23 de julho de 2021

O partido do Jardim da Várzea

Hoje, ao final da tarde, o PS local vai apresentar a Candidatura às Eleições Autárquicas no Jardim da Várzea. A escolha do local tem tanto de acertada como de inevitável. O partido do Jardim da Várzea fica sempre bem na Várzea. 

O PS foi sempre da Várzea, mas só nos últimos tempos ficou conhecido pelo Partido da Várzea, ou mais concretamente, pelo Partido do Jardim da Várzea. Ser da Várzea ou pela Várzea não é um handicap para uma corrida autárquica, antes pelo contrário. Handicap é ser o partido do Jardim da Várzea, é ser o partido só do Jardim da Várzea. 

Custa muito, a um democrata, ver um partido com a responsabilidade e a história do PS local chegar ao final do mandato autárquico associado unicamente à questão do Jardim da Várzea. E mesmo nesta, ter ido simplesmente a reboque da opinião pública, atrás da onda.

Passaram mais quatro anos, que somam a outros vinte, um mandato cheio de polémicas, de irregularidades e de guerras declaradas entre os protagonistas no poder; e, mesmo assim, o PS que hoje se apresenta aos pombalenses não é novamente alternativa. É um partido resignado à sua condição de apêndice, enfraquecido, dividido, descrente, apático, sem ideias nem instinto político, conduzido por figuras que nem mesmo chegam a saber para que serve a política, que vivem demasiado à parte da comunidade, destituídas de razões pró ou contra o que quer que seja.

Custa e talvez seja desnecessário falar disto. Mas há realidades que, por muito que façam doer os olhos, e os sentimentos, não se podem ignorar.

2 comentários:

  1. Adelino Malho, apetecia-me dizer tanta coisa sobre o nosso PS Pombal, mas não posso. Sabes bem que até Setembro temos o dever de militantes de estar calados, porque também não estão interessados em ouvir os militantes. Não achas estranho estarmos a 2 meses de eleições e os militantes não terem sido chamados a pronunciarem-se sobre o tema Autárquicas 2021 ?

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  2. Acho. Fá-lo-ei quando me derem essa possibilidade, como sempre. Foi exactamente para isso que retomei a militância, por considerar que, sendo os partidos um elemento fundamental do sistema democrático, é um dever cívico fazê-lo, responsabilizar os partidos e os seus dirigentes.

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