5 de dezembro de 2013

Freud & Maquiavel, I

Os tempos são esquizofrénicos por toda a parte e nos vários fragmentos da sociedade. Em Pombal - onde, já se sabe, nem tudo é normal - vive-se um paradoxo: nunca a sociedade foi tão dominada pela Igreja e nunca assistimos a uma corrente tão transversal de valores pouco cristãos. Às vezes humanos, só.
As empresas gostam de encher a boca com a solidariedade e a responsabilidade social, mas são um lugar muito estranho em matéria de respeito pelos direitos e de cumprimento de deveres. Não admira por isso que as instituições sejam um reflexo deste retrato. O falso associativismo de que aqui fala, amiúde, o Adelino Malho, tem sido maná para meia dúzia de alpinistas sociais. Mais do que o falso associativo, aquilo a que estamos a assistir em muitos casos (haverá sempre honrosas excepções)) é falso dirigismo. Ora, se as reuniões de assembleias gerais ficam vazias, com que moral se podem queixar os associados?


3 comentários:

  1. Olá Paula Sofia já que ainda andas por aqui não sabes de nada sobre a ETAP?

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    1. Sei. Mas esse é um dossier de outro d'a casa. Estou em crer que aqui virá dar novidades em breve. Vá passando, ó Samuel ;)

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  2. Bom dia
    Diz-nos a história que as crises andam de mão dada com a religião, a fé e a esperança é a última coisa a morrer. logo, pedimos a Deus para nos ajudar.

    Sempre que as coisas nos correm mal refugiamo-nos na religião, a maioria diz valha me Deus e a minoria fala uma ladainha cantava com F....... e C...........

    Na prática a sociedade, em tempos de Bonança, esquece o que de mais importante há na vida, as relações humanas com espírito são e da igreja, com a crise, vem à terra, apercebe-se que a vida é curta, os bens materiais são efémeros, começa a privilegiar as relações humanas e venera a Deus para lhe proporcionar melhores dias

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