17 de outubro de 2011

Tasquinhas

Bastou uma Câmara Municipal organizar uma “festa gastronómica” com algumas características tradicionais, em instalações provisórias de nómadas, e chamar-lhe “tasquinhas”, para todas as outras Câmaras Municipais imitarem o “evento” todos os anos.
Misturam-se refeições e exposições, ao jeito de “pão e circo”. O povo gosta e adere, as associações obtêm algumas receitas para as suas actividades e os políticos mostram-se e ganham votos. Apenas o fisco e os restaurantes “sedentários” não participam da festa…

6 comentários:

  1. Boa tarde!
    Esta foi uma iniciativa que pegou de estaca, como diz o povo.

    Em primeiro lugar saliento a boa aderência do povo do Concelho.
    Em segundo lugar realço a boa organização aliada à subida da qualidade e higiene dos produtos.

    Aspectos negativos:
    Os profissionais da restauração, em Pombal, lamentam todas os dias um decréscimo de actividade, que é latente, e perdem uma oportunidade destas para promover as suas especialidades, em suma: não promovem a sua actividade!

    Este evento deve começar a ser equacionado se se pretendo para consumo interno ou para vender a imagem de Pombal a toda a região centro, quiçá, uma referência gastronómica a nível nacional.

    Esta iniciativa, se Pombal não der um passo em frente, corre o risco de cair numa coisa banal como tantas outras das freguesias e dos Municípios mais próximos.
    Mais uma vez foi desperdiçada a oportunidade de promover o que é nosso, nomeadamente os vinhos da Adepombal. A maioria das tasquinhas apresentaram um vinhos de qualidade duvidosa ou outras marcas que não a de Pombal.

    Entendo, como munícipe, que todas as tasquinhas deviam ter mais que uma opção de vinhos sendo obrigatória apresentação do vinho Adepombal.
    Devia ser criado um júri para o melhor prato do dia e estabelecer prémios: melhor inovação, melhor prato, melhor apresentação e melhor simpatia.

    A iniciativa devia ser rentabilizada explorando melhor o turismo cultural de forma a cativar a juventude para o evento.

    Porque não incluir no primeiro dia uma visita das escolas do ensino básico? para as crianças seria um dia inesquecível e estas mesmas crianças promoviam a iniciativa junto dos seus pais, transformando-a numa festa da cidade e dariam um passo gigante par projectar o evento para uma referência nacional.

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  2. Caro amigo Boss
    Parece-me que, depois dos tempos de festa e laxismo que tentamos ultrapassar, deveríamos reflectir sobre algumas questões legais que as tasquinhas nos colocam, mais concretamente, sobre higiene e saúde alimentar, sobre concorrência e, principalmente, sobre liquidação de impostos.
    Em tempos de crise e de reflexão sobre as causas da crise, não podem existir regimes de excepção, "vacas sagradas". Ou estarei errado?...

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  3. Bom dia!
    Caro amigo JGF!
    O seu ponto de vista está correctíssimo. mas. analisando o problema da igualdade de oportunidades deixa de estar a partir do momento em que são dadas iguais oportunidades de participação a todos os profissionais de hotelaria e restauração.
    No que respeita ao artesanato trata-se de uma actividade isenta de tributação, neste caso, parece-me que seria importante definir o que de facto é artesanato e o que facto não é.
    Os homens das pipocas e dos Xurros estão legalizados, pagam os seus impostos.

    No que respeita à higiene, em tempos, repugnava-me tomar ou comer alguma coisa nestas actividades uma vez que a água para lavar a louça era sempre a mesma de manhã à noite. Ao que me informaram a ASAE têm andado a fazer exigências, e bem, e Pombal têm água corrente e respeita as normas mínimas de higiene. Segundo me contaram, este ano, o pessoal das mesas foi proibido de entrar na cozinha no período de laboração da mesma.

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  4. Bom dia!
    Caro amigo JGF
    Suponhamos que a CMP decidia entregar-me a organização das tasquinhas.
    O que eu faria?
    1º Procedia à instalação de uma comissão para a organização das tasquinhas, assim constituída:
    - Vereador da área da cultura e turismo(existe?)
    - Representante da protecção civil
    - Representante das associações patronais
    - Representantes das cooperativas
    - Nomeação de um Júri para concursos
    - Constituição de um regulamento de participação no certame onde constassem: os pratos sonantes da nossa gastronomia regional, pratos a confeccionar, obrigatórios, em dias certos para concurso, vinhos da ADEPOMBAL obrigatórios nas ementas, doçarias regionais, de entre outras produtos regionais.
    - Convite a um nome sonante da Gastronomia portuguesa para um palestra aos profissionais de hotelaria, e outras, e fazia parte do júri.
    - Agendamento da visita dos alunos do primeiro ciclo ao certame, o melhor meio de divulgação.
    - Promover espectáculos de forma a cativar a juventude e proporcionar turismo cultural.
    - Definir o que é artesanato e o que não o é

    Seria esta a chave mestra da minha proposta, à comissão da organização da feira de artesanato e tasquinhas.

    Os lucros obtidos seriam distribuídos pelas organizações de carácter social do concelho.

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  5. Boa noite caríssimos, permitam-me que entre na vossa conversa sobre as Tasquinhas.
    A iniciativa, no meu entender, não tem nada de especial nem propriamente inovador, sendo mais aproximada do banal do que da potencialidade de ser uma referência. Contudo devo ressalvar que não pretendo desmerecer a iniciativa.
    A Cultura Tradicional deveria ser o referencial.
    Por exemplo, ao nível musical, no ano passado tive a oportunidade de assistir ao espectáculo do Grupo Realejo, que lançou um novo trabalho recentemente, inequivocamente com raízes na Cultura Tradicional.
    http://www.youtube.com/watch?v=S7vxj59lT1g
    Este ano deparei-me com o "Baile Popular" travestido em "Baile Pimba", que não me deixou particularmente entusiasmada, nem foi muito "popular", tendo em conta o número de interessados.

    Também ainda não foi desta que traí o Arroz de Cabidela caseiro. Se há uns anos poderia ser devido às condições de higiene, hoje julgo que já não é justificação. Digo isto porque no ano passado um dos participantes mostrou-me as condições e falou-me nas regras de higiene e conservação, que eram escrupulosamente cumpridas por temor da fiscalização.
    Aqui a grande importância da fiscalização, para que as regras existentes sejam realmente cumpridas, ou em caso contrário, haver punição dos infractores.

    Relativamente à igualdade de oportunidades, julgo que nas tasquinhas terão participado apenas Associações, o que poderá eventualmente ter como base um critério para essa mesma participação.
    Todavia, tendo como objectivo promover a gastronomia, seria relevante a participação de empresas da restauração. Assim, o consumidor saberia onde encontrar o produto sempre que assim o desejasse, em vez de ter de esperar pelas Tasquinhas seguintes (por exemplo Vermoil, daqui a menos de duas semanas).
    E os impostos? Deveriam ser acautelados. Fica a questão.

    E pelo sim pelo não, optaria por não fazer grandes referências nem dar grande destaque ao Vinho Adepombal,porque pode ser insuficiente para as clamações.

    E por último, julgo que não são necessárias grandes discussões nem teorias sobre a definição de Artesanato. O necessário é adoptar uma das definições existentes, que consequentemente ditaria as regras de participação.

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  6. Não tive oportunidade de participar nesta edição, mas fui durante muitos anos um voluntário assíduo no evento. Penso que a feira se soube adaptar ao longo dos anos, em termos de espaço, condições de higiéne e mesmo nalguns requisitos legais. As tasquinhas são talvez o evento que mais aproxima as freguesias (aldeias) à sede de concelho (admito que existem outros, como algumas actividades do bodo). Há sempre aspectos a melhorar mas, na minha opinião, trata-se de uma iniciativa que deve ser enaltecida e mantida.

    Cpts.

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