13 de março de 2020

Conversa de marretas

A discussão da proposta de apoio ao pedido de atribuição do 3.º ciclo (12.º ano) ao Colégio de Albergaria-dos-Doze, mandada agendar, em cima da hora, por Diogo Mateus, logo aceite e dispensada pela mesa da votação para admissão à discussão (quem pode, pode; e deve ser obedecido), expõe até ao tutano a desonestidade (intelectual), a insensatez, a hipocrisia e a ignorância reinante.  

A assembleia deveria ser constituída por pessoas sensatas, que soubessem raciocinar, e, pelo menos, distinguir o essencial do trivial (do desnecessário, do prejudicial, do nefasto). Mas infelizmente não é isso que acontece. A assembleia está cheia de criaturas entorpecidas de cabeça e joelhos, incapazes de distinguir o realizável da mais extravagante toleima, sempre disponíveis para alinhar com a mais jocosa tontice, e sempre prontos a debitar vulgaridades e senilidades. 

Só criaturas sem dois pingos de honestidade (intelectual), sem meio olho para observar o que as rodeia e sem um neurónio a funcionar em pleno podem defender que Albergaria-dos-Doze e o seu Colégio têm condições mínimas para ter 12.º Ano. Valeu, pelo menos, para ficarmos a saber que estas criaturas acham que os requisitos para leccionar uma turma de 12.º Ano são idênticos aos de (mais) uma turma do 1.º ou 2.º Ciclo. Mas não servem para nos governar. 

Depois, que dizer mais:

- Do presidente, manipulador profissional, que usou a proposta simplesmente como arma de arremesso político para rebaixar ainda mais o PS;

- Do pobre PS que continua sem qualquer pensamento ou orientação sobre as matérias fundamentais - dançou do início ao fim, com evidentes divergências internas, entre a rejeição por razões formais e a concordância com o conteúdo da proposta - acabou destroçado;

- Do ex-deputado, demagogo profissional, semi-teólogo de crenças incredíveis, sempre com a boca cheia de unção, que já tinha obrigação de saber distinguir o exequível do lírico;

- Daquele presidente da junta que só dever ter ido à escola para poder tirar a carta de condução, mas teve o descaramento de amesquinhar o doutor afirmando que o colégio onde estudou se deve ter enganado a dar a notas;

- Do Coveiro-mor do reino que só vai à assembleia para ajavardar aquilo;

- E daquela representante do CDS que parece empenhada em fazer recuar o mundo, que apoiou tudo com o lirismo habitual, e até sugeriu cursos de pastorice como alternativa ao 12.º Ano.

Valha-nos N.ª Senhora da Agonia


3 comentários:

  1. Ó Marreta, vamos à ensinança: Coveiro está em desuso, agora somos Técnicos Cemiteriais e estamos disponíveis 365 dias por ano, mais coisa, menos coisa.

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  2. Quarentena para o Coveiro de albergaria no PAULO já...anda mesmo com os fusíveis todos queimados.

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  3. Tô, tô, Toninho, obrigado amigo.
    Reconheço que tinha dois neurónios.
    Veio a trovoada, queimou um e chamuscou o outro.
    É da vida.
    Mas também é da vida que a mesma trovoada queimou muitos neurónios a muito boa gente.
    Tadinhos.

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