18 de outubro de 2021

Regresso ao Farpas e unanimismo

Como é do conhecimento público, estive em campanha eleitoral por um movimento independente à Assembleia Municipal. 


Como não poderia deixar de ser, em termos éticos, não seria correcto usar esta plataforma durante a campanha eleitoral. 


O Farpas não existe para promover qualquer movimento político, mas antes para acordar de uma dormência coletiva de unanimismo e trazer para a agenda assuntos que não eram assuntos. Ao fazer isso, trás para o domínio público o que muitas vezes nem se sonhava existir, promovendo a crítica, feroz por vezes, da coisa e dos agentes públicos, onde também me incluo. 


Cada texto é de responsabilidade pessoal e por vezes contraditório de outros “farpeiros”. Mas é esse contraditório e comentário mordaz que gera a discussão e evidência diferenças e alternativa que garante democracia.


Quem assume um posicionamento político é “farpável”, e assim deve ser, com naturalidade. Quem não sabe lidar com o contraditório, dificilmente lidará com democracia.


Neste pontapé de saída do mandato, assusta o discurso de Pedro Pimpão de que tudo é importante, sem priorização, sem opções claras. Fala-se de um plano estratégico como primeira medida, depois de dizer que todas as áreas são uma prioridade.


Estudos há e houve como já aqui evidenciei.

http://farpaspombalinas.blogspot.com/2019/12/ha-estrategia-para-pombal.html?m=1


E por vezes este embalar de assuntos, numa música coletiva poderá servir para ganhar tempo, quando tempo é algo que não temos. 



Por isso não pode haver unanimismo, porque isso prejudica-nos a todos. 












3 comentários:

  1. Amigo e companheiro Dr. Luís Couto dos Santos, dou-lhe os parabéns pela sua eleição mas fico triste pela sua prestação.
    Não o conheço como engravatado, mas agora descasacado e quase descamisado é que não se faz.
    Fica feio, à luz da nossa Cultura Ocidental.
    E as descamisadas não são, propriamente, a função primeira da Assembleia Municipal apesar de eu gostar e de ter participado em muitas para ver as moças e beber um copo de vinho fino, ou um de bagaço com mel.
    Por isso fico triste, outra vez.
    Nos finais dos anos setenta e nos anos oitenta íamos para a Assembleia Municipal de Pombal encasacados e engravatados.
    Mas íamos todos, numa democracia ampla onde cabiam o PSD, o PS, ou vice-versa, o CDS e um comunista, com sólida formação cívica e cultural.
    E lá íamos caminhando, até que o comunista sumiu e o CDS definhou da Assembleia Municipal.
    Nos últimos tempos tivemos, de novo, o CDS e um comunista que não tinha cartilha e que se focava nos problemas do concelho.
    Até que, por último, tivemos o BE que tinha muitas cartilhas encomendadas e que faziam parte das suas ladainhas pouco católicas.
    Mas, felizmente, sumiu.
    Agora temos uma espécie de democracia participativa com o meu amigo “não inscrito” como a AR designa os Deputados não alinhados.
    Mas isso seria o menos grave.
    Grave, grave é o meu amigo não entender o discurso do nosso querido e muito amado Presidente Pedro Pimpão.
    Vejo a sua prestação na AM muito complicada.
    Saúde e Fraternidade
    Rodrigues Marques
    PPS - Deus queira que o do lápis azul não obste que se publique este meu comentário.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Caríssimo Rodrigues Marques,

    Vai-me perdoar seguramente que dispense as formalidades do cumprimento. São pequenos sinais destes, tal como a dispensa de títulos - que espero que contribua para a aproximação das pessoas à política. Espero poder manter este comportamento menos formal mas não isento de seriedade e respeito por todos de igual modo.

    Ainda bem que reparou no pormenor, porque foi com intenção.

    Sobre o resto, bem… o futuro o dirá e espero que ca estejamos para olhar para trás e fazer, então, as devidas análises.

    Abraço democrático

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