24 de agosto de 2022

Festas do Bodo: o Deve e o Haver, e a mentira anunciada

 Na última reunião da “junta” (aquilo foi pior que as reuniões de algumas juntas), o doutor Pimpão entrou deslumbrado com o “sucesso” das Festas do Bodo. A sonsa “oposição” acompanhou-o no feliz corridinho de loas às festas – valha-lhes a Senhora da Boa-Morte.

Mas numa curta intervenção, a vereadora Gina despejou um tanque de gelo na sala. Docemente, preparou a plateia e a opinião pública para o desastre financeiro que se anuncia. Referiu que a despesa subiu muito; a receita também subiu alguma coisa mas ainda está por apurar. Depois, em jeito de conclusão, afirmou que teremos que repensar o conceito das festas e discutir se se deve introduzir o pagamento de bilhetes. Onde é que já ouvimos isto? No pós-Vila Verde.



Ao contrário do doutor Pimpão, a Gina sabe que neste tipo de realizações há sempre duas colunas, a do “Deve” e do “Haver”, e um “Saldo” a apurar. Fazer festas com o dinheiro dos outros, sem orçamento e sem preocupações de equilíbrio orçamental, pode ser muito bonito, mas alguém as tem que pagar, e alguém tem que responder pelo descontrole - por gastar como se não houvesse amanhã.

Ficámos ainda a saber que o doutor Pimpão já contratou um estratagema de disfarce da coisa, a legitimação do (seu) despesismo: um “estudo” sobre o impacto das festas na economia local. Acredita, coitado, nestes exercícios fantasiosos que só acrescentam valor a quem os faz.

O Pedro forja mentiras em que posteriormente acredita. Vai-lhe chegar tarde o desengano, sem lhe dar tempo para se emendar. 

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