5 de dezembro de 2019

De delegação em delegação até à concentração total

O presidente da câmara, Diogo Mateus, voltou a exercitar a chamada “delegação de competências”. 
Traiu, outra vez, o tácito compromisso eleitoral ao (re)designar vice-presidente da câmara o vereador Pedro Murtinho - e não a vereadora Ana Cabral – a quem, supostamente, caberá: “substituir o presidente da câmara nas suas faltas e impedimentos”; “representar o presidente”…; “assegurar as relações com a AM”; … “preparar as políticas com as freguesias”…; “monitorizar o plano acção eleitoral sufragado”; …; “proceder à reconstituição mensal dos fundos de maneio”.
Reforçou, supostamente, as competências da vereadora Ana Gonçalves, delegando-lhe a “competência para justificar faltas do pessoal” … e “para aprovar e alterar o mapa de férias”… e “restantes decisões relativas a férias”…”de acordo com as minhas (suas) directrizes”.
E reforçou, também, supostamente, as competências da vereadora Ana Cabral, atribuindo-lhe “a autorização da concessão do apoio para a aquisição do serviço de teleassistência” …”até ao número de 25 unidades”.
Diogo Mateus ilude-se com estes formalismos destituídos de conteúdo e até de simbolismo. Sejamos claros: a câmara não tem vereadores; tem, quanto muito, uns figurantes que vagueiam, iludidos, sem autonomia e sem poder, por territórios que desconhecem.
Neste jogo de máscaras, louve-se o gesto e a lucidez do noviço Pedro: deixou cair a máscara: entregou os pelouros.

1 comentário:

  1. Adelino Malho. O Ministro JOTA não entregou os pelouros. Foram-lhe retirados ou bem de verdade nunca os possuiu. Neste Executivo tem mais poder o chefe de gabinete do Presidente, que foi nomeado, que os Vereadores eleitos.

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