31 de dezembro de 2008

Um corte cirúrgico

Luís Garcia demitiu-se da presidência da Assembleia Municipal ontem ao início da noite. A menos de um ano das eleições autárquicas, as peças começam a encaixar-se tão facilmente que...quando a esmola é demais o santo desconfia. Sem supresas, foi então eleito para para o cargo outro médico: João Coucelo, que até nem estava presente na reunião. Ele há coincidências.
Resolvida que está - ou parece estar - para o PSD essa questão da Assembleia Municipal, pode agora o partido concentrar-se noutra (de somenos importância, é certo...), a da lista à Câmara. Aqui o problema vai chamar-se quotas. Paridade. Mulherio. É que a lei não perdoa e...desta vez as senhoras não podem ser delicadamente empuradas para a frente de batalha mais longínqua, lá no fim da lista. Uma chatice, portanto.

3 comentários:

  1. Uma coisa que me custa perceber é que haja mulheres a favor desta lei. Se concordo que haja no mínimo 1/3 de mulheres nas listas? Perfeitamente, 50% então seria óptimo. Se acho que deve haver uma lei a obrigar a isso? Não, isso dá vontade de rir. Isto tem de resultar tudo de uma mudança de mentalidades (e não se pense que é só das masculinas) e não de uma lei. A lei, já sabemos como é em Portugal, vai ser cumprida por obrigação se não se arranjar maneira de a contornar. A mentalidade essa fazia com que as mulheres tivessem definitivamente conquistado o seu lugar. Se estivéssemos à espera disso se calhar ia demorar mais?Pois, se calhar ia, mas ia valer a pena. E há um poder que todos podemos exercer quando não concordamos com a mentalidade das listas: o voto.
    É que sinceramente duvido que alguma mulher se sinta bem ao estar numa lista porque a lei assim o obriga. Já se lá estivesse por alguém reconhecer o seu mérito, a conversa seria outra.

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  2. Também a mim me custa perceber, meu caro. Mas acredite que oito anos a exercer uma função de responsabilidade num jornal desta terra me ensinaram que, sobretudo em Pombal, se não for assim...é como dantes, no quartel de Abrantes. Tudo na mesma, como a lesma, portanto.

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  3. Aí está, poder de voto. Se esse não resulta o problema já não é da mentalidade das listas, é da mentalidade da população. E sim, eu sei, essa é bem mais difícil de mudar... Agora acho sinceramente mau que tenha que se recorrer a leis para mudar isso. Na mentalidade do típico português isto vai soar sempre a "Lá temos nós que as aturar. Por acaso não arranjas por aí uma marosca qualquer para dar a volta à lei?". Assim acho que não vale a pena...

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