27 de fevereiro de 2021

O canto do cisne

O canto do cisne é uma crença antiga de que o cisne branco é completamente mudo durante toda a vida mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer. Sabe-se há muito tempo que a crença é falsa – os cisnes brancos não são mudos e não cantam antes de morrer. 

Todos sabemos que D. Diogo ouve bem, tem boa memória, e canta ainda melhor. Que tem um discurso politicamente construído, ideológico, mesmo na forma como introduz a tecnicidade, cheio de elementos significantes (a ordem, a fé, o elitismo, etc.), que usa uma retórica vigorosa, habilidosa, muitas vezes falsa, sem materialidade, ora cortês ora agressiva, não como instrumento de persuasão mas de manipulação da opinião pública e dos seus opositores. O seu problema esteve sempre na dose, foi a dose que o matou.

Ontem, nas reuniões do executivo e da AM, D. Diogo exercitou o seu discurso de despedida, um verdadeira representação do canto do cisne, repleto de ironia e sarcasmo, virilidade e altivez, verbosidade e impudência, pretensiosismo e vaidade, digno de quem se considera “o eleito” - ainda não caiu na real.   


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