4 de setembro de 2023

Ó da Guarda; põe mão no urbanismo desta terra

A “Junta” autorizou a construção de um mamarracho destinado à habitação multifamiliar, com 3900 m2 de área, 5 pisos (dois abaixo da cota de soleira – inaugura a habitação subterrânea em área rural!), volumetria e forma disformes (profundamente chocantes), na província (área dos Vicentes).


Julgávamos que estes atentados urbanísticos, próprios de épocas sem instrumentos de ordenação territorial e urbanística, já não se cometiam. Mas em Pombal Ocidental tudo é normal…

Um trolha com algum bom senso no poder fazia mais pelo urbanismo desta terra que os arquitectos que projectaram e aprovaram esta barbaridade. Mas infelizmente falta-nos quase tudo: políticos com juízo e técnicos com seriedade. 

1 comentário:

  1. Como já há tempos não comento aqui, dou agora a minha contribuição para a discussão que normalmente se levanta.
    Estou certo que nem o PDM nem os limites regulamentares foram ultrapassados neste caso, porque se foram todos os intervenientes terão um problema em mãos.
    Outra coisa é se se justifica ou é recomendável uma edificação destas no local em que está edificada, com habitação subterrânea como aqui de afirma e parto do princípio que é verdade.
    Ora neste caso a apreciação deve é ser política, já que é nesse âmbito que se definem as razoabilidades do que acontece no nosso espaço.
    Neste caso parece que há, para o local, uma regulamentação demasiado permissiva que depois acaba colidindo com os sentimentos locais que no fundo são aqueles que mais podem ter a reclamar com certos atentados legais.
    Na Guia passa-se exatamente o mesmo, onde a regulamentação permite instalar indústria de grande e pequeno porte onde a sensibilidade local jamais imaginou ser possível e para a qual as vontades políticas de uns e as submissões interessadas de outros aos poderosos fazem força para que sim apesar de um clamor popular local para que não.
    Lá está, na vida nem tudo funciona afinadamente, nem todos os decisores fazem ou lutam pelas opções certas e depois lá ficam para a eternidade certas nódoas estéticas, disfuncionais, mas que aproveitam sempre a meia dúzia, tal qual o prédio aqui em questão.
    Alguns cá da terra até andam a jogar no bleuf na expetativa de poderem vir a beneficiar de umas migalhas que os poderosos deixam escapar tal como se dá milho aos pardais para eles cantarem. E cantam bem.
    É a sina portuguesa dos portugueses...

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