25 de abril de 2009

Assembleia Municipal

Em linguagem futebolística, pode dizer-se que a última AM era um confronto que prometia muito mas não correspondeu às expectativas.
Com o terreno inclinado, o árbitro a interromper e a cortar o ritmo do jogo e um adversário teimado em queimar tempo não se consegue um bom jogo, emotivo, tecnicamente bem jogado. Mesmo assim, conseguiram-se alguns bons lances, bolas no ferro e auto-golos.
Segue dentro de momentos…

13 comentários:

  1. Por momentos parecia que estava a ler o comentário à entrevista de Sócrates na RTP

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  2. Entrevista? Aquilo pareceu mais um comunicado à nação, nos moldes do outro senhor. Conversas em familia, lembran-se?

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  3. E um dos lances protagonizados pelo Eng Malho foi utilizar uma atitude ofensiva para com os vereadores da oposição ao afirmar que o presidente de câmara se descurou, ao afirmar que bastaria umas palmaditas nas costas dos vereadores da oposição para que a gestão das contas da câmara tivessem sidos aprovadas por unanimidade.
    Uma provocação deselegante que motivou o abandono imediato de Rui Miranda da AM. No mínimo faltou exibir o cartão amarelo ao Adelino Malho por conduta anti parlamentar, mas se recordarmos as inúmeras vezes que Adelino Malho provocou Narciso Mota sem estar no uso da palavra posso concluir que ficaram por exibir dois cartões amarelos ao Adelino Malho e o consequente vermelho e a sua expulsão da sessão. João Coucelo, o juiz da contenda plenária evitou assim que a bancada socialista ficasse desfalcada de um dos seus membros. Adelino Malho foi poupado pelo presidente da mesa da AM que fez vista grossa às entradas sucessivas de carrinho do deputado municipal Adelino Malho.
    Não exagere, Sr Eng para a próxima o árbitro poderá ser menos permissivo!

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  4. Peço desde já desculpa pelo lapso, apercebi-me agora que escrevi um comentário anónimo, o primeiro

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  5. Por momentos pensei que o membro da bancada do PS Adelino Malho estivesse fora de jogo.
    Pode discordar das opções políticas da gestão PSD agora dizer que ao longo de 16 anos o executivo presidido por Narciso Mota não fez nada... só pode andar deslocado(lei-se fora de jogo) no campo ou no concelho.
    Trata-se de um lance de pura simulação com o objectivo de iludir a opinião pública pelo que deveria ser alvo de um sumaríssimo á semelhança do que aconteceu com Lisandro.
    Ao que sei, a gestão PSD conseguiu sanear financeiramente a câmara o que é relevante e depois fez obras, se discorda das opções é uma coisa, agora não confundamos, dizer que "não fez nada", parece-me puro teatro político.
    As inverdades quando em excesso pode ser contra- producente para o partido que representa.

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  6. Por princípio não respondo a anónimos, mas conheço, quase de certeza, este último (é um dos meus adversários na AM e fez lá este discurso falso, que só se pode justificar por uma qualquer distração ou problemas do foro otorrino.
    Antes de criticar o desempenho do executivo em 2008 e no mandato, enunciei o que fez bem, o que não fez e o que fez mas não era prioritário. Está gravado e ficará registado em acta.
    Um pouco de seriedade, recomenda-se.

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  7. Não se trata de um discurso falso. A sua intervenção espremida tem esta conclusão. O executivo fez valetas, arranjos estátuas etc etc mas de estruturante para o concelho nada fez. Foi esta a mensagem que tentou passar. E a prova é que alguns presidentes de junta intervieram em discordância consigo desafiando o senhor a ir às freguesias. Falando em seriedade não me diga que não tem consciência dos dribles e nas afrontas que faz ao presidente Narciso Mota. Mais, já percebi a sua táctica. Provocar para ter reacção espontânea e por vezes descontrolada de Narciso Mota. Esta é a sua táctica. O sorriso com que afronta Narciso Mota. Não está no uso da palavra mas está sempre a picar o homem. É deliberado e cada um responde pelas suas tácticas ou deveria assumir a sua. Penso que perceberá que utilizo linguagem puramente desportiva. Ou vai-me dizer que a sua postura em relação ao executivo não é de bota abaixo. Ou malhar, como queira.

    Manuel

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  8. Falta-lhe profundidade de concretização, mastiga em demasia o jogo, é demasiado previsível nas movimentações ofensivas( leia-se atacante).
    Parece o Portas cá do sítio, fala,fala, frases chavões mas...falta -lhe objectividade e capacidade em flanquear o seu vocabulário político. Não penso que o grande estratega Adelino Mendes que sempre foi bem ou mal, o centro campista, o carregador de piano do PS o seleccione para a sua lista. Cometeria um erro pela falta de credibilidade das suas transições parlamentares.

    Manuel

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  9. Eh lá
    Este "Manuel" tem linguagem de relator radiofónico desportivo...

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  10. Nunca, nunca o Eng. Narciso tem ou terá a capacidade e inteligencia que o Dr. Adelino Mendes demonstra, nem que ele dure até aos 100 anos.

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  11. Segundo consta o narciso tomou os comprimidos todos na ultima assembleia.

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  12. Meus Caros,

    Sobre a questão do Vasco Gonçalves, não falei por o tema ser outro. Como disse os Comunistas não tiveram responsabilidades governativas na área das Finanças, por várias razões, sobretudo de ordem prática e comezinha:
    1. As pessoas de que falei eram das mais credenciadas e prestigiadas para essas funções;
    2. Depois, sucedia o mesmo que sucedia em relação à defesa. Se colocassem comunistas com essas pastas, os nossos aliados e os grandes bancos internacionais, não nos apoiavam nem nos concediam o crédito de que precisávamos.
    3. Julgo que R. S. falará de Vasco Gonçalves por causa das nacionalizações, nesta parte, ainda hoje todos os políticos e economistas referem que elas não foram a causa, mas sim a consequência. Os Comunistas apoiaram-nas, como ainda hoje, falam em apoiar algumas nos sectores básicos e estratégicos, e olhem que não estão sós. Os economistas defensores da economia de mercado, como Krugman e Stiglitz( prémios Nobel da Economia), que estudaram os efeitos da globalização, preveniram e avisaram, atempadamente, para a inevitabilidade desta crise, também defendem que a intervenção do Estado no sector bancário e nas empresas estratégias em risco, se deveria fazer por via da nacionalização, se não é darmos o nosso dinheiro para os gurus da gestão neo-liberal desbaratarem em coisas tão imprescindiveis, como deslocações em jactos privados e almoços e jantarea no Mónaco. Mas que clamam contra a massa salarial dos seus assalariados e o direito ao serviço de saúde os aumentos das pensões mínimas. Obama equacionou e equaciona essa possibilidade. Cá tivemos o caso BPN. Não é pois a coisa intragável que nos querem fazer crer. Faz parte do elenco das soluções que em certas situações se tem de ponderar, só isso.
    4. Se recuarmos ao 11 de Março de 1975, teremos de ponderar se naquelas circunstâncias, havia outra alternativa:
    4.1. Para além da confusão e efervescência do período em causa, com a inevitável e acelerada movimentação social e o seu leque de reivindicações levaram à consequente desorganização do processo produtivo, ainda que não o digam, os grandes empresários e banqueiros, com o receio da revolução, começaram a desnatar os as contas bancárias, e num processo em rápida aceleração, a colocar o dinheiro e valores em contas no estrangeiro, sobretudo, na Suiça, então o off Shore de excelência, o que acelerava, ainda mais a degradação da economia e de fazer falir todo o sistema com as consequências inerentes, para o sistema produtivo e depositantes, como agora há o risco de acontecer.
    4.2. Acreditam que o retorno dessas famílias a domínio dos mesmos sectores resultou de terem ido para Londres lavar pratos ou para o Brasil “vender bala no calçadão? Estou convicto que, grande parte desse dinheiro – não faço juízos de valor aos comportamentos – foi o que saiu do pais nessa altura e que voltou, ainda bem, depois.
    4.2. Por isso, a nacionalização foi uma solução ponderada e decidida por todos os membros do governo, sendo particularmente defendida pelo Ministro João Cravinho, que foi, se não me engano quem a propôs e aprovada pelos demais ministros, mesmo os do PSD.
    4.2. Vasco Gonçalves, que eu saiba era militar de carreira. Tinha as suas idiossincrasias mas era um militar e académico (Prof. da Academia Militar) prestigiado entre os seus pares e com passado oposicionista, não me consta que fosse comunista, tinha o seu apoio, concerteza, como se pode ver.
    4.3. Ele cometeu erros, concerteza, todos cometem. Porém, para mim nos erros e nos ganhos, a responsabilidade foi colectiva. E a grande vantagem da democracia é que os erros corrigem-se com o tempo e pelo voto, sem repressões e derramamentos de sangue.
    No imediato pós 25 de Abril de 1974 o Professor Mota Pinto, Dr. Oliveira Dias, de Leiria, o Dr. Torres, o Eng.º Luís Fernando Henriques, e muitos outros do P.S.D., também participaram do espírito da revolução e fizeram parte da imensa festa que cobriu o país e as primeiras eleições livres. Aos meus olhos daquela altura e de ainda hoje, creio que essas pessoas não comungaram da mesma alegria por razões puramente tácticas, porque tudo estava no escrito no Programa do então P.P.D., que esteve em vigor até há pouco tempo, ou, ainda está (?).
    Por outro lado desculpem, já tinha tentado desenvolver isto noutro post, mas por vezes parece, com todo o respeito o digo, que que continuam a ter voz, dos mais ignorantes, dos mais arrivistas e dos mais caceteiros de quem quase fui vítima e que bem conheci, como os das Meirinhas. Aos que morreram, perdoo, aos que forem vivos, relevo.
    Tenho pena e, lamento até, que alguns dos filhos deles, que não tiveram de passar pela miséria e ignorância que eles passaram porque não puderam ir à escola, e porque, quase desde o berço, tiveram de trabalhar, em casa a guardar as ovelhas ou como “criados de servir”, para assegurar a sobrevivência das suas famílias. Nós, os homens e as mulheres das gerações do imediato antes de Abril - como é o meu caso - e as do depois de Abril, ao contrário dos nossos pais, todos tivemos e temos:
    - a oportunidade de ir à escola, pode não ter sido, não foi, nem é a melhor escola, como diz o Adérito, a escola de Abril, pode não ser e não é a melhor escola, mas é uma escola de portas abertas a todos, e que, enquanto vivermos em democracia tem, em si mesma, a oportunidade de se renovar e de melhorar as suas prestações e o seu serviço;
    - tivemos e remos oportunidade de aprender e de aceder aos livros e a outros instrumentos elementares da formação cultural e cívica. O resto depois, ficou, e fica, à responsabilidade de cada um;
    - tivemos e temos, a oportunidade de ser diferentes e melhores. Todos tivemos e temos, a oportunidade de escolher um percurso e de nos enganarmos – quem não se engana? Todos tivemos, todos temos, sobretudo, o dever acabar com certas coisas e de dizer não! Espero me engane, ou, que ao menos sejam poucos, esses filhos que insistem em continuar no mesmo signo e que não fizeram, ao menos, esta reflexão:
    “(…)
    Não sei por onde vou, /
    Não sei para onde vou /
    - Sei que não vou por aí! “ (*)
    Serão, porventura, aqueles que vêm, agora, aqui, sob a capa do anonimato, enxovalhar a quem não devem porque todos nos merecem respeito. São aqueles que se julgam tudo ter sem necessidade e coragem de discutir e confrontar ideias com elevação e amizade, prezando as diferenças e a lealdade. E, menos ainda, a coragem para dar a cara a uns estalos que mesmo de luva branca - ou de pelica, conforme os gostos - lhes deveriam ser dados.
    Honra seja feita ao Eng.º Rodrigues Marques – que ainda não tive o prazer de o conhecer pessoalmente - que não é desses: fala, dá a cara pelo que pensa e acredita, e que depois vai à luta e tentar fazer o que julga melhor. Pode falhar, mas tenta ir da palavra aos actos. E isso é uma oportunidade e um dom que “Abril abriu”.

    (*) Canto Negro, José Régio
    Lagos, 27 de Abril dé 2009

    jorge ferreira
    Bem-haja a todo o arco-íris

    Lagos, 27 de Abril de 2009

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  13. Dr. Jorge Ferreira, boa noite.
    Gostei!
    Mais do corpo do texto do que da parte final.
    No fecho, dou por bom que quando se despediu com um "Bem-haja a todo o arco-íris" se estava a referir ao espectro político que por aqui campeia.
    No entanto gostaria que nos falasse do partido político que tem o nome de arco-íris.
    Da Bíblia, gostaria que interpretasse o arco-íris na sua vertente de este ser o sinal de reconciliação dado por Deus a Noé, após o dilúvio. À luz actual, obviamente.
    Abraço.

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