8 de junho de 2018

Como a valorização da irrelevância expõe o populismo mais bacoco

A propósito do encerramento da agência de CGD no Louriçal:
- Diogo Mateus decidiu “que perante tal situação tão desagradável e a desconsideração pelo povo de Pombal, neste caso mais concreto do Louriçal, a CMP vai tomar uma posição e deixará já a partir de amanhã de trabalhar com a CGD”.
- Pedro Pimpão – esse grande deputado da Nação – “remeteu uma pergunta regimental dirigida ao Ministro das Finanças…” e “manifestou a total solidariedade para com a população do Louriçal e toda a região envolvente pelo anúncio de uma decisão com a qual não concordamos e que pode ter consequências muito nefastas para um território com uma interessante dinâmica económico-social que merece um melhor tratamento por parte das entidades responsáveis nos diversos sectores”.
- O sonso PS local associou-se ao choradinho e veio “reconhecer a importância que aquele balcão da CGD tem para a população, para os empresários do Louriçal e para o desenvolvimento económico da região”; atestar que “A manutenção de um serviço público bancário na vila do Louriçal é uma necessidade e também um direito próprio das populações”; asseverar que “Reduzir o número de agências da CGD no concelho de Pombal a apenas uma, é incompreensível e inaceitável do ponto de vista da coesão territorial e do interesse das suas gentes”; e, disponibilizar-se para “acções de luta e em negociações que tenham em vista a reversão daquela intenção de encerramento”.
O PSD local veio “expressar a mais profunda indignação relativamente à intenção … de encerrar, no próximo 29 Junho, o balcão situado no Louriçal”; contestar a decisão com argumentos falsos; e, exigir ainda mais do acabrunhado PS local.
- Etc.
Pobre terra que tem políticos destes: escravos do populismo bacoco, sonhadores débeis, pobres-diabos cuja racionalidade não vai além da banalidade, moralistas ascéticos que abrem feridas para poderem seduzir pelo consolo.
Se há alguma injustiça ou irracionalidade na decisão de encerrar o balcão da CGD no Louriçal, pergunto: porque é que esta amálgama de populistas bacocos não junta esforços e exige a abertura de uma agência da CGD em cada freguesia (Abiul, Vila Cã, Santiago de Litem, S. Simão de Litém, Albergaria dos Doze, Vermoil, Meirinhas, Carnide, Ilha, Mata Mourisca, Guia, Carriço, Almagreira, Pelariga e Redinha)?
Porque é que, durante tantos anos, se esqueceram das populações das 15 freguesias discriminadas - dessa suposta necessidade básica, desse serviço público essencial, desse direito próprio das populações?
Decididamente, somos governados por criaturas sem qualquer noção do ridículo.

3 comentários:

  1. A CGD de depósitos está com problemas financeiros, pois teve que resgatar outros Bancos. Não admira que feche os Balcões deficitários. O PSD é tão a favor da livre ECONOMIA...Se a Economia do Concelho estivesse pujante abriam novos balcões de outros Bancos...Assim vão fechando. É pena mas 30 anos de PSD vão acabar nisto. Um Concelho Moribundo economicamente. Esse é o grande legado de Diogo Mateus, pois foi o politico que mais anos esteve em órgãos Executivos no nosso Concelho. Para ele no domingo vou á missa rezar 3 Pai-Nossos e 4 Avé-Marias...Pois só a Nossa Senhora da Boa-Morte pode salvar o Louriçal

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  2. Caro Roque:
    A CGD teve de ajudar outros bancos? Teve? Ou alguém quis?
    Os bancos, tal como os conhecemos com instalações físicas e funcionários a atender os clientes, estão gradualmente a desaparecer. Uma grande parte dos clientes de hoje e a quase totalidade dos clientes de amanhã movimentam e movimentarão as suas contas a partir do seu dispositivo móvel (computador, telemóvel ou outro); ainda mais quando se passar para o dinheiro eletrónico...
    É por isso que, na próxima década iremos assistir ao crescimento sucessivo do fecho de várias agências bancárias. E isso é o progresso...

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  3. Por vezes sou surpreendido com banalidades que me deixam a meditar na estagnação mental de certas pessoas. O senhor Roque fala em 30 anos de PSD como que se caminhássemos para o abismo, Será que caminhamos mesmo? Evoluímos muito nestes 30 anos, segundo o Senhor Roque a responsabilidade é do PSD, dê-lhes os parabéns. Na década de 60 apareceram as primeiras máquinas, conhecidas como computadores e ocupavam divisões com cerca de 20 m2, com os primeiros algoritmos; na década de 70 essas mesmas máquinas, com as mesmas funções, passaram a ocupar cerca de 2 m2; na década de 80 apareceram os PC - XT da IBM, sistemas fechados e, pouco depois, na mesma década, aparecem os sistemas abertos, compatíveis IBM baseados no MS-DOS que trabalhavam a uma velocidade de relógio de 4,7 Mhz e os timex, sendo o o seu volume semelhante ao PC dos dias de hoje. A evolução para os dias de hoje já todos a conhecemos. Sr, Roque dê os parabéns ao PSD por estes 30 anos. A evolução tecnológica, nos dias de hoje, é como a água debaixo duma ponte passa uma vez e não volta a passar. A evolução tecnológica permite efectuar transferências bancárias no café, na praia, de casa, estamos todos à distância dum clique , estes actos permitem poupanças muito elevadas com custos administrativos com conferência de cheques pagamentos e levantamentos em caixa, obviamente recorremos menos vezes ao banco. Com o aparecimento da tecnologia Blockchain os actos de compra e venda vão ficar mais simplificados mais eficientes, mais rápidos, estando tudo a caminho das moedas virtuais, tais como Bitcoin, Etherium, IOTA, Riple, Litcoin de entre muitas mais. As cripto - moedas vieram para ficar e para simplificar as tarefas dos bancos centrais uma vez que as moedas correntes actuais têm custos de manutenção elevados e com a implementação destas moedas os custos dos bancos vão seguramente diminuir. À semelhança do que acontece em toda a Europa a tendência é o HOME / Banking, ou seja cada um consulta a sua conta e movimenta a de casa sem necessitar de ir ao banco e aqui entra mais uma vez a tecnologia Blockchain. Compreendo a posição do Senhor presidente da CMP mas esta é a realidade nua e crua, vão encerrar muitas mais agências nos próximos anos , o tempo das cadernetas já lá vai

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