a redução da comparticipação da autarquia no IRS (embora carecendo de um limite máximo) era uma medida mais directa e preferível.

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  4. Realmente o PS é responsavel pela diminuição da natalidade mas por questões de má governação (perdoem-me se estou errado,percebo pouco de politica). Basta ver as estatisticas do desemprego e a situação dos jovens (licenciados ou não)á procura do primeiro emprego e a precariedade em que alguns (incluindo eu)se encontram. Assim garanto q a natalidade não sobe.
    Quanto á atribuição de subsidios... concordo com um "presente" á nascença. Todas as ajudas são benvindas e os pais agradecem.Mas nunca será (espero) visto como um incentivo á natalidade.
    Não acredito que vá haver casais "grávidos" propositadamente para receber um subsidio.
    Aborto e casamento homossexual? Penso que esses assuntos não se enquadram aqui...
    a ideia do Gabriel sobre as creches é optima...assim já começa a "cheirar" a país civilizado.
    Mas o que eu queria mesmo era bilhetes pro Benfica... (desculpem mas não resisti :) )

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  5. Eu admiro, sinceramente, a persistência dos que são capazes de assumir um lugar na bancada da oposição. Admiro-os a todos, sem excepção,os que ao longo dos anos têm tido a coragem de queimar pestanas a redigir propostas, sabendo de antemão que nunca passarão. Pelo menos enquanto o presidente for este. No dia em que acontecer o contrário venho aqui redimir-me e faço-lhe um elogio público.

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  6. Tem piada que o engenheiro Narciso usou um bom argumento e esse não está aqui. Só li a notícia na diagonal, mas era feita referência à importância de criar emprego e outras condições de vida e não de subsídios...
    Discordo dos argumentos que aqui são referidos. Mas discordo mais da facciosidade que por aqui reina.

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  7. Amigo e camarada Adelino Malho, boa tarde.
    Reconheço a importância do assunto, mas reconheço, também, o populismo que está por detrás da proposta.
    Um casal, casal, pensa em si mas pensa, também, em deixar descendência.
    Faz as suas contas de forma a viver dignamente, mas a proporcionar aos descendentes uma educação, também, digna.
    Não sou um bom exemplo já que só tenho um filho e, ainda, não tenho netos.
    A opção de só ter um filho teve vários condicionalismos, profissionais e humanos.
    O não ter netos… fico triste, mas nada posso fazer.
    Mas, felizmente, temos no Executivo Camarário bons exemplos de casais que contribuem para a natalidade.
    Todavia penso que a não vingar esta proposta dos senhores Vereadores socialistas não é razão para que não apresentem outras.
    Sou testemunha viva disso mesmo.
    Abraço.

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  8. "Popularuchas ..." foi a expressão arremessada para o zénite do salão!!!
    Por acaso, também acho!! Porque se manda um filho para o ensino? Ah! entendi! é pelos trinta e pouco euros, ou menos, que custam os livros escolares do 1º ciclo. Ah, Claro, vocemecência! Isto não será uma medida "popularucha ..." dito com voz de "tio", alteando o semblante, com expressão de Monarquista dissimulado em Social, não socialista, que isso é "coisa ruim"!

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  9. E essa de "quem faz um filho, fá-lo (não "falo") por gosto", só lembrou à Simone, na altura. "Homem que é homem" não se reserva a 30 segundos daquele prazer tão sublime, só pelos 400 Euros. Mas por, por exemplo, "hoje apetece-me", ou "está a chover, apetece-me uma queca", e perdoem-me a expressão vernacular.

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  10. E já agora, quanto ao ler a notícia, (hoje apetece-me ser chato!) pelas informações priveligiadas a que tenho acesso, muita coisa foi dita, mas o(a) jornalista, não teve espaço para escrever tudo.

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