12 de janeiro de 2012

Estratégia

Turismo Leiria-Fátima e do Oeste encerram e integram região de Lisboa ficamos a saber pela imprensa regional. A extinção de serviço em si não me aflige.
Mas e Pombal? Entre os que acham que Pombal de turístico nada tem e aqueles que acham que há potencial muito mal aproveitado aos que acham que temos recursos, acredito que ninguém achará que onde Pombal "encaixa" é de somenos importância. 
Para já, porque em qualquer cenário há vantagens em estar associado a uma zona turística que potencie receitas para a região. Dito isto, parece-me mais um exemplo de centralismo acéfalo associar Leiria-Fátima a Lisboa em vez da associar a uma zona Centro (que até passasse pela harmonização de mapas). 
É que Pombal estaria na possibilidade, apesar de ficar no Sul desse centro, de ficar com uma centralidade invejável entre pólos de turismo histórico-cultural, religioso e natural. Como ficamos, por exemplo, em relação à Rede Urbana dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego?
Mas para isso é preciso pensar estrategicamente. E é preciso uma voz (do Concelho) que se ouça para lá do mero dislate. E, claro, uma visão que a população conheça porque participou na criação da mesma. 
Mas claro, já sabemos que por Pombal, a preocupação ou é a placa de inauguração ou "ajudar o amigo, porque que raio de sociedade é esta onde se não ajudarmos os amigos, quem ajuda?". O resto, já sabemos, ou são instrumentalizações ou catroguices.

13 comentários:

  1. A região de Sicó conseguia ser ela própria uma região turística, o problema é que não temos gente competente no sítio certo, as coisas funcionam mais pelo interesse e amizade... Falham as autarquias, que funcionam numa lógica de capelinhas e falha a Terras de Sicó, que nunca foi mais do que uma extensão política das autarquias, em vez de ser o que teoricamente é, uma Associação de Desenvolvimento Territorial.
    E a culpa é de todos nós, uns mais outros menos, no entanto o que é que a maioria pede em tempo de eleições? Resta saber o que vamos exigir a nós próprios para o nosso futuro, mais mediocridade ou o fundamental desenvolvimento
    Dou apenas um de muitos exemplos, o qual já tendo vindo a propor desde há uns 5 anos, porque é que não temos aldeias do carso, contraponto às aldeias do xisto? Notem que não existem aldeias do carso em Portugal, e caso a região de Sicó as tivesse, isso só por si poderia significar muito para a região. Agora juntem a isto todo o património natural, cultural, histórico, arqueológico, etc, e façam as contas que resultariam de um plano devidamente estruturado para toda a região de Sicó. Há muito mais para falar, isto que referi já dá para reflectir bastante.

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  2. Tá ..... Tá
    São catroguices Sr.
    LISBOA aqui tão perto com aeroporto na cidade e os catrogueiros até conhecem o Vale dos Poios, A serra da Sicó, O bananal do Arunca, os vinhos da ADEPOMBAL, a pista de tartan, a ciclovia, o mel e o queijo do Rabaçal.
    Pensei em dar uma volta de bicicleta mas desisti porque a a ciclovia têm estado muito congestionada pelos ciclistas enviados por Lisboa.

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    1. Falo com pleno conhecimento de causa, o que não me parece ser, de todo, o seu caso. Confirma-se plenamente o que eu penso já há muitos anos, fala-se sem conhecimento de causa e faz-se juízos de valor sem conhecer todas ou quase todas as variáveis que entram na equação do desenvolvimento dito sustentável.
      Catroguices? Não me parece, eu andei na escola da vida e sei do que falo, daí estar plenamente consciente do potencial que representa a região de Sicó.
      Só para finalizar, por agora, sabe ao menos que, por exemplo, a região de Sicó tem a terceira maior gruta de Portugal? Possivelmente não sabe, mas eu sei e faço por isso. Exemplos fantásticos como este há muitos mais (seja em termos de arqueologia, cultura, etc), se quiser estarei disponível para o informar devidamente, pois a sua visão parece-me politizada (independentemente de cores políticas). É esta visão politizada das coisas que tem impedido o desenvolvimento da região de Sicó, mantém-se as pessoas na ignorância para abrir caminho a visões estereotipadas de desenvolvimento. Um dos problemas que vejo nas suas palavras, é que do que refere, apenas um elemento é fora de Pombal, quando afinal a região de Sicó extende-se desde Condeixa até Alvaiázere (sensivelmente). Capelinhas não obrigado, eu vejo as coisas no seu todo e mantenho o que disse atrás. Das suas palavras não vejo qualquer tipo de argumentação face aos factos que referi inicialmente.
      Os meus cumprimentos

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  3. Tá ... Tá!
    Caro Sr. Paulo Forte:
    Ponto um: ambos temos a escola da vida.

    Ponto dois: analise bem que aquilo que escrevi nada têm a ver com o seu comentário (veja a hora da sua publicação e a hora da minha publicação), impossível ler o seu comentário, escrever e publicar o meu em três minutos.

    Ponto três: leia bem, ... congestionamento da ciclovia pelos ciclistas de Lisboa ......, faço-lhe um desenho, o meu comentário é sarcasmo, puro

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  4. Sim, por acaso apenas depois de referir a hora do comentário vi que nada tinha a ver com o meu, daí reconhecer o erro de ter assumido que o seu comentário era para mim.
    Erros à parte, mantenho tudo o resto, salientando que além da escola da vida tenho a conhecimento de causa em termos de património natural, cultural, entre outros, daí estar a apontar o erro que faz ao fazer um juízo de valor sem conhecer a coisa no seu todo, ou seja os valores patrimoniais vários que a região de Sicó tem.
    Relativamente à ciclovia, esta não faz parte de Sicó, ou da área relativa ao que denomino por região de Sicó. Mais uma vez sublinho do que refere, pouco é relativo à região de Sicó...
    Aconselho a leitura de um livro,o "Portugal Rural - O desafio", depois da qual poderá realmente compreender do que afinal estou a falar quando digo que temos potencial por nós próprios, enquanto região que não precisa de muletas.
    Os meus cumprimentos

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  5. Meus caros,
    Nós podemos ter muitos "tesouros naturais e arqueológicos", fenómenos de fazer pasmar o menos "pasmável" cidadão do mundo... mas sinceramente, nem é isso que verdadeiramente importa. Importa, sim, é haver vontade de receber as pessoas. Hoje em dia, é mais fácil apostar no turismo do que era há uns anos atrás, porque o turista modal já não procura as "grandes maravilhas do mundo", e há um grande mercado que precisa "apenas" de algo que lhe surja como agradável. Uma casa num sitio sossegado, com uma piscina e uns cavalos a correr livremente. Uns caminhos para fazer BTT. Observação de pássaros. Desportos radicais. Eu sei lá... coisas que se fazem, não precisamos ser bafejados pela sorte e pela mãe natureza... coisas possiveis tanto no mais paradisíaco recanto da serra do Montesinho, como em Pousadas Vedras. Basta querer. Basta VONTADE! E esse sim, pelos vistos, é um recurso que nos tem faltado, em Pombal.
    De resto, note-se no interesse que este post suscitou, e assim se perceberá que há aqui mais que uma culpa "institucional": há uma imensa responsabilidade colectiva por esta inacção!

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  6. Boa tarde!
    Subscrevo Gabriel, inteiramente, toda a população de Pombal sabe da existência de grutas na Serra da Sicó e nada têm sido feito para as tornar acessíveis nem para as divulgar. ainda, gostaria de ver um estudo sobre a possibilidade de florestar a Serra.
    Afinal para que serve a Adsicó?

    O Tarantola escreveu aqui qualquer coisa só com sarcasmo e o outro Senhor não entendeu, não é com sarcasmo que vamos lá, vamos sim mostrando interesse pelo que é nosso e apresentando ideias.

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  7. De facto temos um grande tesouro, o nosso território, o qual nos moldou e o qual fomos moldando ao longo de séculos. É neste território que temos prazer de viver que o turista gosta de conhecer, os caminhos antigos, a calma do rural, a cultura, etc. Temos muitos tesouros, curiosamente alguns deles nem deverão ser alvo de visitação de um elevado número de turistas. Discordo que precisemos de piscinas, pois podemos ter lagos naturais. Cavalos podemos ter, mas prefiro os burros, pois são esses que fazem parte da nossa cultura e que trabalhavam nos campos. Não precisamos ser bafejados pela sorte porque até somos, temos é o azar de não ter políticos que aproveitem o que temos. Ao invés temos políticos que destroem algumas das nossas mais valias territoriais em busca daquilo que não faz parte da região de Sicó, que podemos encontrar em qualquer sítio do mundo.
    Para piorar temos falta de visão e não vemos a região no seu todo, vemos apenas as capelinhas de Pombal, Ansião, Alvaiázere, Penela, Soure, Condeixa... A associação de desenvolvimento local "Terras de Sicó" não é mais do que uma extensão política das autarquias, enviezando todas as tarefas que lhe caberiam. A Terras de Sicó não soube, entre outros, afirmar a região de Sicó enquanto região de turismo independente, o que é a prova da sua falta de competência enquanto associação de desenvolvimento. Alguns dos factos que são salientados pelo Gabriel Oliveira, caso do btt e observação de pássaros, etc, já os destaquei (e muitos outros) no meu blog, que é relativo à região de Sicó. Concordo plenamente com o que este refere da inacção, é a nossa triste sina.
    Sobre o que DBOSS refere, acerca da reflorestação da Serra, isso é algo que tem de ser feito com muito cuidado, pois surge logo algum chico-esperto com ideias mirabulantes, como aconteceu há alguns anos em Ansião, e mais recentemente no mesmo local. Sobre as grutas, é preciso muito cuidado com isso, pois são os espeleólogos que em primeiro lugar têm a palavra e não os autarcas. O facto de termos muitas grutas não significa que estas possam ser grutas visitáveis...
    DBOSS tem razão quando refere que vamos mostrando interesse pelo que é nosso, eu já faço isso há muitos anos e sem medo de levar "selos", mas não basta mostrar interesse, há sim que fazer na prática. O problema é que quem está nos lugares certos não tem a competência para isso mesmo e quem os mete lá somos nós, portanto somos os primeiros culpados pela má situação em que estamos. Eu não me fico pelas palavras, às vezes cometo erros, mas estou de consciência tranquila, agora fica o desafio para que sejamos activos em prol de uma causa que é de todos.

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  8. João Paulo Forte

    Concordo quando diz que primeiro quem sabe e depois os autarcas. Haja é autarcas que os ouçam. Depois, tal como o Nuno Gabriel refere, é esclarecedor que tão poucos de Pombal, com excepção do nosso amigo DBOSS e da visão sarcástica (e pertinente) de Tarantola, se preocupem sequer com isto.

    Como diz, todos deveríamos ser activos em prol de uma causa que é claramente supramunicipal, consoante as possibilidades de cada um, claro. Mas a verdade é que nos estamos a borrifar. Nos, em geral, como é óbvio. A placa e a rede de interesses sobrepõe-se a qualquer ideia de dinamismo que possa resultar em crescimento económico, com base no turismo.

    E assim vamos paulatinamente. Pode ser que, um dia, em Pombal haja alguém com maior sensibilidade para estas causas com o cartão laranja (ou rosa, se o poder lá chegar) e aí, talvez, o poder perceba. Até lá...

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  9. Sim, é um facto que 99,9% se estão borrifando para as causas que afinal são comuns. Eu estou nos 0,1% que não se estão borrifando e no meu círculo de amigos mais próximos estão mais pessoas assim. No que me toca, o facto de ser tão activo nestas questões já me custou, em tempos, o emprego, pois fiz frente a gente que não interessa a ninguém.Isso também me levou, posteriormente, a desistir de uma ideia para uma empresa de geoturismo e marketing territorial para a região de Sicó, aí tudo se juntou contra mim, pois o que interessa não é o mérito, é sim a teia de interesses aqui instalada. Quem não se identifica com esta teia...
    Mesmo assim há que mantermos este espírito activo, que lute contra a passividade de muitos cidadãos que literalmente se estão a borrifar para o seu futuro e que se deixam enrolar nas teias do supérfluo, clientelismo e afins. Eu não desisto e continuarei a exercer a minha cidadania, por mais que incomode corruptos, incompetentes, lambe botas e afins. A crise é de valores, tendo sido essa mesma falta de valores e ética que levou à crise financeira, essa é que é...

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    1. Boa dia!
      Certamente sabe que há licenciaturas para as área da arqueologia, turismo, eco-turismo entre e outros!
      Há licenciados e mestrados em ecoturismo em Pombal (julgo que também em Ansião), licenciados em turismo e muitos espeleologistas, muitos desempregados, ou seja: todos técnicos da natureza, jovens, capazes de fazer algo pela nossa terra e não lhes dão oportunidade.
      Pergunto: quantos técnicos nestes áreas têm as Câmaras da região da Sicó? julgo que nenhum! E quantos técnicos nesta área têm a Adsicó? nenhum!

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    2. Claro que há. Mas sobrepõem-se sempre duas coisas: o cartão (independentemente da cor) e a sensibilidade inexistente por parte dos autarcas. E claro, também a desresponsabilização e despreocupação da maioria da população que nem sequer concebe a hipótese do turismo ser uma indústria que, mesmo que comece devagar, devagarinho, é uma aposta que interessa.

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  10. Caro Tarantolas
    Espeleólogos, é assim que se denominam. Esclarecimentos à parte, as câmaras têm, ou tiveram, técnicos da arqueologia, turismo, ecoturismo, entre outros. Eu já trabalhei numa câmara municipal (sem cunha) durante 3 anos, e conheço bem a realidade regional, daí estar plenamente à vontade para falar sobre estas questões. Além disso não são apenas os licenciados ou os mestres que têm capacidade de fazer algo de bom pela terra, são todos os cidadãos, independentemente das suas habilitações académicas. As oportunidades que refere, não são para todos, genericamente são para aqueles que orbitam em redor dos mesmos interesses mesquinhos que têm guiado (mal) esta região. São estes mesmos interesses mesquinhos que não dão oportunidade os técnicos que têm, ao invés rodeiam os mesmos numa teia que se rege pelo ilógico.
    Mas ainda bem que fala por exemplo em arqueólogos, pois por exemplo Ansião teve um excelente que fez um notável trabalho no Castelo em Santiago da Guarda. Sabe o que lhe aconteceu depois do trabalho feito? Simples, mandaram-no embora em vez de o manter e incentivar a dar seguimento ao seu notável trabalho. Relativamente à ADSICÓ, essa é uma entidade politizada, que, quanto a mim, não faz o trabalho que deveria fazer.
    Outras entidades há que não metem ninguém de modo a dar continuidade à rede de interesses instalados, bastando para isso estar com alguma atenção às agendas destas mesmas entidades.
    Como vê, a realidade da nossa região é bem complicada e eu estou particularmente à vontade para falar disso mesmo, longe de politiquices e de forma imparcial.

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