2 de agosto de 2022

A doutora Catarina em Champigny



 Em junho passado, ficámos a saber da história de um munícipe - por acaso morador de um bairro social da terra - que não sabe ler nem escrever e (des)espera por ajuda burocrática para coisas tão básicas como ajuda das senhoras assistentes sociais da autarquia para tratar das receitas médicas, ou das idas às finanças, etc e tal. Nesse dia, em plena Assembleia Municipal, Pedro Pimpão rasgou as vestes, levantou o plano para a igualdade e quase virou ali o jogo a seu favor, colocando-se ele no papel de vítima, pois como é que alguém ousava pôr em causa o trabalho de tantos doutores naquele documento. Não interessa que não sirva para para nada: está lá. Deu trabalho e emprego a uma catrefada deles. 

Volvido este tempo todo, o vereador Luís Simões perguntou, na última reunião de Câmara, se por acaso já alguém tinha resolvido o problema do senhor. Eis que a vereadora Catarina andou atarefada com a festa da sardinha ali para os lados de Champigny, e perante a resposta que lhe deu, percebe-se que não só não teve tempo de tratar do assunto como não sabe de nada. De que valem pelouros às molhadas, com nomes modernos, desdobrados em coesão e inovação social; integração e inclusão, se depois não resolvemos os problemas básicos às pessoas no dia a dia? 

Nesse meio tempo, entre a reunião da Assembleia Municipal em que o caso foi denunciado [e era obrigação da vereadora do pelouro ter resolvido o caso no dia a seguir, ou pelo menos saber o que se passa] e a festa da diáspora, perdão, de certa emigração em França, que acontece hoje no castelo, a doutora Catarina lá foi à festa da sardinha, não percebemos bem fazer o quê. Pelo vistos ela também não. Aliás, de tão baralhada que estava, até pensou que o doutor Coiso ainda era vereador...como se ouve na sua intervenção, pois refere-se "ao meu colega Micael", por certo intermediário nesta viagem, na festa da Sardinha em Champigny, e no Dia da Diáspora, organizado pela associação Les Amis du Plateau. É uma malta que já teve a sua dose de bairros sociais, por isso agora é justo que se lhe abram as portas do castelo. 

4 comentários:

  1. A política de fachada conduz sempre a isto…
    Com D. Diogo os serviços também falhavam. O que D. Diogo decerto não permitiria era que os serviços falhassem em toda a linha, continuadamente, e, depois de um caso grave e revelador do estado dos serviços ser exposto publicamente – ainda por cima na AM -, há um mês, 3 reuniões de executivo depois a vereadora respectiva não tivesse nada para dizer sobre o caso porque não sabe nada do caso.

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  2. Esta Vereação ainda mal começou o mandato e já são tantos os tiros-no-pé e tantas as faltas de articulação e competência, que o sentimento que já consigo nutrir pelo meu amigo Pedro é mesmo o de pena. Ele é muito boa pessoa e não merecia tanta falta de diligencia por parte da sua equipa. Sim ele tinha gente muito mais competente no partido e mesmo fora do partido, de simpatizantes laranja, pelo que não se entende qual foi o critério. Correu-lhe muito mal, mas quem fica mesmo mal, são os Pombalenses que mereciam alguém competente a dirigir o concelho.

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  3. Reportando-me em exclusivo ao caso do munícipe com necessidades de atendimento mais cuidado, que foi apresentado na Assembleia Municipal ultima pela Célia Cavalheiro, já na ocasião tive oportunidade de reforçar que precisava de uma atenção redobrada.
    Relembrando o que na altura disse: Os serviços sociais têm uma atividade de enorme responsabilidade e é obvio que também falham de vez em quando.
    Neste caso não sei se falharam, mas o que importa é que o assunto daquele munícipe precisa de resolução tempestiva, é para isso que foram criadas as comissões sociais de freguesia e os serviços sociais municipais, cuja missão está muito para além das qualidades e defeitos de quem intervém. E por isso, cabe ao executivo defender os seus colaboradores, mas também estimular, relembrar e criticar os serviços quando os assuntos não têm a resposta devida.
    A Vereadora Catarina, de quem sou amigo, tem obrigação de não se distrair com as muitas incumbências e atividades a que tem de dar resposta e acompanhamento, porque os casos sociais têm sempre prioridade num município que quer ser solidário e pela felicidade.
    É que há muito mais felicidade num necessitado que vê o seu problema merecer atenção e ser resolvido do que num normal mortal com qualquer mercê e cuja vida e suas dificuldades não lhe foram tão madrastas.
    Na altura relembrei todo o executivo que, quando as diligencias não acontecem, têm como responsáveis últimos o próprio executivo.
    E o Vereador Luís Simões vem dar realce ao caso, e bem, porque o problema do munícipe ainda continua.
    Mas para o resolver em definitivo há que estimular quem executa e não descurar nem esquecer os demais casos deste género.
    Certamente as intervenções aqui feitas mais alertam a Vereadora que sei irá acompanhar o caso mais de perto.
    A boa crítica serve principalmente para relembrar o que está mal e pode ficar bem, e não para denegrir personagens, e quem não souber viver com as criticas fica com pouco espaço para ouvir, para crescer e progredir.
    Sei bem que não é essa a atitude da vereadora Catarina.
    Aguardemos um pouco mais.

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  4. Caro Conde do Oeste, o Sr. agora teve algum bom senso e chegou ao que todos já sabemos...Aquela casa está sem Rei, nem Roque...Mas eu também não quero r para lá, simplesmente estou focado em tomar conta da minha Freguesia, que está há demasiado tempo a ser governado á PSD...Festas e Bolos. Quero colocar o Louriçal no século XXI...Isto é se o povo assim decidir...Se continuarem a colocar a seta que vai para o céu...Colocarão a freguesia ao nível das do pinhal interior. Festa é Festa, mas eu quero mais que festa para a minha freguesia. Quero COLOCAR O LOURIÇAL NO MAPA.

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